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Contabilidade

Internacional
Aula 2

3 ano, Contabilidade e Auditoria


Docente:Tamar Ali
“O PGC NÃO É A LISTA DAS CONTAS”...

 “Saber contabilidade, não é memorizar


designações e códigos de contas. É saber, entre
outras coisas, o que é um activo,... Um passivo,...
O que é o capital,...o que significa o resultado.
Parece simples...mas todos temos ainda muito
caminho a percorrer.”

AMOJOC (Associaҫão Moҫambicana dos Jovens


Contabilistas)

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Estrutura conceptual para
apresentaҫão das DF’s
As demonstrações financeiras são parte
integrante do processo de relato financeiro.
Um conjunto completo de DF’s inclui
geralmente o balanço, uma demonstraҫão de
resultados, uma demonstração dos fluxos de
caixa, uma demonstração das alteraҫões no
capital próprio e as notas descritivas,
informações adicionais e mapas
suplementares

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Utilizadores da informaҫão financeira
Fazem parte dos utilizadores das
Demonstrações financeiras, para satisfaҫão das
diferentes necessidades de informação, os
actuais e os potenciais investidores,
empregados, financiadores, fornecedores,
clientes, governo e o público em geral.

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USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

CREDORES GESTORES
SOCIEDADE TRABALHADORES

ACCIONISTA CONTABILIDADE
S/SOCIOS
INVESTIDORES

CLIENTES ESTADO
FORNECEDORES

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O órgão de gestão de uma entidade é o
principal responsável pela preparaҫão e
apresentaҫão de DF’s dessa entidade.

Objectivo das DF’s


Proporcionar informaҫão sobre a posicão
financeira da empresa, o desempenho e as
alteraҫões na posiҫão financeira e que seja útil
a um conjunto alargado de utilizadores para
tomarem decisões económicas.
As DF’s mostram igualmente os resultados da
gestão ou a responsabilidade da gestão pelos
recursos que lhe foram confiados
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Posiҫão financeira, desempenho e
alterações na posição financeira
 As decisões económicas que são tomadas pelos
utilizadores das DF’s requerem uma avaliação da
capacidade de uma entidade em gerar caixa ou
equivalentes de caixa, bem como do momento e
do grau de certeza da sua ocorrência.

A posição financeira de uma entidade é afectada


pelos recursos económicos que controla, pela sua
estrutura financeira, a sua liquidez e solvência, e
a sua capacidade para se adaptar às mudanças
no ambiente em que opera

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A informaҫão sobre os recursos económicos
controlados pela entidade e a sua capacidade, no
passado, de modificar estes recursos, é útil para
prever a capacidade da entidade em gerar caixa
ou equivalentes de caixa no futuro.

A informação acerca da estrutura financeira é útil


para prever futuras necessidades de
financiamento e determinar como é que os lucros
e os fluxos de caixa futuros serão distribuídos por
aqueles que têm um interesse na entidade e,
também, para prever qual o provável grau de
sucesso que haverá na obtenção de novos
financiamentos.
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A informaҫão sobre a liquidez e a solvência é útil
para prever a capacidade da entidade quanto ao
cumprimento dos seus compromissos financeiros
na data do vencimento.

A liquidez refere-se a disponibilidade de caixa no


futuro próximo após se tomar em consideração
os compromissos financeiros nesse período.

 A solvência refere-se a disponibilidade de caixa


num período mais longo para satisfazer
compromissos financeiros quando se vencem.

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Pressupostos subjacentes
Base do acréscimo
 De acordo com esta base os efeitos das
transacções e de outros acontecimentos são
reconhecidos quando ocorrem, e são registados
na contabilidade e relatados nas demonstrações
financeiras dos períodos a que dizem respeito.
Essas informações dão a conhecer aos
utilizadores não só as transacções passadas e
outros acontecimentos que seja mais útil aos
utilizadores para tomarem decisões
económicas.

