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CIPA

COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DE ASSÉDIO

Lucas Grazino Mota


(Portaria MTP nº 4.219, de 20 de
dezembro de 2022 - Título que entra Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA/SP 507086686
em vigor no dia 20 de março de
2023). Técnico de Segurança do Trabalho
SSST/MTBE 92.730 SP
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

 Fundamentação Legal  Mapeamento de Riscos


 Organização da CIPA  Equipamento de Proteção Individual
 Segurança e a Saúde do Trabalhador  Prevenção e Combate a Incêndio
 Acidentes de Trabalho  Noções sobre a inclusão de pessoas
 Legislação Trabalhista e Previdenciária com deficiência e reabilitados nos
processos de trabalho;
 Higiene do Trabalho
 Prevenção e combate ao assédio
 Riscos de Acidentes sexual e a outras formas de violência
 Investigação e Análise de Acidentes no trabalho.
 Classificação dos Riscos Ambientais  Considerações Finais
OBJETIVO

 Levar ao conhecimento do membro da CIPA as principais normas,


instruções e rotinas sobre segurança e saúde do trabalho;

 Definir competências relativas às atividades desenvolvidas pelo


membro da CIPA;

 Conhecer e identificar Riscos Ambientais;

 Fixar diretrizes de atuação da CIPA.


ATUALMENTE EM VIGOR:

NR-5 - Portaria MTP nº 4.219, de 20 de dezembro de 2022


- Título que entra em vigor no dia 20 de março de 2023)
 
OBJETIVO DA CIPA
 
“A CIPA tem como objetivo, desenvolver atividades voltadas
para a prevenção de acidentes, doenças no trabalho, a
promoção da qualidade de vida dos trabalhadores.”
ORGANIZAÇÃO DA CIPA
 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados de acordo com
dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5.
 Os representantes do empregador serão indicados pelo empregador.
 Os representantes dos empregados serão eleitos pelos próprios empregados, por meio de voto
secreto.
 Quando a empresa não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável para manter e
fazer cumprir as normas de Segurança do Trabalho.
 O mandato dos membros da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida uma reeleição.
 O “CIPEIRO” (Componente da CIPA) não poderá sofrer dispensa arbitrária desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final do seu mandato, salvo o exposto no capítulo V, artigos 158 e
alíneas, e 482, da CLT.
 Os membros da CIPA serão empossados no 1º dia útil após o término do mandato anterior.
 Serão indicados de comum acordo com os membros da CIPA um secretário (a) e seu substituto.
 Deverá ser guardados na Empresa os seguintes documentos: Ata de Eleição e de Posse e Calendário
anual das reuniões ordinárias.
COMPOSIÇÃO DA CIPA
ATRIBUIÇÕES GERAIS DA CIPA
 Identificar os riscos do processo de trabalho;
 Realizar periodicamente verificação nos ambientes e condições de trabalho;
 Elaborar plano de trabalho;
 Realizar após cada reunião, a verificação do cumprimento das metas fixadas;
 Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
 Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO, PPRA bem como de outros programas de
segurança e saúde desenvolvidos pela empresa;
 Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
convenções coletivas de trabalho e normas internas de segurança relativas à segurança no trabalho;
 Participar em conjunto com o SESMT da análise das causas das doenças e acidentes do trabalho e propor
medidas de solução dos problemas identificados;
 Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho - SIPAT;
 Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção à AIDS e outros
programas de saúde.
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
 Convocar os membros para as reuniões da CIPA.
 Coordenar as reuniões.
 Manter o empregador informado sobre as decisões da CIPA.
 Coordenar e supervisionar as atividades do secretário.
 Delegar atribuições ao Vice-Presidente.

ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE
 Executar as atribuições que lhe forem delegadas.
 Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus afastamentos
temporários.
ATRIBUIÇÕES DA(O) SECRETÁRIO
 Redigir a ata, que deverá ser bem clara em relação ao que foi discutido e votado.
 Preparar correspondência.
 Elaborar relatórios estatísticos.

