You are on page 1of 37

Introdução

Introdução

Estética ou Filosofia da Arte


O que é a Arte?
Introdução

Teorias essencialistas # Teorias não-essencialistas

(todas as obras de arte têm uma (não há uma característica comum entre as
característica comum e exclusiva) obras de arte, a sua definição depende de
fatores externos)

Arte como representação (teoria mimética)


Teoria institucional
Arte como expressão (teoria expressivista)
Teoria histórica
Arte como forma (teoria formalista)
Filosofia da Arte
Teorias essencialistas
Arte como representação

11º Ano
Arte como
representação
Arte como
representação

Teoria Mimética

A obra de arte imita a realidade através de vários


meios, como a cor ou o som, com o objetivo de
emocionar o espetador.
Arte como
representação
Arte como
representação
Arte como
representação

“imitar é natural nos homens desde a infância e nisto diferem dos outros
animais, pois o homem é o que tem mais capacidade de imitar e é pela
imitação que adquire os seus primeiros conhecimentos; a outra [característica]
é que todos sentem prazer nas imitações.”
Poética, Aristóteles, pp. 37-43
Arte como
representação

x é arte se é um objeto criado pelo ser humano e imita


acontecimentos ou ações com o objetivo de emocionar
o espetador.
Arte como
representação
Objeções

Contra-argumento

Se a arte é imitação, então todos os objetos que imitam


são arte, o que não é verdade.

Contraexemplo

A fotografia que não é artística e a Arte Abstrata.

Convergence (1952), Jackson Pollock


Arte como
representação

A arte como representação na atualidade:


X é arte se representa algo.

Objeção à arte como representação


A definição de representação é demasiado vaga e
subjetiva para distinguir o que é e o que não é arte.
Filosofia da Arte
Teorias essencialistas
Arte como expressão

11º Ano
Arte como expressão
Arte como expressão
Arte como expressão

Skrik (1893), Edvard Munch


Arte como expressão

X é arte se e só se X transmitir através de sinais exteriores as


emoções do artista e contagiar o público com essas mesmas
emoções.
Arte como expressão

“A arte começa quando uma pessoa, com o propósito de comunicar


aos outros um sentimento que experienciou, o invoca novamente
dentro de si e o expressa por certos sinais exteriores. (…) Desde que os
espetadores ou ouvintes sejam contagiados pelo mesmo sentimento
que o autor experimentou, trata-se de arte.”
O que é Arte?, Leon Tolstoi, pp. 66-68
Arte como expressão

Objeções

Contra-argumento
Se tudo aquilo que provoca emoções é arte, então quando um
objeto comum provoca emoções a alguém tem de ser considerado artístico,
apesar de este não ter sido criado ou intencionado como artístico, por
exemplo podemos emocionarmo-nos com um pôr do sol, mas isso não
significa que seja uma obra de arte.

Contraexemplo
As obras de Andy Warhol não expressam sentimentos nem emocionam
o público e, contudo, são consideradas como artísticas.

Campbell's Soup Cans (1962), Andy Warhol


Arte como expressão

A arte como expressão, segundo Collingwood

X é arte se e só se X transmitir através de sinais exteriores as


emoções do artista de modo a clarifica-las.
Filosofia da Arte
Teorias essencialistas
Arte como forma

11º Ano
Arte como forma

Arte emoções
provoca
(objeto com forma significante) estéticas

X é arte se e só se tem uma forma significante.


Arte como forma
“Chamamos obras de arte a objetos que provocam uma emoção particular.

Penso que a existência de um tipo particular de emoção, provocada por obras


de arte visuais, emoção causada por todos os géneros de arte visual (pinturas,
esculturas, edifícios, vasos, gravuras, têxteis, etc.), não é contestada por
ninguém que seja capaz de a sentir.

