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Faculdade de Ciências

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
TECNOLOGIA QUÍMICA I

2o Ano

Fenómenos de Transporte

Doutor Adolfo Condo, Eng°

Maputo, Setembro de 2021


Capítulo VI: Fenómenos de transporte

6.1 - Conceitos gerais de fenómenos de transporte.


6.2 - Dedução da equação geral de transporte molecular
(Modelo cinético de um gás perfeito)

6.3 - Dedução da equação geral de transporte de momento


linear (lei de Newton)
6.3.1 - Significado físico e métodos de cálculo das
viscosidades
6.1 - Conceitos gerais

• Sistema – Quantidade de matéria em que


estamos interessados. Ex.: pedaço de pão, um
bloco de ferro, de alumínio, o corpo humano

• Sistema homogéneo – todas as partes de um


sistema têm as mesmas propriedades físicas e
químicas.
Ex.: água pura

• Sistema heterogéneo – as propriedades físicas e


químicas variam dentro de um sistema de ponto
para ponto.
Ex.: água+gasolina/óleo
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• Fase – parte finita de um sistema que é homogénea cujos constituintes
não se podem separar mecanicamente.

• Interfase – superfícies limítrofes que separam fisicamente duas fases


dum sistema (fronteira).

• Meio - porção da matéria em que ocorrem as variações, ou seja, os


fenómenos de transferência. Os meios apresentam-se na forma sólida
e fluida, sendo os fluidos: líquidos e gases. 

• Fluídos - substâncias que podem escoar, movendo-se as moléculas e


mudando a posição relativa sem fragmentação da massa. Os fluidos
deformam-se continuamente quando submetidos à tensões
cisalhantes, por menores que estas sejam, e se adaptam às formas do
recipiente que os contém. 
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• Transferência – movimentação de matéria, energia térmica ou
quantidade de movimento de uma fase para outra do sistema,
através de uma interfase.

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• Transporte

movimentação isolada (transporte molecular) ou conjunta (transporte


turbulento) de matéria (massa), energia térmica (calor) ou de
quantidade de movimento (momento linear) dentro de uma fase do
sistema.

• Força-motriz – força materializada pela diferença entre concentração


de uma certa propriedade (massa, calor...) quando o sistema não está
em equilíbrio e a concentração que essa propriedade teria no seu
estado de equilíbrio.

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• Equilíbrio – diz-se que as propriedades estão em equilíbrio, se entre
os vários pontos de uma fase ou entre fases não existir um
intercâmbio global das propriedades.

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• Transporte de massa

Ocorre quando existem moléculas diferentes numa certa fase.


Se a concentração dum certo tipo de moléculas for maior num
certo local do que no outro, ocorre um transporte de massa
da região de maior concentração para a de menor.

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• Transporte de calor
Ocorre quando uma molécula possui energia interna (térmica)
maior do que as moléculas vizinhas ao seu redor, como
consequência de estar a uma temperatura maior. Nestas
condições, essa molécula irá transferir o seu excesso de energético
para as moléculas vizinhas.

• Transporte de quantidade de movimento


Ocorre quando houver uma variação da velocidade de
escoamento. Nestas condições, as moléculas mais rápidas, com
maior quantidade de movimento, irão transferir o seu excesso de
velocidade para as moléculas vizinhas mais lentas.

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• Propriedade extensiva – propriedade cujo valor depende do
tamanho (massa) do sistema.
Por ex. Massa, Volume, Energia, Quantidade de movimento, Entalpia,
Capacidade calorífica, …

• Propriedade Intensiva – propriedade cujo valor não depende do


tamanho do sistema ou seja não depende da massa ou da
quantidade da substância que constitui o sistema.
Por ex. Pressão, Temperatura, Densidade, Ponto de fusão, Ponto de
ebulição...

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• Estado Transiente (não estacionária) - as propriedades num
dado ponto do sistema variam com o tempo.

Por ex.: fusão de um cubo de gelo num copo com água.

• Estado estacionário – as propriedades num dado ponto do


sistema não variam com o tempo (mas podem variar de ponto
para ponto)
Por ex.: água num copo.

