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MESTRADO EM CI~E

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO


1ª EDIÇÃO 2017

MODULO DE TEORIA E DESENVOLVIMENTO


CURRICULAR
  Orientador: Alfredo María de Jesus Paulo PhD.
(Professor Associado)

Huambo, 2017
Tema 1. Antecedentes
históricos e tendências
curriculares.
Objectivo:

• Estabelecer a relação entre a origem e o


desenvolvimento da teoria curricular com
o desenvovimento histórico -social.
Raízes da teoria curricular.
• Século XI. Alta Idade Média: indícios que
anunciavam surgmento de uma nova
formação económico-social.

Novas actividades económicas

Oficinas de Intercâmbio de
manufatureiros produtos
Surgimento dos Intercâmbio de
grêmios Ideias
Raízes da teoria curricular.

Novas actividades económicas

Renascer dos núcleos urbanos e a


aparição de novas cidades

Base da economía mercantil


Raízes da teoria curricular.
O desenvolvimento dos negócios exige

Uma instrução básica a certas capas sociais


porque têm que saber ler, escrever, contar e falar o
francês que era a lingua de comércio.

Deslocamento da instrução

Dos monasterios Das cidades


Raízes da teoria curricular.

“Os Professores podem ensinar um ao lado do


outro sem que estejam submetidos a uma
disciplina comum; os alunos vão de um a outro,
passam de cidade em cidade – interagindo com
perigrinos e transeuntes o uso dos caminhos,
cada vez mais frequentados -, e esta mesma
diversidade é fecunda.” (Perroy, E. 1966)
Raízes da teoria curricular.
Século XII: Primeiras associações ou grêmios
de professores e alunos para organizar o
ensino nos centros urbanos.

Surgem os studium
Os títulos tinham validade em distintas
regiões da Europa.
Os alunos
Procediam de uma organizavam-se por
extensa área geográfica nacionalidades
Raízes da teoria curricular
Séc. XII: Os studium começam a chamar-
se “universitas”.

Aparecem as primeiras
universidades:

Bolonia - 1119
París- 1150
Oxford - 1167
Currículum

• É denominado assim ao tempo de estudo que


compreendiam as artes liberais e a continuação
de estudos numa das três faculdades especiais
nas primeiras universidades.
• Posteriormente foi assim chamado ao ciclo de
conferência que ditavam os professores.
Currículum

• O vocábulo currículum procede do latím e


etimológicamente significa, corrido,
carreira, o que está sucedendo ou
ocorrendo.
Currículum: novas significações
• Século XVI : Era denominado currículum ao
tempo consignado em cada ano para assistir e
ouvir as lecções em colégios e universidades.

• Século XVII: Era denominado currículum a


colecção dos tratados principais que ensinava
uma faculdade nas universidades ou nos
colégios e escolas públicas.
Início da teoria curricular
• Século XX : Desenvolvimento industrial nos
Estados Unidos: era necessário preparar os
estudantes com eficiência a fim de incorporá-
los na vida produtiva com melhor
conhecimento dos processos industriais.

Franklin Bobbit (1918) definiu ao currículum


como “curso de estudos ou estrutura de
conhecimentos organizados de modo que dê
resposta efectiva a esta necessidade
económica”.
Início da teoria curricular
• Franklin Bobbit, elaborou o primeiro tratado
sistemático em relação a esta temática em
"The curriculum" (1918) e "How Make de
Curriculum" (1924)
• Frederick Winslow Taylor, estabeleceu um
modelo ao nível instrucional que responde as
necessidades da indústria.
• , J. B. Watson, expôs sua concepção condutista
a partir de um texto escrito em 1913,
denominado “A Psicologia desde o ponto de vista
conductista”
Inicio da teoria curricular
A preocupação pelo currículo e sua teoría é
incentivada por conveniências económicas e
não apenas por um imperativo intelectual.

• A Pedagogia, a Psicologia ou a Filosofia da


Educação da época de alguma maneira
reflectiam também estas contingências
sociais.
A teoria curricular
• Depois da Segunda Guerra Mundial, o
desenvolvimento da teoría curricular dá sequência
com Ralph Tyler (1949), quem estabelece as
bases teóricas que dominaram seu estudo em
diferentes perspectivas teóricas.

• "Principios básicos do Currículo" (1949) de Tyler e


posteriormente "Elaboração do Currículo" (1962)
de Hilda Taba, ambos norte americanos.
A teoria curricular
A educação e essas exigências da força de trabalho
que reclama a indústria para seu desenvovimento
têm os seguentes fundamentos:
• Filosofia Educativa (pragmática)

• Sociologia da Educação com visão funcionalista em


que resulta relevante a teoría do capital humano.
• Uma Psicologia com bases fisiológicas sustentada no
método experimental.
• Uma teoría da administração que mostra sua
comprovada eficâcia no desenvolvimento da indústria
e que considera possível aplicar a diversas esferas
sociais, entre elas, a escola.
Resumindo:
• A teoria curricular em seus antecedentes e na fase
inicial esteve fortemente vinculada aos processos
sociais das épocas em que foram surgindo.

• Sua evolução e a diversidade de significados que


pelo seu uso foi adquirindo, justificam o carácter
polissêmico do termo que ainda nos dias de hoje
persistem no seu uso.
• Tendências, correntes e teorias curriculares.
Objetivo:

• Analisar criticamente as diferentes tendências


curriculares.
Tendências, correntes…
• A categoria tendências constitui uma construção do
pensamento teórico que capta o modo em que se
produz o movimento na realidade objectiva.
• O movimento dos objectos, processos e fenómenos da
realidade podem ser numa direcção progressiva,
regressiva ou que se distanciam da direcção principal
ou directriz do desenvovimento.
• Trata-se de distinguir aquelas formas que se
caracterizam pela sua essência e universalidade.
• A determinação de tendências no desenvolvimento do
conhecimento científico têm que ter em conta a inter
relação dos níveis empíricos e teóricos da ciência.
Tendências, correntes...
Direcção principal ou directriz
TENDÊNCIAS
do desenvovimento

Conjunto de teorias que têm


CORRENTES uma mesma base conceptual.

É a forma mais madura de


pensamento e de
TEORIA
sistematização do
conhecimento científico.
Tendências, correntes e teorias
curriculares
• As correntes curriculares - constituem diferentes
construções teóricas que sincronizam
interpretações da educação fundamentada em
teorias e orientações teóricas de natureza
psicológica, pedagógica, sociológica, filosófica,
antropológica ou epistemológica.

• As teorias curriculares - reflectem o nível de


estruturação teórica das ciências da educação e ao
mesmo tempo fazer face ao contexto histórico –
social e a prática educativa.
Tendências, correntes e teorias
curriculares

• Tendência academicista.
• Tendência humanista.
• Tendência tecnológica.
• Tendências contemporâneas.
Tendência academicista. Algumas
definições.
• “Curriculum são todas aquelas experiências,
actividades, materiais, métodos de ensino e
outros meios empregues pelo professor ou tidos
em conta no sentido de alcançar os fins da
educação” (UNESCO, 1958)
• “Curriculum não se refer ao que o estudante fará
numa situação de aprendizagem, senão apenas
o que será capaz de fazer como consequência
do que aprendeu... Curriculum se relaciona com
resultado e não com episódios de aprendizagem”
(Johnson, 1967)
Programa de estudo, Plano de estudo,
Resultado.
Tendência academicista
 O currículo é tido como sequência de materiais ou
disciplinas, onde se recolhe a informação necessária
para o estudante.
 Tende a privilegiar o processo de ensino e o papel
dirigente do professor em detrimento da
aprendizagem;
O Aluno é mais propenso a executar acções cognitivas
em detrimento de criar ou recriar o conhecimento,
incidindo assim no desenvolvimento de um estilo de
aprendizagem caracterizado por estratégias de
memorização - reprodução mecânica e acumulação
de conhecimentos.
Tendência humanista. Algumas
definições

“... uma tentativa para comunicar os


princípios e carateristicas essenciais de um
propósito educativo de forma tal que
permaneça aberta a discussão crítica e
possa ser transladada efectivamente à
prática” (Stenhouse, L. 1983)
Tendência humanista. Algumas
definições

 A síntese de elementos culturais (conhecimentos,


valores, costumes, crenças e hábitos) que
conformam uma proposta político educativa,
pensada e impulsada por diversos grupos e
sectores sociais, cujos interesses são diversos e
contraditórios; ainda que alguns tendam a ser
dominantes ou hegemónicos e outros tendam a
opôr-se e resistir a tal denominação a qual se
sobrepõe através de diversos mecanismos de
negação ou imposição social...” (Alicia de Alba,
1988).
Tendência humanista.
• Se manifiesta através daquelas correntes e
teorias cujo modelo pedagógico está centrado na
aprendizagem altamente individualizada do
estudante.
• O professor , mais que dirigir o processo, é um
administrador de experiências de aprendizagem;
o aluno intervêm activamente no que deseja
aprender, decide o que quer e a partir disso, o
professor estrutura seu ensino.
• O aluno tende a desenvolver um estilo de
aprendizagem de elaboração personalizado.
Tendência tecnológica. Algumas
definições

“Ciência aplicada ou discussão tecnológica


cujo objecto é a administração de planos
para produzir aprendizagens intencionais no
macro, meso e micro nivel do sistema
escolar ou subsistema institucionalizado
para este efeito pela sociedade desde este
ou é sua acção como coadijuvante dos
outros agentes educativos…” (Soto G. Viola,
1981)
Tendência tecnológica.
• É caracterizado por desenvolver não um tipo de
programa, senão uma tecnología para aplicar a
construção de programas. Procura ser um modelo
para a construção do currículo.
• Administração não flexivel, operacionalização,
instrumentos, uniformidade.
• Quando se aplicam as concepções tecnológicas
despersonalizadas no processo, o professor
tende a converter-se paulatinamente num
aplicador acrítico de técnicas ou tecnologías,
dado pela descontextualização do processo e a
ausência de reconhecimento do papel activo e
responsável dos alunos perante sua própria
aprendizagem.
Tendência tecnológica.
• Hoje estamos em presença de um impetuoso
desenvolvimento da informática e os meios de
comunicação; e a educação assume este desafio
incorporando as novas tecnologías no processo de ensino
aprendizagem em função do desenvolvimento integral da
personalidade do homem (Crianças e jovens).
• O uso dos meios tecnológicos são integrados com a
tendência humanista de fundamentação dialéctica para
dar passos a uma tendência integradora.
Tendência contemporânea.

 O currículo como projecto educativo.