ATRIBUIÇÕES EM CONJUNTO
 Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de
seus trabalhos;
 Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus objetivos sejam
alcançados.
 Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT;
 Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
 Encaminhar os pedidos de reconsideração da CIPA;
 Constituir Comissão Eleitoral.
Atividades principais do CIPEIRO:
 Identificar os riscos de acidentes no trabalho
 Realizar verificações e inspeções nos locais de trabalho
 Planejar a SIPAT em conjunto com o SESMT
 Elaborar Mapa de Riscos e Plano de Trabalho Atividades participativas
 Participar
 Colaborar
 Divulgar
 Orientar
O PAPEL DO CIPEIRO
Reuniões Ordinárias
 Serão realizadas durante o expediente normal de trabalho.
 Terão atas assinadas pelos presentes.
 Todos os membros da CIPA deverão participar das reuniões, tanto titulares quanto suplentes.
 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, quando faltar a mais de quatro
reuniões ordinárias sem justificativas.
 No caso de afastamento definitivo do Presidente, a empresa indicará o substituto em dois dias úteis,
preferencialmente entre membros da CIPA.
 No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da representação dos
empregados, escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias úteis.
 Devem ser coordenadas pelo Presidente ou Vice-Presidente.
 Deverá ser respeitado calendário pré-estabelecido.
 Tratar exclusivamente de assuntos da CIPA.
 Execução do Plano de Trabalho.
 Utilização adequada do tempo.
FUNCIONAMENTO DA CIPA

A CIPA terá reuniões ordinárias mensais de acordo com o calendário pré-estabelecido e


poderão ser realizadas reuniões extraordinárias em situações específicas.
Reuniões Ordinárias Serão realizadas mensalmente conforme calendário de reuniões,
durante o expediente normal de trabalho.

Reuniões Extraordinárias
 As reuniões extraordinárias ocorrerão em situações específicas:
 Acidentes de trabalho grave ou fatal.
 Denúncia de risco grave e iminente.
 Quando houver solicitação expressa de uma das representações.
Sequencia Sugerida
 Abertura (Presidente).
 Leitura da ata da reunião anterior (Secretário).
 Avaliar as pendências e suas soluções.
 Sugestões de medidas preventivas.
 Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas preventivas.
 Discussão sobre os acidentes ocorridos no período.
 Discussão das Inspeções de Segurança.
 Avaliação do cumprimento das metas fixadas.
 Encerramento (Presidente).
PLANO DE AÇÃO DA CIPA

OBJETIVOS
 Elaborar formas eficazes de prevenção de acidentes e doenças do
trabalho.
 Sistematizar o método de trabalho da CIPA.

ELABORAÇÃO DO TRABALHO ATRAVÉS DE:


 PLANEJAMENTO
 ORGANIZAÇÃO
 AVALIAÇÃO
SEGURANÇA DO TRABALHO
DEFINIÇÃO:
 O que é Segurança do Trabalho? É o conjunto de medidas que são adotadas visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a
integridade do trabalhador e sua capacidade de trabalho.
 
ACIDENTE DO TRABALHO
 É toda ocorrência não programada que interfere no andamento normal do trabalho dos
quais resultem, separadamente ou em conjunto, lesões, danos materiais ou perda de
tempo. Esse enunciado nos traz uma visão de que acidente não é só aquele que causa
uma lesão no trabalhador, mas sim qualquer tipo de ocorrência inesperada, que hoje
ocasiona perda de tempo, danos materiais e financeiros.
CONCEITO LEGAL

 Acidente de Trabalho – É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,


provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou
redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

CONCEITO PREVENCIONISTA
 
 Acidente do Trabalho - é toda ocorrência não programada que interfere no andamento
normal do trabalho dos quais resultem, separadamente ou em conjunto, lesões, danos
materiais ou perda de tempo. Esse enunciado nos traz uma visão de que acidente não é
só aquele que causa uma lesão no trabalhador, mas sim qualquer tipo de ocorrência
inesperada, que hoje ocasiona perda de tempo, danos materiais e financeiros.

