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CIDADANIA NO BRASIL: E OS

DIREITOS HUMANOS NA CF/88


PARTE I
CONCEITO DE CIDADANIA: Cidadão Pleno
e aquele que e titular dos três direitos
• Direitos Civis: São direitos fundamentais à
vida, liberdade, à igualdade perante a lei, o
direito de ir e de vir. São direitos que
defendem uma justiça independente. Direitos
de primeira geração ou dimensão.
CONCEITO DE CIDADANIA
• Direitos Políticos: Participação do cidadão no
governo da sociedade. Organização partidária,
votar e ser votados. No geral e o direito ao
voto.Não pode existir direitos políticos sem os
civis. ( DEMOCRACIA)
CONCEITO DE CIDADANIA
• Direitos Sociais: Garantem a participação na
riqueza coletiva. Direito à educação, à saúde,
ao trabalho, ao salário justo, etc.
EVOLUÇÃO HISTORICA E ALGUNS
DOCUMENTOS
• MAGNA CARTA INGLESA: ( INGLATERRA, 1215)
• FOI UM MARCO NA INSTITUIÇÃO DA
DEMOCRACIA E NA PRIMAZIA DOS DIREITOS
HUMANOS, AO TENTAR LIMITAR OS PODERES
DO MONARCA, ANTES PROVENIENTE DA
RELIGIÃO, SUBMETENDO-OS ÀS LEIS
EXISTENTES.
PRINCIPAIS ASPECTOS
• AS LIBERDADES DO CLERO E DA NOBREZA;
• AS RELAÇÕES DE TRABALHO SÃO PAUTADAS
NA LEI;
• A BASE DO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL;
• A LIBERDADE DE LOCOMAÇÃO;
BILL OF RIGHTS ( 1689)
• EXTINGUIU O REGIME ABSOLUTISTA;
SEPARAÇÃO DOS PODERES;
PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS;
DIREITO DE PETIÇÃO;
PROIBIÇÃO DE PENAS CRUEIS;
COMPETÊNCIA DO PARLAMENTO PARA
LEGISLAR
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA VIRGINIA
( EUA-1776)
• FOI O DIPLOMA PRECURSOR DO MOVIMENTO
DE INDEPENDÊNCIA AMERICANO. DECLAROU
QUE TODOS OS SERES HUMANOS SÃO LIVRES,
INDEPENDENTES E POSSUEM DIREITOS
INATOS: VIDA, PROPRIEDADE, LIBERDADE,
ETC.
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA VIRGINIA
( EUA-1776)
• TODO O PODER EMANA DO POVO;
• IGUALDADE PERANTE A LEI;
• ELEIÇÃO POPULAR;
• LIBERDADE DE RELIGIÃO
CONSTITUIÇÃO NORTE AMERICANA

• o constitucionalismo norte-
americano assenta-se na tese de que o povo é
o poder constituinte – reparar a famosa
fórmula “Nós, o povo...” contida no
preâmbulo da Constituição de 1787
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E
DO CIDADÃO ( 1789)
• REVOLUÇÃO FRANCESA: DECORRENTE DESTE MOVIMENTO,
HOUVE INOVAÇÕES A SABER:
AS LIBERDADES, OS DIREITOS INDIVIDUAIS E A IGUALDADE DOS
SERES HUMANOS;
A GARANTIA DA PROPRIEDADE PRIVADA;
O PRINCIPIO QUE NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O
DEFINA, NEM PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO LEGAL;
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA;
NINGUEM DEVE SER PUNIDO POR SUAS OPINIÕES PESSOAIS E
PRESTAÇÃO DE CONTAS POR PARTE DA ADMINSTRAÇÃO
PÚBLICA
DIREITOS SOCIAIS
• Segunda Geração ou Dimensão de Direitos:
CONSTITUIÇÃO MEXICANA ( 1917)
• DIREITOS TRABALHISTAS;
• LIBERDADES INDIVIDUAIS;
• DIREITOS POLÍTICOS;
• NÃO MERCANTILIZAÇÃO DO TRABALHO;
• IGUALDADE JURÍDICA ENTRE EMPREGADO E
EMPREGADOR;
• ACABOU COM OS MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO
DA PESSOA HUMANA
CONSTITUIÇÃO ALEMÃ DE 1919
• IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES
( FILHOS LEGÍTIMOS E ILEGÍTIMOS);
• GRATUIDADE DE MATERIAL ESCOLAR;
• NIVEL SOCIAL ADEQUADO A DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA;
• DIREITOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS;
E NO BRASIL?
• Período de 1500 a 1889:

