Arquitetura Moderna no Brasil

Profa. Dra. Silvia Raquel Chiarelli

arquiteturas e debates dos anos 1950
(das Bienais a Brasília)
 ANOS 1950: TRANSIÇÕES

A ARQUITETURA DA “ESCOLA CARIOCA” [~1935-1965] FOI INTERNACIONALMENTE CONSAGRADA NO IMEDIATO

PÓS-2ª GUERRA, GRAÇAS À EXCELENTE QUALIDADE DE SUAS OBRAS E À SUA OPORTUNA DIVULGAÇÃO,
POTENCIALIZADA PELO VAZIO DO MOMENTO DE RECONSTRUÇÃO EUROPEU.

NO INÍCIO DOS ANOS 1950 ALGUNS DE SEUS ARQUITETOS JÁ COMEÇAM A PROPOR OBRAS QUE SINALIZAM NOVOS
RUMOS, PODENDO-SE CONSIDERAR AQUELA DÉCADA COMO UM MOMENTO DE TRANSFORMAÇÃO. POR
EXEMPLO:

> VOLUMETRIAS MAIS SIMPLES E TAXATIVAS DESENVOLVIDAS PELO ARQUITETO OSCAR NIEMEYER (N.1907) A
PARTIR DO PROJETO DO PARQUE DO IBIRAPUERA (1951-53); >> AULA NIEMEYER
> USO PRECOCE DE GRANDES ESTRUTURAS EM CONCRETO APARENTE, POR AFFONSO EDUARDO REIDY
(1909-1964) NA ESCOLA BRASIL-PARAGUAI (ASSUNÇÃO, PARAGUAI, 1952) E NO MAM-RJ (RIO DE JANEIRO,
1953) >> AULA BRUTALISMO
 ANOS 1950: TRANSLAÇÕES: SÃO PAULO

PRESENÇA MARCANTE DA CIDADE NO CIRCUITO NACIONAL E INTERNACIONAL DAS ARTES COM A CRIAÇÃO DO
MASP - MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO (1947) E DO MAM/SP - MUSEU DE ARTE MODERNA (1949) QUE VAI
ORGANIZAR A PARTIR DE 1951 AS BIENAIS DE ARTE DE SÃO PAULO E A BIENAL DE ARQUITETURA >
> COM LE CORBUSIER, MIES VAN DER ROHE, WALTER GROPIUS, PHILIP JOHNSON,
BRUNO ZEVI, MAX BILL, CRAIG ELWOOD, PAUL RUDOLPH, .... > > PARTICIPANDO
INTENSAMENTE DOS DEBATES PRÓ OU CONTRA A ARQUITETURA BRASILEIRA
MODERNA DA ESCOLA CARIOCA

REVISTA HABITAT, FUNDADA POR PIETRO E LINA BARDI

PRIMEIRO ESPAÇO PARA UMA CRÍTICA DE ARQUITETUA “INDEPENDENTE” (NÃO
GREMIAL, UFANISTA OU IDEOLÓGICA, PUBLICANDO TEXTOS POLÊMICOS SOBRE A
ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA DA ESCOLA CARIOCA, MESCLANDO
ADMIRAÇÃO E DESEJO DE “CORRIGIR” SEUS CAMINHOS.
 ANOS 1950: MUTAÇÕES

A PARTIR DE 1957 O FOCO DAS ATENÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS SOBRE A

ARQUITETURA BRASILEIRA CONCENTRA-SE NA OUSADIA DA CRIAÇÃO, “A PARTIR DO NADA”, DE
BRASÍLIA .

O SIGNIFICADO DE BRASÍLIA COMO UTOPIA REALIZADA E O CHOQUE ENTRE OS IDEAIS URBANOS

QUE PROCLAMAVA E A REALIDADE CONCRETA QUE REVELAVA É TEMA IMPRESCINDÍVEL PARA
COMPREENDER O DESENROLAR, NAS SEGUINTES DÉCADAS, DA ARQUITETURA BRASILEIRA...

... E FUNDAMETAL PARA COMPREENDER ALGUMAS CRISES ENFRENTADAS PELA ARQUITETURA

MODERNA QUE BROTAM NOS ANOS 1950/60 E DESABROCHAM NOS ANOS 1970/80.

NO BRASIL ESSAS CRISES COINCIDEM TAMBÉM COM O ESGOTAMENTO DAS PAUTAS DA ESCOLA
CARIOCA, O APARECIMENTO DA ARQUITETURA BRUTALISTA E COM A IMPLANTAÇÃO EXTENSIVA
DO URBANISMO FUNCIONALISTA ATRAVÉS DO INSTRUMENTO DOS PLANOS DIRETORES.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
BASTOS & ZEIN (2010) PARTE 1 (CONTINUIDADE 1945-1955), CAPITULOS 1, 3
PARTE 2 (DIÁLOGOS 1955-1965), CAPITULOS 1, 3
ZEIN (2001): PAGINAS 45-78 + 171-180
Irmãos Roberto (3º) Rino Levi Arquitetos (3º)

JHRocha, B.Milman,NFGonçalves (2º) HMindlin, G.Palanti (5º)