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6.2 - Modelo cinético de um gás perfeito
Vamos considerar um modelo simples para a estrutura física de um
gás perfeito.

Postulados:
• o gás é constituído por moléculas de forma esférica de
diâmetro (σ);
• Não existem forças de atracção ou de repulsão entre as
moléculas;
• O volume entre as moléculas é desprezável face ao volume
intersticial entre elas;
• As colisões intermoleculares são perfeitamente elásticas;
• Cada molécula tem movimento aleatório, com uma velocidade
média (č) na direcção do movimento;

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• Cada molécula percorre uma distância (l) (percurso livre
médio) entre duas colisões sucessivas;
• O tempo (θ) que a molécula demora a percorrer a distância (l)
à velocidade média (č) é dado por: (t=e/v)
θ=l/č
que é o tempo percorrido entre duas colisões sucessivas.

• O número total de moléculas no sistema em estudo é


suficientemente grande para que se possam usar valores
médios para as propriedades características que descrevem o
sistema.

Nota: chamar-se-á propriedade à massa, ao calor ou ao momento linear

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Considera-se um modelo constituído por 3 blocos (figura 1), onde
estão projectados 3 planos paralelos (figura 2).
∆z Planos P1, P2 e P3

Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3


Fig 1

∆x

∆y l
ll
Plano 1 Plano 2 Plano 3
P 1
P 2
dP/dx = (P2-P1)/l
Fig 2 dP/dx =(P3-P2)/l P 3

l x l
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• A concentração da propriedade dentro de cada bloco é uniforme
(a concentração média em cada bloco é a mesma que a do plano
que passa pelo centro)
• “O transporte de um bloco para o outro é equivalente ao
transporte de um plano para o outro”

Relação entre as concentrações do bloco 1 e do bloco 2:


Seja:
P – concentração da propriedade a ser transportada em unidades
de quantidade dessa propriedade por unidade de volume do gás.

(1)
Onde:
dP/dx – variação da concentração com a distância (x);
(-l) – distância que vai do plano 1 para o plano 2.
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Relação entre as concentrações do bloco 3 e do bloco 2:

(2)

•A derivada dP/dx, pode ser considerada constante dentro do elemento de


volume de todo o gás.

•Quantidade total da propriedade (P) que representa o produto da


concentração pelo volume do bloco.

Bloco 1: l*∆y*∆z*P1
Bloco 2: l*∆y*∆z*P2
Bloco 3: l*∆y*∆z*P3

Volume do bloco:l*∆y*∆z

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Seja:
• Ψ – Fluxo da propriedade transportada (velocidade de transporte
da propriedade por unidade de área perpendicular à direcção de
transporte) e terá dimensões de quantidade de propriedade por
unidade de tempo e por unidade de área.

Por ex. K-mol/m2 s, BTU/ft2h,...


• Θ - Tempo que leva a transferência de 1/6 da quantidade de
propriedade l*∆y*∆z*P1 do plano 1 para plano 2

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Convenção:
•Fluxo positivo – dirigido na direcção positiva do eixo x (x>0)
•O fluxo da propriedade do plano 1 para o plano 2 será:
•Área = ∆y*∆z

(3)

•Do mesmo modo o fluxo do plano 3 para o plano 2 será:

(4)

•Os dois fluxos que abandonam o plano 2 serão analogamente


aos casos anteriores:

(5) 6)
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• Na direcção x – O fluxo global entre os planos 1 e 2 será dado pela
diferença entre os fluxos na direcção (-) x e na direcção (+) x:
• Como o fluxo é positivo (+) na direcção x tem-se:

(7)

(7.1)

• Substituindo P1 da equação (1)

 (8)

• Do mesmo modo se obtém a expressão para o fluxo global entre os


planos 2 e 3:

(9)
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Pode-se ver que:
•O fluxo de propriedade que entra num bloco é o mesmo que sai do
mesmo bloco e, portanto, pode se dizer que existe um estado
estacionário, ou seja, não há acumulação da propriedade dentro do
bloco ao longo do tempo.