• Este período segundo o autor, vai se


caracterizar por um lado pela unidade
nacional, criação de um sentimento de
“brasilidade”, mas por outro lado deixara
marcas de exclusão profundas.
E NO BRASIL?
• escravidão e um dos fatores desta exclusão. “Escravidão
e grande propriedade não constituíam ambiente
favorável à formação de futuros cidadãos”. Para o autor
de “Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a república que
não foi” tanto os escravos como os senhores não eram
cidadãos. Aqueles porque não possuíam os direitos civis
básicos e estes porque, embora fossem livres, votavam e
eram votados (“homens bons”), “faltava-lhes, no
entanto, o próprio sentido da cidadania, a noção da
igualdade de todos perante a lei”
NO BRASIL
• Outro ponto, e que, neste período não temos
uma participação ativa da sociedade no
processo eleitoral, em face da exclusão que
existia em dois níveis na sociedade: o
primeiro, o voto censitário (de acordo com a
renda) previsto na Constituição Outorgada de
1824, já o Brasil independente e o alto grau de
analfabetos no Pais. Este ultimo ira se
consumar na reforma eleitoral de 1881.
NO BRASIL
• Por isso em 1872, meio século após a
independência, apenas 16% da população era
alfabetizada. Segundo o autor, não era do interesse
da administração colonial, ou dos senhores de
escravos, difundir este instrumento de civismo e
participação popular. No período colonial, “os
direitos civis beneficiavam a poucos, os direitos
políticos a pouquíssimos, os direitos sociais ainda
não se falava, pois a assistência social estava a cargo
da Igreja e de particulares” (p.24).
NO BRASIL
• A exclusão dos analfabetos pela lei eleitoral de
1881, que tinham adquirido direito ao voto
pela Constituição de 1824, foi um enorme
retrocesso. Enquanto na Europa e nos Estados
Unidos, assistíamos a uma expansão e
consolidação dos direitos políticos, aqui o
Brasil caminhou para trás.
E na República?
• Como era o voto?
Brasil República
• . Esta situação se manterá inalterada ate meados
da década de 1930, pois a Constituição de 1891
manteve a principal barreira o voto, a exclusão
dos analfabetos. Continuavam também a não
votar as mulheres, os mendigos, os soldados, os
membros das ordens religiosas. “Na primeira
eleição popular para a presidência da República,
em 1894, votaram 2,2% da população”
Brasil República
• “para os amigos, pão; para os inimigos, pau”.
Ou então: “Para os amigos, tudo: para os
inimigos, a lei.” “Não havia justiça, não havia
poder verdadeiramente público, não havia
cidadãos civis. Nessas circunstâncias, não
poderia haver cidadãos políticos”
E os Direitos Sociais?
• E muito difícil em se falar de direitos sociais,
quando os direitos civis e políticos não
estavam consolidados. Para Carvalho, com
direitos civis e políticos tão precários, seria
difícil falar de direitos sociais. A assistência
social estava quase exclusivamente nas mãos
de associações particulares.
A Era Vargas: Evolução dos Direitos Sociais