DOENÇA PROFISSIONAL
 Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social. Ex.: Tendinite nos digitadores.
DOENÇA DO TRABALHO

 Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no


ambiente de trabalho, e com ele se relacione diretamente, e constante da relação
mencionada no item anterior. Ex.: Surdez em digitadores que trabalhem em ambientes
ruidosos.

ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO:


 Quando outra pessoa “provoca o acidente”.
 Culposo - sem intenção, por negligência, imprudência.
 Doloso – Com intenção, por sabotagem, ofensa física.

ACIDENTE POR FORÇA MAIOR:


 Oriunda de fenômenos da natureza, incêndios, inundações, descargas elétricas (raios),
desde que ocorridas no local e horário de trabalho.
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO:

 Cumprimento de Ordem de Serviço, sob autoridade da empresa.


 Ex.: Viagens a serviço, sob qualquer meio de locomoção.

ACIDENTE DE TRAJETO:
 É quando o empregado sofre um acidente no percurso da sua residência para o trabalho
ou do trabalho para sua residência.
NÃO IMPORTANDO - O meio de locomoção - O caminho

O QUE PODE DESCARACTERIZAR O ACIDENTE DE TRAJETO


 Exceder o tempo habitual - Realização do percurso além do tempo habitual
 Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos (residência/trabalho –
trabalho/residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado, sendo de
responsabilidade do acidentado e não da empresa, qualquer despesa salvo, se em
jurisprudência for decidido em contrário.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A multiplicidade de fatores que


influenciam a ocorrência de
acidentes no ambiente produtivo,
motivou pesquisadores a partir da
década de 30, nos EUA a estudar o
tema, destacando-se, FRANK BIRD
JR, que desenvolveu uma correlação
entre os diversos níveis de lesão e
danos a propriedade.
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES
Ato Inseguro
Ato Inseguro Condição Insegura +
Condição Insegura
ATO INSEGURO:
São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador contrários às normas de
segurança.

Exemplos:
 Não usar o EPI.
 Deixar materiais espalhados pelo corredor.
 Operar máquinas e equipamentos sem habilitação.
 Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho.
 Utilizar ferramentas inadequadas.
 Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem conhecimento.
 Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas.
 Usar ar comprimido para realizar limpeza em uniforme ou no próprio corpo.
 Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar visão.
 Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ou equipamentos.
CONDIÇÕES INSEGURAS:
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas
instalações físicas, máquinas e equipamentos que presentes
no ambiente podem causar acidentes de trabalho.

Exemplos:  
 Falta de corrimão em escadas.
 Falta de guarda-corpo em patamares.
 Piso irregular.
 Escadas inadequadas.
 Equipamentos mal posicionados.
 Falta de sinalização.
 Falta de proteção em partes móveis.
 Ferramentas defeituosas.
 Falta de treinamento.
CIAT - COMUNICAÇÃO INTERNA DE ACIDENTES
De acordo com a legislação trabalhista, todo acidente do trabalho deve ser
registrado e investigado pela CIPA, a fim de conhecer suas causas e evitar sua
reincidência.
A CIAT possibilita o controle dos acidentes por meio de dados estatísticos.

CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO


De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho deve ser imediatamente
comunicado à previdência social por meio de formulário (CAT).
Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à autoridade policial. A empresa por
sua vez, deve comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia
útil seguinte ao da ocorrência.
A comunicação do acidente poderá ser realizada pela empresa, pelo acidentado ou
por qualquer pessoa que dele tiver conhecimento.
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO
 Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;
 Analisar o acidente, identificando suas causas;
 Definir as medidas preventivas, acompanhando sua execução.

