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Aula 9 - Direitos Humanos e Extremismos
Aula 9 - Direitos Humanos e Extremismos
Aula 9
TEMA: PRESERVAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO CONTEXTO DE ASCENSÃO DO EXTREMISMO
O TEMA
Rede de Ódio - Tomasz (Maciej Musialowski) é um jovem que acabou de ser expulso da faculdade de Direito por plágio.
Ele encontra um trabalho numa agência que gerencia mídias sociais e lá fica responsável por difamar celebridades e
políticos grandes na Polônia por meio de perfil falsos. Ao mesmo tempo que percebe um talento para a manipulação
digital, Tomasz toma consciência dos efeitos nefastos das fake news em suas vítimas — enquanto descobre que seus
atos têm graves consequências na realidade.
> O Nome da Rosa (1986) - No ano de 1327, um frade franciscano e seu aprendiz (interpretados por Sean Connery e
Christian Slater) viajam para um mosteiro no norte da Itália para debater questões teológicas com emissários do Papa.
Porém, uma série de mortes misteriosas levam o frade a usar suas habilidades como investigador para resolver o caso e
pegar o assassino antes que membros da Santa Inquisição cheguem e comecem a torturar pessoas.
O frade também tem que lidar com o obscurantismo do clero local, que imediatamente começa a culpar o demônio pelos
assassinatos, antes mesmo de procurar explicações lógicas e racionais para os acontecimentos.
COMENTÁRIOS
O extremismo violento é uma ameaça à paz e à tolerância. É uma ameaça constante à segurança, aos direitos
humanos e ao desenvolvimento sustentável.
Ninguém nasce já sendo um extremista violento – as pessoas são formadas e instigadas a isso.
Visões dicotômicas, polarizadas e maniqueístas são comuns no contexto brasileiro: violência contra a população
indígena, violação contra a população de deficientes, xenofobia, discriminação racial na dimensão do trabalho.
32% dos brasileiros acreditam que não vale a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões diferentes.
Quando o nível de polarização é muito alto, a democracia está em perigo. O outro é inimigo, uma ameaça, um
criminoso. Não se aceita quem fala diferente, é o prenúncio de uma crise democrática.
Pode-se discordar de opiniões diversas, mas aceitar o direito de que outros tenham opiniões diversas. O radicalismo
prejudica a democracia e afeta os direitos humanos.
COMENTÁRIOS
O direito humano é corrompido quando se sustentam hierarquias sociais – a corrupção
afasta o povo das discussões – acreditam que a sua voz não fará diferença, e calam-se:
nepotismo, clientelismo, prevaricação, desvios de recursos, superfaturamento de obras
públicas, ... Ferem os direitos básicos.
O debate é uma das formas mais inteligentes de se chegar a uma conclusão. O objetivo
principal é chegar a um bom senso.
Criam-se bolhas sociais, facilitando o acesso só àquilo que interessa a classe privilegiada,
menos diverso.
DISCURSO DE ÓDIO/ EXTREMISMO
As redes sociais promovem informações, entretenimento, geram debates, viabilizam novos relacionamentos, geram
negócios, criam grupos de interesses afins,... Entretanto, têm se tornado um meio de formadores de opiniões
odiosas, local de externalização de preconceitos.
O discurso de ódio inferioriza, violenta, discrimina, desvaloriza grupos sociais – intolerância.
O discurso de ódio não merece a garantia da liberdade de expressão. Liberdade de expressão, não liberdade de
ofender.
Falta de empatia, respeito ao pensamento alheio.
Escolhido como centro de ódio do indivíduo que deixa de olhar para os problemas reais vivenciados: pobreza,
preconceitos, desigualdades sociais.
“Diante de uma manifestação de ódio, há dois comportamentos prováveis da vítima: revidar com a mesma
violência, ou retirar-se da discussão, amedrontada e humilhada. Nenhum deles contribui minimamente para a busca
da verdade”. (Daniel Sarmento)
Servem apenas para excluir grupos, dando um tratamento desigual apenas por ser diferente (gênero, opção sexual,
etnia, religião – promovem a exclusão social. Pode ser feita não só por palavras, mas também charges, produções
artísticas, ...)
Identificamos as diferenças, mas a soberania é de todos. O poder fez desse ódio a fonte de sua vitória.
PROPOSTAS
Abordar todas as formas de discriminação e discurso de ódio contribui para aumentar a resiliência dos estudantes
a ideologias extremistas violentas e para promover seu compromisso com a não violência e com a paz.
Oferecer articulações específicas para lidar com crimes de intolerância – delegacias especializadas com
profissionais treinados para o recebimento de denúncia e a devida continuidade ao desmantelamento de práticas
ilícitas.
Legislar de modo específico para lidar com a questão aperfeiçoando ainda o monitoramento e a fiscalização das
legislações em vigor. Além disso, desenvolver o senso de responsabilidade com relação à ação dos indivíduos,
principalmente na dimensão virtual, solidificando a ideia de que não existe anonimato no ambiente virtual.
Por meio de campanhas publicitárias, vídeos promocionais e projetos educativos (utilizando personalidades que
dialoguem com as variadas faixas etárias). Oportunizar a reflexão por parte da sociedade, com o intuito de
alcançar uma lógica tolerante, reconhecendo a diversisdade.