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PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA
Enfermeira pela Universidade Estadual de
Santa Cruz
Mestranda em Ciências da Saúde (UESC)
Enfa. Vivian Andrade Gundim Pós Graduanda em Urgência e Emergência
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

 O Suporte Básico de Vida (SBV) consiste em um conjunto de medidas voltadas à redução


do dano ou do risco de morte associado a eventos cardiovasculares, em especial, à parada
cardiorrespiratória (PCR) não traumática, tanto no ambiente extra hospitalar como no
ambiente intra hospitalar.

 A PCR é definida como interrupção da circulação sanguínea em consequência da


interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença de batimentos
cardíacos ineficazes. Pode ter como etiologia:

HIPERTENSÃO CARDIOPATIAS TRAUMAS

PARADA (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Fisiopatologia da PCR:

FASE ELÉTRICA Compreende o período inicial (de 3 a 4 minutos) da


PCR;

FASE
HEMODINÂMICA Ocorre entre o período de 4 a 10 minutos após a PCR;

FASE Fase após os 10 minutos de PCR, em que há acidose e


METABÓLICA disfunção celular graves.

PARADA (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Cadeias de sobrevivência:

PARADA
(AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Manobras de SBV:

1. Avaliar a responsividade do paciente: chama-lo pelo nome;


2. Avaliar a respiração e o pulso simultaneamente por 10 segundos;
3. Na ausência de responsividade, respiração (ou gasping) e pulso, solicitar outro
profissional;
4. Acionar a equipe médica;
5. Providenciar o carro de emergência;
6. Providenciar o desfibrilador/desfibrilador externo automático (DEA);
7. Iniciar imediatamente a sequência de atendimento C-A-B ou C-A-B-D.

PARADA (BASTOS et l., 2020)


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Manobras de SBV

• Sequência de atendimento C-A-B ou C-A-B-D:

C – Compressões torácicas de alta qualidade:


- Profundidade de 5 – 6 cm;
- Frequência de 100 – 120/min.;
- Mãos na metade inferior do esterno, na linha
intermamilar no centro do tórax;

PARADA (BASTOS et l., 2020)


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Manobras de SBV

• Sequência de atendimento C-A-B ou C-A-B-D:

A – Vias Aéreas:
- Abertura das vias aéreas;
- Retirada de objetos estranhos e excesso de fluidos;
- Elevação da mandíbula e hiperextensão da coluna
cervical (exceto quando?);
- Tração da mandíbula.

PARADA (BASTOS et l., 2020)


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 RCP DE ALTA QUALIDADE

SEGURANÇA DO VERIFICAR
LOCAL PEDIR AJUDA
RESPONSIVIDADE

COMPRESSÕES AVALIAR
30:02 TORÁCICAS/ RESPIRAÇÃO/
VENTILAÇÕES CHECAR PULSO

FREQUÊNCIA DE
100 A 120/MIN PROFUNDIDADE

PARADA
(AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 RCP DE ALTA QUALIDADE
COMPRESSÕES

ADULTOS 30:2 -> 1 ou 2 socorristas

RELAÇÃO 30:2 -> Um socorrista


COMPRESSÃO/ CRIANÇAS
15:2 -> 2 socorristas
VENTILAÇÃO

30:2 -> Um socorrista


BEBÊS 15:2 -> 2 socorristas

PARADA (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 RCP DE ALTA QUALIDADE
POSICIONAMENTO DAS MÃOS

Duas mãos sobre a metade inferior do


ADULTOS
esterno.

POSICIONAMENTO
CRIANÇAS 2 mãos ou 1 mão sobre a metade inferior do esterno.
DAS MÃOS

1 socorrista – dois dedos no centro do tórax, logo


BEBÊS abaixo da linha mamilar;
2 socorristas - técnica dos dois polegares no centro do
tórax, logo abaixo da linha mamilar.

PARADA (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

POSICIONAMENTO DAS MÃOS

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

POSICIONAMENTO DAS MÃOS

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

AVALIAÇÃO DO PULSO

>60 BPM

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

VENTILAÇÕES

POCKET MASK

BVM
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

CIRCULAÇÃO VIA AÉREA VENTILAÇÃO DESFIBRILAÇÃO

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

DEA DESFIBRILADOR

PARADA
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Ritmos chocáveis:

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR - FAV TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO - TVSP

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

 Ritmos Não Chocáveis: Hipo/ hipercalemia


Hipóxia
Hipovolemia
Hipotermia
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
H+ (acidose)

Tóxicos
Tamponamento cardíaco
Trombose coronariana
Tromboembolismo pulmonar
Tensão pulmonar
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SUPORTE BÁSICO DE VIDA
 Ritmos Não Chocáveis:
PROTOCOLO DA LINHA RETA  
1. Checar CAbos e conexões;
2. Aumentar o GAnho;
3. Mudar a Derivação;
4. Se Assistolia confirmada,
prosseguir com o protocolo de
RCP de qualidade e drogas.

ASSISTOLIA

PARADA (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2016).


CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

 Em que situações as manobras de SBV não estão indicadas?

