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CUIDAR DO CORPO E DO

ESPÍRITO
OESE – Cap. 17 – Sede Perfeitos
Visões diferentes sobre o binômio corpo-
espírito
• Ascetas: tem por base o aniquilamento do corpo;
• Materialistas: se baseia no rebaixamento da alma;
• “Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra.”

• Indiferentes: sem convicção e sem paixão, são mornos no amar e


econômicos no gozar.
• “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera
foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem
quente, vomitar-te-ei da minha boca.” (Apocalipse 3:15-16)
Materialismo
• O materialismo não crê em nada além da matéria. Crê na finitude
da vida e do corpo, então tem no hedonismo um corolário:
• Busca incessante de prazeres sensórios (Hedonismo).
• “Já que a vida é breve, vamos gozá-la”.
• Desconhece os “prazeres espirituais” e desconsidera o espírito.
Exalta apenas o corpo.
• Além disso, para o materialismo o corpo é fruto do acaso
biológico e genético. Para o Espiritismo nada é por acaso. O
corpo é formado de acordo com as necessidades evolutivas do
Espírito e à luz do seu modelo organizador biológico, o perispírito.
O ascetismo
• O ascetismo ou asceticismo é uma filosofia de vida na qual se realizam
certas práticas visando ao desenvolvimento espiritual. Muitas vezes,
essas práticas consistem no refreamento dos prazeres mundanos e na
austeridade.
• Muitos ascéticos acreditam que a prática ascética no corpo ajuda a
purificação da alma. Tais objetivos também poderiam ser obtidos com a
automortificação, rituais, ou uma severa renúncia ao prazer. Ascéticos
defendem que essas restrições autoimpostas trazem grande liberdade
em várias áreas de suas vidas, tais como aumento das habilidades para
pensar limpidamente e para resistir a potenciais impulsos destrutivos.
A origem e o sentido da prática
• A vivência que vem de dentro (natural, espontânea) x O comportamento que vem de fora (artificial,
imposto, exterior);
• O sentido/intenção da prática;
• Vultos não faziam para se envaidecer ou se sentir superiores. Estavam tão envolvidos em seu ideal
que não tinham tempo para se importar com outras questões. O problema é acharmos que
mortificando o corpo vamos evoluir.
• Jesus: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde
reclinar a cabeça.” (Mateus 8:20)
• Buda: adotou uma vida extremamente ascética após deixar o palácio do seu pai, onde vivia em
extremo luxo. Mas, após experimentar o ascetismo, Buda rejeitou o ascetismo extremo como
caminho para a libertação do sofrimento (nirvana), e escolheu, em vez disso, um caminho onde
satisfaz as necessidades do corpo sem cruzar os limites da luxúria e indulgência. Após abandonar o
ascetismo extremo, ele atingiu a iluminação. Este tipo de posicionamento se tornou conhecido
como Caminho do Meio e se tornou a base dos princípios da filosofia budista.
• Paulo: deixa a vida de riqueza e sucesso de doutor da lei. Vai viver do tear, viajando a pé,
comendo o que encontrasse no caminho.
• Francisco de Assis: era um jovem rico que desperta e deixa tudo para trás e vai viver uma vida
na pobreza, imitando Jesus.
• Allan Kardec: como foi dito em seu velório: “Trabalhador infatigável, sempre o primeiro e o
último a postos.”“Morreu como viveu: trabalhando.”“Nele, como em todas as almas
fortemente temperadas, a lâmina gastou a bainha.”
• Gandhi: vivia modestamente, tinha alimentação vegetariana e realizou longos jejuns como
um meio de protesto político.
• Irmã Dulce: tinha uma vida muito simples e com muitas restrições, usando seus recursos em
favor do próximo.
• Por Dulcinha, Irmã Dulce passou de 1956 até 1985 em uma cadeira de madeira de pouco mais
de 1,70 m com os pés apoiados em um banquinho, também de madeira.
• A penitência a qual Dulce se impôs teve como objetivo clamar pela salvação de sua irmã
preferida e confidente por duas ocasiões. Dois anos antes do início da promessa, em 1954,
Dulcinha havia perdido um bebê no oitavo mês de gestação. Sofreu com fortes hemorragias.
Irmã Dulce prometeu que se a irmã sobrevivesse dormiria o resto da vida em uma cadeira.
Assim o fez.
• Graças à promessa, também ganhou muitas camas para o hospital. As pessoas
viam que ela dormia na cadeira e doavam camas, sem saber da promessa.
• “Foi aí que Irmã Dulce aumentou a promessa. Antes, na cadeira tinha umas
almofadas fininhas. Ela prometeu tirar as almofadas e dormir na madeira da
cadeira para sempre. Deus atendeu as preces dela. Dulcinha sobreviveu.
Infelizmente, o bebê não. Mas graças às orações e penitências de Irmã Dulce
nossa irmã Dulcinha sobreviveu”, relembra Ana Maria, que é assistente social
aposentada.
• A promessa foi cessada a contragosto de Dulce. Na cadeira, que
ficava ao lado da cama sempre vazia, o tempo de sono não
passava de quatro horas diárias. “Em nenhuma noite, ela se
arrependeu ou quis deitar na cama. “Ela dizia que, embora
convencida pelo médico a desistir da promessa para conseguir
viver mais e ajudar os pobres, ficou muito triste de decepcionar
Deus”, relembra Irmã Olívia, freira que conviveu com Dulce.
• A alimentação de Dulce também era precária, o que agravou sua
situação de saúde no período em que dormiu na cadeira. “comia
umas torradas com café no café da manhã. Eram tão fininhas que
pareciam umas hóstias. Às vezes, passava o dia sem comer mais nada,
só trabalhando no hospital. Quando almoçava, ela comia em um
pires. Dulcinha brigava, mas ela enrolava e não comia”.