ANÁLISE DE CASO

 Defina os Atos e Condições Inseguras. Estabeleça:


 Defina as Causas da Lesão.  Medidas Corretivas
 Defina as Falhas da Supervisão  Medidas Preventivas
RISCOS AMBIENTAIS

CLASSIFICAÇÃO
Riscos Ambientais - São agentes presentes nos ambientes de trabalho,
capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazo, provocando
acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do
trabalho, que se equiparam a acidentes do trabalho.
Uma das atribuições da CIPA é a de identificar e relatar os riscos existentes
nos setores e processos de trabalho. Para isso é necessário que se conheça os
riscos que podem existir nesses setores, solicitando medidas para que os mesmos
possam ser eliminados e/ou neutralizados.
Identificados esses riscos, os mesmos deverão ser transcritos no Mapa de
Riscos.
RISCOS AMBIENTAIS
RISCO FÍSICO
RISCO QUÍMICO
RISCO BIOLÓGICO
RISCO ERGONÔMICO
RISCO DE ACIDENTE
CONTROLE DE RISCOS
PRIORIDADES NO CONTROLE DE RISCO
 Eliminar o risco;
 Neutralizar / isolar o risco, através do uso de Equipamento de Proteção Coletiva;
 Proteger o trabalhador através do uso de Equipamentos de Proteção Individual.
MEDIDAS MÉDICAS
 Desenvolver o Programa de Controle Médico de Saúde ocupacional (PCMSO),
responsável por promover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos
agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de
doenças profissionais ou de danos à saúde dos trabalhadores.
 Submeter os trabalhadores a exames médicos: Admissional, Demissional, Periódico,
Retorno ao Trabalho e Mudança de Função.
 Submeter os trabalhadores expostos ao ruído ocupacional a exames de audiometria
para prevenir a PAIRO.
 Promover campanhas de vacinação contra Gripe, Hepatite, etc. Controlar e avaliar as
causa de Absenteísmo.
 Realizar atendimento de primeiros socorros.
 Trabalhar em conjunto com o SESMT na investigação e análise dos
 Acidentes do Trabalho.
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
São ações administrativas para controlar a exposição dos trabalhadores aos
agentes ambientais, tais como: Revezamento e Rodízio de atividades; Pausas
programadas; Mudança de layout; Realização de Exercício Laboral; Etc.

MEDIDAS EDUCATIVAS
São programas de treinamentos, palestras e cursos, destinados a informar e
capacitar os trabalhadores na execução segura de suas atividades.
MAPA DE RISCO
O Mapa de Riscos é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes
nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos.
O Mapa de Riscos deve ser refeito a cada gestão da CIPA.
 
OBJETIVO DO MAPA DE RISCOS
 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação;
 Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre
os funcionários.
ETAPAS DA ELABORAÇÃO

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;


 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
 Identificar os indicadores de saúde;
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos,
colocando em seu interior o risco levantado (cor), agente especificado e número de
trabalhadores expostos.
QUEM ELABORA? CORES = TIPO DE RISCO
 CIPA (*)
 TRABALHADORES
de todos os setores do estabelecimento (*)
 
IMPORTANTE
 
Imprescindível à participação dos
TRABALHADORES devido ao:
 
 CONHECIMENTO DA ÁREA
ENVOLVIMENTO COM OS RISCOS
CAMPANHAS DE SEGURANÇA
Campanhas de segurança são eventos voltados para a educação e sensibilização dos
funcionários, transmitindo conhecimentos sobre segurança e saúde no trabalho.

Os eventos mais comuns e que envolvem a CIPA são:


 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
 Antitabagismo - cabe também à CIPA, recomendar que em todos os locais de trabalhos e
adotem medidas restritivas ao hábito de fumar.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
É a parte do controle de riscos que consiste em efetuar vistorias nas áreas e meios de trabalho, com
o objetivo de descobrir e corrigir situações que comprometam a segurança dos trabalhadores.
Uma verificação para ser bem aproveitada, precisa ser planejada, e o primeiro passo é definir o
que se pretende com a inspeção e como fazê-la.
TIPOS DE INSPEÇÃO
 Inspeção geral: Realizada quando se quer ter uma visão panorâmica de todos os setores
da empresa. Pode ser realizada no início do mandato da CIPA.

