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As Figuras de Pensamento fazem parte de um dos grupos das figuras de linguagem, ao lado

das figuras de palavras, das figuras de sintaxe e das figuras de som.

Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação, as figuras de pensamento


trabalham com a combinação de ideias, pensamentos.
Hipérbole

A hipérbole é uma figura de linguagem baseada no exagero intencional do


locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada, por exemplo:

Liguei para ele milhões de vezes essa tarde.


Sabemos que a pessoa tinha o intuito de enfatizar que ligou muitas vezes, entretanto, não chegou a 1 milhão, num pequeno
espaço de tempo, ou seja, durante uma tarde.

Estou com uma fome de leão.


Eufemismo

O eufemismo consiste na substituição de palavras ou expressões desagradáveis, impactantes e/ou fortes por
outras menos agressivas. Recorremos ao eufemismo quando necessitamos informar uma notícia desagradável
ou impactante. Quando utilizamos esse recurso de linguagem, estamos suavizando a ideia original.

Observe os exemplos:

Ele partiu para o andar de cima. (Ele morreu)


Paulo Henrique faltou com a verdade.
(Paulo Henrique mentiu)
PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO
Consiste na atribuição de características humanas a outros animais e/ou objetos
inanimados.

Observe os exemplos:
O tempo voa.
O vento grita e eu me calo.
O passarinho cantou a manhã toda.
ANTÍTESE
A antítese é uma associação de ideias contrárias por meio da aproximação de palavras e/ou
expressões com sentidos opostos e que contrastam entre si.

Observe os exemplos:

O amor é nada, o respeito é tudo.

Enquanto o amor for muito, o valor que se dá será pouco.


PARADOXO
O paradoxo é considerado por muitos estudiosos como uma antítese extremada. Caracteriza-se como a
apresentação de duas ideias excludentes. O que diferencia o paradoxo da antítese é que no paradoxo as
realidades opostas constituem uma situação fora da lógica do real. Veja os exemplos:

O silêncio do Barulho. / Entrar na água e não se


molhar. /
Alguns paradoxos já foram introduzidos ao cotidiano como, por exemplo, a expressão “Sonhar acordado”.

Observe outros exemplos:

Aprendi a confiar desconfiando.


Quanto mais eu amo, menos tenho amor.
GRADAÇÃO
Quando criamos uma sequência de palavras ou expressões com o intuito de gerar ideias de
progressões ascendentes ou descendentes, estamos recorrendo à gradação. Quando a
progressão é ascendente, a gradação é chamada de 'clímax'; quando é descendente, é
chamada de 'anticlímax'.

Observe o exemplo:

Ele chorou, gritou, esperneou.


APÓSTROFE

Apóstrofe é uma figura de linguagem realizada por meio do vocativo. Ela é muito utilizada
pelos poetas. Trata-se da interpelação de pessoas, sentimento ou objetos com o objetivo de
enfatizar uma ideia ou expressão. A apóstrofe caracteriza-se pela invocação do receptor da
mensagem, evidenciando a pessoa, o sentimento ou o objeto.

Observe o exemplo:

Ó, céus! Ó, vida! Ó, Senhor Deus!


Ironia

Produz um efeito contrário com intenção sarcástica, maliciosa e/ou de crítica, uma vez
que as palavras são utilizadas em sentido diverso ou oposto, por exemplo:

Ele é um santinho mesmo!


Dependendo do discurso dos falantes fica claro que a palavra “santinho”, foi utilizada
em sentido oposto, ou seja, não tem nada de santo, é malcriado.
1-(USF-SP) Leia estes versos:

“As ondas amarguradas


Encostam a cabeça nas pedras do cais.
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso”.

(Murilo Mendes)

A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é:

a) metáfora
b) antítese
c) hipérbole
d) aliteração
e) anáfora
2- (VUNESP) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura
de linguagem presente é chamada:

a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
3- (ENEM)

Cidade grande

Que beleza, Montes Claros.


Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.

(Carlos Drummond de Andrade)

Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a


a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.
b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

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