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Introdução ao Livro

dos Salmos
Salmos: Autoria

Hermann Gunkel, um dos mais influentes estudiosos alemães do Antigo


Testamento no início do século XX, defendia que os Salmos eram
compostos por poetas e músicos profissionais que trabalhavam no
Templo de Jerusalém. Ele acreditava que os salmos foram originalmente
compostos para uso litúrgico no culto do Templo e que foram coletados
e organizados em seu formato atual ao longo de muitos anos.
Salmos: Autoria

Gerald H. Wilson, em seu livro "The NIV Application Commentary:


Psalms", afirma que a autoria dos salmos é bastante variada e complexa,
não havendo um padrão claro que possa ser aplicado a todos eles.
Alguns salmos trazem indicações de autoria, como os salmos de Davi,
mas outros não têm informações nesse sentido. Além disso, alguns
salmos foram escritos por mais de um autor e outros foram compilados
a partir de fontes diferentes.
Salmos: Autoria

Bruce Waltke, em seu livro "An Old Testament Theology", destaca que
a autoria dos salmos é atribuída principalmente a Davi, aos filhos de
Corá, a Asafe e a Salomão. Alguns salmos também são atribuídos a
Moisés, a Eteã e a Hemã. No entanto, ele ressalta que a autoria dos
salmos é muitas vezes incerta e que alguns salmos são anônimos. Além
disso, alguns salmos podem ter sido compostos por vários autores ou
editores ao longo do tempo.
Salmos: Autoria

Segundo Walter Brueggemann, a classificação da autoria dos salmos é


um tema controverso e complexo. Há salmos que são atribuídos a Davi
e outros a outros autores, como os filhos de Corá e Asafe. No entanto,
Brueggemann argumenta que a autoria dos salmos é menos importante
do que o contexto em que foram escritos e o propósito para o qual foram
usados na adoração.
Salmos: Autoria

Allen Ross, em seu livro "A Commentary on the Psalms", não propõe
um autor único para todos os Salmos, mas acredita que vários autores
diferentes tenham contribuído para a composição do livro. Ele
argumenta que muitos Salmos foram escritos por Davi, mas outros
foram escritos por autores desconhecidos, incluindo levitas e outros
líderes religiosos. Ross também sugere que alguns Salmos podem ter
sido compilados de várias fontes diferentes, o que torna difícil atribuir a
autoria a um único indivíduo.
Salmos: Autoria

Tremper Longman III, assim como muitos outros estudiosos, não atribui
a autoria dos salmos a um único autor. Ele acredita que os salmos foram
escritos por diversos autores ao longo de um longo período de tempo,
desde Davi até a época pós-exílica, e que o livro dos Salmos foi
compilado em sua forma atual durante o período do Segundo Templo.
Longman também enfatiza a importância da análise dos gêneros
literários dos salmos para uma melhor compreensão de seu significado e
propósito.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Como um livro de oração e adoração: Wilson argumenta que o
propósito principal do livro dos Salmos é servir como um livro de
oração e adoração para o povo de Deus. Ele observa que os Salmos
são frequentemente usados em contextos litúrgicos e que eles são uma
fonte de inspiração para muitas pessoas que buscam se conectar com
Deus através da oração e do louvor.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Como um livro de sabedoria: Os Salmos são uma fonte de sabedoria
para o povo de Deus. Ele oferece conselhos práticos sobre como viver
uma vida piedosa e justa e como lidar com os desafios e dificuldades
da vida.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Como um livro de história: Contém muitas referências históricas e que
eles servem como um registro da história do povo de Deus. Os Salmos
retratam a história de Israel de uma perspectiva teológica e ajudam a
interpretar e dar sentido aos eventos históricos.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Como um livro de profecia: Os Salmos contêm elementos de profecia
e apontam para a vinda do Messias. Muitos dos Salmos têm um caráter
messiânico e ajudam a preparar o caminho para a vinda de Jesus
Cristo.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Como um livro de teologia: conforme Waltke enfatiza, Os Salmos
contêm uma rica teologia que ajuda a interpretar a história e a
experiência do povo de Deus. Ele argumenta que os Salmos ensinam
sobre a natureza de Deus, a sua fidelidade, justiça e amor, bem como
sobre a relação entre Deus e o seu povo.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Como um livro de comunidade: de acordo com Kidner, os Salmos são
um recurso valioso para a comunidade de fé. Ele argumenta que os
Salmos ensinam sobre a importância da comunhão e da união entre os
membros do povo de Deus e oferecem uma linguagem comum para
expressar a sua fé e adoração.
Salmos: Propósio
O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:
• De acordo com Brueggemann, o propósito do livro dos Salmos é a
expressão e a formação da comunidade de Israel na fé e no louvor.
Brueggemann argumenta que os Salmos são uma coleção de cânticos e
orações que expressam a fé e a experiência da comunidade de Israel. Esses
cânticos e orações oferecem um modelo para a adoração e para a vida de fé
em comunidade. Para ele, livro dos Salmos é um livro TEOLÓGICO, que
ensina sobre a natureza e a ação de Deus, e um livro ANTROPOLÓGICO,
que ensina sobre a natureza humana e a relação do homem com Deus.
Salmos: Propósio

