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Unidade 4

Pele, membranas e nódulos


linfaticos

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Introducao

• A síndrome da imunodeficiência adquirida, mais


conhecida pelo acrônimo SIDA, é uma doença
causada pelo vírus HIV (vírus da
imunodeficiência humana), que provoca uma
progressiva e lenta queda das nossas defesas
imunológicas, deixando o organismo susceptível
a inúmeras infecções.

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RASH
HIV

3
INTRODUÇÃO
As infecções cutâneas podem surgir devido a um
desequilíbrio na flora bacteriana que reveste naturalmente a
pele. As infecções cutâneas variam de grau, podendo
manifestar-se como uma simples acne, herpes ou como uma
doença mais grave causada por estafilococos, como a
síndrome da pele escaldada.
Os principais sintomas de infecções cutâneas são a
vermelhidão e a coceira, que podem surgir após um
trabalho de jardinagem, entrar no mar ou na piscina, por
exemplo. Os indivíduos que mais frequentemente podem
sofrer com este tipo de infecção são os diabéticos e os
portadores de SIDA, mas qualquer pessoa pode ser afetada,
mesmo que esteja muito saudável
TIPOS DE INFECÇÃO CUTÂNEA
As infecções na pele podem ser leves, que podem ser curadas
com remédios caseiros, ou graves, que necessitam de
remédios indicados pelo médico. Elas podem ser dos
seguintes tipos:
1. Infecção na pele causada por bactérias
• Celulite infecciosa;
• Impetigo;
• Erisipela;
• Furúnculo.
2. Infecção fúngica da pele
• Frieira;
• Micose na pele ou nas unhas;
• Balanite;
• Candidíase
3. Infecção na pele causada por vírus
• Herpes;
• Catapora;
• Sarampo;
• Síndrome mão-pé-boca;
• Verrugas

SINAIS E SINTOMAS DE
INFECÇÃO NA PELE
Pus;
Presença de bolhas na pele;
Descamação da pele;
Pele escurecida na região afetada
SÍFILIS
A sífilis é sem dúvida uma das mais
assassinasdoenças na África. A
erupção cutânea / fervura que causa
a peste é responsável pela infecção
de até 12,2 milhões de pessoas no
mundo todos os anos, com um
quarto desses casos ocorrendo na
África devido à má educação em
saúde sexual. A doença é transmitida
através do contato com fluidos
corporais, sangue e produtos
sangüíneos.
SARAMPO
O sarampo é uma doença que
ganhou alguma reputação
respeitável por causa de sua
capacidade de se espalhar
como fogo durante os surtos. A
doença mortal mata cerca de
530.000 vidas anualmente após
infectar mais de 30 milhões de
pessoas a cada ano (geralmente
de bebês e crianças menores de
5 anos).
DERMATOFITOSE: O QUE É,
TIPOS, SINTOMAS E
TRATAMENTO

Definição
Tipos
Sintomas e
Tratamento
DEFINIÇÃO

As dermatofitoses, também conhecidas como


micoses superficiais, tineas ou tinhas, são
infecções causadas, na maior parte das vezes, por
dermatófitos, um tipo de fungos que possui
elevada afinidade pela queratina e que, por isso,
atinge locais em há maior concentração dessa
proteína, como pele, pelos, cabelos e unhas.
PRINCIPAIS TIPOS DE
DERMATOFITOSE

1. Tinea pedis - A tinea pedis corresponde à dermatofitose que


afeta os pés e que pode ser causada pelos fungos Thichophyton
rubrum e Trichophyton mentagophytes interdigitale.
Sintomas: o principal sinal indicativo é a coceira entre os dedos
dos pés, descamação e esbranquiçamento do local, além de mau
cheiro.

2. Tinea capitis - A tinea capitis é a dermatofitose que acontece no


couro cabeludo e que pode ser provocada pelos fungos
Trichophyton tonsurans, Microsporum audouinii ou Trichophyton
schoenleinii, que provocam sintomas diferentes
Sintomas: a infecção por Trichophyton tonsurans ou Microsporum
audouinii causa o aparecimento de regiões do couro cabeludo sem
cabelo que possuem fluorescência sob a lâmpada de Wood
3. Tinea cruris - A tinea cruris é o tipo de dermatofitose
que surge na região da virilha, parte interna das coxas e
nádegas, sendo provocada principalmente pelo fungo
Trichophyton rubrum.