 O currículo como estudo do conteúdo de
ensino.
 O currículo como sistema tecnológico de
produção .
 O currículo como reconstrução do
conhecimento e proposta de acções.
O currículo como projecto educativo.
“Projecto de formação e um processo de realização
através de uma série estruturada e ordenada de
conteúdos e experiência de aprendizagens que
articuladas em forma de proposta política
educativa propugnam diversos sectores sociais
interessados num tipo de educação particular com
a finalidade de produzir aprendizagens
significativas traduzidas em formas de pensar,
sentir, valorar e actuar frente aos problemas
concretos que estabelece a vida social e laboral de
determinado um país.” (Otmara González P, 1993)
O currículo como projecto educativo.

“Currículum é um projecto educativo global que


assume um modelo didáctico conceptual e possuí
a estrutura de seu objecto: o ensino aprendizagem.
Têm carácter de processo que expressa uma
natureza dinâmica ao possuir seu objecto, relações
interdependentes com o contexto histórico social,
da ciência e os alunos, condições que lhe permitem
adaptar-se ao desenvolvimento social, as
necessidades do estudante aos progressos da
ciência.” (Rita Marina Álvarez de Zayas, 1995)
O currículo como projecto educativo.

“Currículum é um projecto educativo integral com


carácter de processo, que expressa as relações
de interdependência num contexto histórico social;
condição que permite ser redesenhado
sistemáticamente em função do desenvolvimento
social, a evolução da ciência e necessidades dos
estudantes traduzidas na educação do cidadão
que se aspira formar.” (Fátima Addine Fernández,
1995)
O currículo como projecto educativo.
• Responde a:
• Realidade político social;
• exigências científico - metodológicas gerais e
particulares;
• contexto macro-social e institucional;
• um grupo escolar e de professores;
• um sujeito em interaçção com esse contexto.
• O currículo como projecto educativo requer uma
permanente adequação, o que exige uma alta
profissionalidade dos professores, directores e
funcionários.
O currículo como estudo do conteúdo
de ensino.

• Esta posição está relacionada com a


necessidade de um plano temático, fixa
certas metodologías e actividades para
alcançar os objectivos.
• Esta concepção foi desenvolvida desde
a idade Média até a metade do século
XIX e continua ser usada na actualidade.
O currículo como sistema tecnológico de
produção

• Esta concepção propõe que os


resultados da aprendizagem sejam
traduzidos em comportamentos
específicos definidos
operacionalmente a partir de
objectivos.
• Surge nos Estados Unidos, na
década de 60.
O currículo como reconstrução do
conhecimento e proposta de acções

• Este centra o problema curricular na


análise da prática e na solução de
problemas a partir da unidade entre
a teoría e a prática.
Conclusões
• A análise das tendências no campo da
teorização curricular evidencia que em
alguma medida, estas reflectem as
exigências do desenvolvimento social e
educativo no seu momento histórico
concreto.
Desenho curricular
Bases e fundamentos teóricos do currículo.
Objectivo

• Revelar o significado dos fundamentos e


as bases do currículo para o desempenho
do professor (universitário).
Bases e fundamentos? Bases ou
fundamentos?

1. A quê chamamos base e a quê


chamamos fundamentos
curriculares?
2. Que interação se produz entre as
bases e os fundamentos a partir das
funções de cada um deles?
Bases e fundamentos.
BASES FUNDAMENTOS

Conjunto de condições  Orientam a análise das


objetivas e subjectivas, condições socio-
de carácter económico, económicas.
político, científico,
educacional, cultural em  Orientam a construção
geral. currículo.

A natureza complexa do processo educativo e o


desenvovimento das ciências da educação
convertem o desenho curricular num processo
científico. O professor deve ser um especialista
da educação.
O Significado dos fundamentos e as bases do
currículo para o desempenho do docente
1. ORIENTAR
PARA A PRÁTICA
FINALIDADES DOS DE MANEIRA
FUNDAMENTOS CONSCIENTE.
TEÓRICOS DO
CURRÍCULO

Como pode um docente propôr-se a desenvolver


transformações na sua prática curricular, se desconhece os
fundamentos em que se sustentam?
2. PROPICIA UMA
ATITUDE DE
FINALIDADES OS MUDANÇA AOS
FUNDAMENTOS EDUCADORES .
TEÓRICOS DO
CURRÍCULO

A partir do domínio das bases curriculares e


dos fundamentos teóricos que o sustentam, o
professor poderá detectar os problemas reais e
efectuar as adequações necessárias.
As bases e fundamentos são utilizadas
em todas as etapas da construção de um
currículo
• Desenho curricular
• Desenvovimento (aplicação ou execução)
• Avaliação (controlo, ajuste e correção).
Bases e fundamentos.
BASES CURRICULARES
Política - Económica - Social
(REALIDADE DE UM PAÍS)

FUNDAMENTOS CURRICULARES
Filosóficos / Socio-culturais /
Psicológicos / Epistemológicos /
Pedagógicos
(SISTEMA EDUCATIVO)

CURRÍCULO
Desenho / Desenvovimento/ avaliação
INSTITUIÇÃO EDUCATIVA
Fundamentos teóricos. Filosóficos.
• sustêm uma concepção da vida e um ideal do
homem que se queira formar, orienta a finalidade
educativa. Influenciam na concretização das
correntes e tendências presentes quanto a:

– Objectivos formativos gerais.


– Organização, sistematização e selecção dos
conteúdos.
– Relação teoria – prática.
– Em essência, orienta o papel que desempenha
a prática transformadora e conduz a resposta:
Quem somos? e onde vamos?
Exemplo de elaboração: Fundamentos Teóricos
Gerais
FILOSÓFICOS

• Dialéctica Materialista como teoría de desenvovimento,


lógica e teoría do conhecimento.
• Relação Sociedade – Homem – Educacação.
• Vínculo Cultura – Identidade – valor.
Fundamentos teóricos. Sócio-culturais.

• Incluem um contexto mais amplo, que é a


sociedade, os valores e atitudes que estão
presentes no seu desenvolvimento e aqueles que
deve desenvolver a instituição escolar para
incorporar no currículo os elementos da cultura
que por transmitir no curso.
• Os fundamentos sociológicos devem caracterizar
o ideal da sociedade, da universidade, do
egressado e outros que evidenciam as relações
sociológicas num contexto cultural determinado.
Exemplo de elaboração: Fundamentos
Teóricos Gerais.

SOCIOLÓGICOS

 Educação: Interação da escola com a sociedade.


 Carácter de projecto da educação.
 Formação de valores sócio-históricos, ideológicos
culturais.
 Contextualizar o processo de ensino aprendizagem.
Fundamentos teóricos. Psicológicos.

 Orientam o processo metodológico da


aprendizagem.
 Nos fundamentos de um projecto curricular, a
tendência psicológica que se adopte,
desempenha um papel essencial.
 Há um grande número de correntes e
tendências psicológicas e cada uma delas
propõe determinadas concepções em quanto a:
O quê é a aprendizagem? E como deve ser
enfocada?
Exemplo de elaboração: Fundamentos
Teóricos Gerais.
PSICOLÓGICOS
• Actividade – comunicação – relações inter perssoais
baseados na escola Histórico – Cultural
• Aprendizagem desenvolvedora:
- Experiência intelectual e emocional;
- Processo de participação , colaboração e interacção;
- Trânsito de:
dependência – independência
regulação – auto regulação
Fundamentos teóricos. Epistemológicos

• Orienta como organizar o conhecimento, uma


vez definidos fundamentos filosóficos,
psicológicos e sócio-culturais, através da
escolha ou afilhação a um paradigma ou
enfoque determinado para abordar o tema
desde o ponto de vista científico.
• Permite delimitar as áreas límites da formação
curricular de que se trate.
Exemplos de elaboração: Fundamentos
Teóricos Gerais
EPISTEMOLÓGICOS

 Cência: Sistema de conhecimentos em


desenvolvimento (método)- forma de
actividade social e institucional social.
 Instrumental teórico-metodológico dos
modos de actuação profissional
pedagógico.
 Conteúdo de ensino aprendizagem.
Fundamentos teóricos. Pedagógicos

 Estão relacionados com a forma de conceber o


processo de educação e o papel das diferentes
instituições no mesmo.

 Nos fundamentos de um projecto curricular, a


tendência pedagógica que se adopte,
desempenha um papel essencial, e esta por
sua vez, tem uma conexão directa com a
tendência psicológica, que se escolha.
Fundamentos teóricos. Didácticos.
Em relação com as correntes e tendências, os fundamentos podem variar,
perém no geral atendem ao papel do professor e do estudante no processo
de ensino aprendizagem:
 Ensino pouco centrado no estudante.
• Professor como protagonista, actitude passiva do estudante,
transmissão de conhecimentos acabados, e sem contextualizar;
• Planos de estudo carregados de disciplinas (cadeiras) mesmo sem
relação entre sí ou com a formação;
• Objectivos de aprendizagem em termos de produtos, entre outras.
 Ensino centrada no estudante.
• O estudante como centro de toda a acção educativa, como sujeito
activo de sua própria aprendizagem;
• Isto permite que a concepção curricular seja mais flexíível pois se
incluem temáticas de interesse, a organização do conteúdo tem um
carácter globalizador, possibilitando que o curso construa seu
currículo em estreita relação com o contexto sócio - cultural e os
interesses e necessidades do estudante e com sua participação na
solução dos problemas.
Exemplo de elaboração: Fundamentos Teóricos
Gerais.
PEDAGÓGICOS E DIDÁCTICOS
 Escola: centro cultural de socialização e de formação
profissional.
 Modo de actuação: eixo articulador do currículo e estratégia
de aprendizagem.
 Professor: educação integral dos estudantes; Estudantes:
protagonistas de sua aprendizagem.
 Interdisciplinariedade: perspectiva epistemológica, social e
educativa.
 Tecnologías da informação e comunicação no processo
pedagógico.
 Prática educativa: fonte de problemas profissionais.
Conclusões
• Na Educação Superior, dada a sua natureza, por ser
promotora de mudanças e transformações no mais amplo
espetro educativo, e pelo papel que historicamente
desempenhou, de impulsora e guia das transformações
educativas e de investigações sociais, se lhe é acrescida a
importância de análises e determinação das bases e
fundamentos curriculares.

• Na actualidade, existe um consenso bastante generalizado,


na literatura curricular, a cerca do que se entende e como
são assumidas as bases e os fundamentos do currículo.
Desenho curricular.

Dimensões curriculares.
Objectivo:

• Analisar as principais opiniões sobre as


dimensões curriculares.
Dimensões curriculares.

