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41 – DEFORMIDADES DO

POLEGAR
Scott H. Kozin

Clinical Professor, Department of Orthopaedic Surgery, Temple University, Director of


Hand and Upper Extremity Surgery, Shriners Hospital for Children, Philadelphia,
Pennsylvania

Diretor Prof. Dr. Osmar Avanzi

Grupo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia

Prof. Dr. Antonio Carlos da Costa


Prof. Dr.Ivan Chakkour
Dr. Cassiano Leão Bannwart
Dr. José Roberval de Luna Cabral
Apresentadora: Dr. Leonardo Depiere Lanzarin
Hipoplasia do polegar
Epidemiologia
• Amplo espectro: desde polegar menor até ausência
• Associação com síndromes
Classificação
Aspectos Clínicos
• Avaliar:
– Tamanho, consistência e estabilidade
– Musculatura intrínseca e extrínseca
• Avaliações seriadas para diferenciar
entre tipo IIIA e IIIB
– CMC estável - usa o polegar = reconstrução
– CMC instável – faz pinça entre 2° e 3°, abre
espaço e prona o indicador = policização ou
ablação
• Instabilidade IF – graus II e III
Aspectos Clínicos
• Radiografias:
– Metacarpo cônico sem base = IIIB
– Trapézio e trapezóide só aparecem aos 5
anos
• III-B ausência da CMC
Tratamento
• Tipo I
– Não necessita tto
Tratamento
• Tipos II e IIIA
– Estreitamento da primeira comissura
• Postura em adução do polegar – aprofundar o
primeiro espaço
• Zetaplastia (leves)
• Retalho de rotação (moderadas)
Tratamento
• Tipos II e IIIA
– Insuficiência do LCU
• Primária ou secundária à conexão anômala entre
o FLP e o ELP (“pollex abductus”)
• Liberar o “pollex abductus” e reconstruir o LCU
Tratamento
• Tipos II e IIIA
– Ausência da musculatura tenar
• Oponentoplastia é a cirurgia de escolha
• Cirurgia entre 1 e 2 anos (controverso)
• Doador
– FS4° (pode estar ausente em deficiências severas) – tb
reconstrói o LCU
– Abdutor do 5°
– EPI
• Resultados são bons
Tratamento

Ausência da musculatura tenar Abdutor do quinto


Alça no FUC
FS4°

Túnel subcutâneo
Reconstrução do LCU
Tratamento
• Tipos IIIB, IV e V
– Tendência à operar entre 6m e 1a – antes do
desenvolvimento da pinça de oposição (evita
compensação com pinça lateral
– Procedimento microcirúrgico tem resultado
pobre comparado à policização do index
Tratamento
• Tipos IIIB, IV e V
– Policização
Dissecção do n. digital comum para
diminuir tensão

Ligadura da a. digital
própria para o 3°
Abertura da polia A1 Elevação do primeiro interósseo

Osteotomia da base Osteotomia distal na fise


Sutura da MCF em hiperextensão Posicionamento em 45° abd, 100-120°
pronação
Tratamento
• Complicações precoces
– Lesão arterial
– “Blue tumb” – problemas no retorno venoso
• Elevação, afrouxamento dos curativos, remoção das
suturas dorsais, drenagem do hematoma
Tratamento
• Complicações tardias
– Contratura da primeira
comissura
• Reconstrução insuficiente
• “Z” plastia ou flap
– Tamanho excessivo – deve
repousar sobre a IFP
• Falha na epifisiodese do
metacarpo
• Epifisiodese ou osteotomia
Tratamento
• Complicações tardias
– Erros rotacionais –
rotação correta é
essencial para a função
• Erro técnico ou falha da
fixação no pós-op
• Osteotomia rotacional
Tratamento
• Complicações tardias
– Rigidez
• dedo rígido promove preensão boa, mas oposição
ruim
• Rigidez pré-transferência – não tem tto
• Pós transferência – tenólise
– Deficiência na oposição
• Insuficiência dos intrínsicos
• Oponentroplastia (FS4° ou abdutor do 5°)
Duplicação do Polegar
Epidemiologia

• Mais comum em brancos


• Maioria são unilaterais, sem alterações
sindrômicas
Classificação
• Wassel – mais comum tipo V
Aspectos clínicos
• Diagnóstico pode ser
óbvio, ou percebido
apenas por um
alargamento da unha
• Avaliar qual dedo é
dominante na preensão
• Cirurgia com 1 ano, antes
do desenvolvimento da
pinça index-polegar
• “Split thumb” – não é
duplicação verdadeira
Aspectos clínicos
• Realizar radiografias
• Objetivos do tto: criar um polegar alinhado
e funcional, com articulações estáveis,
função motora balanceada, unha sem
deformidades
• Preservar ligamentos colaterais (II, IV e VI)
Tratamento
• I e II
– Se unha comum e bem alinhado não necessita tto
– Assimétrico: ablação do menor, tranferência do lig
colateral e centralização do t. extensor
– Se apresentar faceta extra na IF, ressecar
– Osteotomia se necessário
– Estabilização com fio K (retirar com 5 semanas)
Tratamento
• I e II
– Duplicação simétrica: Bilhaut-Cloquet
• Cirurgia difícil, deformidade ungueal, rigidez IF
• Modificação de Baek – extra-articular
Tratamento
• III e IV
– Seleção do dominante e ablação do menor
– Pode necessitar exames seriados
– Se os componentes são iguais, preservar o
ulnar (LCU)
– Transferir a musculatura tenar do dedo
ressecado para o remanescente (geralmente
AbCP)
• Flap preservado para aumentar o tamanho final

