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CONTEXTO HISTÓRICO EUROPEU

NO PERÍODO PRÉ INVASÕES


GERMÂNICAS
Prof. Rogério Freire Graça
ANTIGUIDADE GRECO-ROMANA
 Universo centralizado em cidades;

 Elevado nível de organização e cultura;

 Economia agrária dominante (cultura do milho, azeitona e uva);

 Manufaturas (tecido, cerâmica, vidro e mobiliário ) com técnicas


simples e demandas limitadas;

 Civilizações costeiras mediterrâneas;

 Mar – requisito de importância fundamental para a o desenvolvimento


comercial, transporte e troca de culturas;
Império Romano nos tempos de Jesus Cristo
 Modo de produção escravo (deixando de ser auxiliar para ser
sistemático)

 Escravos destinados ao trabalho agrário e às funções administrativas;

 Escravos como elos de ligação entre a cidade e o campo (mantinham


a agricultura, promoviam o comércio e poderiam atuar em diversas
especializações);

 Camponeses, rendeiros e artesãos;

 Revolução Tecnológica: moinhos rotativos para cereais, prensas de


parafusos, vidro soprado, melhorias na técnica da drenagem do
campo, etc.
Comercialização
de escravos
 Conquista geográfica como via para a expansão;

 Engrandecimento baseado no saque, tributos e escravos;

 Poder militar ligado ao crescimento econômico.


GRÉCIA
 Cidades-Estado;

 Colapso da Civilização Micenica (1200 a.C.) – desaparecimento da


escrita, regressão da economia e da política; (Período Homérico);

 Grécia Arcaica (800 a.C.)- reaparecimento do comércio, fundação de


cidades, criação da escrita alfabética; cunhagem de moedas.

 Cidades organizadas por unidades hereditárias (tribos, fratrias e Clãs)


privilegiando a nobreza local;

 Tiranos (650 a 510 a.C.) – rompimento com a dominação da


aristocracia ancestral (riqueza recente com amplitude geográfica de
dominação);
 Geração de um sistema monetário, aumento da população e do
comércio, busca de colônias ;

 Revoltas contra o domínio da aristocracia elevava o poder da


tirania (Corinto- séc. VII);

 Reformas de Sólon – Abolição dos pagamentos de dívidas


sobre a terra (conter o desenvolvimento das propriedades
nobres e manter as pequenas e médias sociedades);

 Pisístrato – proporcionou assistência financeira ao campesinato


(créditos públicos);

 Exército composto por uma falange hoplita;


Regiões da
Grécia
Peloponeso e

Ática,
destacando as
Cidades-
Estado
Esparta e
Atenas
 Esparta – Ausência de tirania, conquista de território (Hoplitas),
escravização dos povos conquistados, oligarquia;

 Grécia Clássica (séc. V)- resultado da atuação dos tiranos


(legislação agrária, inovações militares) combinado com a
utilização da escravidão de forma maciça;

 Escravidão – elemento necessário para a emancipação das


classes dominantes e para a criação de um novo mundo cívico e
intelectual;

 A aquisição através de conquista ou compra (baixo custo),


tornou generalizado a sua utilização;
 Superava o número de cidadãos e atuavam em diversas áreas

 A expansão da Cidade-Estado gregas estava voltada à conquista


de territórios e ao pagamento de tributos e à escravização,
portanto a rivalidade entre elas era constante;

 Atenas- Utilização da classe de médios agricultores para a


infantaria (hoplitas) e dos tetas para atuar como marinheiros;
superioridade monetária e naval, minas de prata, comércio e
fundação de colônias (clerúquias), arrecadação de tributos,
democracia, etc;
 Grécia Arcaica

 Introdução do modo de produção escravista;

 Produção de excedentes;

 Cidades-Estado: fabricação de artesanato na zona


urbana, agricultura e criação na zona rural;

 Destaque para Esparta e Atenas;


 Sociedade Espartana

 Esparciatas – Cidadãos (membros do exercito ou funcionários públicos);

