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UNINORTE

Câncer (neoplasias)

PROFA.: ROCHA
O que é o Câncer?
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento desordenado
(maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos,
podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do
corpo.

Formação de Tumores –
acúmulo de células
cancerosas ou neoplasias
malignas. Multiplicação
acelerada das células.
* Tumor benigno – massa
localizada de células.
Multiplicação vagarosa.
O que causa o câncer?

•Causas Externas – meio ambiente, hábitos ou costumes.


•Causas Internas – geneticamente pré-determinadas, ligadas
à capacidade do organismo se defender das agressões
externas.

Obs.: 80 a 90% dos casos de câncer estão associados a


fatores ambientais.
*Ambiente: ambiente ocupacional; ambiente de consumo;
ambiente social e cultural.
Como surge o Câncer? 

Genes: arquivos que guardam e fornecem instruções para a


organização das estruturas, formas e atividades das células no
organismo;
DNA: informação genética; passam informações para o
funcionamento da célula;
Mutação genética: alterações no DNA dos genes;
Como se comportam as células cancerosas? 
Multiplicam-se de maneira descontrolada;
Têm capacidade para formar novos vasos sanguíneos que as
nutrirão e manterão as atividades de crescimento descontrolado;
O acúmulo dessas células forma os tumores malignos;
Adquirem a capacidade de se desprender do tumor e de migrar;
Chegam ao interior de um vaso sangüíneo ou linfático e, através
desses, disseminam-se, chegando a órgãos distantes do local
onde o tumor se iniciou, formando as metástases;
Menos especializadas nas suas funções do que as suas
correspondentes normais.
Tipos de Câncer
Linfomas
É denominado linfoma todo tipo de câncer que afeta o
sistema linfático. O sistema linfático é constituído por gânglios
interligados pelos vasos linfáticos que atuam na defesa do
organismo contra infecções. Ex.: pescoço, axilas e virilha;
amídalas, fígado e baço.
O tumor tem início quando há uma multiplicação
desordenada das células do sangue relacionadas ao sistema
imunológico (linfócitos).
Principais Sintomas:
• Aumento progressivo e indolor do abdome;
• Aumento progressivo e indolor dos gânglios (ínguas);
• Febre persistente sem evidência de infecção;
• Suor noturno abundante;
• Perda de peso relevante;
• Coceiras pelo corpo;
• Cansaço.
Tipos de Câncer
Leucemias
A leucemia é uma doença maligna dos
glóbulos brancos (leucócitos), de origem, na
maioria das vezes, não conhecida. Ela tem como
principal característica o acúmulo de células jovens
(blásticas) anormais (Fig. 1) na medula óssea que
substituem as células sanguíneas normais.
A presença das células anormais prejudica ou
impede a formação na medula, dos glóbulos brancos,
glóbulos vermelhos e plaquetas.
O tipo de leucemia mais freqüente na criança é
a leucemia linfóide aguda (ou linfoblástica). A leucemia
mielóide aguda é mais freqüente no adulto.
• Falta de apetite;
• Comprometimento das ínguas;
• Aumento do baço e fígado;
• Dor nos ossos ou nas articulações;
• Palidez;
• Manchas arroxeadas;
• Sangramentos não ligados a traumas e febre;
• Febre.
Tipos de Câncer

Neuroblastoma (tumor de gânglios simpáticos)


Os neuroblastomas se originam de células responsáveis
pela formação de partes do sistema nervoso.
Pode ocorrer em diversos áreas do organismo, desde a
região do cérebro até a área mais inferior da coluna, incluindo
todo abdômen.

Tumor de Wilms (tumor renal)


