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FUNÇÕES

EXECUTIVAS
“... capacidade do sujeito de engajar-se em
comportamento orientado a objetivos, ou seja, à
realização de ações voluntárias, independentes,
autônomas, auto-organizadas e orientadas para metas
específicas.” (Capovilla, Assef e Cozza, 2007)
Caso Phineas Gage

Antes: inteligência mediana,


habilidoso, confiável, energético e
persistente na realização de seus
planos.

Depois: inconstante, irreverente,


pouca consideração com colegas,
impaciente com restrições e
conselhos que entrem em conflito
com seus desejos.
Resolução de problemas

• Superação de obstáculos responder uma pergunta


alcançar um objetivo

O objetivo é amarrar as duas cordas, mas nenhuma delas é suficientemente


longa para alcançá-la sem soltar a outra. Estão disponíveis alguns pincéis limpos,
uma lata de tinta e uma pesada lona impermeabilizada. Como é possível amarrar
as duas cordas?
- Muitas pessoas não cogitam que a corda pode mover-se na sua direção.
- Nada sugere que é a pessoa que deve mover-se.
- A maioria pressupões que há essa restrição imposta.
- Restrições desnecessárias e injustificadas sobre si próprias atrapalham o
desempenho flexibilidade.
Preencha as caselas da tabela com os números de 1 a 9, de tal forma que
a soma de todas linhas (horizontal, vertical e diagonal) seja 15.
Funções Executivas
• Termo guarda-chuva: conjunto de funções
relacionadas com a realização de
comportamentos dirigidos à um objetivo
Núcleo das Funções Executivas e estabelecimento de relações (in Diamond, 2013)
Ações complexas

• Vamos viajar?

– Atenção

– Adequação contextual (tempo/espaço)

– Memorizar informações

– Orientação para um objetivo

– Planejamento de ação

– Flexibilidade para mudanças


Funções executivas
• Funções executivas frias
• Funções executivas quentes

https://www.youtube.com/watch?v=QX_oy9614HQ
habilidades são necessárias
para realização dessas tarefas

• Memória de Trabalho
• Flexibilidade cognitiva
• Controle inibitório
• Auto regulação do afeto
• Metacognição
• Persistência ao alvo
• Iniciação da tarefa
• Planejamento
• Organização
• Manejo do tempo
- Memória de trabalho: habilidade de manter informações, enquanto executa
tarefas. Neste caso é um “meio para um fim, e não um fim”.

- Flexibilidade Cognitiva: habilidade de revisar os planos, na presença de


obstáculos, erros ou novas informações. Capacidade de adaptar-se às
situações adversas.

- Controle inibitório: capacidade de pensar antes de agir.


- Auto-regulação do afeto: habilidade de regular as emoções para completar
tarefas, atingir objetivos e controlar o comportamento.

- Metacognição: habilidade de se auto-observar, identificando como você


resolve um problema (ex: como estou indo? Como resolvi o problema?).

- Persistência ao alvo: capacidade de seguir e executar um plano até


completar a meta, sem desistir.

- Iniciação de tarefas: habilidade de começar uma tarefa, sem adiar.


Habilidades envolvidas

- Planejamento: habilidade de criar um caminho para atingir uma meta ou


completar uma tarefa.

- Organização: habilidade de se criar uma estratégia para facilitar na


execução de uma atividade.

- Manejo do tempo: capacidade de estimar quanto tempo ainda tenho para a


execução da tarefa (ex: dever de casa ou uma prova).
Sequência de eventos necessários para todo comportamento com
propósito

1. Iniciar o comportamento

2. Identificar o objetivo, meta de ação

3. Plano de acordo com a meta

4. Como executar? Sequência


temporal apropriada

5. Execução passo a passo

6. Comparar objetivo e resultado


Escala de Funções Executivas
• Inibição (IC),
• Flexibilidade (FC),
• Controle inibitório (CI),
• Controle emocional/autocontrole (AC),
• Iniciativa (volição) (I),
• Monitoramento de tarefas (MOT),
• Memória de trabalho (MT),
• Planejamento/organização (OP) e
• Organização de materiais (OM).
https://docs.google.com/forms/d/1PMQhsw7-5r1CB30GRmfzvPtrFDHHpwrxDNYk64l7ogw/
viewform?ts=5a70afbc&edit_requested=true
Córtex pré-frontal
• Executivo central
• O maestro
• Funções Executivas
FUNÇÕES EXECUTIVAS

Ontogenética

• Maturidade tardia: início da vida adulta

• 6 a 8 anos: desenvolvimento intenso

• Mielinização do córtex pré-frontal

https://www.youtube.com/watch?v=Rwxf1BTyKz4
Córtex pré-frontal (CPF)

“Diretor executivo do cérebro”

* Ocupa quase 1/3 da massa total do cérebro.