O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:


• Brueggemann destaca que os Salmos são cânticos e orações que foram
compostos e utilizados pela comunidade de Israel em contextos
específicos, como em celebrações litúrgicas, em momentos de luto e
de arrependimento, ou em momentos de alegria e gratidão. Esses
cânticos e orações refletem a diversidade de experiências e emoções
da comunidade de Israel, bem como a sua confiança e fé em Deus.
Salmos: Propósio
O propósito do livro dos Salmos é multifacetado:
• Lutero afirmava que os Salmos eram como um espelho da alma humana e
que ao lê-los, era possível olhar para dentro do coração dos antigos crentes
hebreus. Segundo ele, os Salmos expressam as mais profundas emoções e
experiências humanas, desde a alegria e gratidão até a tristeza e angústia, e
por isso, são tão relevantes e edificantes para os cristãos de todas as épocas.
Além disso, Lutero também destacava que os Salmos apontavam para a
pessoa de Cristo e, por isso, eram uma fonte de consolo, esperança e
fortalecimento na vida cristã.
Salmos

Quanto à utilização os Salmos são de natureza:


1. Individual;
2. Comunitária;
Salmos: classificação
Salmos de Peregrinação: usados durante as peregrinações do povo de Israel a Jerusalém, como o salmo
122, que fala sobre a alegria e a paz de ir ao templo para adorar a Deus. G eralmente incluem as seguintes
partes básicas:
1.Convocação: Um convite para os peregrinos se unirem em adoração a Deus no templo.
2.Reconhecimento: Uma declaração de que Deus é o criador e governante do universo, e que é digno de
adoração e louvor.
3.Apelo: Uma súplica para que Deus ajude os peregrinos em suas dificuldades e os proteja durante a
jornada.
4.Confissão: Uma confissão de pecados e uma busca pelo perdão de Deus.
5.Confiança: Uma expressão de confiança na proteção de Deus e na salvação que Ele prometeu a seu
povo.
6.Louvor: Uma declaração de louvor e gratidão a Deus por sua fidelidade e bondade.
Salmos: classificação
Salmos de Peregrinação, exemplos:
• Salmo 120: fala da aflição do peregrino enquanto ele está longe de casa e pede a Deus por ajuda.
• Salmo 121: fala da confiança do peregrino em Deus como seu protetor e ajuda durante a jornada.
• Salmo 122: fala da alegria do peregrino ao chegar em Jerusalém e da importância de adorar a
Deus juntos no templo.
• Salmo 123: fala da dependência do peregrino em Deus enquanto ele olha para Ele em busca de
orientação e proteção.
• Salmo 124: fala da ajuda de Deus em tempos de perigo e da libertação do peregrino da ameaça
dos seus inimigos.
• Salmo 125: fala da confiança do peregrino em Deus como sua rocha inabalável e proteção
segura.
Salmos: classificação
Salmos Litúrgicos: usados em cerimônias e cultos no templo, como o salmo 29, que é um salmo
de adoração que proclama a glória e a majestade de Deus. Geralmente incluem as seguintes partes
básicas:
1.Invocação: Uma chamada à adoração ou uma declaração de intenção de adorar a Deus.
2.Hino: Um louvor a Deus por sua grandeza, bondade e fidelidade.
3.Confissão: Uma declaração de pecado ou um pedido de perdão.
4.Petição: Uma súplica a Deus por ajuda, orientação ou proteção.
5.Ação de graças: Uma expressão de gratidão a Deus por sua bondade e ajuda.
6.Louvor: Um reconhecimento da grandeza e majestade de Deus e uma declaração de louvor a Ele.
7.Bênção: Uma bênção ou uma declaração de confiança na proteção e ajuda de Deus.
Salmos: classificação
Salmos Litúrgicos, exemplos:
1.Salmo 24 - "Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe"
2.Salmo 29 - "Rendei ao Senhor, ó filhos dos poderosos, rendei ao Senhor glória e força"
3.Salmo 47 - "Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de júbilo"
4.Salmo 81 - "Cantai de júbilo a Deus, nossa fortaleza; celebrai o Deus de Jacó"
5.Salmo 95 - "Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos
criou"
6.Salmo 100 - "Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras"
7.Salmo 118 - "Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para
sempre"
Salmos: classificação
Salmos de Louvor: expressam louvor e adoração a Deus por sua grandeza, bondade,
fidelidade e maravilhas. Esses salmos geralmente começam ou terminam com um convite para
louvar a Deus. As partes básicas de um Salmo de Louvor incluem:
1.Invocação: Uma chamada para louvar a Deus.
2.Declaração de louvor: Uma afirmação da grandeza e bondade de Deus.
3.Exaltação: Uma elevação de Deus acima de todas as outras coisas.
4.Recordação: Uma recordação dos atos poderosos de Deus no passado.
5.Exortação: Um encorajamento para que outros se juntem ao louvor a Deus.