4. Tinea corporis - A tinea corporis é uma das


dermatofitoses mais comuns e afeta a região mais
superficial da pele, sendo geralmente causada pelos fungos
do tipo Trichophyton rubrum, Microsporum canis,
Trichophyton verrucosum ou Microsporum gypseum.
Sintomas: variam de acordo com o fungo, mas os sinais
mais característicos incluem o surgimento de manchas com
contorno vermelho na pele, com ou sem relevo, coceira na
região, podendo ou não haver descamação
Candidíase oral e candidíase esofagiana

A Candida é um fungo que é considerado um membro


normal da flora gastrointestinal e geniturinária dos
humanos. A maioria das pessoas são colonizadas por
Candida e nenhum sintoma apresentam, pois o nosso
sistema imune a mantém controlada.
Porém, qualquer desequilíbrio na flora local ou no estado
imunológico do paciente pode levar esse fungo a se
proliferar e invadir tecidos, causando assim a candidíase.
Como a AIDS é uma doença que causa imunossupressão,
um dos sintomas mais comuns é o aparecimento da
candidíase oral e do esôfago.

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Candidíase oral e candidíase esofagiana

• A candidíase oral é muito comum no HIV,


entretanto, ela não é específica do HIV,
podendo ocorrer em várias outras doenças, em
crianças, em idosos, em pessoas tomando
drogas imunossupressoras e até após cursos
prolongados de antibióticos.
• Já a candidíase do esôfago é um sinal muito
sugestivo de deficiência imunológica. Se já não
houver um diagnóstico estabelecido que
justifique a imunossupressão, a SIDA deve ser
uma hipótese diagnóstica a ser pesquisada 14
Candidiase na região inteior da
buchecha

Candidiase na lingua
Candidiase do esófago (vista por
endoscopia)

Candidiase do esófago (vista por


endoscopia) 15
O que é candidíase vaginal

• A candidíase vaginal, também chamada monilíase


vaginal, é uma infecção ginecológica provocada pelo
fungo Candida albicans. Essa micose é tão comum que
3 em cada 4 mulheres terão pelo menos um episódio de
candidíase vaginal ao longo da vida.
• A Candida albicans provoca um quadro de inflamação
na vagina e na vulva (parte exterior da vagina), motivo
pelo qual ela também é conhecida como vulvovaginite
por Candida. A inflação genital da candidíase
caracteriza-se pelos sinais e sintomas de vermelhidão
local, intensa coceira e corrimento vaginal

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Causas
• A candidíase vaginal é uma infecção da vagina e da vulva causada pelo
fungo do gênero Candida. Dentre todas as espécies de Candida, a Candida
albicans é a mais comum, sendo responsável por até 90% dos casos. A
candidíase vulvovaginal também pode ser causada pelas espécies Candida
glabrata ou Candida parapsilosis, mas esses casos são incomuns e tendem
a ter um quadro clínico mais brandos.
• A Candida é um fungo que existe naturalmente na nossa flora biológica,
estando presente na boca e no sistema digestivo de até 50 a 80% das
pessoas, dependendo da população. Em situações normais, o nosso
sistema imunológico e a presença dos outros microrganismos da nossa
flora natural impedem que a Candida se multiplique exageradamente,
mantendo sua população sob controle. Portanto, estar colonizado pelo
fungo Candida não é sinônimo de ter uma infecção por Candida. A Candida
é apenas um ente os milhões de germes que fazem parte da nossa flora
natural de microrganismos

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• Entre 20 a 50% das mulheres têm a sua vagina
colonizada pelo fungo Candida sem que isso,
porém, signifique haver uma infecção pela
Candida. Essas mulheres são completamente
assintomáticas, pois o pH ácido da vagina, o
sistema imunológico e a presença da flora
bacteriana vaginal impedem que a Candida
consiga se multiplicar. A vulvovaginite por
Candida só surge se houver algum distúrbio em
pelo menos um desses três fatores de proteção
citados
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Transmissão
• A pergunta acima é muito comum, mas ela é conceitualmente errada, pois,
na maioria dos casos, não se pega candidíase de ninguém; a vulvovaginite
surge porque a Candida albicans, que já existia no seu organismo,
encontrou formas de ultrapassar as defesas do nosso corpo e conseguiu
multiplicar-se descontroladamente.
• Habitualmente, a Candida albicans que coloniza a vagina das mulheres tem
sua origem na região perianal. A Candida que existe no trato
gastrointestinal e coloniza a região perianal pode migrar pelo períneo,
alcançar a vagina e se estabelecer nessa nova região. Uma forma comum
disso ocorrer é através da limpeza incorreta do ânus após a evacuação. Se
a mulher se limpa de trás para a frente, ela acaba trazendo germes da
região perianal em duração à vagina. Isso favorece não só a colonização
vaginal pela Candida, como também a ocorrência de infecção urinária por
bactérias do trato gastrointestinal

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• Eventualmente, a Candida albicans pode ser
transmitida de uma pessoa para outra. Como a
boca e trato gastrointestinal são os habitats
mais comuns da Candida no nosso organismo,
o sexo oral e o sexo anal são possíveis fontes
de transmissão. O sexo vaginal também pode
ser uma forma de transmissão, caso o pênis do
parceiro ou a vagina da parceira estejam
colonizados.