* Lobos frontais como os “mais humanos”.
* Última estrutura a se desenvolver.
* Faz ligações com outras áreas do cérebro – integração de diferentes
processos cognitivos.
* Seleção das habilidades cognitivas para implementação de planos,
as coordena e aplica em ordem correta.
* Todos os processos servem a aspectos específicos das funções
executivas, influenciando na memória espacial, visual, linguagem entre
outras.
* Raichle, em 1994 - TEP (tomografia por emissão de pósitrons) –
novidade cognitiva: maior fluxo sanguíneo em tarefas novas.
• Lashley (1951): Movimentos realizados a partir de seqüências motoras.

– Córtex pré-frontal  planeja comportamentos complexos.


– Córtex pré-motor  faz seqüência.
– Córtex motor  Executa as ações.
Neuroanatomia das Funções Executivas

3 circuitos principais:
 Dorsolateral

 Lateral orbitofrontal

 Cíngulo anterior

Fuster (1997)
estabelecimento de
metas, planejamento,
solução de problemas, Neuroanatomia das Funções Executivas
fluência, categorização,
memória de trabalho,
flexibilidade cognitiva,
sustentação e motivação, monitoramento,
seletividade da controle executivo da atenção,
atenção, organização seleção e controle de respostas
temporal, tomada de
decisão

cp emocional (empatia, seguimento de


regras, controle inibitório,
automonitoramento, antecipação de Fuster (1997)
consequências)
https://www.youtube.com/watch?v=TQ51Gsb98ec
https://www.youtube.com/watch?v=6gIY_X9IXH8
Lobotomia e o Lobo Frontal

https://www.youtube.com/watch?v=o1jimHYp6rg
FUNÇÕES EXECUTIVAS

Maestro do funcionamento da atividade mental humana


Funções executivas
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Déficits nas funções executivas:

síndromes disexecutivas

Dificuldades: tomada de decisão, traçar metas irreais,


dificuldade em controlar o comportamento, distração,
não reagem a consequências do seu comportamento,
apatia ou euforia
Vladimir e “A galinha dos ovos de ouro”
- Paciente com lesão no lobo frontal – trilho do metrô.
- Tarefa repetir a seguinte história:

“Um homem possuía uma galinha que botava ovos de ouro. O homem era ávido e
queria conseguir mais ouro de uma vez. Ele matou a galinha e abriu-a, esperando
encontrar um monte de ouro dentro, mas não havia nenhum.”

- Repetição imediata de Vladimir:

“Um homem estava vivendo com uma galinha... Ou melhor, o homem era o dono da
galinha. Ela estava produzindo ouro... o dono, queria mais ouro de uma vez... então
ele a cortou em pedaços mas não havia ouro... Nenhum ouro... ele cortou-a mais...
nenhum ouro... a galinha permanece vazia... Então ele procura de novo e de novo...
Nenhum ouro...ele procura em volta por todos os lugares... A busca prossegue com
um gravador... Eles estão procurando aqui e ali, nada de novo em torno. Eles deixam
o gravador ligado, algo está girando ali... Que diabos eles estão gravando ali...
Alguns dígitos... 0,2,3,0... Então eles estão gravando todos esses dígitos... Não
muitos deles... É por isso que todos os outros dígitos foram gravados... Desligaram
para não ter muitos deles... Então, tudo foi gravado...” [o monólogo continua]

(Goldberg, 2002, p.157)


• História de Vladimir fora de proporção com a original.
• Incapacidade de terminar uma atividade (reverso da inércia).
• Novos conteúdos são introduzidos – gravador.
• O aplicador tinha um gravador nas mãos – incapacidade de Vladimir de
selecionar o que é importante para a tarefa.
• Não traça e não se orienta por um plano de ação.
• Seu aprendizado de pensamento foi perdido.

Comportamento dependente do campo.

Ficar à mercê de distrações incidentais e demonstrar uma incapacidade de


seguir planos.

Comuns da moléstia do lobo frontal.


Síndromes do lobo frontal – (pré-frontais)
“Mudanças de personalidade”

Síndrome dorsolateral

- Semelhanças com pacientes deprimidos.