6.Bênção: Uma bênção ou uma declaração de confiança na proteção e ajuda de Deus.
Salmos: classificação
Salmos de Louvor, exemplos:
• Salmo 103;
• Salmo 136;
• Salmo 150;
Salmos: classificação
Salmos de Lamentação: expressam a tristeza, o sofrimento e o clamor do salmista diante de situações de
aflição, dor e injustiça. Esses salmos geralmente apresentam um pedido de ajuda ou de socorro a Deus.
Eles enfatizam a confiança em Deus, mesmo em meio à dor e à dificulda de. Suas partes básicas incluem:
1.Invocação: Um apelo a Deus para ouvir e responder à lamentação.
2.Expressão de sofrimento: Uma descrição detalhada da dor e angústia que a pessoa está enfrentando.
3.Confissão de confiança em Deus: Uma declaração de confiança na fidelidade de Deus, mesmo em
meio ao sofrimento.
4.Petição: Um pedido para que Deus intervenha na situação e traga alívio ao sofrimento.
5.Expressão de esperança: Uma afirmação de que, apesar da situação difícil, Deus ainda é bom e fiel, e
há esperança para o futuro.
6.Voto de louvor: Uma promessa de louvar a Deus quando a situação difícil tiver passado.
Salmos: classificação
Salmos de Lamentação, exemplos:
• Salmo 42: "Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a
minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo."
• Salmo 51: "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as
minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias."
• Salmo 143: "Ouve a minha oração, ó Senhor, dá ouvidos à minha súplica; responde-
me pela tua verdade e pela tua justiça."
• Salmo 88: "Ó Senhor Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de
noite. Chegue à tua presença a minha oração; inclina os teus ouvidos ao meu clamor."
Salmos: classificação
Salmos de Ação de Graças: expressam a gratidão do salmista a Deus por bênçãos recebidas, como
a proteção, a cura ou a provisão. Suas partes básicas incluem:
1.Invocação: Um chamado para louvar a Deus e expressar gratidão.
2.Declaração de ação de graças: Uma declaração de gratidão pelas bênçãos recebidas.
3.Descrição dos benefícios recebidos: Uma lista ou descrição dos benefícios específicos que foram
recebidos de Deus.
4.Testemunho pessoal: Um relato pessoal de como Deus tem sido fiel e tem respondido às orações.
5.Louvor: Uma declaração de louvor e adoração a Deus por suas bênçãos e benefícios.
6.Promessa de fidelidade: Uma promessa de continuar servindo e louvando a Deus por suas
bênçãos.
Salmos: classificação
Salmos de Ação de Graças, exemplos:
1.Salmo 107: "Dêem graças ao Senhor por sua bondade, e por suas maravilhas
para com os filhos dos homens!"
2.Salmo 118: "Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua
misericórdia dura para sempre!"
3.Salmo 138: "Renderei graças a ti, Senhor, com todo o meu coração; na
presença dos deuses a ti cantarei louvores."
Salmos: classificação
Salmos de Sabedoria: apresentam ensinamentos práticos sobre a vida e a espiritualidade, como a
importância da obediência a Deus, da justiça, da sabedoria e do temor do Senhor. Esses salmos
apresentam um chamado para seguir a Deus com sabedoria e fidelidade. Suas partes básicas incluem:
1.Introdução: Uma declaração ou convite para ouvir e aprender a sabedoria apresentada.
2.Ensinamentos: Conselhos e orientações sobre como viver uma vida sábia e justa, muitas vezes
utilizando imagens e metáforas poéticas.
3.Reflexão: Uma reflexão pessoal sobre a sabedoria apresentada e como ela pode ser aplicada na vida
cotidiana.
4.Agradecimento: Uma expressão de gratidão por receber a sabedoria e por Deus ser o doador da
sabedoria.
5.Adoração: Um momento de adoração e louvor a Deus por sua sabedoria e por seus ensinamentos.
Salmos: classificação
Salmos de Sabedoria, exemplo:
1.Salmo 1 - Fala da sabedoria em escolher o caminho correto na vida;
2.Salmo 37 - Ensina sobre a sabedoria em confiar em Deus em meio às
dificuldades;
3.Salmo 49 - Fala da sabedoria em não se deixar levar pelos bens materiais e
vaidades terrenas;
4.Salmo 73 - Enfatiza a sabedoria em buscar a Deus como fonte de verdadeira
felicidade;
5.Salmo 90 - Ensinamentos sobre a sabedoria em reconhecer a brevidade da vida
humana e a eternidade de Deus.
Salmos: classificação
Salmos Reais: apresentam a realeza de Deus e a realeza do rei de Israel como um instrumento da vontade
divina. Expressam a esperança e a confiança do povo de Israel na promessa divina de um reino eterno.
Celebram a realeza de Deus e a relação de aliança entre Deus e Israel. Eles enfatizam a fidelidade e o poder
de Deus, bem como a responsabilidade de Israel em cumprir seus compromissos com Deus. Suas partes
básicas incluem:
1.Introdução: Uma declaração de louvor ou adoração a Deus como Rei soberano.