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Factores de risco

• Em geral, a Candida albicans prolifera-se nas seguintes


situações: redução da acidez vaginal (aumento do pH
vaginal), alterações na flora microbiana da vagina,
alterações hormonais ou fraqueza do sistema
imunológico.
• Vários fatores de risco para candidíase vulvovaginal já
são bem conhecidos, sendo os mais importantes:
• Diabetes Mellitus;
• Uso recente de antibióticos;
• Alterações hormonais;
• Imunossupressão

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Candidíase vaginal recorrente

Sintomas
Ardência ou dor na região vaginal também são comuns e podem
ser acompanhadas por disúria (dor ao urinar) ou dispareunia (dor
durante o ato sexual).

Tratamento
Os casos mais simples de candidíase vulvovaginal podem ser tratados com pomadas
antifúngicas de aplicação vaginal, entre elas o clotrimazol, nistatina e miconazol. Outra
opção é o fluconazol comprimido de 150 mg em dose única. Ambas formas de
tratamento têm taxas de sucesso acima de 90%, mas a posologia por via oral é mais
confortável por ser simples e curta, sendo atualmente a forma mais utilizada.
Nos casos de candidíase recorrente, o tratamento é habitualmente feito com fluconazol
por via oral por até 6 semanas.
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• Clotrimazol:
• Clotrimazol creme 1% – 1 aplicação (5 g) à noite por 7 a 14 dias.
• Clotrimazol creme 2% – 1 aplicação (5 g) à noite por 3 dias.
• Clotrimazol comprimido vaginal 500 mg – 1 comprimido intravaginal à noite
em dose única.
• Clotrimazol comprimido vaginal 100 mg – 1 comprimido intravaginal à noite
por 6 dias.
• Miconazol: creme 2% – 1 aplicação (5 g) à noite por 7 a 14 dias.
• Miconazol óvulo 200 mg – 1 óvulo intravaginal à noite por 3 dias.
• Nistatina: creme 100.000 UI – 1 aplicação (4 g) à noite por 14 dias.
• Terconazol: creme 0,8% – 1 aplicação (5 g) à noite por 3 a 5 dias.
• Terconazol óvulo 80 mg – 1 óvulo intravaginal à noite por 3 dias.
• Butoconazol: creme 2% – 1 aplicação (5 g) em dose única.
• Tioconazol: pomada 6,5% – 1 aplicação (5 g) em dose única

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Micose na virilha (tinea
cruris): sintomas e
tratamento

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O que é tinea cruris?

A tinea cruris, também conhecida como micose da


virilha ou coceira de jóquei, é uma infeção por
fungo extremamente comum. Essa micose
pertence a um grupo de infecções fúngicas da
pele chamado tínea, impinge ou dermatofitoses,
que são provocadas pelos fungos dos gêneros
Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton.

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Causas

A imensa maioria dos casos de micose na virilha


são causados pelo fungo Trichophyton rubrum.

Transmissao
A tinea cruris é uma infecção contagiosa transmitida por fômites, como
toalhas, lençóis ou roupas contaminadas com o fungo.
A micose na virilha também pode ocorrer como auto-contaminação
pela micose dos pés (frieira). O paciente após mexer nos pés, pode ter
suas mãos contaminadas com o fungo, levando-os até a região da
virilha. Ter relações sexuais com uma pessoa infectada também é uma
forma de contágio
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Factores de risco

• Sexo masculino (a tinea cruris é três vezes mais


comum em homens).
• Hiperidrose.
• Praticar esportes de contato intenso, como
lutas.
• Obesidade.
• Diabetes mellitus.
• HIV.
• Psoríase.
• Dermatite atópica.
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Sintomas

Os principais sintomas da micose na virilha são


coceira e vermelhidão local, chamada de rash. A
área inflamada pode apresentar alguma ardência,
tornando incômodo o uso de certos tipos de roupa
interior.

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Tratamento (melhores pomadas)

• Terbinafina.
• Naftifina.
• Cetoconazol.
• Miconazol.
• Tioconazol.
• Clotrimazol.
• Oxiconazol.