 Periecos- Não possuíam direito político (comerciantes e artesãos);

 Hilotas – servos;

 Política Espartana – diarquia (dois reis);

 Gerúsia – Conselho de anciãos


(reis e 28 Esparciatas com mais de 60 anos);
 Ápela – Assembléia dos mais importantes cidadãos com mais de 30 anos;

 Conselho de Éforos- Comandavam a vida social e econômica da cidade (5


membros eleitos pela Ápela).
 Sociedade Ateniense

 Eupátridas – Cidadãos

 Metecos – Estrangeiros (pagavam impostos e serviam


ao exército;

 Escravos;

 Política – Rei (Sacerdote, Juiz e Chefe Militar);

 Oligarquia – Eupátridas (comando do exército, justiça e


administração pública
 Escravização por dívidas;

 Reformas de Dracon e Sólon : Lei acabando as guerras


entre famílias; Libertação dos cidadãos transformados em escravos;

 República
- Democracia (Clístenes) – Todos os cidadãos tinham o mesmo
direito perante a lei (escravos, estrangeiros, mulheres e crianças não eram
cidadãos);

-Bulé – Principal órgão do governo democrático (controlava a administração e elaborava


projetos);

- Eclésia – Assembléia Popular ;


- Heléia- Tribunal de justiça composto por 6000 cidadãos;
 Grécia Clássica (Séc. V a.C.)

 Apogeu da cultura grega;

 Guerras Médicas (contra os persas)


- Batalha de Maratona- Venceram Dario
- Batalha de Salamina- Venceram Xerxes;
Péricles

 Liga de Delos (aliança entre Atenas e várias cidades-estado gregas);

 Expansão do comércio
 Filosofia e Arte alcançaram grande desenvolvimento;

 Construções de prédios e embelezamento das cidades;

 Guerra do Peloponeso (vitória de Esparta);

 Enfraquecimento das cidades-estado (invasão da Macedônia)


Partenon - Templo dedicado a deusa Atena, concluído em 436 a.C.
Grécia Helenística
 Império Macedônico – originário de uma monarquia tribal, hereditária (segundo maior
ciclo de conquista colonial);

 Cidades pouco urbanizadas;

 A terra era propriedade do monarca e dos nobres;

 Camponeses rendeiros livres e pouca escravidão;

 Ascensão do poder – dominação dos Bálcãs (Felipe II);

Felipe II
Domínio dos Bálcãs
 Fatores responsáveis para a unificação da Península Helênica:

- Anexação das minas de ouro da Trácia;


- Exército com inovações militares (composição social distinta)- cavalaria e infantaria;

 Durante o domínio de Alexandre o Império Macedônico se estendeu do Mar Adriático ao


Oceano Índico;

- Comércio com o Oriente Próximo,


- Aumento do comércio no Mediterrâneo,
- Generalização do padrão monetário (comércio internacional e transporte marítimo),

- Não ocorreu a escravização em massa,


Império de Alexandre
 Cidades sincréticas (estrutura oriental refinada pelos aperfeiçoamentos gregos;

 Alexandria (nova capital do Egito) tornou-se a mais florescente cidade grega do


mundo antigo , o eixo econômico e intelectual do Mediterrâneo oriental.

 Contribuições
- Complemento do alfabeto fenício (vogais);
- Valorização da capacidade humana (humanismo);
- Arquitetura, escultura e pintura (equilíbrio, beleza e perfeição);
- Matemática, Geometria, Medicina e Filosofia (conhecimento humano e ética);
- Olimpíadas;
- Teatro.
 Alexandria

Alexandre
 “ Do ano 200 a.C. em diante o poder imperial romano avançou à custa deles, e pela
metade do século II suas legiões haviam esmagado todas as barreiras perigosas de
resistência no oriente.”
ROMA
 Deslocamento geográfico no centro e gravidade do mundo antigo para a Itália;

 Desenvolvimento do modo de produção escravista;

 Guerras com cidades rivais;