São as direcções que orientam a


elaboração e constatação de um currículo.
Dimensões curriculares.
Para Carmen Lizcano de
Guerrero (Colombia)

Administração
Planificação
Execução
Avaliação
Dimensões curriculares.
Tendência que predomina nesta
posição da autora:

Primeiro é elabrado todo o projecto


teórico, desde a administração central,
por especialistas preparados para o
efeito, e depois é aplicado.
Dimensões curriculares.
Desenvolvimento
Desenho Curricular
Curricular

Projecto que recolhe Concretização,


as intenções e o efectivação prática e
plano de acção. adaptação a situações
concrectas

Miguel Ángel Zabala (1991)


Dimensões curriculares.
DESEVOLVIMENTO CURRICULAR

PROGRAMA PROGRAMAÇÃO
Documento oficial. Reflexão sobre o que
deve ser o trabalho do
Ponto de partida. professor

Miguel Ángel Zabala (1991)


Dimensões curriculares.
Gerais

Desenho
curricular
Desenvolvimento
curricular
Avaliação
curricular
Dimensões curriculares.
Desenho curricular

• É a tradução de um ideário
educativo a uma possibilidade de
realização.
• É a relação entre a intenção e a
acção.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular

• É currículo pensado.
• É o plano que se concebe, no qual
está expresso o enfoque educativo
desejado.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular. Compreende:

• Determinação das bases e fundamentos


curriculares.
• Critérios de: professores, usuários e
especialistas, população e sector da população
que utilizará os benefícios do graduado.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular. Compreende:

 Diagnóstico de necessidades.
 Determinação de problemas
profissionais.
Dimensões curriculares.
Desenho curricular. Compreende:

• Construção do modelo de
egressado.
• Plano de Estudo ou plano curricular.
• Elaboração de programas e
actividades curriculares.
Dimensões curriculares.
Desenvolvimento curricular.

• Se organiza e desenvolve o processo de


ensino aprendizagem, o currículo "cobra
vida", e em grande medida são
materializados os fins do projecto social
e da política educacional.
Dimensões curriculares.
Desenvolvimento curricular.

 É a dimensão dinâmica do currículum,


na que o projecto se identifica com o
próprio processo educativo .
 É o currículo vivido
Dimensões curriculares.

Avaliação curricular.

 Possui o sentido de retroalimentar o próprio


projecto.
 A avaliação não é um acto final, decorre ao
longo do desenvolvimento do próprio projecto,
nas suas diversas fases.
Dimensões curriculares.

Avaliação curricular.

 É processo, exigência intrínseca do


projecto curricular, em que é avaliado
todo o desenhado desde a concepção
teórica do projecto até ao
desenvolvimento e resultados.
Conclusões.

O Enfoque de currículo como projecto ancora


uma posição investigativa frente ao processo
de ensino aprendizagem. Assim o currículo
não é apenas um programa ou um desenho,
como engloba seu desenvolvimento e
avaliação; e quem o elabora não é
unicamente um desenhador, senão um
docente-investigador .
Conclusões

Esta concepção curricular requer


professores e dirigentes com pensamento
flexivel, com uma alta profissionalidade,
com uma actitude anticipada, de futuro,
aberta a mudança, uma atitude crítica com
a própria concepção e prática de suas
acções, só assim podem ser assentadas
as bases para se aproximar a um
processo de ensino - aprendizagem de
excelência.
Desenho curricular. Etapas.
Objectivos
• Analisar as definições do desenho
curricular.
• Introduzir as etapas do DC.
Desenho curricular. Definições
 “É a identificação dos elementos do currículo,
os princípios de organização e as condições
administrativas.” Hilda Taba (1976)
 “O desenho dá resposta a quatro perguntas
principais:
 Quê fins deseja alcançar a escola?
 Quê condições oferece para alcançar estes
fins?
 Como é possível alcançar estes fins?
 Como podemos comprovar que foram
alcançados os objectivos propostos?” Ralph
Tyler (1979)
Desenho curricular. Definições
• “É a forma ou esquema de racionalização
que deliberadamente se utiliza no processo
(desenvolvimento) ou fases diferenciadas do
mesmo.” Frida Díaz Barriga (1992)

• “Agrupa uma acumulação de decisões que


dão forma ao currículo e a acção: é a ponte
entre a intenção e a acção , entre a teoría e
a prática.” Gimeno Sacristán (1994)
Desenho curricular. Definições

• “… é o processo que mediatiza o mundo


da vida com o mundo da escola e que
precisa o resultado que se espera
alcançar na formação do escolar.”
Álvarez de Zayas (2004)
Desenho curricular. Funções
 Planificação: construção de um modelo ou
tipo de profissional que possa enfrentar um
conjunto de problemas existentes na
realidade social.
 Organização: ordenamento dos distintos
aspectos da cultura para que possam
desempanhar um papel activo e eficâz na
formação do profissional, gerando um
movimento do sistema científico e cultural em
geral ao sistema didáctico.
Desenho curricular. Funções

 Exigências da vida profissional: Satisfaz


as necessidades da profissão. (Estrutura
complexa)
 Conteúdos do desenho: Formação do
profissional mediante aqueles aspectos da
cultura que são determinados a partir das
necessidades da profissão e o
desenvolvimento da ciência.
Critérios sobre as etapas do desenho
curricular

Período - 70-80
 Diagnóstico de necessidades é um
momento de elaboração onde o que mais
se reflecte é a determinação do perfil
do egressado e a conformação do plano
de estudo (Arnaz, 1981. Frida Díaz
Barriga,1996).
Critérios sobre as etapas do
desenho curricular
 Primeiro, precisar as tarefas para a dimensão de
desenho;
 Segundo, integração de etapas que orienta com
mais claridade o conteúdo das tarefas e o resultado
que deve vir das mesmas;
 Terceiro, mais precisão na denominação das
tarefas;
 Quarto, ao conteúdo das tarefas são reflectidos
termos que permitem serem aplicados a qualquer
nível de ensino e de concretização do desenho
curricular.
Rita Marina Álvarez de Zayas (1997)
Etapas ou tarefas do desenho
curricular
 1ª-. Diagnóstico de problemas e
necessidades.
 2ª-. Modelação do Currículo. (Modelo
de profissional ou perfil professional e
Determinação dos conteúdos)
 3ª-. Estruturação curricular.
 4ª-. Organização para a execução
prática.
 5ª-. Desenho da avaliação curricular.
Conclusões
• Constitui um esquema que descreva as principais
relações do termo “desenho curricular” com outros
termos subscritos:
O desenho curricular pode considerar-se como
uma dimensão de currículo que inclui etapas tais
como: o diagnóstico, a modelação, a estruturação e
a organização dos projectos curriculares. Se apoia
numa concepção educativa determinada que ao ser
executada busca solucionar problemas e satisfazer
necessidades e na avaliação possibilita o
aperfeiçoamento do processo de ensino
aprendizagem.
Desenho curricular. Segunda etapa.

Modelação curricular
Objectivo

• Analisar a importância do modelo do


profissional dentro da modelação
curricular como segunda etapa do DC.
Modelação do currículo

 Conceptualização do modelo ou perfil do


egressado.
 Identificação do modelo do profissional
ou perfil do egressado e seus objetcivos
formativos gerais ou objectivos terminais.
O Que é um modelo?

É uma representação material ou ideal


de um objecto ou processo no qual estão
somente presentes características
essenciais deste.
O que é um modelo?

REPRESENTA

•Um momento importante no


desenvolvimento lógico da
teoría.
•Um indicador do nivel de
desenvolvimento da ciência.
Representa um núcleo conceptual de
grande valor teórico e prático
O modelo do egressado
representa:
 O núcleo que reflecte as bases e
fundamentos do currículo;
 As necessidades sociais delimitadas pelo
grupo de problemas que requerem a
acção de um tipo de profissional para
resolvê-las;
 As concepções filosóficas, sociológicas,
pedagógicas, psicológicas, e da própria
teoria curricular.
¿De quê forma se expressa ao egressado o
que se aspira?

Se expressa em forma de:


Perfil Professional,
Na essência todos
Perfil do Egressado, procuram
Modelo de Egressado, expressar:
Modelo de Profissional,

O para quê é
formado esse
profissional.
O Que é o Modelo de Egressado ou Perfil
Profissional?
 As características pessoais que devem possuir
esse profissional de maneira particular, quer dizer,
seus traços de personalidade.
 As habilidades e destrezas que devem
caracterizar seus afazeres que se concretizam nas
funções a desempenhar pelo profissional.
 Os conhecimentos, habilidades e atitudes
requeridas para o exercício profissional.
 As acções gerais e específicas que desenvolvem
um profissional nos campos de acção para a
solução das necessidades sociais identificadas.
Em síntese, o Modelo de Egressado
ou Perfil Profissional
 É a imagem prévia das características,
conhecimentos, habilidades, valores, e
sentimentos desenvolvidos pelo estudante
no processo de formação.
 Este generalmente é expressado em função
dos objetivos finais, terminais ou formativos
gerais.
Opiniõess sobre o modelo de
egressado
"Descrição das características principais
que deverão ter os educandos como
resultado de ter transitado por um
determinado sistema de ensino
aprendizagem".
(Arnaz, J. La Planeación Curricular.
Trillas México 1996).
Opiniões sobre o modelo de
egressado
“É a descrição do profissional da
maneira mais objectiva a partir de suas
características".
(Mercado O, Martínez L, y Ramírez C.
Una Aportación al Perfil Profesional del
Psicólogo).
Opiniões sobre o modelo de
egressado
“É composta tanto por conhecimentos e
habilidades como as atitudes. Tudo isto,
definido operacionalmente, delimita um
exercício profissional”.
(Díaz Barriga A. Alcance y limitaciones de la
metodología para la realización de planes de
estudio. En Frida Díaz Barriga. Metodología de
diseño curricular para la educación superior.
Trillas, 1996).
Opiniões sobre modelo do egressado

“É a determinação das acções gerais e


específicas que desenvolvem um profissional
nas áreas ou campos de acções emanadas da
realidade social e da própria disciplina tendente
a solução das necessidades sociais previamente
advertidas"
(Frida Díaz Barriga. Metodología de diseño
curricular para la educación superior. Trillas,
1996).
Funções do modelo de egressado

O modelo do egressado cumpre duas


funções no desenho curricular:

Conforma o padão
Atua como ponto de
partida do mesmo avaliativo da
qualidade dos resultados
e execução do processo
do sistema de educação
num prazo mais mediato
do graduado como
profissional e como
cidadão.
Etapas na elaboração do modelo de egressado.

