Guimarães de Aguiar O que é Psicologia Jurídica? • É um campo de investigação/ação do psicólogo especializado, cujo objeto de estudo é o comportamento dos atores do fato jurídico, no âmbito do Direito, da Lei e da Justiça (Jesus, 2001).
• Especialidade que desenvolve um grande e
específico campo de relações entre o mundo do Direito e da Psicologia, nos aspectos teóricos, explicativos e de pesquisa, aplicação, avaliação e tratamento ( Colégio Oficial de Psicólogos, 1997). As psicologias aplicadas à Justiça Psicologia Forense Criminologia Psicologia Penitenciária Psicologia Judicial (juízes, jurados e testemunhas) Psicologia Policial e Militar Mediação Familiar Vitimologia Funções do Psicólogo Jurídico • Avaliação e diagnóstico;
• Assessoramento como perito a órgãos judiciais;
• Intervenção: planejamento e realização de
programas de prevenção, tratamento, reabilitação e integração de atores jurídicos na comunidade, no meio penitenciário – individualmente ou em grupo. • Formação e educação: seleção e treinamentos de profissionais do sistema legal;
• Comunicação: planejamento de campanhas de prevenção
social contra a criminalidade;
• Pesquisa;
• Vitimologia: pesquisa e atendimento às vítimas de violência;
• Mediação: apresentar soluções negociadas para conflitos
como alternativa à via legal, como meio de reduzir os danos emocionais dos envolvidos. Legislação • Resolução Nº 1400 (Redação Atualizada pela Resolução CFP Nº 02/01) • Institui o título profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro. • Art. 3º - As especialidades a serem concedidas são as seguintes: Psicologia Escolar / Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho Psicologia de Trânsito Psicologia Jurídica Psicologia do Esporte Psicologia Hospitalar Psicologia Clínica Psicopedagogia Psicomotricidade Psicologia Jurídica - Histórico Antecedentes:
• O sentimento jurídico do estabelecimento de normas para o
convívio comum conforme às regras e normas de conduta.
• Direito natural: princípios superiores e universais e eternos
de justiça.
• Ihering (1877) defende a existência de direito Positivo,
fonte do sentimento de justiça coletivo. Psicologia Jurídica - Histórico • Hausen (1792): A necessidade de conhecimento psicológico para julgar os delitos.
• Schaumann (1792): A idéia de uma Psicologia Criminal.
• Munch (1799): Influência da Psicologia Criminal sobre
um Sistema de Direito Penal.
• Hoffbauer (1808): A Psicologia e suas principais
aplicações à administração da Justiça. Psicologia Jurídica - Histórico • Em 1835 surgiu o Manual Sistemático de Psicologia Judicial.
• No final do séc. XIX o Direito se aproxima mais da
Psicologia.
• Durkheim – anomia.
• Mead (1917) publica The Psychology of Punitive Justice.
Psicologia Jurídica - Histórico • Laswell (1956): os juízes não são tão livres em suas decisões, sendo influenciados por componentes inconscientes.
• Na virada para o séc. XX a aproximação da
Psicologia com a Fisiologia produz obras como: Psicopatologia Judicial e Psicologia Criminal. Psicologia Jurídica - Histórico • Lombroso transformou a Psicologia Criminal em Psicopatologia criminal, defendendo a relação entre as características físicas e a criminalidade.
• Mustenberg (1907) lançou a idéia de um
teste de associação de palavras para ajudar a estabelecer a culpabilidade ou a inocência de acusados. Psicologia Jurídica - Histórico • Campos de investigação: sistemas de interrogatórios, os tipos de fatos delitivos, a detecção de falsos testemunhos, as amnésias simuladas, os testemunhos de crianças.
• Exames psicológicos legais, sistemas de
justiça juvenil e estudos psicométricos. Psicologia Jurídica - Histórico • Na década de 50 o Psicólogo Forense é incorporado no sistema, como aquele que testifica utilizando os conhecimentos da Psicologia nos Tribunais.
• Os juristas utilizam os conhecimentos da
Psicologia para: Psicologia Jurídica - Histórico
Traduzir os conceitos abstratos das leis em
termos empíricos, operacionais.
Apresentar, por meio de seus conceitos e
técnicas, a realidade psicológica e social das decisões da justiça.