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ANÁLISES

MICROBIOLÓGICA
S DE ÁGUA

MAD Aplicados

Prof. Lucas Coutinho, MSc


lucas.coutinho@ecossistemaanima.com.br
Aná lise microbioló gica de á gua
• Visa investigar a presença de microrganismos potencialmente patogênicos em
concentrações que comprometam o uso da água:
 Consumo humano e animal
 Recreação
 Navegação
 Irrigação
 Paisagismo
Aná lise microbioló gica de á gua

Avaliar as condições sanitárias da água, investigando a presença


de bactérias do grupo coliforme, que atuam como indicadores
de contaminação fecal.
Contaminaçã o fecal
• Coliformes totais
 Escherichia coli;
 Enterobacter; Presentes nas fezes
e em outros
 Klebsiella; habitats
 Citrobacter;

• Coliformes fecais (ou


termotolerantes)
 Escherichia coli;
Presentes nas
 Enterococcus; fezes
Organismos indicadores
• Coliformes totais, fecais e/ou termotolerantes são indicadores de contaminação fecal.
Características dos microrganismos indicadores:
 Ocorrência e desaparecimento concomitante com patógenos;
 Densidade populacional diretamente relacionada com o grau
de contaminação;
 Maior sobrevida que os patógenos;
 Ausência em água potável;
 Fácil detecção e recuperação laboratorial;
 Não prejudicial às pessoas e animais;
 Manipulação segura;
Coliformes totais
• Fermentam a lactose com produção de ácido e gás a 37º C em 24-48 horas;
• Bacilos gram-negativos;
• Aeróbios ou anaeróbios facultativos;
• Não formadores de esporos;
• Oxidase negativos;
• Capazes de se desenvolver na presença de sais biliares ou
agentes tensoativos;
Coliformes fecais
• Fermenta lactose e manitol, com produção de ácido e gás a 44,5 em 24 horas;
• Produz indol a partir do triptofano;
• Oxidase negativa;
• Não hidrolisa a uréia;
• Mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual
presença de organismos patogênicos;
• E. coli é o principal representante
• Enterococcus – grupo dos “estreptococos fecais”
Técnicas para a
contagem de
microrganismos
Técnica da Filtraçã o
• Materiais líquidos onde se espera uma pequena quantidade de
microrganismos –> Água de abastecimento de cidades;
 detecção de bactérias coliformes, que são indicadoras
de contaminação fecal em alimentos e água;

• Procedimento:
1. 100 mℓ da amostra são filtrados em uma membrana porosa adequada;
2. Membrana depositada na superfície de uma placa contendo meio de cultura;
3. A difusão dos nutrientes pela membrana permite que os microrganismos retidos se
multipliquem e formem colônias, que poderão então ser contadas;
4. Significativo: 20 a 200 colônias, dependendo do tamanho da membrana
filtrante;
Técnica da Filtraçã o
Contagem direta em câ mara de contagem
• Contagem de células totais
 suspensão microbiana, que deverá ser bastante densa, é
colocada em uma lâmina com dimensões conhecidas e fundo
quadriculado;
 realização da contagem direta das células em vários campos
visuais por
microscopia óptica;
• Células totais = média de contagens x fator de contagem e do volume;
• Contagem total de células vivas e mortas porém se aplica a qualquer
microrganismo:
 Não conta de fungos ou bactérias filamentosas, nem microrganismos
móveis, como algumas bactérias e protozoários;
 Vantagem: rapidez do resultado, que é imediato, dispensando
Contagem direta em câ mara de contagem
Nú mero Mais Provável (NMP)
• Técnica estatística –> quanto maior o número de bactérias em uma amostra, maior o
número de diluições necessárias para reduzir a densidade bacteriana a zero;
• Três ou cinco séries, de cinco tubos cada, contendo um meio de cultura
líquido apropriado são inoculadas réplicas correspondentes de cada volume ou
diluição da amostra original.
• Após o tempo apropriado, conta-se o número de tubos nos quais é
observado crescimento ou uma reação diferencial típica, como a mudança da
cor do indicador de pH ou a produção de gás;
• Combinação do número de tubos positivos de cada série –> número mais
provável de microrganismos na amostra a partir da consulta de tabelas
específicas;
Nú mero Mais Provável (NMP)
Nú mero Mais Provável (NMP)