1. Determinação do objecto da profissão, a partir do


leque de problemas por solucionar pela acção do
profissional ou problemas profissionais.
2. Investigar os conhecimentos, habilidades,
procedimentos e qualidades profissionais a formar.
3. Análises das tarefas potenciais que deve
desempenhar o egressado.
4. Desenvolvimento do modelo a partir da integração
das necessidades sociais, nivel a alcançar com
disciplinas, tarefas e características das esferas de
actuação.
5. Avaliação do modelo.
Desenvolvimento do Modelo
• As necessidades e circunstâncias que deram origem
ao modelo mudam ao longo do tempo.
• As disciplinas se transformam, o mercado
ocupacional se modifica e as actividades
profissionais varíam.
• Se o modelo mantém ou não uma vigência o
determina a análise da existência dos elementos
que definiram sua criação. A elaboração de um
modelo não termina com a sua estruturação, pois
deve ir sendo adaptado as modificações dos
elementos que o definem e alimentam. 
Metodologías de elaboração de modelo ou
perfis profissionais
• A análise da prática real da utilização dos
egressados.

Penetra nas particularidades de


cada posto de trabalho de maneira
vivencial, directa, portanto, oferece
uma grande riqueza de informação
Metodologías de elaboração de modelo ou
perfis profissionais
• Método de expertos

Indagação orientada sobre à prática


profissional e sua valorização
relativa a qualidade da preparação
recibida na pré-graduação para o
desempenho de suas funções, a
através de critérios de profissionais
especialistas na área.
Metodologías de elaboração de modelo ou
perfis profissionais

• Método de análise teórica da actividade


profissional.

Análises dos componentes


estruturais e funcionais como
elementos invariantes da
actividade profissional, nas
condições sócio-históricas em
que ocorre.
Tarefas para a elaboração do Modelo ou
Perfil.
1. A análise crítica valorativa do modelo ou perfil
existente e outros documentos, sobre a base do
marco teórico em que se sustenta o currículo.
2. A determinação das possíveis fontes para arrebatar
a informação necessária para a elaboração do
modelo ou perfil.
3. A elaboração ou ajuste dos instrumentos requeridos
para a busca de informação.
4. Planificação e execução das sessões de trabalho de
equipa com a informação acupulada, para a análise
dos componentes estruturais das actividades
profissionalis, que em aproximações sucessivas
determinarão as acções básicas generalizadoras do
profissional.
Tarefas para a elaboração do Modelo ou
Perfil.
5 Apresentação dos resultados destas sessões de
debate à professores, estudantes, directores e
profissionais para enriquecer a proposta.

6 Elaboração dos objectivos formativos gerais do


modelo ou perfil profissional como ponto de
partida para precisar as qualidades, funções,
habilidades ou tarefas profissionais, bases para
a elaboração do plano de estudo.
O que permite determinar esta metodología?

 As tarefas profissionais que são necessárias


executar e o peso de cada uma delas na sua
actuação profissional.
 Os conhecimentos, habilidades, atitudes,
valores que são necessários para sua
realização nos diferentes objectos em que se
pode manifestar.
 As decisões a tomar no que diz respeito aos
límites de formação de pré-graduação e pós-
graduação.
Exemplo de questionário
PROJECTO DE QUESTIONÁRIO A EMPREGADORES

1.- Dados Gerais do empregador:


 Universidade em que obteve o
título. ..........................................

Título ...................................................................................
 Tempo de experiência
profissional ...................................................
 Estudos de pós-graduação realizados:
______ Doutoramento
______ Mestrado
______ Especialização
______ Diplomado
______ Outros
 Local de trabalho actual ..............................
PROjECTO DE QUESTIONÁRIO A EMPREGADORES

2.- Na sua opinião quais são os campos ocupacionais


fundamentais? .....................................................
Classifique em ordem de importância e marque com um X
sua apreciação nos outros aspectos:

Campos o Predomina Desempenho do profissional a


Ocupa- trabalhad o Mercado seu cargo
cionais o Laboral  

Bom Regular Mau

1.-

2.-

3.-

4.-
PROJECTO DE QUATIONÁRIO A EMPREGADORES

3.- Segundo sua experiência , o nivel regular e mau de


actuação profissional
do ............................................................ Têm como causa
(marque com uma X)

Nivel de preparação adquirido na Universidade.

Desenvolvimento particular desa esfera de atuação.


Condições de Trabalho

Possibilidades que dão ao posto de trabalho.


4.- Assinale 4 actividades básicas .................................
e de uma valorização:
PROJECTO DE QUESTIONÁRIO A
EMPREGADORES

Actividades Básicas Nivel de Preparação dos profIssionais


a seu cargo
Adequado pouco Inadequado
Adequado
1

4
PROJECTO DE QUESTIONÁRIO A EMPREGADORES

5.- Os ....................................................... com os quais


trabalha têm mais êxito nas seguintes tarefas
profissionais:
.........................................................................................
.........................................................................................
6.- Em que tarefas específícas dos
____________________________
têm mais dificuldades.
__________________________________
7.- Que sugestão tem para melhorar o processo de
formação profissional
do........................................................................................
Elaboração do documento de
Modelo do perfil do profissional
Modelo do egressado

Objectivos Qualidades e
Formativos valores

Gerais
Funções

Habilidades
Profissionais e
Tarefas
Objectivos formativos gerais
• Constituem o elemento reitor, ao estar
em correspondência com os problemas
gerais que no seu objecto de trabalho o
futuro profissional deverá resolver.
• São expressados em termos de propósitos ou
aspirações.
Objectivos formativos gerais:
Caraterísticas
 Carácter predictivo

 Carácter generalizador

 Carácter globalizador
Objectivos formativos gerais: exemplos

Orientar a formação integral do educando a fim de


prepará-los para uma vida pessoal e social responsável,
através de atividades individuais, a interactividade e a
comunicação no grupo e na escola.

Dirigir o processo de ensino aprendizagem em função


da educação dos alunos, potenciando a aprendizagem a
fim de que possam auto avaliar adequadamente seus
próprios processos, progressos e resultados como fonte
de crescimento pessoal, não apenas intelectual como
também afectivo, moral, político e social.
Objectivos formativos gerais:
exemplos
Estabelecer relações de cooperação com a
família dos educandos a fim de fortalecer o
sistema de influências educativas.

Participar na construcção do conhecimento


científico da realidade educativa desde o
desempenho profissional, tendo como princípio
a unidade entre a teoría da educação, o método
e a prática educativa.
Desenho curricular. Segunda etapa.
Modelação curricular

Determinação do conteúdo
Objectivo

• Analisar a importância da determinação


dos conteúdos dentro da modelação
curricular como segunda etapa do DC.
Determinação dos conteúdos

• A determinação de conteúdos é entendida


como a selecção dos conhecimentos,
habilidades e qualidades que devem ser
expressos nos programas de módulos,
disciplinas, programas directores, de
acordo ao critério de estruturação que
se assuma e o tipo de currículo
adoptado.
Que elementos servem de base que
determinam os conteúdos?
• De acordo a:

O Modelo ou
Os Problemas
Perfil do
Profissionais
Profissional
• De acordo a:

Relação Exigências
Ciência – profissionais
Matéria de e
Estudo sociais
Vínculo da actividade profissional com o
conteúdo de estudo.

• Determina os conteúdos gerais


fundamentais para o desempenho
profissional com as perspectivas de seu
desenvolvimento futuro e com sua
correspondente modelação nos objetivos
gerais a alcançar no profissional.
Vínculo da actividade profissional com
o conteúdo de estudo.

• Precisa os conteúdos gerais


essenciais, as invariantes do sistema a
nivel de planos e programas que
correspondem a estas finalidades da
formação, a partir dos quais podem
integrar-se e explicar-se outros mais
particulares.
Vínculo da actividade profissional com o
conteúdo de estudo.

• Restitui os vínculos e nexos entre as


distintas disciplinas, perdidas pelos
anos de fragmentação e dispersão de
conteúdos nos planos e programas de
estudo, o que constitui de facto uma
via para a interdisciplinariedade.
A determinação leva A estruturação
dos conteúdos curricular
Conclusões da segunda etapa.
 A importância da elaboração do modelo ou perfil
profissional é que orienta a conformação do resto
do currículo.
 Há que entender que não constituem um produto
acabado e fechado, é apenas um guía, um
projecto flexível, ajustável a dinâmica do meio, de
que se nutre e enriquece e a prática profissional
atual e futura.
 Ao mesmo tempo se deve ter consciência que
sua elaboração, em sí não garante a
transformação necessária na formação do futuro
profissional.
Desenho curricular. Terceira etapa.

Estruturação do currículo
Objectivos
• Analisar a importância da estruturação
curricular como terceira etapa do DC.
• Explicar as diferentes formas de estruturar
o currículo.
O Que é a estruturação curricular?

• É a sequência e estruturação dos


componentes que intervêm no projecto
curricular que se desenha.
IMPLICA
Determinar Integração
O tipo de horizontal e
estrutura
vertical
Sequência do Determinar
projecto relações de
curricular precedência
Determinar o tipo de estrutura
curricular
• Tipos de estruturação curricular. (autora
M. Pansza).

• Organização por matérias.


• Organização por áreas de conhecimento.
• Organização modular.
Organização por matérias do
currículo

• “Esta é a organização mais antiga.”


• “Nas nossas universidades é frequente
encontrar planos e programas de estudo
organizados por matérias isolados, cuja
obsolescência de conteúdos é evidente,
assim como sua acentuada distância da
problemática social e do exercício da prática
profissional.”
Organização por matérias do
currículo
• Responde a um modelo mecanicista do
processo de conhecimento.
• Supostas inovações.
• Não dão suficiente espaço para novas
àreas do conhecimento, ou inclusível para
os límites crescentes do novo
conhecimento.
• Fomenta a passividade, e inibe a
formação do espírito científico que deveria
caracterizar o exercício profissional.
A organização por áreas de
conhecimento.

 Se estruturam desde as ciências.


 Se organizam em disciplinas com uma
estrutura determinada.
 As disciplinas incorporam os sistemas
de conhecimentos de uma ou várias
ciências.
A organização por áreas de conhecimento.
• Niveis de agrupação das disciplinas

• Currículos pluridisciplinários, nos que se dá


simplemente uma justaposição de disciplinas.
• Currículos interdisciplinários, quando se alcança
a integração de métodos e procedimentos das
disciplinas.
• Currículos transdisciplinários, quando se procura
estabelecer uma axiomática comum para um
conjunto de disciplinas.
• Currículos multidisciplinários, em que se
agrupam disciplinas polares, sem uma relação
aparente.
ÁREAS DE CONHECIMENTO
RELAÇÃO:
CIÊNCIA CONTEÚDO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM

DISCIPLINA
Primeiro elo em ACERTOS DO CONTEÚDO DA
relações CIÊNCIA COM FINS
disciplinárias: EDUCATIVOS OU DE
FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Intradisciplinárias
Integrado por
CADEIRAS
Interdisciplinárias
ÁREAS DE CONHECIMIENTO

• Intradisciplinário: Integração de
conhecimentos, habilidades, atitudes,
métodos e procedimentos entre as cadeiras
de uma disciplina.
• Interdisciplinário: integração de
conhecimentos, habilidades, atitudes,
métodos e procedimentos entre disciplinas.
ÁREAS DE CONHECIMENTO
Outra forma de entender as áreas de
conhecimento.

