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Hidrografia

Esquematizada
“Pernambuco e as aguas que o cortam”
Apresentação:
• Ao o se notar as grandes bacias hidrográficas de Pernambuco pode-se perceber que alas possuem duas vertentes( caminhos de desembocadura):
> o rio São Francisco: Sertanejos (endorreicos)
>Oceano Atlântico: litorâneos (exorreicos)
As bacias que escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios interiores sendo os principais:
Pontal,
Garças,
Brígida,
Terra Nova,
Pajeú,
Moxotó,
Ipanema, além de grupos de pequenos rios interiores.
As bacias que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una e
Mundaú e GL’s.

O Plano Estadual de Recursos Hídricos (1998) dividiu o Estado em 29 Unidades de Planejamento (UP), caracterizando assim, a Divisão Hidrográfica Estadual,
composta de 13 Bacias Hidrográficas, 06 Grupos de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos (GL1 a GL6), 09 Grupos de Bacias de Pequenos Rios Interiores (GI1 a
GI9) e uma bacia de pequenos rios que compõem a rede de drenagem do arquipélago de Fernando de Noronha. É importante salientar que a bacia GI-1 drena
parte para o rio São Francisco (Riacho Traipu) e parte para o Oceano Atlântico (Rio Paraíba).

A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro dos limites do Estado, exceto as bacias dos rios Una, Mundaú,
Ipanema e Moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no Estado de Alagoas. Além destas, há pequenas bacias compartilhadas com os Estados do
Ceará (GI-9), Paraíba (GL-6) e Alagoas (GL-5).
• As bacias que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são:
• Goiana,
• Capibaribe,
• Ipojuca,
• Sirinhaém,
• Una
• Mundaú
• GL’s.

O Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH 1998) dividiu o Estado em 29 Unidades de Planejamento (UP), caracterizando assim, a
Divisão Hidrográfica Estadual,
• composta de 13 Bacias Hidrográficas,
• 06 Grupos de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos (GL1 a GL6),
• 09 Grupos de Bacias de Pequenos Rios Interiores (GI1 a GI9) e
• 01 uma bacia de pequenos rios que compõem a rede de drenagem do arquipélago de Fernando de Noronha.
• É importante salientar que a bacia GI-1 drena parte para o rio São Francisco (Riacho Traipu) e parte para o Oceano Atlântico (Rio
Paraíba).