• Os direitos sociais avançaram rapidamente, a partir da


criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio
e, com ele, a legislação trabalhista e previdenciária,
consolidada em 1943 com a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Ainda neste período, vamos ter a criação
dos institutos de previdência, salário mínimo, carteira
de trabalho, jornada de trabalho etc. Ressaltar que tais
garantias não foram estendidas para o trabalhador
rural. A questão do latifúndio se manteve ate então
inalterada.
Era Vargas: Evolução dos Direitos Civis e
Políticos
• Já os direitos políticos tiveram evolução mais
complexa, onde alternaram-se ditaduras e
regimes democráticos. Retrocesso?
PROMULGADA DE 1946( CONTEXTO
HISTÓRICO)
AFONSO ARINOS DE MELO FRANCO ACERVO
O GLOBO.
Período: 1945-1964
• O período de 1945 a 1964 pode ser considerado
a primeira experiência democrática em toda a
história do país. O voto popular foi estendido
(os analfabetos não estavam incluídos), mas já
temos o voto feminino e a justiça eleitoral.
Houve maior lisura nas eleições.
• Expansão dos Direitos Sociais;
• Consolidação dos Direitos Civis.
AS LIGAS CAMPONESAS
• Um dos pontos que mais mobilizaram a
sociedade durante os anos de 1945 a 1964 foi
à questão agrária. Com a criação da primeira
Liga em 1955 no engenho da Galileia em
Pernambuco, a questão do campo passa a
entrar na ordem do dia. Infelizmente, os dois
presidentes que tentaram levar a frente
projetos de reforma agrária (Jânio Quadros) e
(João Goulart) não terminaram seus mandatos.
Golpe Civil Militar de 1964
• Esta experiência terminou em 1964, com a
ditadura militar. Os direitos civis ficaram
prejudicados pelas ditaduras, sobretudo pela
suspensão da liberdade de expressão e de
organização. A organização sindical promovida
pelo regime ditatorial foi atrelada ao estado e
corporativa.
Golpe Civil Militar de 1964
• Retração dos Direitos Civis e Políticos. Avanços
no Social.
Regime Militar
• Com o advento do regime militar, José Murilo
nos demonstra uma contradição. De um lado,
temos uma retração nos direitos civis e
políticos. De outro norte, verificamos uma
ampliação nos direitos sociais.
Regime Militar
• O caso mais emblemático neste período, em
minha opinião e corroborando com o autor e
que os trabalhadores rurais passaram com o
advento do Fundo de Assistência Rural
(Funrural), a ter finalmente direito a
aposentadoria e pensão, além de assistência
médica
Regime Militar
• As reformas estruturais (agrária, urbana,
tributaria) ficaram no esquecimento.
Regime Militar: Transição: 1974
• Do ponto de vista da cidadania, os 21 anos de
governo militar, “houve retrocessos claros,
houve avanços também claros, a partir de
1974, e houve situações ambíguas”. Os
governos militares repetiram a tática do
Estado Novo, no que refere-se à relação entre
direitos sociais e políticos, ou seja: ampliaram
os direitos sociais ao mesmo tempo em que
restringiram os direitos políticos.
Regime Militar: Transição: 1974
• Desta forma, pode-se dizer que o
autoritarismo brasileiro pós-30 sempre
procurou compensar a falta de liberdade
política com paternalismo social. Obviamente,
logo após o fim do “milagre econômico” a
situação tendeu-se a mudar.
TRANSIÇÃO: 1985
• . A constituição de 1988 pode ser considerada
a mais liberal e democrática que o país já teve,
recebendo por isso por designação de Ullysses
Guimarães a denominação de Constituição
Cidadã. Nesta constituição, a garantia dos
direitos civis era preocupação central. Em
1989 tivemos a primeira eleição direta para
presidente desde1960. Os direitos políticos
adquiriram amplitude nuca antes atingida.
Constituição de 1988
• No entanto, “a democracia política não
resolveu os problemas econômicos mais
sérios, como a desigualdade e o desemprego.
Continuam os problemas da área social,
sobretudo na educação, nos serviços de saúde
e saneamento, e houve agravamento da
situação dos direitos civis no que se refere à
segurança individual”.
DIREITOS HUMANOS E A CF/88
• O sistema brasileiro de direitos
humanos/fundamentais:
• Trataremos do tema em quatro momentos: o
sentido da Constituição de 1988; a ideia de
sistema jurídico; a concepção de direitos
fundamentais abrigado pela Constituição; e o
rol dos direitos constitucionalmente
consagrados.
O sentido da Constituição de 1988
• A Constituição é mais que um documento
legal. É um documento com intenso
significado simbólico e ideológico – refletindo
tanto o que nós somos enquanto sociedade,
como o que nós queremos ser",
• Assim, a Constituição de 1988 representa a
visão de mundo, de Estado, de sociedade e do
cidadão que, pelo exercício do Poder
Constituinte, adotamos como rota e destino
para o nosso país e povo
O QUE DIZ O NOSSO PREÂMBULO?
• Como diz o preâmbulo da Constituição, somos um
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias.
FUNDAMENTOS
• Por outro lado, tendo a cidadania e a
dignidade da pessoa humana como
fundamentos (art 1º.)
• A dignidade da pessoa humana é outro
fundamento da República Federativa do Brasil
e consiste no valor-fonte do ordenamento
jurídico, a base de todos os direitos
fundamentais. Trata-se de princípio que coloca
o ser humano como a preocupação central
para o Estado brasileiro: a proteção às pessoas
deve ser vista como um fim em si mesmo.
• Segundo o STF, a dignidade da pessoa humana
é princípio supremo, “significativo vetor
interpretativo, verdadeiro valor-fonte que
conforma e inspira todo o ordenamento
constitucional vigente em nosso País e que
traduz, de modo expressivo, um dos
fundamentos em que se assenta, entre nós, a
ordem republicana e democrática consagrada
pelo sistema de direito constitucional positivo.”
• Em razão da importância do princípio da
dignidade da pessoa humana, o STF já o
utilizou como fundamento de diversas
decisões importantes. A seguir, comentaremos
os principais entendimentos do STF acerca da
dignidade humana:
• O STF considerou legítima a união
homoafetiva como entidade familiar, em razão
do princípio da dignidade da pessoa humana e
do direito à busca pela felicidade. Segundo a
Corte:
• a extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico
aplicável à união estável entre pessoas de gênero distinto justifica-se
e legitima-se pela direta incidência, dentre outros, dos princípios
constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da
segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que
consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, numa
estrita dimensão que privilegia o sentido de inclusão decorrente da
própria Constituição da República (art. 1º, III, e art. 3º, IV),
fundamentos autônomos e suficientes aptos a conferir suporte
legitimador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do
mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar”. (E 477554
MG, DJe-164 DIVULG 25-08-2011 PUBLIC 26-08-2011 EMENT VOL-
02574-02 PP-00287.)
OBJETIVOS
Temos também o artigo art. 3º. Que entre os
seus pontos revelam um compromisso
inafastável com a promoção e proteção dos
direitos humanos como eixo de legitimidade do
Estado Brasileiro quais sejam:
• •  a construção de uma sociedade livre, justa
e solidária; •  garantia o desenvolvimento
nacional; •  erradicação da pobreza e da
marginalização e redução das desigualdades
sociais e regionais; •  promoção do bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
PRINCIPIOS
• PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS
QUAIS SÃO ESSES DIREITOS?
• SÃO ESPECIES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS:
•  
• OS DIREITOS INDIVIDUAIS;
•  
• OS DIREITOS COLETIVOS;
•  
• OS DIREITOS SOCIAIS;
•  
• OS DIREITOS DE NACIONALIDADE;
•  
• OS DIREITOS POLÍTICOS OU ELEITORAIS E OS PARTIDOS POLÍTICOS.
•  
• INSTRUMENTOS PROTETIVOS FRENTE À PROTEÇÃO ESTATAL.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Revela-se intensa a preocupação do