ÁREAS DE
CONHECIMENTO

Ciências Ciências Ciencias Educação Educação


Exactas da Sociais Artística Física e
Natureza Desporto
ORGANIZAÇÃO MODULAR
Objectivos :
•Superar a fragmentação do
conhecimento.
•Relacionar a teoría com a prática.
•Superar a dicotomía investigação-
docência no Ensino Superior
A organização modular. Diferentes
definições.
• “A superação do clássico ensino por disciplinas,
implica a creacção de unidades baseadas no
objecto e interrogação sobre o mesmo, onde se
conjugam diversas ciências e técnicas para as
respostas científicas; estas respostas são
conhecimentos”.
• "...Estrutura integrativa multidisciplinária de
actividades de aprendizagem, que num lapso
flexível permite alcançar objectivos
educacionais de capacidades, destrezas
actitudes que permitam ao aluno
desempenhar funções profissionais...Cada
módulo é autosuficiente para o alcance de uma
ou mais funções profissionais".
A organização modular. Diferentes
definições.
• "Programa de investigação, geração formativa
de conhecimentos numa acção de serviços,
aplicação dos conhecimentos num problema
concrecto da realidade cujas características
tornam possível a articulação de conteúdos,
instrumentos e técnicas que constituem uma
prática profissional identificável e avaliável. O
módelo assím concebido, se bem fazer parte
de um programa completo de capacitação, é
uma unidade completa em sí mesma, na
medida em que contempla teórica e
praticamente a totalidade de um processo
definido pelo problema concreto, objecto de
transformação".
A organização modular. Diferentes
definições.
• "Unidade de ensino-aprendizagem com um semestre de
duração cujo conteúdo está estruturado sobre a base de
várias disciplinas científicas, organizadas para abordar um
determinado objecto de estudo; a formulação modular
implica as seguintes orientações:
• Busca da unidade teoría e prática.
• Reflexões sobre problemas da realidade.
• Desenvolvimento do processo de aprendizagem, a partir do
trabalho do estudante sobre o objecto de estudo.
• Inter relação profunda dos conteúdos e experiências do
módulo com as demais unidades do currículo".
ORGANIZAÇÃO MODULAR
FORMA CLÁSSICA

Prática
Prática diária Reflexão lógica
transformadora

Objeto de transformação

GERA CONHECIMENTOS

REPETIR O CICLO:
ACÇÃO - REFLEXÃO
Sistema modular integrativo.
Características
• Tenciona integrar docência, investigação e serviços, na
abordagem de um problema concreto que afronta a
comunidade e que tem uma relação estreita com o fazer
profissional.
• Cada módulo é organizado sobre os objetos da realidade
para transformá-la, unida a uma reflexão lógica racional
que leve o estudante a uma prática transformadora.
• Integração de teoría-prática, acção-reflexão.
• A prática profissional real é um elemento básico para o
desenho do currículo.
Sistema modular integrativo.
Características
 O sujeto acede ao conhecimento por meio de sua
acção sobre o objecto que transforma.
 A aprendizagem implica um processo de
transformações sucessivas.
 O docente é considerado um coordenador, um
membro mais de uma equipa de trabalho com
funções claramente definidas. A autoridade que
exerce deriva da capacidade de coordenar e
orientar a participação do estudante para o
alcance das aprendizagens propostas.
Sistema modular integrativo.
Limitações

• O romper com a estrutura lógica da ciência ao


organizar todos os conteúdos a assimilar de forma
interdisciplinária trouxe como consequência que
há conhecimentos que são básicos para a
formação do profissional que têm sua própria
lógica e que não podem ser incorporados num
problema concreto de investigação e na
organização do módulo.
Sistema modular integrativo.
Limitações

• A organização global do conhecimento em módulos a


pesar de ter grande vantagem de vincular o estudante
aos problemas reais do contexto em que vive, mostrou
o perigo de levar a um pragmatismo extremo caso não
se faça uma adequada selecção destes problemas que
podem garantir a formação científica do profissional.
Sistema modular integrativo.
Limitações
• Os conteúdos são os necessários a solução do
problema, o que torna o processo de selecção e
sequencial complicado e embrionariamente
empírico.

• É gerada uma aprendizagem em que está


ausente a sistematicidade da ciência, sua
lógica, o predomínio de seu método.
Possível Solução
A organização disciplinar – modular

Problemas Profissionais

Complexidade ascendente

Disciplinas necessárias para sua


solução
Investigação científica

Prática Profissional
O Currículo é organizado à partir da
integração de três componentes
organizacionais.
Conteúdos
Profissionais

Modo de
ACADÉMICO
actuação LABORAL
INVESTIGATIVO

Metodología e
Ferramentas de
investigação
Estruturação do currículo por
competências.

• Se comença por introduzir como categoría


curricular:
O enfoque de competências laborais como
possivel solução da eminente contradição
entre a formação profissional e o
desempenho.
Enfoques contemporâneos sobre as
competências

 Enfoques centrados na competitividade.


 Enfoques centrados na nova cidadania.
 Enfoques reducionistas /condutistas.
 Enfoques integradores /contextualistas.
. Enfoques contemporâneos sobre as
competências

• Enfoques centrados na competitividade.

Se identificam de forma geral com as competências


laborais ou profissionais, sendo definindas a partir de
um perfil estreito que privilegia o componente técnico
em detrimento de outros aspectos da personalidade
integral.
. Enfoques contemporâneos sobre das
competências

• Enfoques centrados na nova cidadania.

As competências para a vida abrangem todas as


esferas da existência humana e não se reduzem as
competências laborais.
Recuperar a significatividade da educação e adequá-
la as exigências do desenvolvimento social.
. Enfoques contemporâneos sobre as
competências

• Enfoques reducionistas /condutistas.

As competências profissionais, são


entendidas à partir das condutas e acções
que o profissional pode realizar numa área
laboral concreta, à partir de um perfil pré-
estabelecido pelos empregadores, o que
viabiliza a avaliação do trabalhador.
. Enfoques contemporâneos sobre as
competências

• Enfoques integradores/contextualistas.
Capacidade que reflecte a ideia da totalidade não atomizável,
segundo a seguinte definição:

“Conjunto de conhecimentos, procedimentos e atitudes


combinados, coordenados e integrados na acção,
adquiridos através da experiência (formativa e não
formativa-profissional) que permite ao individuo resolver
problemas específicos de forma autónoma e flexível em
contextos singulares”. (José Tejada, 1997)
. Enfoques contemporâneos sobre cerca
das competências
• A competência como configuração
psicológica.
Configuração psicológica que integra diversos
componentes cognitivos, metacognitivos,
motivacionais e qualidades de personalidade em
estreita unidade funcional, autorregulando o
desempenho real e eficiente numa esfera
específica da actividade, em correspondência com
o modelo de desempenho desejável, socialmente
construído num contexto histórico concreto.
. Enfoques contemporâneos sobre as
competências
• A competência como configuração psicológica.
As competências profissionais no campo da educação.

As competências que permitem solucionar os


problemas inerentes ao processo pedagógico em
geral e ao processo de ensino-aprendizagem em
particular, no contexto da comunidade educativa
escolar e em correspondência com o modelo de
profissional da educação, com o propósito de
promover o desenvolvimento integral da
personalidade dos estudantes.
. Enfoques contemporâneos sobre as
competências
A competência como configuração
psicológica. As competências profissionais no
campo da educação.

 Competência Didáctica;
 Competência para a Orientação Educativa;
 Competência para a Investigação Educativa;
 Competência para a Comunicação Educativa;
 Competência para a Direcção Educacional.
INTERDISCIPLINARIEDADE

 Se apoia nas disciplinas;


 As disciplinas à enriquecem;
 A interdisciplinariedade é fortalecida pelo
desenvolvimento das disciplinas e seus
contactos e intercâmbios.
VANTAGENS DA
INTERDISCIPLINARIEDADE PARA O
CURRÍCULO

 São utilizados marcos teóricos e conceitos de


diferentes disciplinas.
 Permite fazer ênfase aos processos não
apenas aos conteúdos isolados.
 Promove a participação de docentes e
estudantes.
INTERDISCIPLINARIEDADE. DEFINIÇÃO

• Forma de articulação estreita entre duas


ou mais disciplinas na qual existem
intercâmbios recíprocos e comunicação
ampla entre os campos do saber que as
compõem.
INTERDISCIPLINARIEDADE.

• Forma particular de trabalho científico no que


prevalece a cooperação dos professores que
tenham amadurecido nas suas própias disciplinas
e estabelecem puntos de contacto com outras,
perante o reconnhecimento da complexidade dos
problemas e da necessidade das interrelações
para sua solução.
INTERDISCIPLINARIEDAD
E

A interdisciplinariedade curricular é fundamentada


nos princípios de igualdade e de complementariedade
entre os diferentes conteúdos de aprendizagem.
• Tende a criação de uma estruturação conceptual
geral e coerente de todos os saberes em termos de
contribuições convergentes e complementarias entre
as disciplinas de distintas áreas.
INTERDISCIPLINARIEDADE. PRINCIPAIS
FORMAS

Análises por problemas

O currículo é estruturado a partir


de análises de problemas
integradores dos conteúdos
interdisciplinários.
INTERDISCIPLINARIEDADE.
PRINCIPAIS FORMAS
Nodos Conceptuais de integração
interdisciplinária

Conceitos que se convertem em


unidades integradoras que
posibilitam o estabelecimento de
relações interdisciplinárias.
INTERDISCIPLINARIEDADE.
PRINCIPAIS FORMAS
Métodos de Projectos

Actividades Práticas

Vivências e interesses dos estudantes

Aplicar e assimilar conhecimentos


INTERDISCIPLINARIEDADE.
PRINCIPAIS FORMAS

• PROGRAMAS DIRECTORES

Documentos que orientam a projecção,


condução e avaliação de aspectos comuns
que são de obrigatório cumprimento para
cada uma das disciplinas que constituem o
currículo.
INTERDISCIPLINARIEDADE.
PRINCIPAIS FORMAS

• LÍNHAS DIRETRIZES

Línhas de organização curricular que


devem ser tidas em conta ao realizar
as relacções entre disciplinas.
LÍNHAS DIRETRIZES

Do sistema de factos, fenômenos, conceitos,


leis e teorias.

Do desenvolvimento das habilidades


intelectuais, práticas e de trabalho docente.

Do desenvolvimento da educação em
valores.

Do desenvolvimento do componente
politécnico no ensino.
LÍNHAS DIRETRIZES

Do desenvolvimento da cultura laboral dos


estudantes.

