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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

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CONCEITOS

 A IC consiste na incapacidade do sangue de bombear sangue


suficiente para atender ás necessidades de oxigênio e
nutrientes dos tecidos.
 No passado, a IC era frequentemente designada como
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) , visto que muitos
pacientes apresentam congestão pulmonar ou periférica.
 Na atualidade, a IC é reconhecida como uma síndrome clínica
caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga hídrica ou de
perfusão tecidual inadequada.
 Ocorrem sobrecarga hídrica e perfusão tecidual diminuída
quando o coração é incapaz de gerar um DC suficiente para
atender as demandas do organismo.
CONCEITOS
 O termo IC indica uma doença miocárdica em que existe um
problema com a contração do coração (disfunção sistólica ) ou
com o seu enchimento (disfunção diastólica), que pode ou não
causar congestão pulmonar ou sistêmica.
 Alguns casos de IC são reversíveis, dependendo da etiologia.

 A IC é uma condição progressiva e permanente, que é tratada


com mudanças no estilo de vida e medicamentos para evitar
episódios de insuficiência cardíaca descompensada aguda.
 Esses episódios caracterizar-se por um aumento dos sintomas,
diminuição do DC e baixa perfusão. Estão associados a um
aumento das internações e dos custos com os cuidados de saúde
e a uma diminuição na qualidade de vida.
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ETIOLOGIA

 Doença arterial coronária


 Miocardiopatia dilatada

 Doença valvar

 Hipertensão

 Diabetes melito

 Aterosclerose: das artérias coronárias constitui a principal causa de IC, e a


doença arterial coronário é encontrada em mais de 60% dos pacientes com
IC. A isquemia provoca disfunção miocárdica, visto que priva as células
cardíacas da oxigênio e leva à acidose devido do acúmulo de ácido
láctico.
 Hipertireoidismo.

 Uso excessivo de álcool

 Cocaína e derivados.
CLASSIFICAÇÃO

 Classificação da New York Heart Association (NYHA): avalia


a classe funcional do pacienta e, apesar do grau de
subjetividade, tem boa correlação com prognóstico e
qualidade de vida.
 Classe l: ausência de sintomas (dispneia) durante atividades
cotidianas. A limitação para esforços é semelhantes a
esperada para indivíduos normais.
 Classe Il: sintomas desencadeados por atividades cotidianas.

 Classe IlI: sintomas desencadeados por atividades menos


intensas que as cotidianas ou aos pequenos esforços.
 Classe IV: sintomas em repouso.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 • As manifestações clínicas produzidas pelos diferentes tipos
de IC (sistólica, diastólica ou ambas) são semelhantes e. por
conseguinte, não ajudam a diferenciar os tipos de IC.
 Os sinais e os sintomas de IC podem ser relacionados com o
ventrículo afetado.
 A insuficiência cardíaca esquerda (insuficiência ventricular
esquerda) causa manifestações diferentes da insuficiência
cardíaca direita (insuficiência ventricular direita). Na IC
crônica, os pacientes podem apresentar sinais e sintomas de
insuficiência ventricular tanto esquerda quanto direita.
SINTOMAS DE ICC

 SINTOMAS TÍPICOS
 Falta de ar / Dispneia noturna

 Ortopneia

 Fadiga / Cansaço

 Intolerância ao exercício

 SINTOMAS MENOS TÍPICOS


 Tosse noturna

 Ganho de peso

 Dor Abdominal

 Perda de apetite e Perda de peso


SINAIS DE ICC
 SINAIS MAIS ESPECÍFICOS
 Pressão Venosa jugular elevada

 Terceira bulha cardíaca

 Refluxo hepatojugular

 Impulso apical desviado para esquerda

 SINAIS MENOS ESPECÍFICOS


 Crepitações pulmonares

 Taquicardia

 Hepatomegalia e ascite

 Extremidades frias

 Edema periférico
TIPOS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
 IC SISTOLICA
 Enfraquecimento do músculo cardíaco

 FE reduzida

 Tipo mais comum

 resulta em diminuição do volume sanguíneo que está sendo


ejetado do ventrículo

 IC DIASTOLICA
 Músculo cardíaco rígido e não complacente, dificultando o
enchimento do ventrículo
 FE normal
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ICC ESQUERDA
 A IC esquerda, a falência do ventrículo esquerdo (VE) causa um
aumento da pressão do enchimento deste ventrículo, o que
diminui a eficácia da passagem do sangue do átrio esquerdo (AE)
para o VE causa aumento da pressão no AE, dificultando o retorno
do sangue da circulação pulmonar para o AE
 Redução de fluxo sanguíneo e aumento da pressão no átrio
esquerdo;
 Congestão pulmonar