Eurípedes Santos
JGuedes,LGuedes,CMilan,DAzevedo

Predial Construtora, RSchroeder Construtécnica, M.Ghiraldini (5º)

Super-quadra,
Brasília. Arquiteto
Lucio Costa, 1957-
1960
Palácio dos Arcos (Itamaraty), Brasília. Arquiteto Oscar Niemeyer, 1962
MUSEU DE BRASÍLIA,1958
Parque do Ibirapuera, São Paulo SP. Arquiteto Oscar Niemeyer, 1954
MUSEU DE ARTE MODERNA-CARACAS, 1954, OSCAR NIEMEYER
Museu em São Vicente, SP, Projeto de Lina Bo Bardi, 1951: maquete e fotomontagens dos interiores
Maquete com montagem fotográfica

Croquis
arquitetura brasileira moderna da
escola carioca
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE, RIO DE JANEIRO RJ, 1936-45
LÚCIO COSTA, JORGE M. MOREIRA, ERNANI VASCONCELLOS, A.EDUARDO REIDY, CARLOS LEÃO, OSCAR NIEMEYER
térreo
1º piso
2º piso
planta tipo
teto-jardim
Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro RJ. Pilotis do piso térreo e painel de azulejos de Candido Portinari
Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro RJ. Escadaria de acesso ao primeiro piso
Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro RJ. Gabinete do Ministro
Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro RJ. Jardim do Ministro. Paisagismo de Burle Marx
Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro RJ. Brise-soleil na fachada norte
Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro RJ. Teto-jardim, com paisagismo de Burle Marx
Pavilhão Brasileiro da Feira Mundial de Nova York, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Paul Lester Wiener, 1939
Catálogo Brazil Builds, MoMA, N. York, Philip L. Goodwin (texto), G. E. Kidder Smith (fotos), 1943
Estação para hidro-aviões, Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro RJ. Arquiteto Atilio Correa Lima, 1940
Conjunto residencial Parque Guinle, perspectiva do edifício Nova Cintra, Rio de Janeiro RJ. Lúcio Costa, 1948-54
Instituto de Puericultura e Pediatria, UFRJ, Rio de Janeiro RJ. Jorge Machado Moreira, 1949-1953
Faculdade Nacional de Arquitetura, UFRJ, Rio de Janeiro RJ. Jorge Machado Moreira, 1957
Faculdade Nacional de Arquitetura, UFRJ, Rio de Janeiro RJ. Jorge Machado Moreira, 1957
Faculdade Nacional de Arquitetura, UFRJ,
Rio de Janeiro RJ. Jorge Machado
Moreira, 1957
 Ministério da Educação Escola Carioca:
Lucio Costa Parque Guinle Aproximação no tempo e espaço
Oscar Niemeyer Pampulha Vocabulário e sintaxe comuns
Marcelo e Milton Roberto Edifício IRB Le Corbusier + +
Jorge Moreira Aeroporto Santos Dumont > principios e propostas
Ernani Vasconcellos Instituto de Puericultura com formulação e abrangência
Attilio Correa Lima Estação de Hidroaviões renovadas e ampliadas <
Álvaro Vital Brazil Edificio Esther
A.Eduardo Reidy Pedregulho Coesão nos procedimentos
Luiz Nunes Caixa d’água de Olinda compositivos e formais:
………… ………… Formação acadêmica / belas artes
questionada e ampliada
…………
 Há um perigo na consagração do “passado”
que é a transformação de idéias complexas em imagens sem vida.

O (re) conhecimento da arquitetura moderna brasileira “clássica”

não está nem estará jamais completo
a permanente renovação da contemporaneidade
necessariamente ativa novas possibilidades
de entendimento da obra de arte, que assim, nunca está ”pronta para consumo”.

É muito importante conhecer essa arquitetura

e investir na revisão crítica dos procedimentos projetuais
dessas obras seminais da nossa arquitetura:
pode-se aprender com o método
e não apenas com o resultado formal.
outras arquiteturas modernas
(paulistas)
UFA PALACIO, RINO LEVI, 1936 SALDANHA MARINHO 1929; EDIFÍCIO MAPPIN, 1936; ELISIÁRIO BAHIANA
EDIFÍCIO ESTHER, ALVARO VITAL BRASIL & ADHEMAR MARINHO, 1935
EDIFÍCIO PRUDENCIA, RINO LEVI, 1944
EDIFÍCIO CBI-ESPLANADA, LUCJAN KORNGOLD, 1946
EDIFÍCIO LOUVEIRA, VILANOVA ARTIGAS, CARLOS CASCALDI, 1946
EDIFÍCIO EIFFEL, EDIFICIO COPAN, OSCAR NIEMEYER, 1951-3
Pesquisa do mestrando arquiteto Edson Lucchini Jr.

EDIFÍCIO LAUSANNE, FRANZ HEEP, 1953

CONJUNTO NACIONAL, DAVID LIBESKIND, 1955
EDIFÍCIO ITALIA, FRANZ HEEP, 1956
EDIFÍCIO SULAMERICANO, RINO LEVI, 1962
LEVER HOUSE, SOM/GORDON BUNSHAFT, 1950
CONJUNTO NACIONAL, DAVID LIBESKIND, 1955