Do desenvolvimento do componente
investigativo no ensino.

Do desenvolvimento da educação
ambiental.
INTERDISCIPLINARIEDADE. PRINCIPAIS
FORMAS
• Eixos Transversais
São objetivos priorizados que enfatizam em função
das necessidades de cada sociedade num momento
histórico concrecto. São transversais, pois permeam
todo o currículo (desde os objectivos mais gerais as
decisões mais concretas referidas a todas as
actividades docentes ou extradocentes) e devem
estar presentes em todas as situações do processo
de ensino-aprendizagem que se realizem no seio
escolar.
EIXOS TRANSVERSAIS
Muitas vezes são designados diferentes eixos transversais,
como:
• Educação ambiental
• Educação moral e cívica
• Educação para a saúde
• Educação audiovisual e tecnológica
• Educação para os direitos humanos
• Educação para a paz
• Educação sexual
• Educação para a igualdade
• Educação do consumidor
• Educação para o desenvolvimento
• Educação intercultural
INTERDISCIPLINARIEDAD
E PRINCIPAIS FORMAS
• PROGRAMA INTEGRADOR
Actividade docente interdisciplinária através
da estreita articulação de conteúdos

Ciências Naturais
• Física – Biología
• Química – Biología
• Física – Química
Uma vez decidida a estrutura
curricular são elaborados:
• PLANOS DE ESTUDO

• PROGRAMAS DE ESTUDO: disciplinas -


módulos
Plano de estudos
“O total de experiências de ensino-aprendizagem que
devem ser ensinadas durante um curso e envolvem a
especificação do conjunto de conteúdos seleccionados
para atingir certos objetivos, assim como para
estruturar e organizar a maneira em que devem ser
abordados ditos conteúdos, sua importância relativa e
o tempo previsto para sua aprendizagem..." (Arnáz J.
1981).
Plano de estudos fornece
informação sobre:

O que vai aprender o estudante durante


todo o processo concreto de ensino -
aprendizagem.

A ordem a seguir dentro do processo.


Passos para a estruturação de um
plano de estudos :

1) Organização dos conteúdos em disciplinas ou


módulos.
Passos para a estruturação de um plano
de estudos:

2) Estruturação das disciplinas ou módulos num plano


curricular:
a)Sequência horizontal que se refer ao conjunto de
disciplinas ou módulos que deverão ser dados no mesmo
ciclo.
b)Sequência vertical que se refer a ordem em que as
disciplinas ou módulos devem ser dadas nos diferentes
ciclos escolares.
Passos para a estruturação de um
plano de estudos :

3) Estabelecimento do plano de
estudos ou grelha curricular: Inclui a
duração das disciplinas ou módulos,
seu valor em créditos, as disciplinas ou
módulos que compõem cada ciclo
escolar, etc.
Programas:
Aspectos a ter em conta para a elaboração:
• Nome da disciplina
• Fundamentação (Em relação ao modelo ou perfil do
egressado).
• Objetivos Gerais
• Conteúdo
• Distribução do conteúdo
• Indicações Metodológicas Gerais
• Meios didácticos
• Sistema de Avaliação
• Bibliografía
DESENHO CURRICULAR DA
DISCIPLINA

A Disciplina é entendida como um sistema


didácticamente organizado de conhecimentos,
habilidades e valores, seleccionados de um ramo
da ciência ou da arte para que os estudantes se
apropriem durante o processo de ensino –
aprendizagem. 
PROGRAMA DA DISCIPLINA

Concretização do currículo ao nível micro.

Expressa as aspirações da formação mediante um


conteúdo específico de um àrea do saber, os
métodos e as técnicas de trabalho que se devem
utilizar, os meios que favorecem a aprendizagem, os
tipos de actividade docente através das quais se
alcançarão as aspirações, o sistema de avaliação
que permitirá controlar os resultados da
implementação e a bibliografía que contém os
conteúdos essênciais do àrea do saber.
OBJETIVOS
 Expressão das competências que devem
ter os estudantes na disciplina, em
correspondência com os objetivos do
modelo do egressado.
Ao nível micro são redigidas redações
integradoras em objetivos que expressem
finalidades instrutivas e educativas.
Conhecimentos, habilidades
e valores
Constituem a parte da cultura que o estudante se deve
apropriar.
•Os conhecimentos o conjunto de conceitos, leis e
teorias, com ajuda dos quais se explica o objeto de
estudo.
• As habilidades são declaradas depois dos objetivos,
para orientar o conjunto de actividades que na ordem
prática devem ser realizadas para alcançar seu
desenvolvimento em função dos objetivos.
Conhecimentos, habilidades
e valores

Os valores constituem formações complexas da


personalidade, resultam de natureza mais central
e estáveis que as atitudes; estão muito ligadas a
a própria existência das pessoas, o que afecta
sua conducta, configura e modela suas ideias e
condiciona seus sentimentos e modos de actuar.
Não se manifestam de forma isolada, mas em
estreita relação e interdependência de uns com
outros. Os valores são a significação que têm as
coisas para o homem.
Conhecimentos, habilidades
e valores

As tarefas expressão o conjunto de actividades


que o estudante deve saber fazer para alcançar
o objetivo; permitem ao professor conduzir de
forma acertada para o ideal.
CONTEÚDOS TEMÁTICOS

São estruturados de forma lógica e coerente, em


correspondência com os objetivos, sem repetições
de conteúdos.

PROGRAMA ANALÍTICO
Organização de temas e subtemas, de maneira
sequencial e lógica, em correspondência com os
conteúdos temáticos e em função do alcance dos
objetivos.
METODOLOGÍA DE ENSINO E MEIOS
DIDÁCTICOS.

As metodologías a serem aplicadas devem


ser definidas no desenvolvimento dos temas
e, ademas, descrever a utilização de meios
didácticos que facilitem o processo.
ACTIVIDADES

Em correspondência com os objectivos e as


metodologías, deven definir-se actividades
de docência, investigação e interação
social, com a designação das actividades
que se desenvolvem.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Estabelece todo o sistema de avaliação por


meio da qual serão avaliadas as
aprendizagem dos estudantes; para além
dos tipos, aparecerão as parcelares e finais,
assim como demais componentes da
qualificação.
CRONOGRAMA

O desenvolvimento dos temas em tempo e


por tipo de actividade que permita apreciar a
distribuição racional e proporcionada, em
função dos objetivos.
Desenho curricular. Quarta etapa.

Organização do do currículo
Objectivo

• Valorizar a importância da organização para


implementação do projecto curricular.
Organização curricular

Esta tarefa consiste em prever todas as


medidas para garantir a implementação
do projecto curricular.
Organização curricular
Tarefas Determinantes
Preparação dos sujeitos que vão desenvolver o
projecto na compreensão da concepção, no
domínio dos níveis superiores do desenho e do
próprio e na criação de condições.
Elaboração de horários, constituição de grupos, de
aulas e de outras actividades, os locais, os
recursos, pelo que nela participam todos os factores
que intervêm na tomada de decisões desta índole,
incluindo a representação estudantil .
Conclusões

• Qualquer que seja a estruturação do plano de estudo,


a prática pedagógica é a que evidencia as
contradições, lacunas e acertos do mesmo e permite
um processo de avaliação constante de seus
resultados; a própria prática permite este processo.
Desenho curricular. Quinta etapa.

Planificação da Avaliação Curricular


Objectivo
 Reflectir sobre os principais elementos a ter
em conta numa avaliação curricular.
 Analisar a estratégia para a avaliação
curricular.
A avaliação curricular.

FACTORES QUE
IMPULSIONAM A
AVALIAÇÃO CURRICULAR

Útil Valorização
para do trabalho
Justificar
Melhorar de
Programas
o Instituições
Educativos
currículo educativas
A avaliação curricular.

A avaliação é, portanto um
processo, ao mesmo tempo que é
um resultado. Um resultado através
do qual se pode saber até que ponto
(com determinados indicadores) o
desenhado é ou foi cumprido
ou não.
Critérios de diferentes autores sobre a
avaliação curricular.
• R. Tyler: “o processo de avaliação significa
fundamentalmente, determinar em que medida o
currículo e o ensino satisfazem realmente os
objetivos da educação”

São observados os vínculos entre


a avaliação da aprendizagem e a
curricular.
Critérios de diferentes autores
sobre a avaliação curricular.
• Hilda Taba. Atribui a avaliação as siguintes
funções:
Proporcionar informação sobre as
deficiências, os assertos do currículo e do
rendimento dos estudantes.
Proporcionar evidências para qualificar e
informar mais adequadamente.
Critérios de diferentes autores
sobre a avaliação curricular.
• Hilda Taba. “A avaliação é para que seus
resultados tenham a suficiente substância de
diagnóstico como para distinguir os diversos
níveis de rendimento ou do domínio alcançados
e descrever os assertos e as deficiências tanto
no producto do rendimento.”
Considera que avaliar o currículo é
constatar resultados. Revela um enfoque
condutista
Critérios de diferentes autores
sobre a avaliação curricular.

• J.A.Arnaz “Avaliar o currículo é a tarefa que


consiste em estabelecer seu valor como recurso
normativo principal de um processo concrecto
de ensino-aprendizagem para determinar a
conveniência de conservá-lo, modificá-lo ou
sustituí-lo.”
Mantém o critério de que avaliar o
currículo é constatar resultados
Avaliação curricular: dimensão do
currículo.
• Frida Díaz-Barriga: “A avaliação é um
processo como uma espiral pois à partir de um
plano vigente, e mediante esta, se chega a
formular um novo plano, que por sua vez será
objecto de uma nova avaliação e assim
sucessivamente.”

Considera a avaliação contínua do


currículo.
Avaliação curricular: dimenão do
currículo.
• Frida Díaz-Barriga. Tipos de avaliação
segundo esta autora:
• Avaliação de Contexto (diagnóstico)
• Avaliação de entrada
• Avaliação do processo
• Avaliação de produto

Considera a avaliação continua do


currículo
Avaliação curricular: dimensçao do
currículo.
• Rita M. Álvarez: “A avaliação curricular é a
dimensão curricular que possui o sentido de
retroalimentar o próprio projecto. Não é um
acto final, mas que vai ocorrendo ao longo do
desenvolvimento do próprio projecto em suas
diversas fases.”