É o tumor renal mais comum em crianças correspondendo
a 94,7% dos casos de câncer renal em crianças com menos de 15
anos. Normalmente, o tumor somente se desenvolve em um
rim, mas em um pequeno número de casos, pode atingir os dois
rins. O primeiro sinal, normalmente, é a presença de uma massa
no abdômen lisa e firme, não dolorosa. Também pode ser
comum apresentar sintomas como dor no estômago, febre,
sangue na urina ou pressão arterial alta.
Tipos de Câncer
Retinoblastoma (tumor da retina do olho)
Tumor que se desenvolve na retina, decorrente da
mutação de um gene.
O sintoma mais frequente é a leucocoria, um reflexo
branco amarelado na pupila causado pelo tumor localizado atrás
das lentes, conhecido mais popularmente como "olho de gato".
Osteossarcoma (tumor ósseo)
O osteossarcoma é o mais comum dos tumores malignos
primários dos ossos, costumam atingir as extremidades dos ossos
longos, na maioria das vezes acomete o úmero e a tíbia proximais
e o fêmur distal.
Os sintomas mais comuns são dor localizada e inchaço
do local. As metástases ocorrem principalmente para pulmões e
outros ossos e geralmente dão pequenos sintomas desde um
estágio precoce da doença.
Tipos de Câncer

Sarcomas (tumores de partes moles)


Em geral, os sarcomas de partes moles recebem o nome
do tecido onde se originam, o mais comum é o
Rabdomiossarcoma, o sarcoma do tecido muscular estriado.
A maioria dos tumores localizam-se na região da cabeça
e pescoço, seguido da região genito-urinário e
extremidades.
A primeira manifestação da doença se dá pela presença de
um tumor e os sintomas decorrem da sua localização.
Ordem de Incidência de Câncer no Brasil*:

Entre mulheres  Entre homens 


1º Pele 1º Pele
2ª Mama 2º Próstata
3º Colo do útero 3º Pulmão
4º Colón e reto 4ª Estômago
5º Estômago 5º Cólon e reto

* Fonte: Instituto Nacional de Câncer


Quimioterapia

A quimioterapia é o método
que utiliza compostos químicos,
chamados quimioterápicos, no
tratamento de doenças causadas
por agentes biológicos. Quando
aplicada ao câncer, a
quimioterapia é chamada de
quimioterapia antineoplásica
ou quimioterapia antiblástica.
Histórico
1946 - O primeiro quimioterápico antineoplásico foi
desenvolvido a partir do gás mostarda, usado nas duas
Guerras Mundiais como arma química. Após a exposição de
soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram
hipoplasia medular e linfóide, o que levou ao seu uso no
tratamento dos linfomas malignos.

*mostardas nitrogenadas (metil-di(2-cloroetil)amina e tri(-2-


cloroetil)amina) – efeitos sobre tecidos em estado de rápido
crescimento.
Nas décadas de 60 e 70 inicia-se a era da
quimioterapia científica, com o conhecimento da cinética
celular e da ação farmacológica das drogas.
Introdução da poliquimioterapia.
Mecanismos de ação

afetam tanto as células normais como as


neoplásicas;
maior dano às células malignas;
diferenças quantitativas entre os processos
metabólicos dessas duas populações celulares;
crescimento das células malignas e os das células
normais;
ação nas enzimas, que são responsáveis pela
maioria das funções celulares;
afeta a função e a proliferação tanto das células
normais como das neoplásicas.
Classificação das drogas antineoplásicas

• Ciclo-inespecíficos - Aqueles que atuam nas


células que estão ou não no ciclo proliferativo, como,
por exemplo, a mostarda nitrogenada.
• Ciclo-específicos - atuam somente nas células que
se encontram em proliferação, como é o caso da
ciclofosfamida.
• Fase-específicos - Aqueles que atuam em
determinadas fases do ciclo celular
Tipos e finalidades da quimioterapia

• Curativa - quando é usada com o objetivo de se


conseguir o controle completo do tumor
• Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa,
tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais
ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases
à distância.
• Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para
se obter a redução parcial do tumor, visando a
permitir uma complementação terapêutica com a
cirurgia e/ou radioterapia.
• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com
a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do
paciente.
Como a quimioterapia pode ser aplicada?