- Inércia e incapacidade de iniciar comportamento.
- Se for severa: não sai da cama, não come ou bebe, nem atende outras
necessidades.
- Porém, não é como a depressão. Estado de indiferença permanente.
- Reduzida resposta a dor.
- “Desprovidos de personalidade”.
Disfunção executiva na Síndrome dorsolateral:

• Dificuldade para evocar espontaneamente informação aprendida.

• Em testes de múltipla escolha o desempenho é normal.

• Déficit em provas de fluência verbal semântica e fonêmica.

• Dificuldade em alterar resposta – rigidez de padrão.

• Se desconcentram – perda do set.

• Dificuldade em planejar e criar estratégias.


Síndrome orbitofrontal

- É oposta a dorsolateral.
- Emocionalmente desinibidos.
- Perda julgamento social.
- Comportamentos inapropriados.
- Atos anti-sociais.
- Euforia, agressividade.
- Preocupações, gestos e comentários sexuais.
- Percepção limitada do paciente sobre suas alterações.
- Impulsividade, distração, falta de crítica sobre respostas certas podem
interferir na avaliação intelectual.
- Não têm previsão das conseqüências de suas ações.
- Memória, linguagem e outras habilidades cognitivas intactas.
- “Personalidade imatura”.
Lesão no lobo frontal e comportamento criminoso

• Violação extrema de normas humanas comportamentos definidos


como anormais.
• Comportamentos desprovidos de inibições sociais – “doentes”.
• Criminalidade X Doença mental.
• Moralidade X Biologia.
• Todos os criminosos têm alterações no lobo frontal??? Não é possível
afirmar...
• Estudos apontam predomínio de lesões na cabeça entre criminosos do que
na população geral. E mais ainda em criminosos violentos do que não
violentos.
• Detecção de predisposições para comportamentos anti-sociais.
F.E. e distúrbios específicos
• TDAH.

• TOC (transtorno obssessivo compulsivo).

• Síndrome de Tourette.

• Esquizofrenia.

• Autismo.

• Transtorno bipolar

• Alzheimer

• Drogas (álcool, cocaína, crack,maconha)


FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

Bateria específica:

Behavioral Assessment of the Dysexecutive Syndrome –


BADS

6 tarefas
Questionário – escala de avaliação de sintomas
disexecutivos
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

PLANEJAMENTO

Torre de Hanoi

Exemplo Torre de Hanói

Objetivo: Montar a torre na Haste C


Regras:
Movimentar uma só peça por vez
Uma peça maior não pode ficar acima de uma peça menor
Só é permitido movimentar a peça que estiver na parte superior
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

TOMADA DE DECISÃO

Iowa Gambling Task


FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

FLEXIBILIDADE COGNITIVA

Wisconsin Card Sorting Test


FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

MEMÓRIA OPERACIONAL

Dígitos
Ordem Inversa
      Pontuação
1. 5–1    
3–8    
2. 4–9–3    
  5–2–6    
3. 3–8–1–4    
  1–7–9–5    
4. 6–2–9–7–2    
  4–8–5–2–7    
5. 7–1–5–2–8–6    
  8–3–1–9–6–4    
6. 4–7–3–9–1–2–8    
  8–1–2–9–3–6–5    
    Total  
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

CATEGORIZAÇÃO

Laranja e banana
Meia e sapato
Barco e automóvel
Mosca e árvore
Democracia e monarquia
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Avaliação neuropsicológica

FLUÊNCIA

Fluência Verbal

CONTROLE INIBITÓRIO

Stroop Test
Amadurecimento das FE

– Comportamento baseando-se em processamentos superiores para sua evolução.

– Aumento das possibilidades – exigências.

Acumula conhecimento Acumula propósito das Atuar baseado em


de fatos, imagens, ações e a metas e é capaz de
palavras, sons... maneira de realizá-la se auto-monitorar

O QUE PORQUE QUANDO


ONDE COMO

Acúmulo de Planejamento de
Executor inexperiente experiência ação e avalia o que
Meio modula ação Tentativa e erro deve melhorar
Volição
- Processo cognitivo pelo qual um indivíduo se decide a praticar uma ação em
particular.
- Capacidade de antecipar as conseqüências de uma ação e capacidade de
decidir se uma ação deve ser realizada.

A capacidade para comportamento volitivo depende da integridade


funcional dos lobos frontais. A capacidade para conter-se depende
particularmente do córtex orbitofrontal.