• Cenário inseguro para o socorrista (ex: desmoronamento, fiação elétrica exposta);


• Em caso de vítima carbonizada, decapitada, em rigor mortis ou com grande
evisceração;
• Pessoas com consciência preservada ou que respondem a estímulos.

QUANDO PARAR AS COMPRESSÕES ?

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
 Manobras de SAV: Via aérea avançada

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL: VIA SUPRAGLÓTICA (máscara


- Verificação do posicionamento correto laríngea, tubo laríngeo):
do TOT;
- Exame físico; - Verificação do posicionamento correto
- Fixação da cânula. do tubo endotraqueal.

RELAÇÃO
COMPRESSÃO/VENTILAÇÃO COM VIA
AÉREA AVANÇADA:

- Compressões contínuas: frequência de 100 a


120/min;
-Administrar: 01 ventilação a cada 06
segundos (10 respirações/min).
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
ACESSO VENOSO CENTRAL (AVC) ACESSO VENOSO PERIFÉRICO (AVP)

ACESSO INTRAÓSSEO

PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
MEDICAÇÕES NA PCR

• Epinefrina: 1° droga a ser adm. 1 mg a cada 3 a 5 min. IV ou IO;

• Amiodarona (antiarrítmico): 5 mg/kg (300mg) em bolus, com dose de manutenção de


1 mg/min. por 6 horas; após , 5 mg/min. por mais 18 horas;

• Sulfato de magnésio: 1 a 2 g, diluída em 10 ml de soro glicosado 5 %;


- Uso rotineiro não recomendado na RCP, indicado para PCR com Taquicardia
Ventricular do tipo Torsaide Points;

• Bicarbonato de sódio: não recomendado de forma rotineira.


- Pode ser indicado para algumas causas de AESP.

(BASTOS et al., 2020).


PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
1º ciclo 4º ciclo 5º ciclo 6º ciclo
2º ciclo 3º ciclo
2 min 2 min 2 min 2 min
2 min 2 min

-Administrar -Administrar
- Iniciar SBV -Administrar
Providenciar Adrenalina 1 amiodarona 300
- Avaliar o adrenalina 1 mg, -Administrar
acesso mg, seguida de mg OU
ritmo com seguida de flush amiodarona 150 -Administrar
venoso flush de 20ml Lidocaina 2% 1
desfibrilador de 20ml de mg OU adrenalina 1 mg,
-Monitorar de solução mg/Kg seguida
manual solução Lidocaina 2% 1 seguida de flush
com os cabos fisiológica de flush de 20ml
-O ritmo é fisiológica. (3- 5 mg/Kg seguida de 20ml de
do - Considerar via de solução
FV ou TV min da 1ª dose) de flush de 20ml solução
Desfibrilador aérea avançada fisiológica
sem pulso? -Preparar de solução fisiológica (em
ou DEA -Preparar Considerar
-Realizar amiodarona 150 fisiológica intervalos de 3-5
-Preparar amiodarona causas
choque mg OU - Preparar min)
adrenalina 300 mg OU reversíveis
-Reiniciar Lidocaina 2% 1 adrenalina 1mg
1mg -Lidocaina 2% -Preparar
RCP mg/Kg
1mg/Kg adrenalina 1mg
1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo
2 min 2 min 2 min

Iniciar SBV
Avaliar o ritmo
Se ritmo organizado Providenciar acesso Administrar
AESP ou Assistolia, venoso Considerar via aérea adrenalina 1mg,
iniciar RCP Monitorar com avançada seguida de flush de 20
desfibrilador Preparar adrenalina ml de solução
Administrar 1mg fisiológica (intervalos
adrenalina 1mg Considerar causas de 3-5 min).
seguida de flush de reversíveis Considerar causas
20ml SF reversíveis

PARADA
CARDIORESPIRATÓRIA
ORIENTAÇÕES AHA
• Novos algoritmos associados a opioides: Orienta-se as situações para uso de
naloxona em suspeita de intoxicação por opioides, incluindo administração
da droga por socorristas leigos;

• Ressaltada a importância do início imediato de RCP por socorristas leigos;

• Enfatizada a necessidade de administração mais precoce da epinefrina,


durante a ressuscitação;

• Uso de dispositivos de feedback visual em tempo real foi recomendado como


forma de manter a qualidade da RCP;

• Pacientes grávidas são mais propensas à hipóxia, a oxigenação e o manejo da


via aérea devem ser priorizados durante a ressuscitação de uma PCR durante a
gravidez.

(AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2020).


PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
CUIDADOS PÓS-PARADA

 Melhorar a função cardiopulmonar e a perfusão dos órgãos vitais após o RCP;


 Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI com completo sistema de
tratamento pós-PCR;
 Manter a pressão arterial média> 65mmHg ou pressão arterial sistólica>
 90mmHg;
 Otimizar ventilação e oxigenação com ênfase para:
 Manter permeabilidade da via aérea;
 Manter a SatO2 >94%.

 Controlar a temperatura entre 32ºC e 36ºC (evitar hipertermia) para a recuperação


neurológica;
 Evitar hiperglicemia > 180mg/Dl;
 Evitar ventilação excessiva e hipóxia.
(BASTOS et al., 2020).
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
TRATE CONFORME A CAUSA
VAMOS PRATICAR ?

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