 As manifestações clínicas da congestão pulmonar consistem em


dispneia, tosse, estertores pulmonares e baixos níveis de saturação
de oxigênio. Uma bulha cardíaca extra, a B3, ou "galope
ventricular pode ser detectada à ausculta É causada por um grande
volume de líquido que entra no ventrículo no início da diástole.
ICC ESQUERDA
 As principais causas da ICE são Cardiopatia Isquêmica, Hipertensão,
Doenças de valvas aórtica e mitral.
 Doenças miocárdicas primárias. Os efeitos clínicos da ICE são
decorrentes da congestão passiva ou acúmulo de
 Sangue na circulação pulmonar (acúmulo de sangue na região esquerda
do coração com retorno para o pulmão, levando à disfunção do órgão).
 Nessa patologia o ventrículo esquerdo é hipertrofiado
concentricamente e há uma possível hipertrofia excêntrica do átrio
esquerdo, podendo haver fibrose intersticial.
 Pode ser dividida em sistólica e diastólica, a sistólica é aquela definida
pela fração de ingestão e insuficiente, enquanto a diastólica é quando o
coração está anormalmente rígido que não consegue fazer a diástole e
parte do sangue retorna à circulação pulmonar.
ICC ESQUERDA
 A dispneia precipitada por atividade mínima a moderada e
até ao repouso.
 Ortopnéia

 Dispneia paroxística noturna

 Edema MMI

 Aumento pressão pulmonar = líquido alveolar

 Tosse com evolução do aspecto

 EAP

 Roncos e estertores

 Queda de saturação de CO2

 Redução de fração de ejeção no VE.


IC ESQUERDA RINS
 A característica dominante na IC consiste na perfusão tecidual inadequada.

 O DC diminuído apresenta manifestações amplas, visto que uma quantidade insuficiente de


sangue chega a todos tecidos e órgãos (baia perfusão) para fornecer o oxigênio necessário.

 A diminuição do VS também pode levar à estimulação do sistema nervoso simpático, o que


impede anda mais perfusão para muitos órgãos. A redução do DC diminui o fluxo sanguíneo
para os rins, reduzindo o debito urinário (oligúria)

 A pressão de perfusão renal cal, resultando na liberação de renina dos rins. A liberação de
renina lera i secreção o aldosterona e a um aumento de volume intravascular. Todavia, quando
o paciente canta dormindo, a carga de trabalho cardíaca diminui, melhorando a perfusão renal,
o que leva, em alguns pacientes, a uma micção frequente à sol (nictúria).
IC DIREITA
 Já na IC direita, o processo de falência ocorre no ventrículo direto (C), e através das mesmos
mecanismos explicados n caso IC esquerda, ocorre congestão, no entanto, nesse caso é dificultado
o retorno da circulação sistêmica, e não a circulação pulmonar. Dessa forma, o paciente costuma
apresentar edema em membros inferiores, estase jugular , hematomegalia, esplenomegalia,
crepitações pulmonares e ascite.

 A ICD é uma causa da ICE, logo que qualquer aumento na pressão da circulação pulmonar
proporciona uma sobrecarga do lado direito do coração

 Normalmente ocorre em pacientes com um dos vários distúrbios que afetam os pulmões,
denominada cor pulmonale: é o aumento das câmaras direitas decorrente de uma hipertensão
pulmonar primária, tromboembolismo pulmonar ou doenças que causa vasoconstrição pulmonar e
sobrecarregam o lado direito do coração
IC DIREITA
 • A hepatomegalia e a hipersensiblidade no quadrante superior direito do abdome resultam da
ingurgitação venosa do ligado.
 A pressão aumentada pode interferi na capacidade do ligado de funcionar (disfunção hepática
secundária). A medida que a disfunção hepática progride, a pressão aumentada dentro dos
vasos porta pode forçar o liquido para dentro da cavidade abdominal, causando ascite.
 A ascite pode aumentar a pressão sobre o estômago e os intestinos e causar sofrimento
gastrointestinal.
 A hepatomegalia também pode aumentar a pressão sobre o diafragma, causando angústia
respiratória.
 A anorexia (perda de peso) e as náuseas ou dor abdominal resultam da ingurgitação venosa e
da estase venosa dentro dos órgãos abdominal.
 A fraqueza que acompanha a IC direita resulta do DC reduzido, de comprometimento da
circulação e da remoção inadequada dos produtos catabólicos dos tecidos.
COMPLICAÇÕES
 Doença arterial coronariana
 HAS

 Insuficiência mitral

 Estenose aórtica

 Dislipidemias

 Obesidade

 DM.