 Inspeção parcial: Realizada onde já se sabe da existência de problemas, seja por queixas
dos trabalhadores ou ocorrência de doenças e acidentes do trabalho. Deve ser uma
inspeção mais detalhada e criteriosa.

 Inspeção específica: É uma inspeção em que se procura identificar problemas ou riscos


determinados. Como exemplo podemos citar o manuseio de produtos químicos, postura
de trabalho, esforço físico, etc.
ETAPAS DE INSPEÇÃO

 Observação do ambiente e dos meios de trabalho;


 Coleta de informações;
 Registro de dados e elaboração do relatório;
 Apresentação nas reuniões da CIPA;
 Encaminhamento do relatório através do Presidente da CIPA;
 Acompanhamento da implantação das medidas recomendadas.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

DEFINIÇÃO

É todo meio ou dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a


integridade física do trabalhador. Quando não for possível eliminar o risco, ou neutralizá-
lo através de medidas de proteção coletiva, implanta-se o Equipamento de Proteção
Individual – EPI.

Evita ou Diminui

A LESÃO
 
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI
 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho;
 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI


 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI´S
A I D S - Síndrome da imunodeficiência adquirida

A AIDS é o estágio mais avançado da


doença que ataca o sistema imunológico. É
causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as
células de defesa do nosso corpo, o
organismo fica mais vulnerável a diversas
doenças, de um simples resfriado a
infecções mais graves como tuberculose ou
câncer. O próprio tratamento dessas
doenças fica prejudicado.

O HIV pode ser transmitido pelo sangue,


sêmen, secreção vaginal e pelo leite
materno.
COMO SE PREVINIR?
 Seguindo alguns conselhos:
 Reduzir o número de parceiros sexuais;
 Não usar drogas injetáveis;
 Usar preservativos;
 Para transfusão exigir sangue testado.

RECOMENDAÇÕES
 Não ter pavor do doente, nem da doença, preocupando-se em demonstrar solidariedade
e amor ao doente.
 Encarar o fato, por mais difícil que possa ser com seriedade.
 Se necessário, procurar profissionais para apoio emocional (psicólogo).
 Cuidados, para evitar riscos desnecessários. Seu amor, carinho e aceitação são
fundamentais para que o paciente encontre forças para lutar contra a AIDS.
PREVENÇÃO E COMBATE Á INCÊNDIOS

DEFINIÇÃO DE FOGO

Fogo é um processo químico de transformação, também chamado de


combustão.
Podemos defini-lo, ainda como, o resultado de uma reação química que
desprende luz e calor devido à combustão de matérias diversas.
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO

Para que haja fogo, necessitamos reunir os quatro elementos essenciais:


PROPOGAÇÃO DO CALOR
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção, e
irradiação.

Condução: Transferência de calor através de


um corpo sólido de molécula em molécula
Irradiação: Transferência de calor por ondas de
energia calorífica que deslocam através do espaço.

Convecção: Transferência de calor pelo


movimento ascendente de massas de gases
CLASSES DE FOGO
 CLASSE “A”: São materiais de fácil combustão, queimam tanto na superfície como em
profundidade, deixando resíduos. Ex.: madeira, papel, etc.

 CLASSE “B”: São os produtos que queimam somente na superfície. Ex.: gasolina, óleos,
graxas, etc.

 CLASSE “C”: Ocorre em equipamentos elétricos energizados. Ex.: motores, quadros de


distribuição, etc.

 CLASSE “D”: Ocorre em materiais pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio, etc.
TIPOS DE EXTINTORES
 Dióxido de Carbono, mais conhecido como Gás Carbônico ou CO2, usado preferencialmente nos
incêndios classe “B” e “C”.