constituinte brasileiro com o resguardo dos
direitos e das garantias fundamentais
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Embora o Título II da CRFB/88 expressamente


disponha acerca dos direitos e garantias
fundamentais, verdade é que os mesmos
encontram-se dispersos por todo o texto
constitucional, como será apresentado.
•  
DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS
– GERAÇÕES DE DIREITOS
• Historicamente, os direitos fundamentais
podem ser agrupados, por mera finalidade
acadêmica, em gerações (ou dimensões).
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Direitos de 1ª dimensão: representam a


afirmação dos direitos de liberdade, ou seja,
todos aqueles direitos que tendem a limitar o
poder do Estado e a reservar para o indivíduo,
ou para os grupos particulares, uma esfera de
liberdade em relação ao Estado.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Direitos de 2ª dimensão: com um Estado


extremamente liberalista, emergiu a
necessidade de trazer a atuação estatal
novamente à tona, de modo a restringir tais
liberdades, com vista à prestação de garantias
mínimas de existência digna à todos do povo,
sem discriminações.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Direitos de 3ª dimensão: Os direitos de


terceira dimensão tutelam a humanidade
como um todo.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Fala-se, por primeira vez, da tutela aos direitos


transindividuais, ou seja, aqueles que
ultrapassam a esfera individual da pessoa,
consubstanciando-se nos direitos difusos,
coletivos e individuais homogêneos
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Os direitos de solidariedade (ou fraternidade)


DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

– CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


• Historicidade: os direitos fundamentais estão
em constante evolução histórica, desde os
primordios da civilização ocidental;
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Universalidade: os direitos fundamentais não


se destinam apenas a alguns, mas a todas as
pessoas humanas;
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Concorrência: os direitos fundamentais


podem coexistir, isto é, podem ser
manifestados conjuntamente.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

• Irrenunciabilidade: os direitos fundamentais


não são passíveis de renúncia por parte de
seus titulares. Saliente-se que nada impede
que uma pessoa deixe de exercer
determinado direito temporariamente, mais
isto não implica (e nem poderia) em renúncia
ao mesmo.
A cláusula de abertura dos direitos
fundamentais
• Para além do princípio da aplicabilidade
imediata, a Constituição adotou uma clausula
de abertura no que toca ao reconhecimento
dos direitos fundamentais.
• Essa cláusula também está prevista no art. 5º.,
em seu parágrafo segundo estabelecendo que
os direitos e garantias expressos na
Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados,
ou, de forma original, dos tratados
internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte
POSIÇÃO DO STF
• Aliás, nesse mesmo sentido, já entendeu o STF
que o rol dos direitos fundamentais (que são
cláusulas pétreas – art. 60, §4o ,inciso IV da
CRFB/88) é meramente exemplificativo, visto
que podemos depreender novos direitos
implicitamente como também pela
incorporação de tratados internacionais de
direitos humanos (art. 5 §§ 2o e 3o da
CRFB/88).
MUITO OBRIGADO

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