 Anexação de terras;

 Sujeição de aliados;

 Fundação de colônias;

 Nobreza hereditária baseada em constituição cívica;


Roma Monárquica
 Rei

 Patrícios – Cidadãos, membros da nobreza, donos das melhores terras, compunham


a Assembléia;

 Plebeus – Agricultores, artesãos, mercadores, não participavam da Assembléia


nem do exército);

 Rei Sérvio Túlio – Beneficiou os plebeus, concedendo direitos políticos e a


participação no exército (foi deposto pelos Patrícios) ;

 Instauração da República, governada por dois cônsules eleitos pela Assembléia.


Roma Republicana
 Cônsules;

 Senado – 300 membros que fiscalizavam as finanças do Estado e decidiam sobre as questões
de guerra e paz.

 Pretores (justiça);

 Questores (gastos do governo);

 Censores (determinavam o domínio eleitoral);

 Edis (Abastecimento público);

 Tribunos da Plebe (representação do proletariado);


 Fortalecimento do exército;

 Conquista da Itália e de outros territórios (tributos);

 Primeira Guerra Púnica


-Conflito com Cartago pela posse da Cecília
-Controle das ilhas: Cecília, Sardenha e Córsega;

 Segunda Guerra Púnica


- Ataque da Itália pelos cartagineses
- Ataque de Cartago por Roma
- Domínio Romano sobre o Mar Mediterrâneo
- Destruição de Cartago (149 a.C.);
 Domínio da Grécia (146 a.C.) e da Ásia Menor (30 a.C.) – pilhagem, escravidão e
impostos.

 Revolta dos camponeses;

 Reformas (irmãos Gracco)


- Limite para o tamanho da propriedade dos nobres
- Reforma Agrária
- Fundação de colônias fora de Roma para abrigarem as famílias pobres;
 Importância do Exército;

 General Mário (Cônsul)- permitiu que o proletariado fizesse parte do exercito e


instituiu o soldo;

 General Sila (Ditador Vitalício) – ligado a elite latifundiária, perseguiu seus


opositores com tortura e morte;

 Primeiro Triunvirato (Pompeu, Júlio Cesar e Crasso) – Vitórias na Gália e


Bretanha, conquista do Egito;

 Segundo Triunvirato (Marco Antônio, Otávio e Lépido) – Repressão política,


Otávio torna-se Imperador;
Roma Imperial
 Conquista de novos territórios;

 Redução da importância da Assembléia e do Senado;

 O imperador torna-se chefe religioso;

 Construção de praças, estradas, aquedutos, templos e demais prédios;

 Dominou os obres através do “pão e circo”;

 Adoração do imperador como um deus;

 Nascimento e crucificação de Cristo (Tibério);


 Perseguição aos cristãos;

 Conversão do Imperador Constantino ao Cristianismo (313 d.C.);

 Oficialização do Cristianismo como religião do Império Romano (319 d.C.)- Imperador


Teodósio.

 Formação de uma nobreza mais extensa;

 Luta das classes pobres para a conquista de direitos ( tribunato da plebe, Assembléias tribais);

 Propriedades de terra concentradas nas mãos da nobreza, reduzindo o campesinato livre mais
pobre à escravidão por débito ;
Império
Romano
Decadência
 Aumento da população;

 Redução de escravos;

 Redução da produção;

 Enfraquecimento militar (redução de armas, cavalos, soldo, soldados);

 Aumento os impostos;

 Investida dos bárbaros;


 Divisão do Império (395 d.C. – Teodósio)
-Oriente (Constantinopla)
-Ocidente (Roma)

 Destruição do Império – 475 d.C.


“A gênese do feudalismo na Europa derivou de
um colapso “catastrófico” e convergente de dois
modos de produção distintos e anteriores”
Perry Anderson

• Modo de Produção Escravo (Império Romano)


• Modo de Produção Germânico (Bárbaros)
Bibliografia
 Anderson, Perry. Passagem da Antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 2004.

 http://googleimages.com.br

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