elton.medeiros@sumare.edu.br Trabalho -1º Bimestre: ANÁLISE DE TEXTO & ELABORAÇÃO DE APRESENTAÇÃO DE AULA. Leitura do Capítulo:
“Febre do Ouro, Febre da Prata” in: GALEANO, Eduardo.
Veias Abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2010.
• ENTREGA: data no AVA
• Individual ou no máximo três pessoas (MAS TODOS DEVEM POSTAR). • FORMATO: Digitado, fonte Arial ou Times New Roman 12, espaçamento 1,5; máximo de 15 págs. Trabalho – 2º Bimestre • Obra:
GALEANO, Eduardo. Veias Abertas da
América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2010. • Individual ou no máximo três pessoas (MAS TODOS DEVEM POSTAR). • ENTREGA : VER DATA NO AVA. • FORMATO: Digitado, fonte Arial ou Times New Roman 12, espaçamento 1,5; até máximo de 20 págs. Independência da América: o caso do Haiti
GUERRA, Francois-Xavier. Modernidad e
Independencias. Madrid: Editorial Mafre, 1992, p. 115 - 148.
MATIJASCIC, Vanessa Braga. “Haiti: Uma História De
Instabilidade Política”, Cenário Internacional, São Paulo, 2009. (Disponível em: http://www.cenariointernacional.com.br/default3.asp?s=artigos2.asp&id=130) Independências da América hispânica • O processo de independência da América espanhola segue momentos diferentes (e pela historiografia tradicional, causas diferentes). • Caráter extremamente nacionalista das abordagens historiográficas – especialmente para o momento pós 1810: todos os países surgidos a partir da antiga monarquia espanhola (mesmo a Espanha) se dedicam a elementos nacionais para explicar tal fenômeno. • Espanha: as independências como resultado da revolução liberal na Europa. • Nas Américas: a necessidade de criar um imaginário nacional para os novos países independentes levou os historiadores a uma visão na qual as causas internas e particulares ocupavam lugar de destaque; o resto da América espanhola e, principalmente, a Península serviam de mero pano de fundo. Independências da América
• Cenário europeu (séc. XIX):
Guerras Napoleônicas (1803 – 1815).
1806 Napoleão decreta o Bloqueio Continental. 5 de maio de 1808, abdicação de Carlos IV de Espanha. 6 de maio de 1808, seu filho, Fernando VII também abdica – e José Napoleão é nomeado rei de Nápoles e da Espanha. A exceção: O Haiti • Colonização francesa: diferente das demais regiões da América Ibérica e das possessões britânicas na América do Norte, o Haiti se tornará de domínio francês e uma de suas mais bem sucedidas colônias. Originalmente colônia da Espanha, tornou-se oficialmente colônia francesa só no século XVII – por meio de uma concessão da coroa espanhola. Ao fim do séc. XVI praticamente toda a população nativa havia sido exterminada em função da colonização espanhola. Entre os sécs. XVI – XVII piratas franceses começam a se instalar na região e iniciam a produção de tabaco (por exemplo) e a marcar a presença francesa na ilha. Em decorrência dos conflitos de interesses de exploração da região do Caribe, por fim, a Espanha concede sua parte da ilha à França (através do Tratado de Ryswick, 1697). Produção de café, anil, cacau, algodão, tabaco e principalmente açúcar. A exceção: O Haiti
• População do Haiti se encontrava dividida em cinco grupos
principais: Grandes brancos (latifundiários). Pequenos brancos (burocratas franceses). Brancos pobres (professores e artesãos). - Somavam 40 mil pessoas –
créoles livres (c. 28 mil pessoas).
Escravos (452 mil pessoas; sendo dois terços africanos). A exceção: O Haiti • Cenário político: Clima de levantes e rebeliões constantes. Revolução Francesa: momento de instabilidade política na metrópole; latifundiários aproveitaram para romper com Paris e imposição das próprias regras na colônia. Aumento das rebeliões em 1791. Grande rebelião de 1794: liderada por Toussaint L’Ouverture, possuía propostas da substituição da mão de obra escrava pela remunerada e exigiu a quebra do monopólio comercial francês para expandir relações comerciais com a Inglaterra e os Estados Unidos, e a expulsão de autoridades francesas.
Representação francesa de L’Ouverture, 1802
A exceção: O Haiti
• Consequências da Revolução até sua independência:
1801: Napoleão envia tropas para retomar o Haiti. 1803: Toussaint L’Overture é preso e enviado à França, onde morreu na prisão. Jean-Jacques Dessalines continua com a revolução. 1804: declaração de independência do Haiti – ainda não reconhecida internacionalmente. 1824: reconhecimento pela França sob pagamento de alta indenização. Disputas internas pelo poder + interferências estrangeiras. Sugestão de questões para a análise da fonte: Declaração Haitiana de Independência. 1) De que maneira podemos relacionar os elementos que embasam a independência do Haiti com os da independência da América e da América hispânica? Quais características são semelhantes e quais seriam distintas em cada caso? 2) Seria possível identificar elementos de inspiração dos ideais do iluminismo na declaração haitiana, e qual seria sua importância no processo de rompimento com a metrópole? 3) De que forma podemos identificar elementos de uma identidade “nacional” haitiana na fonte? E de que maneira podemos estabelecer um paralelo com os mesmos processos de construção identitária na América hispânica? Qual a importância de tais elaborações no contexto sócio-político da época?