• O problema é querermos imitar esses comportamentos desses vultos


da humanidade, sem mudar por dentro, e acharmos que somos
evoluídos.
• “Onde, então, a sabedoria? Onde, então, a ciência de viver? Em parte
alguma” (ascetismo, materialismo e indiferença);
• “e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em
auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem
entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por se acharem em
dependência mútua, importa cuidar de ambos. Amai, pois, a vossa alma,
porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.
Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender
a Lei de Deus.” (OESE)

• Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita
em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque
fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e
no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (1 Coríntios 6:19,20)
• Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre-arbítrio o induziu
a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo mal
dirigido, pelos acidentes que causa. Sereis, porventura, mais perfeitos
se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem
menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não,
a perfeição não está nisso: está toda nas reformas por que fizerdes
passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-
o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de
alcançardes a perfeição.” (OESE)
A rejeição ao corpo e a prática ascética como uma
rejeição ao mundo e às próprias imperfeições
• O Homem no mundo
• Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à
evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos
conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver.
Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os
homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas
sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.
• Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em
repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem.
Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu;
O homem no mundo
• Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação
constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso
vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos.
Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas que
jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o
possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e
dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente Ele os
abençoa. (OESE)
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
• Pois, se Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, haverá mérito em
procurar, alguém, aflições que lhe agravem as provas, por meio de
sofrimentos voluntários? A isso responderei muito positivamente:
sim, há grande mérito quando os sofrimentos e as privações
objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício;
não, quando os sofrimentos e as privações somente objetivam o bem
daquele que a si mesmo as inflige, porque aí só há egoísmo por
fanatismo. (OESE – cap. 5 – Bem-aventurados os aflitos)
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
• pelo que vos respeita pessoalmente, contentai-vos com as provas que
Deus vos manda e não lhes aumenteis o volume, já de si por vezes tão
pesado; aceitá-las sem queixumes e com fé, eis tudo o que de vós
exige Ele. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e
macerações sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas
forças para cumprirdes a vossa missão de trabalhar na Terra. Torturar
e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contravir a Lei de Deus,
que vos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquecê-lo sem
necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis, tal a lei.
O abuso das melhores coisas tem a sua punição nas inevitáveis
consequências que acarreta.
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
• Muito diverso é o que ocorre, quando o homem impõe a si próprio
sofrimentos para o alívio do seu próximo. Se suportardes o frio e a fome
para aquecer e alimentar alguém que precise ser aquecido e alimentado e
se o vosso corpo disso se ressente, fazeis um sacrifício que Deus abençoa.
Vós que deixais os vossos aposentos perfumados para irdes à mansarda
infecta levar a consolação; vós que sujais as mãos delicadas pensando
chagas; vós que vos privais do sono para velar à cabeceira de um doente que
apenas é vosso irmão em Deus; vós, enfim, que despendeis a vossa saúde
na prática das boas obras, tendes em tudo isso o vosso cilício, verdadeiro e
abençoado cilício, visto que os gozos do mundo não vos secaram o coração,
que não adormecestes no seio das volúpias enervantes da riqueza, antes vos
constituístes anjos consoladores dos pobres deserdados.
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
• Vós, porém, que vos retirais do mundo, para lhe evitar as seduções e
viver no insulamento, que utilidade tendes na Terra? Onde a vossa
coragem nas provações, uma vez que fugis à luta e desertais do
combate? Se quereis um cilício, aplicai-o às vossas almas, e não aos
vossos corpos; mortificai o vosso Espírito, e não a vossa carne; fustigai
o vosso orgulho, recebei sem murmurar as humilhações; flagiciai o
vosso amor-próprio; enrijai-vos contra a dor da injúria e da calúnia,
mais pungente do que a dor física. Aí tendes o verdadeiro cilício cujas
feridas vos serão contadas, porque atestarão a vossa coragem e a
vossa submissão à vontade de Deus.
Sentimentos atribulados e a saúde
“O ódio, o ressentimento, o medo, o ciúme, o remorso
afetam poderosamente o organismo, embora a sua
procedência emocional.
As altas cargas vibratórias danosas que são atiradas pela
mente no sistema nervoso central irão afetar o aparelho
circulatório com resultados negativos para o respiratório, ao
tempo em que as glândulas endócrinas serão prejudicadas
pelas energias captadas, encaminhando-as ao sistema
imunológico que se desestrutura.
Grande número de enfermidades orgânicas e transtornos
psicológicos procede dos sentimentos atribulados.”
Terapia do Perdão – Joanna de Ângelis - Página psicografada por Divaldo P.
Franco, em 23/06/2004, em Beijing-China
• [...] a vibração mental do homem é-­lhe
propiciadora de equilíbrio ou distonia,
conscientemente ou não. Sabendo canalizar-­lhe a
corrente vibratória, organiza e submete os
implementos físicos ao seu comando, produzindo
efeitos de saúde, por largo período, não
indefinidamente, face à precariedade dos
elementos construídos para o uso transitório. [...]
A mente equilibrada comandará o corpo em
harmonia e, nesse intercâmbio, surgirá a saúde
ideal.
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco – O Homem Integral

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