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SAÚDE DO HOMEM

Residentes: Bruna Andrade; Débora Melo; Júlya Gomes; Huanne Soel;


Iolanda Mota; Laíce Garcia; Letícia Leonel e Mikaila Romão.
Professor: Thyago da Costa

CARUARU - PE
2022
Baixa procura dos homens às
Unidades Básicas de Saúde
MASCULINIDADE HEGEMÔNICA
● A doença como sinal de fragilidade;
● Dificuldade em reconhecer as próprias necessidades em saúde;
● Rejeição da possibilidade de adoecer;
● O cuidado como um papel feminino.

O TRABALHO COMO BARREIRA AO ACESSO


● Horário do funcionamento dos serviços coincide com a carga horária do
trabalho (provedor).

VÍNCULO FRÁGIL COM A UBS


● Falta de acolhimento por parte dos profissionais de saúde;
● Desconhecimento dos homens quanto aos dias e horários de funcionamento dos serviços
de APS.
PRESENÇA DE DOENÇA

IDEOLOGIA CURATIVISTA

SOBRECARGA AOS SERVIÇOS DE PRONTO ATENDIMENTO

ALTA TAXA DE MORBIDADE E MORTALIDADE

SOBRECARGA DA MULHER COMO PAPEL DE CUIDADORA


Estratégias adotadas para ampliar o atendimento Quantitativo de atendimento noturno da população
à clientela masculina nas UBS masculina nas UBS

(CORDEIRO et al, 2014)


(CORDEIRO et al, 2014)

Campos de atendimento às demandas de saúde


Dificuldades vivenciadas no atendimento noturno
masculina

Fragilidades: as unidades de APS são consideradas pouco aptas em absorver a demanda apresentada pelos homens, pois sua
organização não estimula a inserção desta clientela, uma vez que próprias estratégias de saúde pública não se voltam para este
segmento. Além disso, observou-se entre os profissionais de saúde das UBS o déficit de instrumentalização profissional, no contexto
da saúde do homem, para a garantia de uma assistência qualificada.
A visão masculina sobre as estratégias de enfrentamento para adesão aos serviços de atenção primária à
saúde

❏ Acessibilidade - através da ampliação nos


horários de atendimento e resolutividade das
necessidades São evidentes que as
estratégias expostas pelos
❏ Acolhimento - através do bom atendimento homens, estão todas
relacionadas com a
❏ Comunicação - através de informações humanização nos serviços
de saúde.
❏ Formação de vínculo - através da estabilidade
profissional e da visita domiciliar
(CAVALCANTI et al, 2014)
MATRIZ DE
INTERVENÇÃO
1.1. Descrição da situação-problema:

O modelo hegemônico de masculinidade se estabelece como relações de poder reverberadas no inconsciente das sociedades
patriarcais e machistas, onde configura-se o gênero masculino em uma posição dominante em relação às mulheres
(subordinadas).
Existe uma heterogeneidade das possibilidades de ser homem que, dentro dessas relações de poder, expressa-se através de um
pensamento de que há uma masculinidade superior às demais masculinidades, ligada a atributos que remetem a
heteronormatividade (homem cis, branco, heterossexual), características como: “dominação, força, competição, controle,
segurança, proteção, determinação, liderança, agressividade e a violência” construídas pelo patriarcado e que permanece
forte e influente na sociedade ocidental capitalista.

Desta forma, dentro dessa lógica, identifica-se uma dificuldade dos homens em reconhecer as próprias necessidades em saúde
e encara a doença como sinal de fragilidade, rejeitando a possibilidade de adoecer. Além de atribuir ao gênero feminino o papel
do “cuidado” enxergando a Unidade de Saúde como um espaço feminino. Tudo isto impacta na procura e acesso deste público
aos serviços de saúde. Assim, este modelo acaba por ser perverso e perigoso para a saúde física, mental e emocional dos
homens, e assim para todas as pessoas.

Ademais, observa-se um desconhecimento das equipes de saúde sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem (PNAISH) expressado, entre outros, no despreparo do acolhimento das demandas da população masculina.

(RODRIGUEZ, 2019)
1.2. Objetivo(s)/meta(s):

● Capacitar as equipes de saúde para acolher as demandas e proporcionar o acesso do

público masculino nas UBS;

● Desmistificar a Unidade de Saúde como um espaço feminino;

● Romper com o pensamento do cuidado como papel essencialmente feminino;

● Estabelecer vínculo comunitário com a UBS;

● Estabelecer horários estratégicos para o acesso da população masculina às UBS.


MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Estratégias para Atividades a
Recursos Resultados
alcançar os serem Público alvo Responsáveis Prazos Avaliação
necessários esperados
objetivos/metas desenvolvidas

Educação Recursos
Capacitar a audiovisuais
Equipe sobre Permanente; para ACS Garantir que Percentual
100% da da equipe
a Política trabalho em Núcleo de
Rodas de ESF equipe da da UBS que
Nacional de Conversa; grupo; UBS participe Educação 3 meses participou
Atenção ESB Permanente
Integral à Materiais ao menos de da SMS ao menos
Oficinas; NASF 75% das de 75% das
Saúde do didáticos atividades atividades;
Homem
Seminários;
MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Estratégias para Atividades a
Recursos Resultados
alcançar os serem Público alvo Responsáveis Prazos Avaliação
necessários esperados
objetivos/metas desenvolvidas

Busca ativa dos Prontuários;


homens que Proporção de homens
não fazem Receituários Homens do Maior interação entre 20 e 59 anos de
idade atendidos nos
para solicitação território de entre UBS e 3 meses
exames de de exames; abrangência; usuário;
serviços de saúde em
relação aos homens com
rotina há mais solicitações de exames
de 6 meses; Cartilhas;
realizadas;

