You are on page 1of 34

ARISTÓTELES E

PLATÃO
PLATÃO
 Platão  foi um filósofo e matemático do período
clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos
filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a
primeira instituição de educação superior do mundo
ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu
pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces
da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.
PENSAMENTO PLATÔNICO – “TEORIA
DAS IDÉIAS”
 Platão desenvolveu a noção de que o
homem está em contato permanente com
dois tipos de realidade:

 Inteligível: realidade imutável, igual a si mesma.

 Sensível: todas as coisas que nos afetam os sentidos, são


realidades dependentes, mutáveis e são imagens das
realidades inteligíveis.
A REMINISCÊNCIA

 O que significa reminiscência?


- s.f. Recordação vaga e quase apagada.
Coisa, expressão de que a pessoa se lembra
inconscientemente; lembrança indecisa: reminiscência de
leituras.

 Deste modo, toda a ciência platônica é uma


reminiscência. A investigação das Ideias supõe que as
almas preexistiram em uma região divina onde
contemplavam as Ideias.
O MITO DA CAVERNA
 O mito da caverna é uma metáfora da condição humana
perante o mundo, no que diz respeito à importância do
conhecimento filosófico e à educação como forma de
superação da ignorância.
AMOR PLATÔNICO
 De onde vem a expressão “amor platônico” ?
 
 "Para Platão, o plano da experiência humana é inferior ao das
idéias e dos conceitos. Por isso, o amor é tratado como um
conceito, como um ideal", afirma o helenista Trajano Vieira,
professor de literatura grega da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).

 "Mas é importante observar que aquilo que o


senso comum entende hoje por amor platônico – o
amor sem contato físico – é diferente do que está
em Platão. Para ele, esse amor idealizado não
exclui o contato físico e sim o transcende."
CONHECIMENTO
 Platão não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas,
pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se
vão. Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo
estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não
pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta
verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser
buscada em algo superior.

 Buscar a verdade no interior do próprio homem, não meramente


como sujeito particular, mas como participante das verdades
essenciais do ser.

 Platão não defendia que todas as pessoas tivessem igual acesso à


razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegavam
à contemplação absoluta do mundo das ideias.
POLÍTICA
 Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e
autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das
cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente."
(Platão, Carta Sétima, 326b).

 Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas


na alma, que corresponderiam aos estamentos da pólis:
- A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado,
ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão.
-A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do
Estado, isto é, os soldados ou guardiões da pólis, pois sua alma de prata
é imbuída de vontade.
-A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do
Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se
pelo desejo das coisas sensíveis.
O HOMEM E A ALMA
 O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O
corpo era a matéria e a alma era o imaterial e o divino
que o homem possuía. Enquanto o corpo está em
constante mudança de aparência, a alma não muda
nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita,
porém não sabemos. As verdades
essenciais estão inscritas na
alma eternamente, porém, ao
nascermos, nós as esquecemos,
pois a alma é aprisionada no
corpo.
MITO DO CARRO ALADO
 Através da imagem do carro alado
Platão mostra que a alma é consti-
tuída de três partes:

1 – O racional , representado pelo condutor do carro, que deve


governar todo o homem, e conduzi-lo ao conhecimento das
ideias.
2 – O irascível , simbolizado pelo cavalo branco, no qual se
encontram os impulsos nobres, como a coragem.
3 – O concupiscível ou apetitivo, simbolizado pelo cavalo negro,
 pelo qual o homem procura e deseja o prazer sensual, e é
arrastado para o material.
ARISTÓTELES
A VIDA DE ARISTÓTELES

o Nasceu em Estagira, no ano de 384 a.C.

o Entrou na Academia de Platão com 17 anos

o Em 343 a.C. foi chamado para ser preceptor de


Alexandre

o Volta para Atenas em 335 a.C.

