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Fragrância

Profa. Melânia Cornélio


O perfume através da história
Babilônico ( 2000 A.C): queimavam madeiras de cheiro
agradável em cerimônias
Parfumum----” por fumo”----perfume
Os egipcios: Cultivavam a arte dos cheiros da natureza.
Faziam uso dos óleos aromáticos de especiarias e ervas
para embalsamar seus reis e no tratamento de doenças.
Séculos XIV e XV: Alquimistas--- pastas e pós.
Moderna produção industrial: princípios ativos naturais
e sintéticos.
Histórico

Fonte: Paralela, 2016


Histórico

Fonte: Paralela, 2016


Histórico

Fonte: Paralela, 2016


Fragrâncias
Definições:
Essências: natureza das coisas, substâncias ou extrato
concentrado ou misturas aromáticas ou alimentícias.
Óleo essencial: mistura de substâncias orgânicas
pouco solúveis em água. É um material aromático
volátil obtido das plantas por processo de destilação
ou expressão.
Extrato: material removido da planta por um solvente
depois da evaporação deste.
Fragrâncias
Definições:
Substâncias aromáticas:
• Relacionadas a odor ou aroma,
• Odor agradável, cheiro bom e penetrante de certas
substâncias naturais e sintéticas.
• Perfumes e fragrâncias
Fragrâncias: aroma, perfume, cheiro, e odor
produzido por uma substância ou mistura de
substâncias aromáticas de origem natural ou sintética
Fragrâncias
Notas: característica do odor específico de cada substância da
fragrância
• Notas de cabeça ou notas de saída: efeito imediato de uma
fragrância,, notas voláteis. Notas voláteis como bergamota,
limão, laranja, lavanda, etc..
• Notas de corpo: compõem o bouquet: são tema, “ a
personalidade” do perfume. Exemplo são rosa, jasmin e
amadeiradas.
• Notas de fundo: ficam sobre a pele ( de baixa volatilidade)
após horas de aplicação. Responsáveis pela fixação do
perfume. Exemplos são: madeiras, musgos e almiscar, etc..
Olfato

Fonte: Paralela, 2016


Grupos Olfativos

Fonte: Paralela, 2016


Grupos Olfativos

Fonte: Paralela, 2016


Estrutura do Perfume e seus Ingredientes

Fonte: Paralela, 2016


Estrutura do Perfume e seus Ingredientes

Fonte: Paralela, 2016


Fragrâncias
Funções nos produtos cosméticos:
• Modificadores organolépticos muito importantes;
• Mascaram o odor da base cosmética
• Fornecem informações básicas sobre o produto;
• Podem transmitir sensação de saúde, juventude, estado de
humor.
• Podem refletir o estado emocional;
• Trazer referências;
• Criar uma imagem;
• Estarem associados à cultura de um povo ou região
Fragrâncias
Refletem diretamente nos produtos cosméticos.
Tipos de cabelo Notas Olfativas
Oleosos notas verdes, herbais
sensação de limpeza

Com caspa notas de medicamento


ação terapêutica

Secos e normais notas florais, aldeídicas e


balsâmicas
2 em 1 notas de ozônio, modernidade e
tecnologia
Fragrâncias
Extratos e colônias: diferenciação de odores
Notas amadeiradas: óleos essenciais de madeira de
sândalo, bétula, casca de canela. Inspiram sensualidade.
Notas orientais: especiarias do tipo cravo, anis, ou
baunilha. Inspiram ações estimulantes, ativas e
masculinas.
Chypre: musgo de carvalho e raízes (vetiver).
Notas cítricas: óleos de frutas cítricas e como limão,
laranja e tangerina. Inspiram limpeza e frescor como as
verdes, herbáceas e mentoladas.
Fragrâncias
Extratos e colônias: diferenciação de odores
Floral simples e bouquet: flores
Floral- Frutado: essências de flores e frutas. Inspiram
suavidade, passividade e feminilidade.
Floral Aldeídico: flores e por aldeído, geralmente sintético
Fougere: mistura de odores de tabaco e couro. Inspiram
sensualidade.
Musk:que se caracteriza por seus fortes traço de cheiro de
animal. Exemplo: almíscar e do civete. Inspiram
sensualidade
Fragrâncias
Matérias-primas: naturais ou sintéticas
Naturais Animais
Civete ou algália: secreção godurosa, mole das glândulas períneas
de gato selvagem;
Castoreum: exsudação de coloração castanho-amarelada, das
glândulas períneas do castor. Contém álcool benzílico, acetofenona.
Couro.
Ambar cinzento ou âmbar gris: cálculo ou secreção desenvolvido
por certas baleias.
Almíscar: secreção seca das glândulas prepuciais do veado
almiscado macho contém muscona.
Fragrâncias
Matérias-primas
Naturais vegetais:
Óleos essenciais: de flores, frutos, cascas,
rizomas, raízes, etc..