- Responsabilidade do indivíduo na sociedade por certas ações:

vomitar por bebedeira X vomitar por colapso cardíaco


acidente por velocidade X acidente por mal-estar
palavrões em público por raiva X palavrões por Tourette
Controle volitivo e maturidade social

- Essa capacidade não é inata, emerge gradualmente por meio do


desenvolvimento.
- Acesso de raiva de um adulto X acesso de raiva de uma criança.
- Controle volitivo sobre as ações é central para maturidade social.
- Maturação biológica e maturidade social (culturalmente definida).
- Maturidade social – 18 anos??? (controle adequado sobre seus impulsos e
desejos).
- Maturidade biológica – 18 anos??? (Mielina nos lobos frontais).
Avaliação

Testes neuropsicológicos – instruções estruturadas passo a passo.

Altos escores nas baterias...

Dissociação entre compreensão e ação:

Indicativo de prejuízos nas funções executivas.

- É preciso observar cada estratégia adotada para solucionar os


testes do protocolo de avaliação.

- Se houver algum déficit, quando a tarefa envolver a coordenação de


muitas habilidades executivas, o desempenho será prejudicado.
Trail Making
Teste de seleção de cartões de
Wisconsin
Torre de Hanoy
Diferenças Individuais e de grupos

- Diferenças individuais como expressões múltiplas


da normalidade.
- Bioquímica cerebral.
- Diferentes ambientes, experiências, educação.
- Estilo de tomada de decisões:

Pessoas diferentes na
= Respostas diferentes
mesma situação
- Pesquisas sobre gêneros focam a “tomada de decisão verídica”.

Homens melhores em matemática/relações espaciais, e mulheres em línguas.

- Diferença de gênero colocada como “inferioridade de gênero”.

- Pouco se discute sobre diferença de gêneros em estilos cognitivos gerais,


sobre estilos de tomada de decisões, ou seja, “tomada de decisões
adaptativas”.

- Estratégias dependentes do contexto e estratégias independentes do


contexto (ex. das finanças pessoais). O ideal é oscilar entre os dois, mas
geralmente há um padrão.

- Qual é mais eficiente??? Depende... Ambiente estável ou instável?


Diferentes estratégias de tomada de decisão dependem de diferentes
partes do cérebro?

• Lobos Frontais – é possível que sejam funcionalmente diferentes em


machos e fêmeas.

• Os lobos exibem diferenças e assimetrias de gênero em humanos e não-


humanos (espessura cortical, por exemplo; mais fina nos lobos direito e
esquerdo nas fêmeas, nos machos o direito é mais grosso).

• Diferenças bioquímicas (estrogênio simetricamente distribuídos nas


fêmeas, entre outras coisas).
Envelhecimento...

“No envelhecimento, os déficits nas tarefas neuropsicológicas da


memória episódica e do controle executivo ocorrem principalmente
associados à diminuição no processamento da informação, nos
processos atencionais, nos processos inibitórios e na flexibilidade
cognitiva.” (ARGIMON et.al, 2006, p.36)

- A relação idade X funções executivas deve ser sempre considerada.

- Queda no desempenho em idade avançada, mesmo quando não


apresentam patologias.

- Desempenho também pode ser influenciado pela escolaridade.


F.E. e distúrbios específicos
• TDAH.

• TOC (transtorno obssessivo compulsivo).

• Síndrome de Tourette.

• Esquizofrenia.

• Autismo.

• Transtorno bipolar

• Alzheimer

• Drogas (álcool, cocaína, crack,maconha)


Transtorno de déficit de atenção e/ou hiperatividade (TDA/H) e F.E.
• Indícios de alteração no córtex pré-frontal.
• Déficit em comportamento inibitório, memória de trabalho, planejamento,
auto-regulação e ação dirigida a objetivo definido.
• Dificuldades em manter os níveis necessários de atenção.
• Impulsividade e inquietude motora e psíquica.
• Comprometimentos acadêmicos, psicossociais e familiares.
• Aumento na probabilidade ao uso de substâncias psicoativas na
adolescência.
• Altas taxas de desemprego e divórcio na vida adulta.

A maioria dos estudos sobre funções executivas e TDAH foi realizada com
adultos!!!
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e F.E.

• Formas mais profundas de rigidez mental.

• Pessoas com pouca flexibilidade mental.

• Incapacidade de mudar de uma atividade para a outra, mudar o foco.


Transtorno Bipolar e F.E.

- Oscilação entre mania e depressão.

- Diferentes formas de funcionamento nas duas fases.

- Passividade (falta de iniciativa) X Impulsividade (falta de controle).


Síndrome de Tourette e F.E.
- Dificuldade para inibição de comportamentos.