 Pó Químico Seco, usado nos incêndios classe “B” e “C”. Em materiais pirofóricos (classe “D”), será
utilizado um pó químico especial.

 Água Pressurizada, usado principalmente em incêndios de classe “A”. Em incêndios de classe “C”,
só deve ser utilizado sob forma de neblina. Nunca utilizar este tipo de extintor em incêndios de
classe “B”.
INSPEÇÃO DE EXTINTORES

 Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de


inspeção, devendo ser inspecionado no mínimo 1
vez por mês, sendo observado seu aspecto
externo, os lacres, manômetros e se os bicos e
válvulas de alívio não estão entupidas.

 Cada extintor deverá ter em seu bojo, uma


etiqueta contendo data de carga, teste
hidrostático e número de identificação.
LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES
 Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil acesso e visualização;
 Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados por um círculo vermelho ou
uma seta larga vermelha com bordas amarelas;
 Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada uma área de no mínimo 1m x 1m, não
podendo ser obstruída de forma nenhuma;
 Sua parte superior não poderá estar a mais de 1,60 m acima do piso;
 Extintores não poderão estar instalados em paredes de escadas e não poderão ser
encobertos por pilhas de materiais.
Noções sobre a inclusão de pessoas com deficiência e
reabilitados nos processos de trabalho;

O QUE É PCD? PCD é a sigla para Pessoas com Deficiência e é utilizada no


meio corporativo para identificar colaboradores e candidatos que apresentem
algum tipo de deficiência física, intelectual, visual ou auditiva, seja ela de
nascimento ou adquirida durante a vida. A sigla passou a ser utilizada em
2006, após a publicação da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com
Deficiência pela Organização das Nações Unidas (ONU). Antes da publicação,
o termo mais utilizado era “portador de deficiência”, uma expressão
inadequada.
Noções sobre a inclusão de pessoas com
deficiência e reabilitados nos processos de
trabalho;
O QUE DETERMINA A LEI SOBRE COTAS PARA PCD? A inclusão de profissionais PCD no
mercado de trabalho tem como marco no Brasil a Lei nº 8.213, de 1991. Conhecida
como Lei de Cotas, ela foi regulamentada apenas em 1999, por meio do decreto nº
3.298. Apesar de estabelecida, na prática, sua implementação evoluiu de forma lenta,
por conta dos poucos mecanismos de fiscalização.

De acordo com a norma da lei, as empresas devem destinar de 2% a 5% de suas vagas a:

• pessoas portadoras de deficiências habilitadas: que têm ou não certificado ou


diploma expedido pelo Ministério da Educação, órgão equivalente ou INSS, desde que
capacitadas para exercer a função;

• beneficiários reabilitados: pessoas que passaram por processos de reintegração ao


mercado de trabalho.
Noções sobre a inclusão de pessoas com
deficiência e reabilitados nos processos de
trabalho;
A cota para PCD vale tanto para vagas de nível pleno quanto para oportunidades de
aprendiz e estagiário. A porcentagem de vagas é distribuída com base no porte da
empresa e, no caso de descumprimento, a organização deve pagar multa diária definida
pelo Ministério do Trabalho, a saber:

• 100 a 200 funcionários: cota de 2% das vagas. Multa de R$ 2.143,04 a R$ 2.571,65/dia;


• 201 a 500 funcionários: cota de 3% das vagas. Multa de R$ 2.571,65 a R$ 2.785,95/dia;
• 501 a 1000 funcionários: cota de 4% das vagas. Multa de R$ 2.785,95 a R$ 3.000,25/dia;
• Mais de 1001 funcionários: cota de 5% das vagas. Multa de R$ 3.000,25 a R$
3.214,55/dia.