NMP de coliformes: você sabe calcular? - YouTube


Doenças
infecciosas
transmitidas
pela água
Doenças infecciosas
• Bactérias
 Gram+ –> Listeria monocytogenes;
 Gram- –> Escherichia coli, Shigella spp,
Salmonella spp, Vibrio cholerae, Helicobacter pylori;
• Parasitos
 Giardia duodenalis;
 Entamoeba histolytica;
• Vírus
 Hepatite A;
 Rotavírus;
Helicobacter pylori
• Bacilos Gram -, curvos e flagelados;
• Disseminação via fecal-oral;
• Fatores de virulência:
 Urease
 Flagelos
 Mucinase e fosfolipases
 Proteína inibidora de ácido
 Superóxido dismutase
 Catalase
Giardia duodenalis
• Pequeno protozoário flagelado
• Vivem no duodeno e primeiras porções do jejuno
 Cisto – Forma de resistência (propagação)
 Trofozoítos – Habitam a luz intestina

Cisto Trofozoíto
Giardia duodenalis
• Cistos – sobrevivência por até 2
meses na água
• Desencistamento – Umidade, pH
ácido, pH = 6,8 e 37º C
• Encistamento – Contato com sais
biliares e pH alcalino
• Giardíase:
 280 milhões casos
sintomáticos/ano
 Cosmopolita
 “Diarréia do viajante”
 Período de incubação – 2
semanas a
meses
 Quadros diarréicos, com
cólicas abdominais,
emagrecimento
Entamoeba histolytica
• Descrita em 1875 na Rússia
• Disenteria amebiana
• Estimulam a produção de anticorpos
• Formas de vida durante o ciclo biológico:
 Cisto – Forma de resistência (propagação)
 Trofozoítos – Habitam a luz intestina
Cisto Trofozoíto
Entamoeba histolytica

• Ciclo multiplicativo - propagação;

• Ciclo patogênico – Invasão

da mucosa (sem multiplicação

e produção de novos cistos);


Hepatite A
• Vírus da Hepatite A (HAV) - Hepatite infecciosa
• Picornavírus (RNAfs+, não envelopado)
• Interage com receptor nas células hepáticas, não é citolítico
• Resistente a detergentes, meios ácidos (pH 1.0) e temperaturas de até 60º C, solventes (éter e
clorofórmio);
• Transmissão via fecal-oral (água e alimentos contaminados e mãos sujas), encontrado
em moluscos de águas contaminadas
 Eliminado nas fezes em grandes quantidades
• 15 – 50 dias de incubação
 Crianças: Doença branda, assintomática
 Adultos: hepatite de início abrupto
• Sintomas : febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas e vômito. Icterícia,
fezes amarelo-esbranquiçadas e urina com cor semelhante à da coca-cola.
• Diagnóstico: Sintomatologia, IgM/IgG anti-HAV
Rotavírus
• Reovírus – Família Reoviridae
• RNAfd, não envelopado
• Resistente a condições ambientais e gastrintestinais (detergentes, pH ácido,
ressecamento, etc)
• Gastrenterite – agentes mais comuns de diarréia infantil mundial
• Transmissão via fecal-oral
• Patogenia: Impede a reabsorção de água, causando perda de íons e
diarréia aquosa
• 15 – 50 dias de incubação
 Infecção em crianças – sintomática
 Infecção em adultos – assintomática
• Diagnóstico: Detecção do antígeno viral nas fezes
• Tratamento de suporte aos sintomas
BIBLOGRAFIA

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