Mais usados: acácia, bergamota, canela,


cipreste, flor de laranja, cravo, laranja,
lavândula, limão, florença, rosa e sândalo.
Fragrâncias
• Matérias-primas naturais vegetais
Óleos essenciais compostos por:
Cetonas: mentona, irona, cânfora, e
metilnonilfenona
Éteres: cineol e anetol
Lactonas: cumarinas
Terpenos: limoleno, cedreno, e canfeno.
Hidrocarbonetos: cimeno, estireno (fenilceteno)
Fragrâncias
• Matérias-primas naturais vegetais
Óleos essenciais compostos por:
Ésteres dos ácidos benzóicos, acético, salicílico e
cinâmico.
Álcoois: linalol, geraniol, terpinol, e mentol.
Aldeídos: citral, citronelol, benzaldeído, aldeídico
cinâmico, vanilina.
Ácidos: benzóico, mirístico e isovalérico.
Fénois: eugenol, timol e carvacrol
Fragrâncias
Matérias-primas sintéticas:
-Notas frutais:
• Acetato de amila: banana
• Acetato de benzila: jasmim
• Isobutirato de hidratropila: manga e abacaxi
• Notas verdes
• Acetato de estiralila: odor frutal encontrado no
ruibarbo, avelã, gardênia, usado em composição
balsâmica de cipreste ou florais verdes.
Fragrâncias
• Matérias-primas sintéticas:
• Notas de rosas:
- Álcool feniletilico: essência de rosas. Encontra-se em rosas gerânio,
flor de laranja, narciso, pontas de pinho do alepo, e folhas de chá.
- Notas cumarina: é componente da essência da lavanda. Está
presente nas notas florais, de folhagens e orientais
- Aldeído salicílico: desenvolve notas férricas, com fragrância de
fumo, amêndoas
- Acetofenona: presente no ládano, urtiga, cacau e chá verde. Nota
floral mimosa, levemente animal. Usada nas composições florais,
feno, cortado e folhagens
Fragrâncias
• Matérias-primas sintéticas:
• Notas de amadeiradas:
-Isoborinilciclohexanol: madeira de sândalo suave
Outros Produtos:
Acetato de feniletila (acetato de estireno)- Mel;
Acetato de linalila- Lavanda
Acetato de etila- Frutas
Aldeído cinâmico- Canela
Eugenol- cravo
Fragrâncias
Papel olfativo X papel comum: o impacto na
experiência com aromas e fragrâncias
Papel olfativo é um papel técnico que tem como característica a composição de suas
fibras em algodão. É livre de alvejantes e agentes químicos, o que possibilita uma
análise sensorial olfativa mais acurada, sem alteração da fragrância original. Portanto,
do ponto de vista técnico, a soma destas características é que define o papel olfativo
técnico e permite que ele seja o “gold standard” para qualquer experiência olfativa.
Papel comum, ou papel gráfico, não é apropriado para testes olfativos, pois tem em
sua composição compostos químicos (clorofenol, cloroanisol, aldeídos alifáticos e
heterocíclicos, entre muitos outros) que certamente vão alterar o resultado do teste
olfativo ao interferir na fragrância ou aroma original. Quando se analisa a estrutura
química dos principais interferentes presentes no papel comum, é possível notar que
há semelhança estrutural com moléculas de “bouquets” conhecidos, como óleo de
rosas, óleo da flor de laranjeira e óleo de jasmim, entre outro.

Fonte:https://revistahec.com.br/papel-olfativo-x-papel-comum-o-impacto-na-experiencia-com-aromas-e-fragrancias/
Fragrâncias

Papel olfativo X papel comum: o impacto na experiência com aromas e fragrâncias

Quais são os tipos de papel olfativo?


O uso do papel olfativo pode ser classificado como: técnico, demonstrador ou aromatizador.