Planejar e
executar o ACS
estabelecimento Educação em
de espaços de saúde em salas
Homens e
Fortalecimento do
ESF Registro e análise de
elogios e considerações
diálogo entre a de espera sobre
Materiais mulheres 3 meses feitas pelos participantes
vínculo;
UBS e os saúde do didáticos; presentes na ESB em uma caixa de
sugestões, elogios e
homens do homem; UBS; Promoção e críticas.
território prevenção de NASF
saúde do Homem;
Participantes Aplicação de entrevistas
Recursos presentes como semiestruturadas sobre
Grupo de Homens do autopercepção de saúde;
audiovisuais agentes
Saúde do para trabalho território de multiplicadores do 6 meses Autoavaliação coletiva e
Homem; abrangência; saber construído; individual dos processos
em grupo; participativos propostos no
grupo.
SALA DE ESPERA
SALA DE ESPERA
BUSCA ATIVA NO
TERRITÓRIO
MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Estratégias para Atividades a
Recursos Resultados
alcançar os serem Público alvo Responsáveis Prazos Avaliação
necessários esperados
objetivos/metas desenvolvidas

Torneio de Dominós;
Dominó na UBS; Toldo; Aplicação de
Mesas e cadeiras entrevistas;
Testes rápidos; de plástico;
Medalhas; Homens adultos
e idosos que, Registro e
Realizar edições
Solicitação de Caixa de Som;
cotidianamente, ACS análise de
exames de rotina; Folders e banners;
do evento Testes rápidos; passam horas Maior vínculo ESF elogios e
intitulado Aferição de Resma de papel jogando dominó destes homens 3 meses considerações
“Circuito da pressão arterial e ofício A4 e na praça da com a UBS; feitas pelos
glicose; impressora; ESB
Saúde” na UBS Academia da participantes
Kits de
Autocuidado para auriculoterapia;
Cidade próxima NASF em uma caixa
prevenção ao Tensiômetro e
à UBS; de sugestões,
câncer; glicosímetro; elogios e
Espelhos; críticas.
Auriculoterapia. EPI.
COMPETIÇÃO DE DOMINÓ NA UNIDADE
AURICULOTERAPIA E AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
PREMIAÇÃO
MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Estratégias para Atividades a
Recursos Resultados
alcançar os serem Público alvo Responsáveis Prazos Avaliação
necessários esperados
objetivos/metas desenvolvidas

Percentual
Educação em Garantir a de parceiros
Organização Parceiros inclusão e em relação
saúde sobre pré- das ACS
natal e cuidados da agenda de gestantes envolvimento de ao
em saúde do trabalho;
que estão
100% dos homens ESF 3 meses
quantitativo
bebê; realizando o no total de pré-
Cartilha de acompanhamento ESB natais
orientações; seu pré da gestação da realizados
Acompanhamento NASF
natal
odontológico; parceira nesse
Pré-natal do período
parceiro

Garantir a Matriz de Swot;


Recursos
Educação ACS capacitação das
audiovisuais equipes que atuam Núcleo de Elaboração de
permanente para para trabalho ESF Educação
na Atenção matriz de
qualificação de em grupo; 1 mês
equipes da UBS
Primária para traçar Permanente intervenção no
ESB estratégias efetivas território de
quanto ao tema. Materiais quanto ao pré-natal
da SMS abrangência das
didáticos NASF equipes;
do parceiro
PANFLETO EDUCATIVO
PRÉ NATAL ODONTOLÓGICO DO
PARCEIRO
CURSO DE CUIDADOS AO RECÉM NASCIDO
MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Estratégias para Atividades a
Recursos Resultados
alcançar os serem Público alvo Responsáveis Prazos Avaliação
necessários esperados
objetivos/metas desenvolvidas

Acolhimento e
Atendimento
em horário Homens adultos
Estabelecer noturno e idosos que ACS
(saúde na Disponibilidade Maior procura Percentual de
horários de horários; relatam dos homens ESF atendimentos
estratégicos hora) dificuldade de
para acesso dos comparecer ao trabalhadores ESB 3 meses realizados no
Reorganização aos serviços horário
trabalhadores a de agenda. atendimento de saúde NASF pactuado;
UBS durante horário
de trabalho
*Horário estratégico
(último
horário/sexta)
MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Estratégias para Atividades a
Recursos Resultados
alcançar os serem Público alvo Responsáveis Prazos Avaliação
necessários esperados
objetivos/metas desenvolvidas

Direcionar Profissionais
esses homens de nível
para consulta Percentual de
Homens adultos com horário superior atendimentos
Facilitar o Teleatendimento
Celular e que trabalham marcado sem responsáveis realizados ao
acesso ao para acesso ao internet no horário do que ele 1 mês público
acolhimento acolhimento pelo
acolhimento precise se masculino no
ausentar acolhimento + mês;
várias vezes
do trabalho ACS
REFERÊNCIAS
1. DE LOS SANTOS RODRIGUEZ, Shay. Um breve ensaio sobre a masculinidade hegemônica. Diversidade e Educação, v. 7, n. 2, p. 276-
291, 2019.
2. CORDEIRO, Sharllene Vanessa Lima et al. Atenção básica à saúde masculina: possibilidades e limites no atendimento noturno. Escola
Anna Nery, v. 18, p. 644-649, 2014.
3. CAVALCANTI, Joseane da Rocha Dantas et al. Assistência Integral a Saúde do Homem: necessidades, obstáculos e estratégias de
enfrentamento. Escola Anna Nery, v. 18, p. 628-634, 2014.

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