          Das seguintes maneiras:


•Intramuscular: Injeção no músculo.
•Subcutânea: Injeção sob a pele.
•Intralesional: Injeção diretamente na área cancerosa.
•Intratecal: Injeção dentro do canal espinhal.
•Intravenosa: Injeção na veia.
•Uso tópico: Aplicada na pele.
•Via oral: Pílulas, cápsulas ou líquidos.
Toxicidade dos quimioterápicos

Afetam estruturas normais que se renovam


constantemente, como a medula óssea, os pêlos e
a mucosa do tubo digestivo.
As células normais apresentam um tempo de
recuperação previsível, sendo possível que a
quimioterapia seja aplicada repetidamente, desde
que observado o intervalo de tempo necessário para
a recuperação da medula óssea e da mucosa do tubo
digestivo. (ciclos periódicos)
A toxicidade é variável para os diversos tecidos
e depende da droga utilizada.
Toxicidade dos quimioterápicos
Efeitos tóxicos dos quimioterápicos, conforme a
época em que se manifestam após a aplicação.
Critérios para aplicação da quimioterapia
Condições gerais do paciente:
• menos de 10% de perda do peso corporal desde o início da
doença;
• ausência de contra-indicações clínicas para as drogas
selecionadas;
• ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle;
• capacidade funcional correspondente aos três primeiros
níveis, segundo os índices propostos por Zubrod e Karnofsky.

Avaliação da capacidade funcional


Níveis Critérios
ZUBROD KARNOFSKY

0 100-90% Paciente assintomático ou com sintomas mínimos


1 89-70% Paciente sintomático, mas com capacidade para o atendimento ambulatorial

2 69-50% Paciente permanece no leito menos da metade do dia


3 49-30% Paciente permanece no leito mais da metade do dia
4 29-10% Paciente acamado, necessitando de cuidados constantes
Resistência aos quimioterápicos
populações celulares desenvolvem nova codificação genética
(mutação);
são estimuladas a desenvolver tipos celulares resistentes ao
serem expostas às drogas, enveredando por vias metabólicas
alternativas, através da síntese de novas enzimas;
o tratamento é descontinuado, quando a população tumoral é
ainda sensível às drogas;
é aplicada a intervalos irregulares;
doses inadequadas são administradas;
"resistência a múltiplas drogas“, está relacionado à diminuição
da concentração intracelular do quimioterápico e a presença da
glicoproteína 170-P.

Deve-se iniciar a quimioterapia quando a população


tumoral é pequena, a fração de crescimento é grande e a
probabilidade de resistência por parte das células com
potencial mutagênico é mínima.
Principais drogas utilizadas no tratamento do câncer

Alquilantes
Capazes de substituir em outra molécula um átomo de hidrogênio
por um radical alquil. Eles se ligam ao ADN de modo a impedir
a separação dos dois filamentos do ADN na dupla hélice
espiralar, fenômeno este indispensável para a replicação. Os
alquilantes afetam as células em todas as fases do ciclo celular de
modo inespecífico.
Ex.: mostarda nitrogenada, a mostarda fenil-alanina, a
ciclofosfamida, o bussulfam, as nitrosuréias, a cisplatina e o seu
análago carboplatina, e a ifosfamida.

Antimetabólitos
Afetam as células inibindo a biossíntese dos componentes
essenciais do ADN e do ARN. Deste modo, impedem a
multiplicação e função normais da célula.
Principais drogas utilizadas no tratamento do câncer

Antibióticos
Estrutura química variada, possuem em comum anéis
insaturados que permitem a incorporação de excesso de
elétrons e a conseqüente produção de radicais livres
reativos. Podem apresentar outro grupo funcional que lhes
acrescenta novos mecanismos de ação, como alquilação, inibição
enzimática, ou inibição da função do ADN por intercalação.

Inibidores mitóticos
Podem paralisar a mitose na metáfase. Os cromossomos, durante
a metáfase, ficam impedidos de migrar, ocorrendo a interrupção
da divisão celular. Devem ser associados a outros agentes para
maior efetividade da quimioterapia.
Principais drogas utilizadas no tratamento do câncer

Outros agentes
Algumas drogas não podem ser agrupadas
em uma determinada classe de ação
farmacológica.
Ex.: dacarbazina - melanoma avançado,
sarcomas de partes moles e linfomas;
procarbazina - doença de Hodgkin; L-
asparaginase, que hidrolisa a L-
asparagina e impede a síntese protéica,
utilizada no tratamento da leucemia
linfocítica aguda.
Referências
•http://www.inca.gov.br/
•http://www.nacc.org.br/infantil
•http://www.quimioterapia.com.sapo.pt
•http://www.caccdurvalpaiva.org.br/informacoes/quimioterapia.htm
•Greenstein, J.P. – BIOQUIMICA DEL CANCER. Revista de Occidente. Madrid.
1959.

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