1) Técnico: fitas olfativas produzidas em formatos que permitem sua imersão em frascos de essências e
fragrâncias; utilizadas para o desenvolvimento de perfumes, fragrâncias e aromas. Podem ser fitas
soltas, blocos, cartões e outros formatos.

2) Demonstrador: comumente são cartões para a demonstração de perfumes em spray utilizados em


perfumarias, por consultoras de vendas, em eventos e outras situações. Além desse formato um pouco mais
largo, apropriado para não se perder produto quando da vaporização, os demonstradores podem ser também
no formato de fita olfativa bem fina para que se possa fazer a imersão em flaconetes. Os formatos e tipos de
impressão variam conforme a imaginação e necessidade do cliente, com alguns limites, é claro. Podem ser
cartões soltos e fitas em blocos, entre outros.
3) Aromatizador: também chamado de tags ou sachê, tem a capacidade de
armazenar maior quantidade de fragrância e liberá-la aos poucos no ambiente. Pode ser usado em automóveis,
gavetas, guarda-roupas e escritórios.

Fonte:https://revistahec.com.br/papel-olfativo-x-papel-comum-o-impacto-na-experiencia-com-aromas-e-fragrancias/
Fragrâncias
Matéria- primas pouco voláteis ou fixadores

Volatilidade: Olfato X Durabilidade odorífera

Fragrância: sucessão de impressões olfativas


Objetivo da fixação: retardar a volatização.
Características: baixa volatilidade e resistência
ao calor
Fragrâncias
• Matéria-primas voláteis ou fixadores Naturais ou Sintéticos

Fixadores naturais animais: algália ou Civete, Almíscar zibata e âmbar


cinzento.

Fixadores naturais vegetais:


- Oleosos: Sálvia, Vetiver, Patchuli, Sândalo,

Resinosos:
- Duros: Benjoim e Gálbano
- Moderamente moles: Mirra, Ládano
- Bálsamo ou óleo resina: Peru, Tolu, Copaiba e Estoraque
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas

VERDES
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
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Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
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Matérias Primas
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Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
Matérias Primas
LANÇAMENTO DE PERFUMES

Fonte: http://blog.hermite.com.br/lancamentos-de-perfumes-em-2019/
Fonte: Paralela, 2016
FRAGRÂNCIAS
• Produtos Fragranciadores: perfumadores e
perfumados
• Colônia e Deo-colônias
• Desodorantes
• Características:
• Concentração média a intensa
• Problemas de cobertura de base,
miscibilidade, cor e fidelidade à nota
FRAGRÂNCIAS
Perfumados
Sabonetes, produtos para tratamento de pele e cabelos,
maquiagem, produtos de higiene e limpeza como géis
higienizantes, shampoos e sabonetes líquidos.
Caracterísiticas
Perfume agradável ao uso, aumentar percepção de
eficácia e acentuar personalidade do produto.
Concentração baixa à média.
Poucos problemas de cobertura de base e de
miscibilidade.
FRAGRÂNCIAS
Concentração típicas das fragrâncias
Pós-barba: 1 a 3%
Antiperspirante: 0,5 a 1%
Mousse para banho: 3 a 5%
Cremes e emulsões fluídas
Para mãos e rosto: 0,1 a 1%
Perfumantes para o corpo: 1 a 5%
Creme para barbear: 0,5 a 1%
Desodorante corporal: 0,5 a 1%
Deo-colônia: 2%
Depilatório (cremes e mousse): 0,5 a 1%
Gel para banho: 1 a 3%
FRAGRÂNCIAS
Concentração típicas das fragrâncias
Óleos de banhos dispersíveis: 3 a 10%
Muito perfumados: 30 a 40%
Leites demaquilantes: 0,2 a 0,5%
Leites para o corpo: 0,5 a 5%
Fixadores: 0,1 a 0,3%
Loções capilares: 0,2 a 0,5%
Loções tônicas para rosto: 0,05 a 0,2%
Talco: 1%
Sais de Banho: 1 a 3%
FRAGRÂNCIAS
Concentração típicas das fragrâncias
Base 0,5 a 1%
Pó: 0,8 a 1%
batom: 1,0%
Olhos: 0,05 (frequentemente não usa nada)
Rímel: 0,3 a 0,5%
Permanentes: 0,5 a 1,0%
Sabonete em barra: 1 a 4%
Shampoo Liquido: 0,2 a 1%
FRAGRÂNCIAS
Métodos de fabricação dos cosméticos
Escolha da ordem de adição dos componentes
Tipo de equipamento e agitação utilizada
Adição de fragrâncias em temperaturas superiores a 35ºC.
Adição de fragrâncias antes da correção de pH também
pode vir a ser um problema caso a fragrância contenha
componentes que possam sofrer reação química em
função do pH.
Emulsões: Incorporar após resfriamento (45ºC máximo)
antes da homogeneização final.
FRAGRÂNCIAS
Inocuidade das Fragrâncias
Reações da Pele
Irritação primária
Dermatites alérgicas
Dermatoses
Reações fototóxicas em produtos solares
Órgãos regulamentadores:
IFRA ( International Fragrance Association)
ABIFRA ( Associação brasileira das Indústria de óleos Essenciais,
Produtos químicos Aromáticos, Fragrâncias, Aromas e Afins)
RIFM ( Research Institute for Fragrance Materials)
DEFINIÇÃO
Os óleos essenciais podem ser definidos como
material volátil presente em plantas e,
geralmente, de odor e fragrância característica.
São misturas complexas de terpenos, terpenos
oxigenados, sesquiterpenos e sesquiterpenos
oxigenados. Também podem conter pequenas
quantidades de diterpenos e outros
componentes em função da planta aromática
(Serafini et al., 2001).
PROCESSO DE OBTENÇÃO
ENFLEURAGE
ARRASTE POR VAPOR D´ÁGUA
EXTRAÇÃO COM SOLVENTES ORGÂNICOS
PRENSAGEM (OU ESPRESSÃO)
EXTRAÇÃO POR CO2 SUPERCRÍTICO
HEADSPACE TECNOLOGY
PROCESSO DE OBTENÇÃO