Posição que amplia a significação e conteúdo da


avaliação curricular a todas as fases do currículo
Avaliação curricular: dimensões de
currículo.
• L. Nozenko y G. Fornaris: “A avaliação curricular é um
processo inerente a prática curricular, que partindo do
diagnóstico da situação, se identifica e recolhe
sistemática, contínua e organizadamente informação útil,
quantitativa/qualitativa, que uma vez analisada e
interpretada, evidencie o grau de correspondência entre o
previsto e o alcançado num programa,
independentemente da fase em que se encontre:
planificação, execução ou culminação; tudo isso com o
propósito de orientar a tomada de decisões com a
finalidade de melhorar, modificar ou descontinuar o
programa em questão.”
Posição que considera a avaliação em todas as
fases curriculares e que combina informação
quantitativa e qualitativa.
Avaliação curricular: dimensão do
currículo.
• T. Miranda. “A Avaliação curricular é desenhada,
instrumentada sobre a base dos pressupostos e
referenciais teóricos que sustentam a concepção
curricular.
De acordo com o enfoque humanista no centro
do processo são colocados os estudantes e os
docentes.”
Incorpora o critério da unidade da concepção
curricular e a prática educativa, assím como a
diversidade que considera os sujeitos que
participam no desenvolvimento do currículo
A avaliação curricular:
 É um processo contínuo inerente ao
currículo.
 Serve para recolher informação em todas
as etapas do processo.
 Serve para determinar o alcance de
objetivos formativos.
 Considera os elementos para determinar a
eficácia dos recursos empregues.
A avaliação curricular:
 Permite tomar decisões.
 Possibilita retroalimentar ao sistema
curricular e procurar seu melhoramento.
 Se desenha e instrumenta sobre a base
dos pressupostos e referenciais teóricos do
currículo.
 Centra sua atenção nos protagonistas do
processo de ensino-aprendizagem.
Elementos a ter em conta na
avaliação curricular.
• Para quê? Objetivos mais gerais da
avaliação e derivar destes
paulatinamente os objetivos
parciais claros, precisos,
atingíveis e avaliáveis

Quê? A avaliação pode referir-se a todo


o currículum ou a um aspecto
particular deste.
Elementos a ter em conta na avaliação
curricular.

• Quem? Em dependência do que se vai


avaliar e do nível organizativo em
que se realizará são determinados os
participantes que serão incluídos na
avaliação e quem a executará em
relação ao nível organizativo do que
se trate.
Cómo? Métodos a utilizar em
dependência do que se
avalia.
Elementos a ter em conta na avaliação
curricular.
• Com quê?
São valorizados os métodos,
recursos, pressupostos.

Quando?
É tida em conta a sequência
ou organização do
processo de avaliação.
Tipos de avaliação curricular.
• De acordo as suas funções.

Avaliação inicial Determinar se as condições


ou para executar o currículo
diagnóstica estão criadas

Etapa activa do processo


Avaliação de ensino- aprendizagem.
formativa ou Desempenha uma função
continuada reguladora.
Tipos de avaliação curricular.

• De acordo a suas funções.

Permite a tomada
Avaliação de decisões em relação ao
sumativa currículo. Inclui avaliar
a própria estratégia de
avaliação curricular.
Principais vias de avaliação curricular.

 Registro de experiência: Análises da


disciplina.
 Trabalho científico metodológico.
 Trabalho científíco-investigativo.
Registo de experiências.
• Análise crítica e um juizo valorativo do
programa que lecciona, mediante o qual
se determina onde estão centradas suas
principais dificuldades.

Análise da disciplina

Colectivo de disciplina
ou módulo
Trabalho Científico-Metodológico
• É a actividade investigativa ou de
desenvolvimento no campo da didáctica
realizada fundamentalmente pelos
professores é concretizada mediante o
trabalho docente educativo.

Resultados obtidos são os critérios básicos


para introduzir as modificações ao processo de
ensino-aprendizagem

Aperfeiçoar o processo
Trabalho Científíco-Investigativo
• Enfocado para a solução de problemas
concretos na formação dos futuros
egressados.
Eleva a qualidade da preparação
dos estudantes

Define melhorar os traços que devem


caracterizar o egressado de acordo as
novas necessidades sociais sobre uma
base objectiva.
• Objectivo da avaliação curricular

Valorizar o desenvolvimento , os resultados e a


Consecussão do currículo e através destes, o
desenho curricular, seu valor teórico, metodológico
e a pertinência para a sociedade, para a instituição
educativa e para os individuos implicados no
processo curricular.
2. Proposta de avaliação curricular.
• A avaliação curricular e as demais
dimensões .

Ao concluir
o desenho Durante o
Ao concluir
curricular: Desenvolvimento
de modo o plano de
Validação
sistemático estudos
do modelo
e demais
documentos
Operacionalização para avaliar

Fundamentos Qualidade da Capacidade


teóricos Avaliação de
Operacionalização
O Quê é operacionalizar?

Determinar variáveis, dimensões


e indicadores que servirão para
Precisar o quê e como avaliar.
¿De onde são obtidas as variáveis,
dimensões e indicadores?

Dos fundamentos teóricos do


currículo para avaliar sua
Implementação. Elaborar os
instrumentos de avaliação.
A qualidade da avaliação
curricular se sustem em:

Rigor científico;
Riqueza e pertinência dos
Fundamentos;
Adequada relação com a
prática.
Critérios de partida
• A avaliação curricular não é a fase final do
processo curricular é realizada
simultaneamente e ao longo do mesmo.
• Responde a concepção curricular que
fundamenta e orienta o currículo.
• Expressa as inter relações entre o projecto
curricular desenhado, sua execução e o
resultado.
Critérios de partida
• Participam estudantes e professores com
outros sujeitos do processo como directores e
a familia.
• De acordo aos resultados se poderá adequar
a proposta curricular em correspondência
com as necessidades reais dos estudantes, os
professores, a escola e a sociedade.
Direcções da avaliação curricular

• 1. Avaliação do trabalho pedagógico.


• 2. Avaliação da aprendizagem.
• 3. Avaliação do desenho curricular.
Avaliação do trabalho pedagógico.

• A planificação para a intervenção


pedagógica em função do modelo do
profissional.
• Organização do processo pedagógico
profissional.
• Execução ou direcção do processo.
• Controlo do processo.
Avaliação da aprendizagem.
• Grau de satisfação do modelo expressado nos
objetivos de cada nivel organizativo, tanto no
educativo como no domínio do conteúdo.
• Formações psicológicas (auto avaliação,
aspiração, interesses, capacidades),
exigidas e plasmadas no modelo do profissional.
• Qualidades da personalidade do profissional.
Avaliação de aprendizagem.

• No que toca ao domínio do conteúdo:


– Integração dos conhecimentos.
– Desenvolvimento de habilidades, os
hábitos, sua fixação, profundidade,
sistematização e a aplicação a novas
situações.
Avaliação da aprendizagem.
• Determinação da significação e o sentido da
aprendizagem nos estudantes, atendendo ao nivel
destes, sua motivação e as potencialidades do
conteúdo:
– Será avaliado em que medida o estudante integra o
novo conteúdo com o que já domina, em um novo
contexto.
– Domínio que se vai alcançando dos modos de actuação
do profissional, na solução dos problemas aplicando
os métodos de trabalho próprios das ciências
correspondentes e os métodos da investigação
científica.
Avaliação da aprendizagem.

• Medida em que o estudante participa na


direcção de sua própria aprendizagem.
• Nivel de orientação profissional da
aprendizagem. Faz referência ao vínculo do
que se aprende com seu futuro desempenho
profissional.
Avaliação do desenho curricular.

• A integração das avaliações de trabalho


pedagógico e da aprendizagem dos
estudantes permite conceber a avaliação do
desenho curricular como um processo
investigativo em que são esclarecidos os
problemas presentes.
Avaliação do desenho curricular.

• Desde os resultados das avaliações


anteriores é valorizado o
desenvolvimento do desenho no micro
currículo, onde alcança maior
concretização e são tiradas conclusões
referidas ao meso e macro currículo.
Avaliação do desenho curricular.

• Aspectos a ter em conta na avaliação:

– Em que medida o desenho projetado satisfaz a


demanda social.
– Em que medida o desenho projecado foi
interpretado e executado na realidade.
– Que aspectos do desenho curricular devem ser
adequados ou redesenhados.
– Qual deve ser o novo desenho.
Exemplo de operacionalização e
instrumentos de avaliação curricular

Referenciais teóricos curriculares

Interdisciplinariedade
Processo de
ensino-
aprendizagem
Contextualização
desenvolvedora
Variável: processo de ensino-aprendizagem
desenvolvedora
Dimensões da variável

Problematização Aprendizagem desenvolvedora


I Problema docente I
n n Actividades de regulação
d Conhecimentos d
i prêvios i Actividades autorregulativas
c c
Vivências Relações significativas
a a
d d Motivação por aprender
Tarefas para resolver o
o o
problema
r r Expectativas positivas para
e Solução e resultados
s s
Relação das variáveis com os instrumentos
VARIÁVEL Instrumentos Objetivos
Observação de Constatar
classes Valorizar a
Processo de
ensino- Inventário de motivação
aprendizagem opiniões
Avaliar opiniões
desenvolvedora Relatóríos colectivos de professores
pedagógicos Constatar
Auto avaliação dos Explorar auto
estudantes valorações
Composição Valorizar a
Observação evolução
atitudinal
Conclusões

A avaliação curricular implica:


• Reflexão,
• Análises crítico,
• Valorização de suas implicações
Pessoais e sociais.

Não apenas é um problema de instrumentos,


procedimentos ou questões técnicas
Tipos e níveis de currículos
Objetivo

• Definir os tipos de currículos


Tipos de currículos
• O curriculum se nos apresenta sobre
diversas formas, respondendo a diferentes
características

 Pela sua relação com a prática;


 Pelo documento em que se formaliza o
desenho curricular;
 Pela estrutura dos conteúdos;
 Pela concepção;
 Pelo grau de flexibilidade.
Tipos de currículos
• Quanto a relação com a prática:
 Obsoletos: Reflectem uma prática decadente.
 Tradicionais: Reflectem uma prática limitada.
 Desenvolvistas: Reflectem uma prática
emergente.
 Utópico: Divorciado da prática.
 Inovador: Prevê na formação do egressado a
possibilidade de transformação da própria
prática e permite conformar uma formação
profissional com visão perspectiva. É possível e
desejável seu desenvolvimento na prática
curricular.
Tipos de currículos
Quanto ao documento em que se
formaliza o desenho curricular
 O plano de instrução, o plano de aula da
unidade didáctica.
 O programa de curso, o programa de
disciplina.
 O programa de área.
 O plano de estudo ou programa de cursos, ou
grelha curricular.
Tipos de currículos
Quanto a estrutura dos conteúdos:
 Disciplinária: seguindo a lógica da ciência.
 Por áreas de conhecimento - conjunto de
matérias afins pela natureza do conhecimento:
ciências sociais ou ciências psicológicas, etc. Pode
ter carácter interdisciplinário.
 Modular: se organizam as aprendizagens em torno
dos objectos de transformação. Tem carácter
interdisciplinário, são vinculados com a prática
social e profissional.
 Por problemas: as aprendizagens são organizadas
interdisciplinariamente seguindo os eixos-
problemas. Vincula a formação teórica e a prática.
Tipos de currículos
Quanto a concepção:
 Tradicionais: quando respondem a características
positivistas, de autoritarismo, descontextualizadas,
teoricistas, academicista, etc.