 Doenças da tireoide

 Doenças renais

 Doenças pulmonares (DPOC e Asma)

 Falência cardíaca
IC E A DOENÇA DE CHAGAS
 A prevalência e a incidência anual de IC em áreas endêmicas para a DC
é de 14% a 0,7%, respectivamente, permanecendo como causa comum
de IC nestas áreas
 A mortalidade de pacientes com IC chagásica pode alcançar 20% ao
ano, sendo do prognóstico pior do que o observado em pacientes com
IC secundária à doença isquêmica e não isquêmica, inclusive tendo
evolução comparável ou até mus desfavorável do que pacientes na fila
de transplante cardíaco.
 Estudos sugerem que o tratamento farmacológico da IC em pacientes
com DC deva ser semelhante aquela de pacientes com outras etiologias.
 O exercício físico aeróbico tem efeito favorável na qualidade de vida e
na capacidade física de pacientes chagásicos.
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CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM PARA ICC


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AVALIAÇÃO CLÍNICO-HEMODINAMICA

 O diagnóstico do perfil clínico-hemodinámico tem como objetivo definir as condições de


volemia e de perfusão nos pacientes com IC aguda. A estimativa da condição
hemodinâmica se tas por meio da avaliação de sinais e sintomas de hipervolemia ou
hipovolemia e de baca perfusão periférica à beira do leito.
 Os pacientes com sintomas e sinais clínicos de congestão ficam denominados como
CONGESTOS, na ausência dos mesmos, como SECOS; na presença de sinais de baixo
débito, como FRIOS, e as com perfusão periférica mantida, como QUENTES
 Portanto, temos quatro situações possíveis.

 a) Pacientes congestos sem baixo débito: quente congesto.

 b) Pacientes congestos com baixo débito: frio-congesto;

 c) Pacientes sem sinais de congestão com bato débito: frio-seco;

 d) Pacientes sem sinais de congestão ou de babo débito: quente seco.

 A condição clínico-hemodinâmica de maior prevalência é o quente congesto (49%-67%).


seguida por trio-congesto (20%-28%). quente seco (27%) e frio-seco (9%-5%)
TRATAMENTO
 Uma parte do tratamento é focada no alívio dos sintomas, no entanto,
algumas classes de medicamento tem o potencial de diminuir o fenômeno
de remodelamento cardíaco, que ocorre principalmente devido à
hiperativação do SRAA (Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona) e
sistema simpático.
 Excluindo casos de insuficiência cardíaca aguda grave, antes de iniciar o
tratamento farmacológico é importante uma completa avaliação da função
ventricular.
 A ICC tem um caráter progressivo e inicia antes de os sinais e sintomas
se tornarem evidentes. A terapêutica busca melhorar a função sistólica
ventricular, aliviar os sintomas, regular as alterações neuro-humorais da
insuficiência cardíaca, reduzir o fenômeno de remodelamento ventricular,
minimizar complicações como tromboembolismo e arritmias.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
 Oxigenação dos tecidos: Todos os pacientes devem receber oxigênio, para
atingir saturação de oxigénio superior a 95%. O papel da pressão positiva
continua das vias aéreas (CPAP) e de outras formas de ventilação não-
invasiva está consagrado no tratamento de edema pulmonar", e devem ser
instituídas em todos os pacientes que não respondem à oxigenação com
máscara
 Estabilização hemodinâmica: Baixo débito cardíaco não identificado
pode causar lesão de órgão-alvo e agravar o quadro de insuficiência
cardíaca, piorando o prognóstico. A estabilização hemodinâmica pode ser
obtida por meio da administração intravenosa de vasodilatadores, agentes
inotrópicos ou ambos. Alguns pacientes precisarão de assistência
hemodinâmica com dispositivos de suporto circulatório
 Alívio da congestão O terceiro objetivo é reduzir a sobrecarga hídrica por
meio da diuréticos e agentes inotrópicos intravenosos, para aumentar a
perfusão renal
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICA
 Dieta
 Atividade Física

 Álcool - piora

 Tabagismo - piora

 Vacinação

 Planejamento familiar

 Pratica de Exercício Físico

 Evitar uso de AINES e inibidores de COX-2, pois provocam


retenção hidrossalina e elevação da P.A
TRATAMENTO CIRÚRGICO
 Revascularização do miocárdio indicada para pacientes com sintomas
de IC e angina pectoris ou que possuam doença arterial coronariana
subjacente sem angina.

 Cirurgia da valva mitral indicada para pacientes com disfunção


ventricular esquerda o grave insuficiência valvar mitral

 Remodelamento cirúrgico do ventrículo esquerdo

 Transplante cardíaco continua sendo reconhecido coro a melhor


modificado de tratamento cirúrgico para pacientes com IC termina
PROGNOSTICO
Uma vez instalada, a disfunção ventricular sistólica usualmente progride.

• A mortalidade dos pacientes com IC ocorre basicamente de forma


súbita ou por progressiva falência de bomba.

• No estudo de Framingham, apenas 25% dos homens e 38% das


mulheres sobreviveram 5 anos após o diagnóstico de IC

Essa mortalidade foi 4 a 8 vezes maior que a população geral da mesma


idade.

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