Fonte: Google, 2017


Equipamentos

Fonte: Google
PROCESSO DE OBTENÇÃO
PROCESSO DE OBTENÇÃO
PROCESSO DE OBTENÇÃO

Extração por CO2 Supercrítico


O método está agora a ser aplicado para capturar vários compostos perfumados naturais
num método não invasivo, de baixa temperatura e baixa toxicidade, onde outras
aplicações como a expressão, destilação e extração tradicional com solvente falham. O
processo envolve a alteração das condições de temperatura e pressão do dióxido de
carbono (normalmente um gás) para o seu ponto supercrítico - onde se torna um fluido
supercrítico, adoptando propriedades tanto de um gás como de um líquido. O fluido
supercrítico de dióxido de carbono é passado através da matéria natural, extraindo os
vários compostos perfumados. A pressão é então diminuída e o dióxido de carbono volta
ao seu estado gasoso, evaporando e deixando para trás as extrações do composto
perfumado. Este método é elogiado pelo seu baixo impacto ambiental e capacidade de
aproveitar os compostos perfumados sem o uso de calor excessivo ou agitação,
tornando-o perfeito para a extração de fragrâncias, mesmo dos materiais naturais.

Fonte: Google, 2020;


https://www.air-aroma.com/signature-scent
PROCESSO DE OBTENÇÃO

Extração por CO2 Supercrítico

Fonte: Google, 2020;


PROCESSO DE OBTENÇÃO

Headspace technology
É uma técnica desenvolvida nos anos 80 para elucidar os compostos odoríferos
presentes no ar que rodeia vários objetos.

Fonte: Google, 2020


PROCESSO DE IDENTIFI AÇÃO POR
CROMATOGRAFIA GASOSA
PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DA PITANGA
POR CROMATOGRAFIA GASOSA
Referências
BARATA, E. Princípios Básicos de Cosmetologia. Ed. Tecnopress, São
Paulo, 2002.

BRANDÃO, L., Index ABC. Ingredientes para a indústria de produtos de higiene


pessoal. Cosméticos e Perfumes. 2º ed. – Cotia: SRC – 2000.

CORRÊA, M. A., Cosmetologia: Ciência e Técnica. São Paulo, Editora Medfarma,


1ed, 2012

DRAELOS, Z.D. Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.246p.

HARRY, R.G. Harry’s Cosmetology. London: Leonard Hill, 1994.

LEONARDI, Gislaine. Ricci, SPERS, Valeria Rueda Elias. Cosmetologia e


Empreendedorismo: Perspectivas para criação de Novos Negócios. Phamabooks
Editora, Sâo Paulo, 2015.

TESKE, M.; TRENTINI, A.M.M. Herbarium compêndio de fitoterapia. 3 ed. Curitiba: Herbarium, 1997. 317p

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