• Elevação subperiosteal LCU


• Remoção do dedo mais radial
• Remoção da faceta radial do metacarpo

• Reinserção do LCR e AbCP


Tratamento
• V e VI
– Princípios similares
– Necessita reconstrução dos intrínsecos
Tratamento
• VII
– Faz ressecção do dedo menor como nos outros
tipos
– Se o dedo restante for trifalângico o excesso de
articulações pode ser problemático – fazer
condrodese
– “On-top-plasty” – usa o aspecto distal do dedo
ressecado e a parte proximal do mantido.
• Radial tem melhor base mas não
tem movimento distal
Resultados
• Melhores resultados nos tipos I, II e IV
Complicações
• Dedo reconstruído fica
menor que o
contralateral (25 a
33%)
• Angulação,
instabilidade articular,
rigidez, retrações
cicatriciais
• Re-operação: 20 a 25%
• Faceta radial persistente
Polegar Trifalângico
• Isolado
• Anormalidade sistêmica
– Holt-Oram, Anemia de Fanconi
• Associado à duplicação do polegar
• Associado à polissindactilia, hipoplasia do
polegar ou deficiência central
• Autossômicos dominantes com expressão
variável – aconselhamento genético
• Pode ser esporádico
• Tipo I:
– Falange extra de tamanho variável, polegar com
aparência relativamente normal
– Falange pode ser triangular, trapezoidal ou
retangular
• Tipo II:
– Falange extra bem desenvolvida
– “five fingered hand” (polegar ausente com
duplicação do indicador)
• Tipos intermediários
• Five fingered hand
Tratamento
• 12 a 18 meses (pinça)
• Comprimento e angulação
– Determinados pela falange extra
– Observação e avaliar se necessita de tratamento
ou não
– Angulação geralmente é com ápice ulnar
– Falange em cunha – ressecar, reinserir partes
moles e coaptar falange proximal com distal
Tratamento
– Complicações
• Instabilidade, rigidez, insuficiência motora
– O autor prefere evitar ressecção simples e deixa
uma pequena falange média que não tem efeito
sobre a função do dedo
Tratamento
• Articulação interfalangeana extra
– ADM variável
– Não apresenta alteração de função
importante para o dedo
– Pode-se optar por artrodese da articulação
menos móvel com encurtamento ósseo,
evitando a instabilidade da ressecção
simples da falange extra
Tratamento
• Primeira comissura
– Sindactilia moderada – “zetaplastia ou retalho”
• Ausência de oponência
– “five-fingered hand”
– Transferência – FS4° ou Ab 5°
Polegar em gatilho
Incidência e Etiologia
• 10x mais comum no polegar
• Etiologia controversa
• Presença de nódulo no FLP
• Deformidade em flexão da IF
Classificação
• Sugimoto
– I (tipo tumoral): nódulo de Notta
– II (gatilho ativo): gatilho na extensão ativa
– III (gatilho passivo): não consegue fazer extensão
ativa e gatilho é observado na extensão passiva
– IV (tipo rígido): não consegue extender
passivamente
Tratamento
• Resolução espontânea
– Dinham e Meggit: 30% dos diagnosticados antes
de 1 ano, 10% entre 6 meses e 1 ano
– Michifuri: 50% com seguimeno de 5,2 anos
– Sugimoto: 1/3 entre 7 meses e 12 anos
Tratamento
• Tratamento conservador
– Flexo-extensão passiva
– Tala noturna – alguns autores mostram melhores
resultados do que a simples observação
Tratamento
• Cirúrgico
– Inicialmente deve-se
observar, ppte cças
menores de 1 ano
– Estágio IV com dor em
maiores de 1 ano
– O autor recomenda
cirurgia nos pacientes
com mais de um ano e
gatilho persistente
Prognóstico
• Recorrência baixa
• Complicações são infrequentes
– Cicatrizes, arco de corda, anestesia
Outros Dedos
• Raros
• Pode não resolver com a abertura da A1
• Decussação anormal entre FS e FP
• Pode ser necessário liberar a A3 o ressecar
uma tira do FS
“Clasped Thumb”
Aspectos clínicos
• Grande espectro de anormalidades
– Deficiência leve do mecanismo extensor até
anormalidades severas da musculatura tenar,
comissura e tecidos moles
• Diagnóstico retardado – cça mantém polegar
na palma até 4 meses
Aspectos clínicos

• Mais comum - déficit de extensão apenas na


MCF – hipoplasia do ECP
• Déficit extensão IF – ELP
• Adução metacarpal – AbLP
Classificação
• McCarroll modificada por Mih
– I: mecanismo extensor ausente ou hipoplásico
– II: complexo com contratura articular, anormalidade do lig.
Colateral, contratura da comissura, anormalidade da
musculatura tenar
– III: artrogripose - sem anormalidades no mecanismo ext
Tratamento
• Tto incial com tala em extensão – prevenir
piora do mecanismo extensor e promover
hipertrofia
• O tempo todo por 2 a 6 meses
Tratamento
• Cirurgia se falha com tala ou se maior de 2
anos
• Déficit leve da extensão da MCF pode não
necessitar de tto
• Pode ser realizado inicialmente gesso seriado
Tratamento
• Primeira comissura pode ser liberada com
zetaplastia ou retalho
• Transferência de tendão para o mecanismo
extensor – EPI, FSD, Ab5°

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