o Em 334 a.C. fundou o Liceu


O LICEU

o Em menos de dez anos se tornou um centro de estudos


avançados no qual os mestres se dividiam por
especialidades

o Escola Peripatética

o Priorizava as ciências naturais

o Filosofia – Metafísica – Lógica – Ética – Política –


Retórica – Poesia - Biologia – Zoologia – Medicina
ARISTÓTELES

o Aristóteles – O aluno que superou o mestre

o O criador do Pensamento Lógico


 Há uma explicação lógica para tudo!
ARISTÓTELES HISTORIADOR

o Primeiro historiador da filosofia

o Desenvolveu a interpretação dos trabalhos


dos primeiros filósofos.
ARISTÓTELES BIÓLOGO

o O “pai” da biologia

o Historia Animalum

o Vertebrados e invertebrados
ARISTÓTELES BIÓLOGO

o Divisão do corpo em cabeça, tronco e membros

•Divisão da estrutura da
colméia
OBRAS DE ARISTÓTELES

 A Grande Ética e a Política

 Ética a Eudeno

 Ética a Nicômaco

 Retórica

 Poética
IMPORTÂNCIA PARA O DIREITO
MORAL, JUSTIÇA E FELICIDADE
 A principal característica da Moral Aristotélica é o
racionalismo pois, segundo a razão, a virtude é uma ação
consciente que necessita e exige o conhecimento
absoluto e metafísico da natureza e do universo.
 A Justiça era vista como a disposição que tornava o ser
humano capaz de desejar e realizar atos juntos. O mesmo
pode ser dito da injustiça, que o fazia cometer e desejar
atos injustos.
 A Felicidade era entendida como o maior bem do
homem e identifica-se como o “viver bem” e o “fazer
bem”.
ESTADO, RAZÃO E DESEJO
 Como a ética se preocupa com a felicidade individual, é
tarefa política descobrir e investigar quais as formas de
governo capazes de assegurar a felicidade coletiva.
 A política de Aristóteles é totalmente ligada à moral, pois
o objetivo final do Estado é a virtude, ou seja, a
formação moral dos cidadãos e os meios para que isso
ocorra.
 Da mesma forma que Platão, Aristóteles condenava o
Estado que praticava a educação com finalidades de
conquista ou guerra, como era o caso da educação
espartana. O estado deveria se preocupar em manter
sempre uma pacífica educação moral e científica.
Razão e Desejo
 Segundo Aristóteles, a alma se divide em duas partes,
uma dotada de razão e outra irracional. Existem duas
faculdades racionais. Uma dela nos permite contemplar e
observar as coisas cujos princípios são invariáveis; e
outra, nos permite contemplar coisas possíveis de
variação.
 A alma possui três elementos que governam a ação
refletida e a percepção da verdade: a sensação, o
pensamento e o desejo. A sensação não dá origem a
qualquer ação refletida. No desejo, a busca de sua
realização e sua repulsa correspondem à negação na
esfera do pensamento.
A ALMA E O INTELECTO:

Aristóteles defendia a tese de o que diferenciava os


seres animados dos seres inanimados era a presença de um
princípio vital nos seres animados, a alma.
A ALMA APRESENTAVA TRÊS
FACULDADES:
O INTELECTO:

O filósofo caracterizava o intelecto como parte da alma


que permitia o “conhecer”, o “pensar”
O INTELECTO SE DIVIDIA EM:

 Passivo: Recebia as formas;

 Ativo: Fazia o primeiro entendimento de todas as coisas


VIRTUDE E AMIZADE

Aristóteles considerava que todo o ser humano


necessitava de amizades, ainda que ele detenha poder,
bens, riqueza e saúde, ele não sentiriam realização plena
sem amigos.
CLASSIFICAÇÃO DA AMIZADE:

 A amizade baseada no bem; Verdadeira

 A amizade agradável;
Acidentais
 A amizade útil;
“Por uma extensão da palavra amizade, poderíamos dizer
que a benevolência é a amizade inativa, não obstante, quando
se prolonga e chega ao ponto da intimidade, ela passa a ser
amizade verdadeira. Mas não se trata da amizade baseada na
utilidade ou no prazer, pois a benevolência não se manifesta
em tais condições”.
METAFÍSICA

Na verdade Aristóteles nunca usou o termo metafísica, o termo


se dá por estes escritos serem colocados após os escritos sobre
física, já que estes não se encaixavam nas demais ciências.
DEFINIÇÕES METAFÍSICAS:

 A ciência que indaga causas e princípios;

 A ciência que indaga o ser enquanto ser;

 A ciência que investiga a substância;

 A ciência que investiga a substância supra-sensível;


A MATÉRIA E A FORMA:

Matéria era uma condição indispensável para concretizar a


forma, ingrediente importante para a existência da realidade
material e causa de todos os seres reais. Portanto não existe
forma sem matéria, ainda que a forma seja um princípio de
atuação e determinação da própria matéria.
“A amizade não é apenas necessária, mas também nobre,
pois louvamos os homens que amam os seus amigos e
considera-se que uma das coisas mais nobres é ter muitos
amigos. Ademais, pensamos que a bondade e a amizade
encontram-se na mesma pessoa”.

You might also like