• A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro dos limites do Estado, exceto as bacias
dos rios Una, Mundaú, Ipanema e Moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no Estado de Alagoas.
• Além destas, há pequenas bacias compartilhadas com os Estados do Ceará (GI-9), Paraíba (GL-6) e Alagoas (GL-5)
• Com exceção do São Francisco e dos rios litorâneos, todos os rios de Pernambuco têm regimes temporários: fluem só na estação
chuvosa.
Sobre o são Francisco:
• O Rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e
considerado o rio de integração nacional.
• Sua importância ultrapassa o abastecimento de água (principalmente) do
Nordeste do Brasil, pois possui valor econômico, social e cultural para o país,
pois muitas famílias dependem dele para sobreviver.
• O Rio São Francisco possibilita a fruticultura, irrigando as produções e no caso
de Pernambuco isso faz dele um motor do desenvolvimento social e
econômico do que antes era apenas mais uma faixa árida e sem perspectivas
de alavancagem agroindustrial que é o caso da região de Petrolina e seu vasto
vale de fartura.
• bem como é utilizado na produção de energia em usinas hidrelétricas; e bom
que se note que nesse passo, os benefícios já não se inserem em Pernambuco
e sim no âmbito regional .
Características gerais:
• O São Francisco é um rio perene, ou seja, é um rio que possui fluxo
normalmente constante e estável ao longo de todo o ano. Sendo assim, ele
não seca, independentemente do período de estiagem.
→ Extensão
• O Rio São Francisco desloca-se em boa parte do semiárido nordestino,
estendendo-se por regiões de clima semiárido, árido e úmido. Tem,
aproximadamente, 2.700 quilômetros, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), ocupando cerca de 8% do território nacional.
→ Estados percorridos
• O curso do Rio São Francisco percorre os estados de Minas Gerais, Goiás e o
Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas (onde se localiza seu
desaguadouro).
→ Municípios banhados
• O rio perpassa cerca de 507 municípios, de acordo com o IBGE. São exemplos os municípios
de Pirapora e Três Marias, em Minas Gerais; Paulo Afonso e Bom Jesus da Lapa, na Bahia;
Penedo e Piranhas, em Alagoas; e Petrolina, em Pernambuco.
→ Área de drenagem
• O Rio São Francisco drena uma área de, aproximadamente, 641.000 km2.
→ Média de vazão
• A vazão média é de 2.846 metros cúbicos por segundo, cerca de 1,58% da vazão média
nacional, segundo a Agência Nacional das Águas.
→ Navegabilidade
• Essa é uma das principais características do Rio São Francisco. Este apresenta duas regiões
de maior navegabilidade.
• São elas: o estirão médio, que apresenta cerca de 1.371 km de extensão (entre Minas
Gerais, Bahia e Pernambuco),
• E o baixo estirão, com, aproximadamente, 208 km de extensão (entre Alagoas e a foz — local
onde o rio deságua: o Oceano Atlântico).
Onde nasce o Rio São Francisco?
• O Rio São Francisco tem sua nascente histórica no alto do Parque Nacional
da Serra da Canastra, em Minas Gerais, no município de São Roque de Minas,
região considerada um grande berço de rios.
• Contudo, segundo o Ministério do Meio Ambiente, foi determinado que a
nascente geográfica do Rio São Francisco encontra-se no município de
Medeiros, em Minas Gerais. O rio liga as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil,
desaguando no Oceano Atlântico, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe.
• Bacia do Rio São Francisco
A bacia do Rio São Francisco é a mais extensa entre as bacias exclusivamente
nacionais e possui uma área total de 639.219,4 km2, sendo que: 62,5% dessa
área localiza-se na região Nordeste do Brasil; 36,8%, na região Sudeste; e 0,7%,
na região Centro-Oeste. A bacia abrange os estados de Goiás (e o Distrito
Federal), Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais.
A bacia divide-se em quatro regiões fisiográficas (características físicas presentes em uma área),
segundo dados do Ministério do Meio Ambiente:
• 1) Alto São Francisco: corresponde a um trecho de, aproximadamente, 702 km de extensão,
situado entre as áreas das nascentes do Rio São Francisco até Pirapora e Montes Claros, em
Minas Gerais. Corresponde a 16% da área da bacia. As chuvas nessa região são frequentes, com
precipitações anuais entre 1.600 mm a 1.100 mm no verão, entre os meses de outubro a abril.
- Principais cidades dessa área: Região Metropolitana de Belo Horizonte, Ouro Preto e Divinópolis.
• 2) Médio São Francisco: Corresponde a um trecho com cerca de 1.230 km de extensão (maior
parte da bacia), onde começa o trecho navegável, entre a área de Pirapora, em Minas, e
Remanso, na Bahia. Representa, aproximadamente, de 63% da área da bacia.
- Principais cidades dessa área: Pirapora, Montes Claros, Paracatu, Formosa e Bom Jesus da Lapa.
• 3) Submédio São Francisco: Corresponde à área dos estados de Pernambuco e Bahia, indo de
Remanso à cidade de Paulo Afonso, com cerca de 440 km de extensão. Representa,
aproximadamente, 17% da área da bacia. A precipitação média nessa região fica entre 450 mm e
800 mm, anualmente.
- Principais cidades dessa área: Juazeiro, Ouricuri e Arcoverde.
• 4) Baixo São Francisco: Compreende a área de Paulo Afonso até a foz entre Alagoas
e Sergipe, com cerca de 214 km de extensão. Representa, aproximadamente, 4% da
bacia. A precipitação média anual nessa área varia entre 1.300 mm a 500 mm.
- Principais cidades dessa área: Jeremoabo, Bom Conselho, Nossa Senhora da Glória e
Penedo.
• O Rio São Francisco é o principal curso d'água da bacia e apresenta 168 afluentes.
A bacia abrange a área de três biomas, o Cerrado (entre os estados de Minas Gerais
e Bahia); a Caatinga (compreende o nordeste da Bahia) e a Mata Atlântica (na região
do Alto São Francisco).
• Já no que diz respeito ao clima da área abrangida pela bacia, esse é influenciado por
diversas massas de ar e diferentes altitudes e relevo. O rio está na região
intertropical com elevada incidência solar, fazendo com que também seja elevado o
índice de evapotranspiração, principalmente na região norte da bacia.
• As enchentes e as secas ocorrem em diferentes regiões da bacia. Normalmente, as
cheias (período de dezembro a março) são características do Alto São Francisco, e as
secas ocorrem geralmente no Médio e no Submédio São Francisco.
• Em relação às características sociais da região da bacia do Rio São Francisco: trata-se de uma
área de elevada densidade demográfica e com pontos em que há população em situação de
miséria.
• A população total da bacia, segundo o IBGE, é de quase 14 milhões de habitantes
(predominantemente urbana), e a densidade demográfica é de, aproximadamente, 20,0
habitantes por km2.
• A maior parte da população localiza-se no Alto do São Francisco (48,8%), e a região com
menor concentração de população é o Baixo São Francisco (10,7%).
• Principais afluentes
• O Rio São Francisco possui, segundo o Ministério do Meio Ambiente, 168 afluentes. Entre
eles, 90 situam-se na margem esquerda, e 78, na margem direita.
• Desses 168 afluentes, 99 são perenes, como o Rio Paracatu, Corrente, Paraopeba e Urucuia.
Já 69 deles são intermitentes (rios que desaparecem no período de estiagem).
• Os principais afluentes da Bacia do Rio São Francisco situam-se na margem esquerda, tanto
do Alto quanto do Médio São Francisco, devido à formação sedimentar, que possibilita que a
água da chuva infiltre-se com maior facilidade, alimentando esses rios.
Os principais afluentes são:
• Rio Paraopeba
• Rio Abaeté
• Rio Jequitaí
• Rio Paracatu
• Rio Verde Grande
• Rio Carinhanha
• Rio Corrente
• Rio Pará
• Rio das Velhas
• Rio Pajeú
• Rio Salitre
• Rio Urucuia
Transposição do Rio São Francisco:
• A transposição do Rio São Francisco não é um projeto atual.
• A primeira tentativa de transpor o rio aconteceu em 1847.
• A ideia foi apresentada a Dom Pedro II, pelo engenheiro Marcos de Macedo, que pretendia
diminuir os problemas da seca nordestina. Contudo, o projeto não se realizou.
• Outras tentativas, nos anos de 1856, 1886 e 1889 não vingaram.
• Nos governos de Getúlio Vargas, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, a questão da
transposição do Rio São Francisco também foi pauta, mas, novamente, não saiu do papel.
• A ideia de amenizar os efeitos provocados pela seca ressurgiu no governo de Luiz Inácio (Lula) da
Silva, entre 2003 e 2006. O então presidente ordenou que a obra de transposição fosse
executada.
• O projeto, atualmente, está em execução e não foi finalizado.
• É uma obra oriunda do Governo Federal e tem como objetivo "desviar" águas do São Francisco
com base na construção de canais para fazer com que rios intermitentes tornem-se rios
perenes, diminuindo, assim, a escassez de água que assola o Nordeste brasileiro.
• A população dos estados do Ceará, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, teria
maior acesso à água e, assim, a maiores possibilidades de desenvolvimento de atividades que
alavancassem a vida das pessoas dessas regiões.
• A ideia do projeto de transposição do São Francisco é dividida em dois eixos:
1) Eixo Norte: capta água do São Francisco na região de Cabrobó, em Pernambuco,
e distribui para o sertão dos estados do Ceará, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio
Grande do Norte. Esse trecho percorrerá 400 km, operando com vazão contínua de
16,4 metros cúbicos por segundo.
2) Eixo Leste: capta água do São Francisco na região de Floresta, em Pernambuco, e
distribui para o sertão e agreste de Pernambuco e da Paraíba. Esse trecho
percorrerá 220 km, com uma vazão contínua de 10 metros cúbicos por segundo.
• É válido ressaltar que esse projeto sofre inúmeras críticas, já que está associado a
diversos impactos ambientais negativos decorrentes das obras que deverão ser
realizadas, bem como ao desmatamento e à perda de biodiversidade em
algumas áreas.
• Alguns estudiosos também acreditam que a transposição pode acarretar prejuízos
à vazão do rio nas regiões mais próximas às áreas de nascente, prejudicando,
também, a geração de energia pelas hidrelétricas instaladas na área da bacia.
Curiosidades sobre o Rio São Francisco