2.Ações de Deus: Uma descrição das ações de Deus como Rei, incluindo sua intervenção na história, seu
julgamento sobre os ímpios e sua proteção dos justos.
3.O papel do rei humano: Uma reflexão sobre o papel do rei humano como representante de Deus na terra e
sobre sua responsabilidade de governar com justiça e fidelidade.
4.Oração: Uma oração ao Rei divino, pedindo-lhe que intervenha na história ou que proteja e abençoe o rei
humano e seu povo.
5.Conclusão: Uma declaração final de louvor a Deus como Rei soberano.
Salmos: classificação
Salmos Reais, exemplos:
1.Salmo 2 - "Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão? Os reis da
terra se colocam em posição e os governantes se reúnem contra o Senhor e contra
o seu ungido."
2.Salmo 20 - "Que o Senhor te responda no dia da angústia; que o nome do Deus de
Jacó te proteja! Que ele te envie ajuda desde o santuário e te dê apoio desde Sião!"
3.Salmo 72 - "Conceda o rei justiça ao povo, governação reta aos pobres."
4.Salmo 89 - "Cantarei para sempre o amor do Senhor; com minha boca proclamarei
tua fidelidade de geração em geração."
Salmos: classificação
Salmos Históricos: recontam eventos históricos importantes na história de Israel, como a libertação do
Egito, a conquista da Terra Prometida e o exílio babilônico. Eles enfatizam a fidelidade e o poder de Deus na
história do seu povo. Suas partes básicas incluem:
1. Introdução: Uma declaração introdutória do tema ou um resumo do evento histórico que está sendo
celebrado ou lembrado.
2. Narração: Uma descrição detalhada do evento histórico, muitas vezes incluindo elementos sobrenaturais
como a intervenção divina.
3. Reflexão: Uma reflexão sobre o significado ou implicações do evento histórico, incluindo a ação e a
vontade de Deus na história de Israel.
4. Oração: Uma oração que pode incluir agradecimento a Deus pela intervenção na história ou uma petição
por sua ajuda e proteção no futuro.
5. Conclusão: Uma declaração final de louvor ou adoração a Deus por sua fidelidade e poder.
Salmos: classificação
Salmos Históricos, exemplos:
• Salmo 78: descreve a história do povo de Israel desde a saída do Egito até a
conquista da Terra Prometida, enfatizando a fidelidade de Deus e a infidelidade
do povo.
• Salmo 105: relata a história de Israel desde a época de Abraão até a conquista da
Terra Prometida, destacando as obras de Deus em favor do Seu povo.
• Salmo 106: Este salmo é uma reflexão sobre a história de Israel, reconhecendo
as falhas e pecados do povo, mas também a misericórdia e fidelidade de Deus.
Salmos: classificação
Salmos Messiânicos: apresentam profecias sobre o Messias, o salvador prometido por Deus ao
povo de Israel. Eles contêm elementos que apontam para a vinda e a obra do Messias. Suas partes
básicas geralmente incluem:
1.Invocação: O salmista clama a Deus ou invoca o nome do Senhor.
2.Exaltação do Messias: O salmista descreve as qualidades e atributos do Messias, como sua
justiça, sabedoria e poder.
3.Oposição aos inimigos: O salmista fala dos inimigos do Messias e como eles se opõem a ele.
4.Confiança em Deus: O salmista expressa sua confiança em Deus e em sua proteção ao Messias.
5.Louvor a Deus: O salmista termina o salmo com louvor e adoração a Deus por suas obras e por
ter enviado o Messias.
Salmos: classificação
Salmos Messiânicos, Exemplos:
• Salmo 2: fala do Rei escolhido por Deus e como as nações se rebelam contra Ele, mas Ele as
subjugará com uma vara de ferro.
• Salmo 16: fala da confiança do Messias em Deus e como Ele não deixará o seu corpo
apodrecer na sepultura.
• Salmo 22: Este salmo é uma descrição impressionante da crucificação do Messias, incluindo
sua angústia e sua confiança em Deus mesmo na hora da morte.
• Salmo 45: fala do casamento do Rei e de como Ele é ungido por Deus e louvado pelos povos.
• Salmo 110: fala do Messias sentado à direita de Deus e como Ele governará as nações com
poder e justiça.
Salmos: classificação
Salmos Imprecatórios: constituem um reflexo legítimo da realidade do
pecado e da injustiça no mundo, e da necessidade de Deus agir para trazer
justiça e juízo sobre os opressores e inimigos de seu povo. Eles Salmos são
um lembrete de que Deus é um Deus de justiça e juízo, e que ele um dia trará
a plena redenção e libertação para o seu povo.
Não devem ser vistos como expressões de sentimentos de vingança ou de
ódio por parte dos autores, mas sim um reconhecimento de que o mundo é um
lugar cheio de injustiça e opressão, e que Deus é um Deus de justiça que
intervém para proteger seu povo e punir aqueles que se opõem a ele.
Salmos: classificação