Esta emoção chama-se emoção estética [que é provocada pela] forma


significante. [Que são] as linhas e cores combinadas de um modo particular,
certas formas e relações de formas, que suscitam as nossas emoções estéticas.”
Arte, Clive Bell, pp. 22-23 [Adaptado]
Arte como forma

Tournesols (1888), Vincent Van


Gogh
Arte como forma
“Chamamos obras de arte a objetos que provocam uma emoção particular.

Penso que a existência de um tipo particular de emoção, provocada por obras


de arte visuais, emoção causada por todos os géneros de arte visual (pinturas,
esculturas, edifícios, vasos, gravuras, têxteis, etc.), não é contestada por
ninguém que seja capaz de a sentir.

Esta emoção chama-se emoção estética [que é provocada pela] forma


significante. [Que são] as linhas e cores combinadas de um modo particular,
certas formas e relações de formas, que suscitam as nossas emoções estéticas.”
Arte, Clive Bell, pp. 22-23 [Adaptado]
Arte como forma

Objeções
Contra-argumento

Justificação circular da emoção estética: A emoção estética é produzida


pela forma significante, mas a forma significante é aquilo que produz a emoção
estética.

Contraexemplo
Os ready-mades, como a Fonte de Marcel Duchamp, ou a música
4’33’’ de John Cage.

Fount (1917), Marcel Duchamp


Filosofia da Arte
Teorias não-essencialistas
Teoria institucional

11º Ano
Teoria institucional

Teorias essencialistas Não há uma essência da arte.


Teoria institucional

Teoria institucional
O estatuto de obra de arte é atribuído pelo mundo da arte.
Teorias não-essencialistas
As obras de arte definem-se por fatores externos.

Teoria histórica
O estatuto de obra de arte é reconhecido na relação com as obras precedentes.
Teoria institucional

Quando há arte?
Teoria institucional

Teoria institucional

George Dickie (1926-2020)

Artefacto Mundo da Arte “estatuto de obra de


como “candidato para Se for aceite,
Artista cria (quadro, música, apresenta ao (Galerias, editoras, arte”
apreciação” adquire
espetáculo, etc.) teatros, etc.)

X é arte se e só se for um artefacto ao qual foi atribuído, pelo mundo da arte, o estatuto de obra de arte.
Teoria institucional

“Os ready-mades de Duchamp levantam a questão – Se urinóis podem tornar-se obras de


arte, porquê que objetos naturais, como uma madeira flutuante, não podem?

Madeiras flutuantes e outros objetos naturais podem tornar-se obras de arte se alguma
sociedade ou algum subgrupo de uma sociedade atribuiu o estatuto de candidato à
apreciação.

De que maneira é atribuído o estatuto de candidato a apreciação? Um artefacto pendurado


em um museu de arte, uma performance em um teatro, e coisas semelhantes, são sinais
seguros de que o estatuto foi atribuído.”

Definindo Arte, George Dickie (pp. 174-176) [Adaptado]


Teoria institucional

Objeções
Contra-argumento

Justificação circular do estatuto de arte: Para aceitar que o


mundo da arte atribui o estatuto de arte, então teríamos que, desde
logo, admitir o que é arte para saber identificar o que é o mundo da
arte.

Contraexemplo

Arte urbana.

Ballon Girl (s/data), Banksy


Filosofia da Arte
Teorias não-essencialistas
Teoria histórica

11º Ano
Teoria histórica

Crítica à teoria institucional


O mundo da arte é ambíguo e impreciso.

Base teórica da teoria histórica


O titular de uma obra procura que esta seja reconhecida como
arte, assim como foram reconhecidas as obras antecedentes.

Jerrold Levinson (1948)

Intenciona Obras antecedentes


Artista Objeto seja Encarado como obra de arte como
que (História da Arte)
Teoria histórica

Objeções

Contra-argumento
Se a justificação das obras de arte é a sua relação com as obras
precedentes, então não podemos explicar a primeira obra de
arte.

Contraexemplo
Arte naïf.
The Blue Ship (1934), Alfred Wallis

You might also like