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DIREITO FINANCEIRO

Orçamento
Receitas e despesas públicas
ORÇAMENTO PÚBLICO
 O orçamento público é lei em sentido formal (ou seja,
emitida pelo Poder Legislativo), que estabelece as
obrigações do Estado em relação às receitas e despesas
públicas.
 Portanto, o orçamento conforme aprovado pelo Legislativo
vincula o administrador público.
 A iniciativa do projeto de lei cabe ao chefe do Poder
Executivo.
PLANO LEI DE DIRETRIZES LEI
PLURIANUAL ORÇAMENTÁRIAS ORÇAMENTÁRIA
ANUAL
- Planejamento macro - Metas e prioridades da - Estabelece receitas e
-Objetivos e metas da administração por 1 ano despesas da
administração por 4 anos - É a concretização do administração por 1 ano.
- É o “orçamento- PPA. 1.Orçamento fiscal
programa”. - Diretrizes para 2.Orçamento de
- Só prevê despesas de elaboração da LOA investimento
capital (vinculadas a - ANEXOS: 3.Orçamento da
investimentos) e 1.Previsão de seguridade social
despesas de duração arrecadação  Deve ser compatível
continuada (mais de 2 2.Previsão de gastos com a LDO.
exercícios). 3.Previsão do
patrimônio do ente
público
 Programação do
orçamento
PLANO PLURIANUAL (PPA)
 Reflete o programa de governo: coincide com o mandato
do chefe do executivo.
 Reflete o orçamento-programa.
 Estabelece as grandes metas e prioridades da
administração.
 Contém a previsão de despesas de capital e das despesas
de duração continuada (2 anos ou prazo indeterminado).
 É regionalizado.
 Tem validade de 4 anos.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
(LDO)
 Estabelece as metas e prioridades da administração pelo
período de 1 ano.
 Representa uma concretização do PPA.
 Contém as diretrizes para elaboração da LOA, portanto, a
aprovação da LOA depende da aprovação da LDO.
 Estabelece políticas de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento (linhas de crédito do BNDES, da CEF).
 Contém eventuais alterações na legislação tributária.
 Deve manter o equilíbrio entre receitas e despesas.
 Deve ser aprovado até o início do ano fiscal.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
 Composta por:
1. Orçamento fiscal: receitas e despesas da União.
2. Orçamento de investimento: receitas e despesas das
empresas em que a União tem maioria do capital com direito
a voto.
3. Orçamento da seguridade social: receitas e despesas da
seguridade social, dos órgãos vinculados ao INSS.
 Princípio da universalidade do orçamento (todas as receitas e
despesas)
 Princípio da exclusividade (apenas receitas e despesas)
 Princípio da unidade (3 contas, um único orçamento)
RECEITAS PÚBLICAS
 RECEITA é toda entrada definitiva de valores.
 CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS:
 RECEITAS ORIGINÁRIAS: entradas definitivas decorrentes
da atuação do Estado como agente de direito privado ou da
exploração do patrimônio público. O Estado obtém essa receita
por conta de uma relação de coordenação com o particular.
Decorre de um contrato.
 RECEITAS DERIVADAS: entradas decorrentes de uma
relação de imposição do Estado em face do particular. É a
principal receita do Estado.
 RECEITAS TRANSFERIDAS: entradas decorrentes de
transferência de recursos entre os entes da federação.
Classificação das receitas públicas
Repartição de receitas: repasses da União
Imposto Para
IRPF Estados, DF e Municípios, sobre rendimentos por eles pagos a
(157, I e 158, I) qualquer título, inclusive pelas suas autarquias e fundações

20% impostos residuais Estados e DF


(157, III)
Municípios onde se situam os imóveis objeto do imposto.
50% ITR (158, II)
100% se o município fiscalizar e cobrar (EC 42/03)
21,5% ao fundo de participação dos estados e DF
47% IPI (159, I )
47% IR (excetuados 22,5% ao fundo de participação dos municípios
arts. 157, I e 158, I)
3% ao setor produtivo das regiões N, NE e CO
10% IPI (159, II) Estados e DF (proporcional às exportações de produtos
industrializados
30% aos estados de origem e DF
100% IOF sobre ouro
70% ao município de origem
Cide sobre impostos e 29% aos estados e DF
comércio de petróleo e
derivados
Repartição de receitas: repasses dos
Estados e DF

Imposto Para
50% do IPVA (158, III) Municípios
25% ICMS (158, IV) Municípios
25% dos 10% do IPI recebido da
Municípios
União (159, §3º)
20% dos 29% da Cide recebida
Municípios
da União (159, §4º )
DESPESAS PÚBLICAS
 DESPESA é todo gasto da administração pública.
 Características:
 Autorização legal (LOA)
 Documentação (empenho)
 Contrapartida em receita (programação financeira + execução mensal
de desembolso)
 DESPESA COM PESSOAL: inclui ativos, inativos,
pensionistas e contratos de terceirização. Inclui também os
encargos e contribuições previdenciárias.
 A verificação dos limites globais ocorrerá a cada quadrimestre
e está conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (arts. 18 a 20
da LC 101/00).
Limites globais da despesa com pessoal
Órgão FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Até 50% da Até 60% da Até 60% da
receita corrente receita corrente receita corrente
líquida líquida líquida

Executivo 40,9% 49% 54%


Legislativo 2,5% 3% 6%
Judiciário 6% 6% -
Ministério 0,6% (MPU) 2% -
Público
Classificação legal das receitas e despesas
RECEITAS DESPESAS
CORRENTES Patrimoniais (Custeio da atividade
Tributárias estatal)
Agropecuárias • De custeio
Transferidas • Resultantes de
Industriais transferências correntes
Serviços
Contribuições
DE CAPITAL Assunção de dívidas (Decorrentes de
Alienação de bens investimentos)
Operações de crédito • De investimentos
Amortização de • De transferência de
empréstimos capital
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
 Lei 4.320/64 (tem status de lei complementar –
complementa a LRF = LC 101/00)
1. Publicada a LOA, o Poder Executivo tem 30 dias para,
mediante DECRETO, estabelecer a programação
financeira e a execução normal de desembolso.
2. Uma vez disponíveis os recursos, é possível ocorrer a
DESPESA EFETIVA.
3. Essa despesa é documentada pelo EMPENHO.
4. A NOTA DE EMPENHO deve conter o nome do credor,
a representação e a importância da despesa e a dedução da
dotação orçamentária (do total previsto para a despesa).
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
5. Com a nota de empenho, ocorre a LIQUIDAÇÃO DA
DESPESA, que assegura que a administração está
pagando o valor correto, para a pessoa certa e pelo
motivo certo.
6. Após a liquidação, ocorre a ORDEM DE
PAGAMENTO, que é uma autorização para o
pagamento. É apenas um despacho, autenticador da
despesa e de todo o processo, emitida pelo serviço de
contabilidade do órgão, para que a despesa seja paga.
7. Após a emissão da ordem de pagamento, pode acontecer
o PAGAMENTO pela tesouraria do órgão.
Esquema da execução orçamentária
Controle dos gastos públicos
 Hoje, o controle dos gastos públicos pode ocorrer de 3
formas:
1. INTERNO: dentro do próprio órgão
2. EXTERNO: Tribunal de Contas (órgão técnico)
3. PRIVADO: Cidadão (ação popular)
Partido político
Sindicato
Associação  denúncia ao TCU
Ministério Público (ACP)
- Quanto ao chefe do Executivo, o parecer do TCU é meramente
opinativo. Quanto aos outros órgãos, há julgamento.

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