No caso de frações no cálculo da cota, o número de colaboradores PCD a serem


contratados deve ser arredondado para cima.
Noções sobre a inclusão de pessoas com
deficiência e reabilitados nos processos de
trabalho;
A cota para PCD vale tanto para vagas de nível pleno quanto para oportunidades de
aprendiz e estagiário. A porcentagem de vagas é distribuída com base no porte da
empresa e, no caso de descumprimento, a organização deve pagar multa diária definida
pelo Ministério do Trabalho, a saber:

• 100 a 200 funcionários: cota de 2% das vagas. Multa de R$ 2.143,04 a R$ 2.571,65/dia;


• 201 a 500 funcionários: cota de 3% das vagas. Multa de R$ 2.571,65 a R$ 2.785,95/dia;
• 501 a 1000 funcionários: cota de 4% das vagas. Multa de R$ 2.785,95 a R$ 3.000,25/dia;
• Mais de 1001 funcionários: cota de 5% das vagas. Multa de R$ 3.000,25 a R$
3.214,55/dia.

No caso de frações no cálculo da cota, o número de colaboradores PCD a serem


contratados deve ser arredondado para cima.
QUAL O CENÁRIO DE INCLUSÃO DE PCD
NO MERCADO DE TRABALHO?
Para entender o cenário de inclusão de PCD no mercado de trabalho é necessário, antes
de tudo, conferir alguns números importantes. Segundo dados levantados pelo IBGE no
Censo 2019, mais de 17,3 milhões de brasileiros contam com algum tipo de deficiência.
Em contrapartida, cerca de 372 mil PCDs estão empregados, ou seja, menos de 1% do
total de empregos formais do Brasil são ocupados por profissionais com deficiência. A Lei
de Cotas, como vimos, foi uma importante iniciativa para incluir esses profissionais no
mercado de trabalho, estabelecendo obrigatoriedade de contratações em empresas com
mais de 100 empregados.

Contudo, apesar da implementação da lei, a maioria das empresas não está realmente
comprometida com a inclusão. De acordo com informações do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), o número de PCDs e reabilitados desligados no
país atualmente é maior do que o número de contratações.
QUAL O CENÁRIO DE INCLUSÃO DE PCD
NO MERCADO DE TRABALHO?

Ainda, os dados mostram que o saldo para contratações de PDCs é negativo na


maioria das atividades econômicas, para todos os tipos de deficiência e nos
diferentes graus de instrução. Com a pandemia do coronavírus a situação se
agravou ainda mais. Isso porque, esses profissionais fazem parte do grupo de risco
e se tornam alvo de demissões por não poderem trabalhar presencialmente ou por
gerarem encargos trabalhistas caso sejam contaminados.
PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO SEXUAL E A
OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA NO TRABALHO.

A Lei nº 14.457/2022, que instituiu o Programa Emprega + Mulheres, também


alterou a redação do artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
mudando o nome da CIPA para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de
Assédio, além de incluir obrigações que devem ser observadas pelas empresas.
O Programa Emprega + Mulheres tem o objetivo de promover a inserção e a
manutenção das representantes do sexo feminino no mercado de trabalho, por
meio do estímulo à aprendizagem profissional e de medidas de apoio aos
cuidados dos filhos pequenos.

As empresas que possuem CIPA constituída deverão observar algumas medidas,


como:
I. inclusão nas normas internas da empresa de regras de conduta a respeito do
assédio sexual e de outras formas de violência;
PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO SEXUAL E A
OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA NO TRABALHO.

II. fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de


denúncias, para apuração dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de
sanções administrativas aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de
assédio sexual e de violência;

III. inclusão de temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual


e a outras formas de violência nas atividades e nas práticas da CIPA;

IV. realização, no mínimo a cada 12 meses, de ações de capacitação, de


orientação e de sensibilização de todos os empregados e empregadas sobre
temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no
âmbito do trabalho.
PENSAMENTO

“Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador de pedras a


martelar numa rocha talvez 100 vezes, sem que uma única
rachadura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra
abre-se em duas e eu sei que não foi aquela que conseguiu isso,
mas todas as que vieram antes.”

(Jacob Riis)

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