“Eu constantemente toco lâmpadas e queimo meus dedos” (sic)

“Às vezes há um precursor para um tique, às vezes uma quase sensação,


como uma coceira. Geralmente há uma tensão passando através do meu
corpo.” (sic)
(Goldberg, 2002, p. 222)
Esquizofrenia e F.E.
• Afeta aproximadamente 1% da população.
• Aspectos hereditários e ambientais: importantes na expressão e curso clínico.
Desequilíbrio de dopamina.
• Manifestações por volta dos 18 anos. Alucinações geralmente de natureza
paranóica.
• Episódios psicóticos intercalados.
• Disfunções no lobo frontal:
- desempenho prejudicado no Wisconsin;
- não apresenta padrão de hiperfrontalidade (avaliado com métodos de diagnóstico
por imagem funcional);
- falta de iniciativa e impulso;
- tendem a perseverar;
- dificuldade em testes de memória e flexibilidade mental.
Autismo e F.E.
- Dificuldades referentes as habilidades executivas no autismo:
- falta de regulação da atenção voluntária;
- não inibem comportamentos com facilidade e não os direcionam ao objetivo
proposto na tarefa;
- dificuldade de planejamento da ação;
- falta de iniciação da resposta vluntária;
- dificuldade de flexibilidade cognitiva.
Alzheimer e F.E.
- Demência degenerativa.
- Perdas progressivas das funções intelectuais.
- Déficits executivos já são observados nas fases inicias da DA.
- Comprometimento das funções executivas, como planejamento,
organização e elaboração de pensamentos abstratos.   
- Diagnóstico clinicamente provável / definitivo pós-mortem.
- Causa principal continua desconhecida.

- Sem prevenção ou cura.   


Estágio inicial:
– Repetições, esquecimento de nomes, local de objetos pessoais.
– Déficit seletivo para eventos recentes.
– Avaliação neuropsicológica pode mostrar discretas alterações em
atenção, nomeação e tarefas visuo-espaciais.
– Relativa independência.

Estágio intermediário:
– Déficits em outros domínios: linguagem, raciocínio, orientação espacial e
funções executivas.
– Atividades diárias - dificuldade cada vez maior.
– A independência é gradualmente perdida.
– Alteração ciclo sono-vigília.
– Perda de higiene
– Sintomas psiquiátricos: alucinações e agitação.
– Dependência cada vez maior
Estágio final:
- Incontinência.
- Não reconhece familiares.
- Dificuldades com movimentação e alimentação.
- Piora importante de sintomas comportamentais e cognitivos.
- Rigidez e instabilidade de marcha tornam-se cada vez mais
intensos.
- A morte geralmente ocorre por morte súbita ou decorrente de
infecções.
Drogas e F.E.
Cocaína e Crack Maconha
- Problemas de ordem física, psiquiátrica - Droga ilícita mais consumida no mundo.
e social.

- Falta de motivação, prejuízo na


- Abuso de cocaína associado a déficits
flexibilidade cognitiva, desatenção e
cognitivos, entre eles funções executivas.
dificuldade de raciocínio abstrato.
Há prejuízos neurocognitivos em
dependentes de cocaína/crack quando
comparados a indivíduos normais. - F.E. exercem um papel central no processo
de dependência, tanto no controle do
impulso em usar a droga como na
- Alterações pré-frontais em dificuldade em interromper o uso.
dependentes de cocaína/crack,
relacionadas a déficits na tomada de
decisões e às bases neurobiológicas das
dependências químicas.
Referências
• ANDRADE,V.M., SANTOS.F.H., BUENO,O.F.A. Neuropsicologia hoje. São Paulo: Artes médicas,
2004.

• CAPOVILLA, A.G.S., ASSEF,.E.C.S., COZZA,H.F.P. Avaliação neuropsicológica das funções


executivas e relação com desatenção e hiperatividade. Aval. psicol. [online]. jun. 2007, vol.6,
no.1, p.51-60.

• GOLDBERG, E. O cérebro executivo. Lobos frontais e a mente civilizada. Rio de Janeiro: Imago,
2002.

• KOLB,B., WISHAW,I.Q. Neurociência do comportamento. Manole, 2002.

• ORSATI,F.T. Correlação entre habilidades executivas e rastreamento ocular em crianças e


jovens com transtorno invasivo do desenvolvimento. Dissertação de Mestrado – Universidade
Mackenzie. São Paulo, 2006.

• STENBERG,R.J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

• http://www.comportamentoinfantil.com/artigos/funcoesexecutivas.htm

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