• - É conhecido como "Velho Chico" e também como "Nilo brasileiro", em virtude de suas
cheias, que tornam férteis suas margens.
• - O Rio São Francisco foi descoberto no ano de 1501 e é considerado o rio de integração
nacional, visto que interliga as regiões Nordeste e Sudeste, desempenhando um importante
papel na ocupação do território ao permitir a entrada das bandeiras.
• - Apesar de o maior volume de águas que abastece o São Francisco ser oferecido pelos rios do
Cerrado, são as represas Três Marias e Sobradinho que garantem, hoje, a regularidade do rio,
até mesmo na estação da seca.
• - Na bacia do Rio São Francisco, há registradas cerca de 158 espécies de peixe.
• - A região do Rio São Francisco é rica em depósito de diversos minerais, como zinco, chumbo,
diamante, ardósia, manganês, entre outros.
• - A mineração e o garimpo provocam inúmeros impactos na região do Rio São Francisco. O
desmatamento e a deposição de sedimentos comprometem a qualidade do rio.
• - O desmatamento e o uso do solo para práticas agrícolas têm aumentado casos de erosão,
diminuindo drasticamente a capacidade de retenção da bacia, o que provoca inundações.
Importância do Rio São Francisco para o Nordeste brasileiro:
• O Rio São Francisco é de extrema importância para o abastecimento de água das regiões
Nordeste e Sudeste, sendo considerado um dos fatores essenciais de desenvolvimento,
principalmente, do Nordeste brasileiro.
• Por localizar-se no semiárido nordestino, o rio é uma das poucas fontes de água da região.
• Muitas famílias e pescadores tiram do rio seu sustento. Em suas margens, desenvolvem-se a
agricultura e a pecuária.
• A vegetação local e a disponibilidade de minérios também são fatores relevantes na
importância desse curso d'água.
• Segundo a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), as suas
margens são consideradas um grande pomar.
• Diversas frutas são cultivadas na área do rio, onde foram instaladas grandes empesas. São
cultivadas frutas, como mamão, manga e melancia, que abastecem o mercado interno e
externo.
• O Rio São Francisco também é utilizado para a geração de energia. Grandes usinas
hidrelétricas, como Xingó e Sobradinho, utilizam a força de suas águas para geração de
eletricidade. A energia gerada abastece a região Nordeste e parte do estado de Minas Gerais.

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