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Pressupostos subjacentes – Cont.
Continuidade das operações
 As demonstrações financeiras são
geralmente preparadas no pressuposto de
que a entidade tem operado
continuadamente e que continuará a
operar no futuro previsível. O que significa
que a entidade não tem necessidade de
cessar as suas operações ou de reduzir
significativamente o seu volume

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Características qualitativas das
demonstrações financeiras
 Compreensibilidade
A informaҫão financeira deve ser rapidamente
compreendida pelos utilizadores;
 Presume-se que os utilizadores das DF’s tem
conhecimento razoável de negócios e actividades
económicas, bem como de contabilidade.
 A informação sobre assuntos complexos não
deve ser excluída apenas com a justificação de
que é demasiado difícil para alguns utilizadores a
entenderem

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Características qualitativas das
demonstrações financeiras
 Relevância
A informação é relevante quando influencia as
decisões económicas dos utilizadores ajudando-os a
avaliar os acontecimentos ou confirmando ou
corrigindo avaliações suas feitas no passado.

 Fiabilidade
 Para ser útil a informação deve ser fiável; a
informação só adquire essa qualidade quando estiver
isenta de erros materiais ou de influencias e os
utilizadores dela possam depender ao representar
fidedignamente o que ela pretende representar.

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Características qualitativas das
demonstrações financeiras
 Comparabilidade
 Os utilizadores devem ter capacidade de
comparar as DF’s de uma entidade no decurso
do tempo a fim de identificarem tendências na
posição financeira e no desempenho dessa
entidade.
 Devem também ser capazes de comparar
demonstrações de diferentes entidades .

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Apresentação das DF’s
Objectivo
 Estabelecerbases e requisitos mínimos de
apresentação, estrutura e conteúdo das DF’s
preparadas com finalidades gerais.

 Proporcionar informaҫões sobre a posição


financeira, o desempenho e as alterações na
posição financeira de uma entidade e que
seja útil a um conjunto alargado de
utilizadores para tomarem decisões
económicas.
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 Os elementos contidos nas DF’s devem reflectir a
representação fidedigna dos efeitos das
transacções e condições de acordo com as
definições e critérios de reconhecimento previstos
na estrutura conceptual de:
 Activos
 Passivos
 Rendimentos
 Gastos

A estrutura das DF’s deve estar:


 Em conformidade com os modelos
 Omitidas linhas das DF’s cuja informação não
exista;
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 Acrescentadas linhas sempre que a dimensão,
natureza ou função de um item for tal que sua
apresentação separada é relevante para a
compreensão das DF’s.

 Passivos correntes
 Espera liquidar no decurso do ciclo normal do
negocio;
 Detido para ser negociado;
 Vence-se dentro de um ano após a data de
balanço;

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 Entidade não tem um direito incondicional de
diferir a liquidação do passivo, pelo menos após a
data de relato;
 Todos os outros passivos são classificados como
não correntes.

Uma característica essencial do passivo é que


a entidade tem uma obrigação presente. Uma
obrigação surge geralmente apenas quando o
activo é entregue ou a entidade assina um
acordo irrevogável para adquirir o activo.

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 As provisões para pagamento de garantias e as
provisões para cobertura de responsabilidade com
pensões são exemplos de passivo (mesmo que o
montante tenha sido estimado) pois alguns passivos
podem apenas ser mensurados na base de
estimativas.

 Activos correntes
 Espera que seja realizado, vendido ou consumido no
decurso do ciclo normal (operacional);
 Detido para ser negociado;
 A realizar dentro de 1 ano após a data do balanço;
 Caixa e equivalentes de caixa;
 Todos os outros são classificados como não
correntes.
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o beneficio económico futuro incorporado num
activo é o potencial para contribuir, directa ou
indirectamente para o fluxo de caixa ou
equivalentes. Esses benefícios incorporados num
activo podem fluir para a entidade de varias
formas.
 Assim um activo pode ser:
• Usado isoladamente ou combinado com outros
activos;

• Trocado por outros activos;


• Usado para liquidar uma obrigação;
• Distribuído pelos detentores de capital da entidade.

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• Muitos activos , como os terrenos e edifícios, as
instalações e os equipamentos têm forma física.
Contudo, a forma física não é essencial para a
existência de um activo e, assim, as patentes e
os direitos de autor são activos se deles se
esperarem benefícios económicos futuros.