 Tecnológico: dirigido a resultados operacionais,


mensuráveis, observáveis, planificação
“enginheiril” (tudo previsto). A partir de objectivos.
Tipos de currículos
Quanto ao grau de flexibilidade:
• Fechados: rígido, inflexível e de obligatório
cumprimento.
• Abertos: contextualizado é flexível, mutável,
geralmente está orientado por fins centrais da política
educativa, tem um carácter democrático.
• Semi-abertos: está desenhado a nível central, perém,
deixa previsto o ajuste, alterações, enriquecimento do seu
conteúdo e estrutura.

Determinam o
grau de rigidez e flexibilidade
do currículo
Tipos de currículos
Quanto ao grau de flexibilidade:
Na actualidade existe grande heterogeneidade nos
sistemas curriculares

Desde currículos Até aos currículos


fechados, abertos, desenhados
Diversidade
fortemente de pelo próprio estudante
estruturados Opções dentro de uma oferta
de cursos
Rigidez e falta de flexibilidade:
condicionantes
 Os estudantes, uma vez que ingressam ao
curso têm todos que seguir a sequência estrita,
no tempo e ordem que determina o desenho.
 Não há alternativas para que o estudante possa
seleccionar cursos que respondam as suas
motivações e atitudes.
 A titulação é única, não há saídas intermédias,
nem dá possibilidade a diversificação em suas
diferentes manifestações.
O currículo flexível permite:
• A selecção pelo estudante de diferentes opções
de formação em atenção a suas atitudes e
interesses, sob orientação de um Tutor.
• A abreviação dos tempos de estudo.
• O treinamento multidisciplinário na resolução
de problemas.
• O estudante pode frequentar disciplinas ou
modulos em outros cursos.
Opções para um currículo flexível

• Incorporar disciplinas optactivas (selectivas


ou facultativas).

O estudante escolhe e
cosntitui um embrião de
uma futura especialização
Opções para um currículo flexível

• Planificar disciplinas com conteúdo que se


concebe desde as necessidades e interesses
dos estudantes que surgem durante a prática
laboral-investigativa.

Exemplo: encontros de problemas profissionais.


Tipos de disciplinas
RECORDEMOS

A disciplina é a parte do plano de estudo na


que, a fim de atingir algum ou alguns dos
objectivos declarados no modelo de
profissional, são organizados em forma de
sistema e ordenados lógica e
pedagógicamente, conhecimentos,
habilidades, procedimentos, métodos, que são
relativos a actividade profissional ou ao seu
objecto de trabalho.
Tipos de disciplinas
Disciplinas do exercício da profissão

Cujo objectivo é que o estudante se


apropríe dos conteúdos mais
particulares ou próprios do objecto da
profissão e que se manifestam nas
distintas esferas de actuação do
profissional.
Tipos de disciplinas
Disciplinas básico – específicas

Cujo objectivo é que o estudante se


apropríe dos conteúdos mais gerais e
essenciais do objecto da profissão .
Tipos de disciplinas
Disciplinas de formação geral

Cujo objectivo é o de contribuir para


formação integral dos estudantes e que no
geral resulta imprescindível como
instrumento de trabalho para a realização
de sua actividade profissional. Tal é o caso
das disciplinas: Filosofía, Inglês, Educação
Física, etc.
Tipos de disciplinas
Disciplinas de formação básica

Cujo objectivo é que os estudantes se


apropíem dos conteúdos imprescindíveis
para a compreensão do objecto da
profissão .

Contribuem a atingir a formação científica geral, de


acordo com as exigências da época, do desenvolvimento
científico técnico plasmado no modelo de profissional.
Tal é o caso de disciplinas como: Matemática para os
engenheiros, Anatomía para médicos e odontólogos,
Química para farmacéuticos, biólogos, engenheiros em
alimentos.
Em suma
• Toda esta estratégia de planificação das
disciplinas e acções curriculares permite
circunscrever o momento de aquisição
dos conhecimentos e de desevolvimento
das habilidades, progressiva e
argumentadamente, da sua utilização em
tarefas próprias do futuro profissional.
.
Tipos e níveis de currículos
Os níveis de concretização
Objectivo
• Estabelecer a relação entre os tipos de
currículo e os níveis de concretização.
NÍVEIS DE CONCRETIZAÇÃO DO
DESENHO CURRICULAR

• A estruturação por níveis é o modo em que se


vai concretizando o desenho curricular desde
uma visão nacional até ao trabalho do
professor na sala de aulas com seus
estudantes.
DINÂMICA DO PROCESSO CURRICULAR

DESENHO CURRICULAR
NÍVEIS CURRICULARES
Desenho Desenvolvimento Avaliação

MACRO

Exigência Social

DESENVOLVIMENTO CURRICULAR MESO


Universidade
Desenho Desenvolvimento Avaliação Curso
MICRO

sala

AVALIAÇÃO CURRICULAR
Desenho Desenvolvimento Avaliação
Nível macro curricular
• Corresponde ao sistema educativo de forma geral; que envolve
o nível máximo que realiza o desenho curricular.

NAS UNIVERSIDADES

Elaboração
Este nível dos documentos
corresponde as reitores :
Comissões Modelo de Profissional.
estrutura curricular,
Nacionais plano de estudo
de Curso e programas de
disciplinas ou modulos.
Nivel macro curricular
COMISSÕES NACIONAIS DE CURSOS

“ Cada Comisão por Curso deverá ser integrada


por uma quantidade racional de membros
susceptivel de cumprir suas funções. Os
membros das Comssões, tanto da produção e os
serviços como do Ensino Superior, serão os
especialistas de maior prestígio e autoridade
científico – técnica na sua profissão. Estes
deverão fazer reflectir sua experiência acumulada
na formação do tipo de profissional em causa ”
Nível macro curricular
• Deve ser um instrumento pedagógico que contenha as
grandes linhas de pensamento educativo, as políticas
educacionais, as grandes metas, de forma que
orientem sobre o plano de acção a seguir nos
distintos níveis de concretização.

A estruturação por níveis é coerente


com a consideração de um currículo aberto.

Permite uma concretização do desenho curricular


nos diferentes contextos, realidades e necessidades.
Nível meso curricular
• É responsabilidade das universidades
concretizarem o desenho curricular dos
cursos as características da região.

As Comissões de Curso do Ensino Superior São as


Encarregues de fazer as adequações necessárias .

Os colectivos de professores das


disciplinas elaboram os respectivos
os programas.
Nível meso curricular
NATUREZA DO PROJECTO
CURRICULAR
Desenho base
deve
ser
Aberto e flexível Deve ser
orientador
para os
professores Deve ter
um carácter
prescritivo.
Nível micro curricular
Programação de aula

São determinados os objectivos didácticos,


conteúdos, actividades de desenvolvimento,
actividades de avaliação e metodología de cada
área que se materializará na sala de aulas com o
colectivo de estudantes.
Nível micro curricular
Neste nível é essencial atender as
questões:

Os colectivos de professores do Curso, na instituição


universitária devem ser Incorporados na tarefa de
desenho curricular das disciplinas.

Actitude criativa destes professores para dar resposta ao


Modelo de Profissional, a concepção de Plano de
Estudo, os sistemas de conhecimentos e habilidades.
Nível micro curricular

É conveniente a utilização de técnicas de


trabalho em grupo que permitam, através
dos objectivos que o plano de estudo
consigna a cada disciplina, criar uma base
teórica colectiva para o trabalho e a
elaboração dos programas.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas

Quanto ao conteúdo

Determinar se os conteúdos
Determinar se ou a forma de articulação está em
o conteúdo conformidade a uma sequência lógica
responde ao modelo e foi concebida em consonância
desenhado a própria estrutura do Plano de Estudo
e os requesitos científicos das matérias.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Quanto ao conteúdo

Revisão para garantir que Determinar a correspondência


incluem os aspectos mais Entre nível técnico-prático
Importantes do exercício da dos conteúdo de habilidades
profissão . com o desenvolvimento dos
perfis ocupacionais
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação práctica dos programas
quanto ao conteúdo

Determinar o núcleo Observar que os problemas


de conhecimentos estejam determinados dos
teóricos e práticos, e mais simples aos mais
os princípios teóricos complexos.
de cada disciplina.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Quanto ao conteúdo
Determinar a forma em que a
disciplina contempla a Determinar o nível de
Formação e o conhecimento atualização dos temas a
de obras e soluções leccionar em relação ao
profissionais nacional e desenvolvimento científico –
internacional que garantão técnicos no mundo e a
sua formação cultural e realidade da actividade
histórica. profissional do país.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
quanto ao conteúdo

Precisar as possibilidades e
Determinar a correspondência oportunidades que dão corpo a
entre os conteúdos e as produção e serviços para
formas de realização dos desenvolver com estes
laboratórios, com os modos determinadas actividades laborais
de actuação profissional . e/ou de investigação.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Quanto ao conteúdo

Os modos e formas
Disponibilidade da base em que as disciplinas
Material para a execução do Contribuem ao alcance dos
seu conteúdo prático. conteúdos educativos
do modelo.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Quanto ao conteúdo

Posibilidade de alcançar
Desenho do sistema de avaliação aprendizagens
de cada disciplina com vista a desenvolvedora de acordo
garantir o cumprimento dos com os objetivos do modelo
objetivos específicos, e gerais de profissional elaborado.
requeridos na disciplina.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Sobre os aspectos metodológicos

Se as formas de
organização permitem Revisar os
complementar conhecimentos
os objetivos e e habilidades
conteúdos do precedentes.
Programa.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Sobre os aspectos metodológicos

Prever problemáticas
Garantir a integração que sirvam para desenvolver
simultânea dos conteúdos talento, racionamento e a
de diferentes disciplinas Iniciativa criadora.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Sobre os aspectos metodológicos

Precisar as formas em que


se harmonizarão a
Garantir que as actividades
adquisição dos
práticas da disciplina
conhecimentos teóricos
propriciem aquisição de
na universidade e a
conhecimentos.
aquisição das habilidades
práticas na produção ou
serviços.
Critérios a ter em conta na elaboração e
implementação prática dos programas
Sobre os aspectos metodológicos

Software de programas com que se conta para


leccionar a disciplina e sua forma de utilização para
desenvolver os objectivos da mesma.
Conclusões
• A estruturação por níveis, é coerente com
a consideração de um currículo aberto
que permita uma concretização do
desenho curricular a diferentes contextos,
realidades e necessidades.

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