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Psoríase
A psoríase é uma doença de componente
hereditário, com envolvimento de múltiplos genes.
As formas que se desenvolvem em pacientes
jovens, geralmente têm um componente genético
mais marcante.
Além da própria história familiar, existem fatores
desencadeantes da doença também comuns
nessa faixa etária, como infecções de garganta e
estresse.

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Tratamento
• A maior parte dos casos de psoríase em crianças pode ser tratada
com medicações tópicas, como cremes e pomadas. A eficácia da
resposta depende da forma clínica e da gravidade da doença. Além
disso, também podem ser utilizados como recursos terapêuticos:
• . Helioterapia (exposição controlada ao sol),
• . Psicoterapia: o paciente em idade escolar é particularmente
suscetível a comentários, comparações e críticas de seus pares. A
diminuição do estresse psicológico ajuda no melhor controle da
doença.
• . Dieta e exercícios físicos: a psoríase é uma doença sistêmica – os
portadores da doença apresentam maior risco de desenvolver
pressão alta, alterações do perfil lipídico e até inflamação nas
articulações, em relação à população geral. Daí a importância de
hábitos alimentares saudáveis e bom condicionamento físico.
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32
Verruga

Molusco contagioso

Molusco é uma doença de pele provocada por um vírus


chamado poxvirus.
Parente de outra doença de pele bem conhecida, a
verruga e com a qual é confundido, difere desta pela
aparência lisa e brilhante, algumas vezes tendendo a
coloração amarela, rósea ou mesmo na cor da pele
(ficando avermelhado quando infecciona) e no formato de
uma esfera pequeninha.

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Transmissão

• Os adultos também são acometidos,


especialmente quando estão com a imunidade
comprometida, como nos portadores do vírus
HIV ou debilitados por doenças graves. Outra
forma de contaminação possível é através da
relação sexual, com as lesões aparecendo nas
áreas de pele que circundam os genitais

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Sintomas

Os sintomas são discretos. Pode haver uma leve


coceira, que pode favorecer a infecção pelo ato de
coçar.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo


exame clínico realizado pelo
médico, e o tratamento a ser
instituído depende da idade
e do numero de lesões
existentes.
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Tratamentos

Os tratamentos baseiam-se na da destruição da


lesão usando curetagem, cauterização química ou
com aparelhos, crioterapia com nitrogênio liquido
ou através de medicações antivirais.

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Queratose ceratose seborreica

Queratoses seborreicas são pequenas “bolinhas”


que aparecem na pele do rosto e do tronco na
idade adulta e são benignas

Não representam risco à


saúde, já que não são
contagiosas e nem tem
risco de se
transformarem em
lesões malignas.

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Erisipela

Erisipela é uma doença infecciosa da pele, caracterizada pelo


aparecimento de edema (inchaço), vermelhão e dor, principalmente
nas pernas.

Causas
A erisipela ocorre quando há uma ferida na pele que pode
ser causada por úlcera, machucado, micose de pele, picada
de inseto, mordida ou cirurgia. Essa ferida funciona como
uma porta de entrada para uma bactéria na pele,
geralmente o Streptococcus pyogenes do grupo A, mas
pode ser causada também pelo Haemophilus influenza tipo
B ou o Staphilococcus aureus. A bactéria penetra e
determina a infecção.
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Quais são as manifestações?

Geralmente inicia-se como um edema


(inchaço) avermelhado, quente e
doloroso, que aumenta de tamanho
formando uma placa vermelha bem
delimitada. A lesão pode vir
acompanhada de: febre alta, mal-
estar, náuseas e vômitos. Pode evoluir
para uma bolha ou ferida. Ocorre mais
em mulheres, principalmente entre os
60 e 80 anos. Afeta principalmente as
pernas, a face e os braços.

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Como é feito o tratamento?

O tratamento é realizado com antibióticos,


principalmente a penicilina, repouso e elevação do
local afetado. Cerca de 25% dos pacientes podem
apresentar novamente a doença.

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Carcinoma espinocelular
Queratoacantoma ou Ceratoacantoma
É uma variante do carcinoma espinocelular de comportamento menos
agressivo
Em geral o crescimento é muito rápido, em poucos dias. E pode haver
regressão espontânea sem qualquer tratamento. No entanto, pela
dificuldade de se diferenciar um queratoacantoma de um carcinoma
espinocelular, não é recomendável esperar o tumor regredir sozinho.
Normalmente aparece em áreas expostas ao sol sendo mais comum
após os 60 anos. Pessoas com deficiências imunológicas como
transplantados também tem maior risco.

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