• As contas a receber e os terrenos e edifícios


estão associados a direitos legais. Na
determinação da existência de um activo, o
direito de propriedade não é essencial

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 Capital próprio
 As variações no capital próprio entre o inicio e o fim
reflectem o aumento ou redução dos activos líquidos.
• Excepto a variação resultante de transacções com os
detentores de capital. Ex: contribuição de capital.

• A quantia que o C.P revela no balanço depende da


mensuração dos activos e dos passivos. Geralmente o
total do capital próprio apenas por coincidência
corresponde ao valor do mercado global das acções
da entidade ou do valor total que poderia ser obtido
através da venda fragmentada dos activos líquidos da
entidade, ou a venda global da própria entidade em
actividade continua.

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 Demonstrações de resultados
 Apresenta todos os itens de rendimentos e de
gastos reconhecidos no período contabilístico.

A entidade pode escolher 2 tipos:


 Por natureza – a entidade agrega as despesas
de acordo com a sua natureza. Ex: amortizações
do exercício.
 Por funções – classifica as despesas de acordo
com a sua função como parte do custo de
vendas. Exemplo: gastos de distribuição, custo
das vendas…

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 Acontecimento após a data do balanço

Acontecimento após a data do balanço são


aqueles favoráveis ou desfavoráveis que
ocorrem entre a data do balanço e a data em
que as DF’s são autorizadas para a emissão

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Existem 2 tipos de acontecimentos:
 Ajustáveis – proporcionam evidencia de condições que
já existiam à data do balanço e originam ajustamentos
às DF’s.
 Não ajustáveis – indicam condições que surgiram após
a data do balanço e não originam ajustamentos às DF’s.

 Objectivo
 Determinar: quando a entidade deve ajustar as suas
DF’s

A norma também estabelece se é ou não adequada a


manutenção do principio da continuidade das
operações face a acontecimentos após a data do
balanço.
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o Exemplos de acontecimentos após a data de
balanço que devem ser ajustados
 Resolução de uma disputa judicial que confirma
que a entidade tem uma obrigação presente na
data de balanço.
• A entidade ajusta qualquer provisão relativa a esta
disputa judicial que tenha sido previamente
reconhecida ou reconhece uma nova provisão.

 Informação conhecida de que um activo estava em


imparidade na data do balanço ou necessita de
ajustamento (falência de um cliente, venda de
existências após a data de balanço pode evidenciar
o seu valor liquido recuperável na data do balanço.

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o Exemplos de acontecimentos após a data de
balanço que devem ser ajustados (continuação)
 Conhecimento, após a data de balanço, do custo de
activos adquiridos ou do ganho de activos vendidos
antes da data de balanço.

 Descoberta de fraudes ou erros que mostram que


as DF’s estão incorrectas.

o Exemplos de acontecimentos após a data de


balanço que não devem ser ajustados
 Redução do valor de mercado de investimentos
entre a data de balanço e a data em que as DF’s
são autorizadas para emissão.

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A atribuição de dividendos anunciada após a
data de balanço não deve reconhecer como
passivo na data de balanço tais dividendos não
podem ser reconhecidos como passivo pois não
cumpre com os critérios de obrigação presente
mas devem ser divulgadas nas notas as DF’s.

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Exemplo
A gerência de uma empresa conclui o seu projecto
de DF’s relativo ao ano 2010 em 28 de Fevereiro
de 2011. em 18 de Marco de 2011 o órgão de
direcção revê as DF’s e autoriza a sua emissão.
A entidade anuncia o seu lucro e outras
informações financeiras seleccionadas em 19 de
Marco de 2011, as DF’s ficam disponíveis aos
accionistas e a outros em 1 de Abril de 2011.
 Os accionistas aprovam as DF’s na sua reunião
anual em 15 de Maio de 2011, as DF’s aprovadas
são depositadas num organismo regulador em 17
de Maio

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Este acontecimento deve ou não ser ajustado?

Quando é que as DF’s foram autorizadas para a


emissão.

Resposta: 18 de Marҫo de 2011

 Todos os acontecimentos ocorridos até esta


data são considerados acontecimentos após a
data de balanҫo.

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Obrigada pela atenҫão dispensada

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