Salmos Imprecatórios: constituem uma forma de expressar o desejo do


salmista de se voltar completamente para Deus e confiar inteiramente
em sua proteção e justiça. Eles são uma maneira de pedir a Deus para
agir de acordo com sua vontade e trazer justiça e paz ao mundo.
Salmos: classificação
Salmos Imprecatórios:
Embora sua estrutura exata possa variar, geralmente inclui as seguintes partes básicas:
Invocação: Um apelo a Deus para ouvir e responder à oração do salmista.
Queixa: Uma descrição do sofrimento, opressão ou perseguição que o salmista está
enfrentando.
Imprecação: A maldição ou praga que o salmista lança contra seus inimigos, pedindo a Deus
que os puna.
Confiança: A expressão da fé do salmista em Deus, apesar das dificuldades e perseguições.
Louvor: Uma declaração de louvor a Deus por sua justiça, misericórdia e fidelidade.
Salmos: classificação
Salmos Imprecatórios, exemplos:
• Salmo 35: "Disputa, Senhor, com os meus contendores; combate contra os que lutam
contra mim. [...] Que sejam como a poeira diante do vento, com o anjo do Senhor que os
persegue!"
• Salmo 137: "Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra."
• Salmo 109: "Põe um ímpio sobre ele, e seja Satanás o seu acusador. [...] Que sejam
arrancados os seus filhos órfãos, e a sua esposa, viúva. E que vaguem, procurando o que
comer, longe das suas habitações em ruínas."
Salmos: classificação
Walter Brueggemann, em seu livro "The Message of the Psalms: A Theological
Commentary", propõe uma classificação dos Salmos em três categorias principais:
1. Salmos de Orientação: que expressam a confiança e a segurança do salmista na
presença e no cuidado de Deus em sua vida. Esses salmos apresentam um chamado
para confiar em Deus em todas as circunstâncias, reconhecendo sua fidelidade e
bondade.
2. Salmos de Desorientação: que expressam a angústia, a perplexidade e a revolta do
salmista diante de situações de sofrimento, dor e injustiça. Esses salmos apresentam um
lamento diante da realidade de um mundo que parece estar fora de controle.
Salmos: classificação
Walter Brueggemann, em seu livro "The Message of the Psalms: A Theological
Commentary", propõe uma classificação dos Salmos em três categorias principais:
3. Salmos de Reorientação: que expressam a esperança e a confiança
renovadas do salmista após um período de desorientação. Esses salmos
apresentam um testemunho de como Deus pode trazer a transformação, a
renovação e a redenção na vida do salmista e do povo de Deus.
Salmos: classificação
Essa classificação enfatiza a experiência pessoal e coletiva dos Salmos, e
destaca a tensão entre a realidade da vida e a promessa de Deus. Segundo
Brueggemann, os Salmos são uma expressão da fé viva e dinâmica do povo de
Deus, que se move entre a orientação e a desorientação, e que experimenta a
reorientação através da fidelidade e da ação de Deus.

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