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Teoria Geral do Direito

Constitucional
Professora: Emanuella França
Tema: Direito a Nacionalidade
Direito a Nacionalidade

Nacionalidade pode ser definida como o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a
determinado Estado, fazendo com que esse indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado e,
por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações.
Povo: conjunto de pessoas que fazem parte do Estado — o seu elemento humano —, unido ao Estado
pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade;

População: conjunto de residentes no território, sejam eles nacionais, estrangeiros ou apátridas

Nação: conjunto de pessoas nascidas em um território, ladeadas pela mesma língua, cultura, costumes,
tradições, adquirindo uma mesma identidade sociocultural. São os nacionais, distintos
dos estrangeiros. São os brasileiros natos ou naturalizados.

Cidadania: tem por pressuposto a nacionalidade (que é mais ampla que a cidadania), caracterizando-


se como a titularidade de direitos políticos de votar e ser votado. O cidadão, portanto, nada mais é do
que o nacional (brasileiro nato ou naturalizado) que goza de direitos políticos.
Espécies de Nacionalidade e Critérios para a sua Aquisição

A nacionalidade primária é imposta, de maneira unilateral, independentemente da vontade do


indivíduo, pelo Estado, no momento do nascimento.
    
Alguns adotam o critério do ius sanguinis, ou seja, o que interessa para a aquisição da nacionalidade
é o sangue, a filiação, a ascendência, pouco importando o local onde o indivíduo nasceu.
 Outros adotam o critério do ius solis, ou critério da territorialidade, vale dizer, o que importa para a
definição e aquisição da nacionalidade é o local do nascimento, e não a descendência.
  Já a nacionalidade secundária é aquela que se adquire por vontade própria, depois do
nascimento, normalmente pela naturalização, que poderá ser requerida tanto pelos
estrangeiros como pelos heimatlos (apátridas). O estrangeiro, dependendo das regras de seu
país, poderá ser enquadrado na categoria de polipátrida (multinacionalidade).
O conflito de nacionalidade: 

a) positivo — polipátrida (multinacionalidade) 

apátrida, intolerável, especialmente diante da


b)-Negativo-
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), que
assegura a toda pessoa o direito a uma nacionalidade, proibindo
que seja arbitrariamente dela privada, ou impedida de mudá-la.
 
 Art. 12, I. São brasileiros natos:
 a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
 b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
 c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
Brasileiro Naturalizado

    Como forma de aquisição da nacionalidade secundária, a Constituição prevê o processo de


naturalização, que dependerá tanto da manifestação de vontade do interessado como da aquiescência estatal,
que, através de ato de soberania, de forma discricionária, poderá ou não atender à solicitação do
estrangeiro ou apátrida.
 Não existe a naturalização tácita A CF/88 somente estabeleceu a naturalização expressa, que se
divide em ordinária e extraordinária (quinzenária).
Condições de naturalização

LEI Nº 13.445, DE 24 DE MAIO DE 2017.


A lei de Imigaração
 Por esse motivo, o art. 109, X, CF/88, estabelece ser competência dos juízes federais processar e julgar os crimes
de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença
estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização.
Art. 12, II. São brasileiros naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa
apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
Constituição.
®     Ausência temporária da residência não quebra o vínculo ininterrupto exigido para a naturalização
Atividade de Constitucional
 1) Quando o Poder Judiciário é provocado pelo Ministério Público Federal ou qualquer
interessado para resolver sobre a implementação de direitos sociais (moradia, saúde,
educação, etc.) como deve ser a atuação dele? Justifique .

 2) Lane nasceu em Angola, país onde a língua portuguesa é o idioma oficial, e Ana nasceu
na Alemanha, país onde o alemão é o idioma oficial. Ponderando que Lana seja uma
angolana que resida há um ano ininterrupto no Brasil e Ana seja uma alemã que resida há
onze anos ininterruptos no Brasil, bem como que ambas possuam idoneidade moral e
nenhuma das duas tenha condenação penal, de acordo com a Constituição Federal. Lane e
Ana pode se naturalizar. Justifique e fundamente.

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