•As equações (8) e (9) aplicam-se à qualquer posição do x:

(10)
 
•Sendo l=č*θ a equação (10) toma a forma de Equação geral de
transporte de propriedade P (11)

(11)

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A equação geral de transporte de propriedade aplica-se:
- a qualquer propriedade cujo transporte depende dos
movimentos aleatórios das moléculas;
- relaciona o fluxo da propriedade transportada com a derivada da
concentração da propriedade em relação ao espaço (dP/dx gradiente);
- a constante de proporcionalidade (δ) entre as duas grandezas
dP/dx e Ψ é igual a:
δ = l*č*1/6
•Chama-se Difusividade
•Assim a equação (11) se torna:
(12)
Onde:
Ψ – Fluxo da propriedade
dP/dx – Gradiente de concentração volumétrica da propriedade
δ – Difusividade
•Dependendo da propriedade ser massa, calor ou momento linear as
notações para δ, Ψ e P podem deferirem:

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2.3 - Dedução da equação geral de transporte de quantidade do
movimento linear (Lei de Newton)

Considere-se o elemento do volume da Figura abaixo representado por 2 blocos


sobrepostos e na interface existe ar (fluido); o bloco de cima move-se com
velocidade V1>V2 segundo o eixo yy’.
Z
Y

A V1 Fy1
Fy2
V2
X

Esquematicamente:
Y
A V1 Fy1
X
L Vx
A
Fy2 V2

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• Ψ = τy Fluxo de quantidade de movimento [N/m2.s]
Seja:

Usando o modelo (12) e substituir, obtém-se: P = ρ.V

é a difusividade de momento linear (ou viscosidade cinemática)

Ora: 𝜇 = ρ.ν é a viscosidade absoluta (ou dinâmica ou apenas viscosidade)

(13) Lei de Newton da viscosidade

Onde 𝜇 é a constante de proporcionalidade designado: viscosidade


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• Se Fy = τy . A em qualquer plano x do fluido.
• Se dV/dx é constante no estado estacionário implica que a tensão de
corte é constante e a força também.
Assim:

A Força de atrito Fy, tende a retardar o movimento do plano A; a


velocidade do fluido, V, é proporcional à velocidade do plano A e, anula-
se devidamente quando o plano A pára.

O valor da força depende da propriedade do fluido – viscosidade, (𝜇) –


de modo que a força que tende a retardar o plano aumenta com a
viscosidade do fluido de acordo com a “lei de Newton da viscosidade”.

Por ex. A força necessária para fazer mover um objecto dentro dum
melaço ou óleo é maior do que na água.
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Validade da lei de Newton da viscosidade

• Fluido newtoniano;
• Distância entre as placas muito pequena;
• Utilizado para pequenas deformacoes.

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Outra forma de apresentação da equação de Newton da
viscosidade
Sequência do fenómeno e perfil de velocidade

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A viscosidade (𝜇) é uma propriedade dum meio que indica a facilidade com
que se pode transmitir a quantidade de movimento por acção de um
gradiente de velocidade
Unidades de 𝜇;
S.I. Kg/m.s
c.g.s. g/cm.s
Inglês lbm/s.ft

No sistema c.g.s. a unidade tem o nome de Poise.


1Poise = 1 g.cm-1.s-1
O submúltiplo de Poise é o centipoise.
1cP= 0.01Poise

A unidade da difusividade de momento linear ( viscosidade cinemática, ν


=𝜇/ρ) é o Stoke.
Stoke = 1cm2s-1
O submúltiplo de Stoke é o centistoke.
1cst= 0.01Stoke
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O cálculo 𝜇 usando o modelo de gases perfeitos:
A velocidade média da moléculas:

Percurso livre médio:

Onde:
č – velocidade molecular média do gás (cm/s)
R - Constante dos gases ideiais (8,314.107 erg k-1.mol-1)
T – Temperatura absoluta (K)
M – Massa molecular (g-mol-1)
P – Pressão (atm)
L – Percurso médio livre (cm)
ρ – Diâmetro molecular médio (cm)

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A viscosidade cinemática ( ou difusividade de momento linear):

A viscosidade absoluta dos gases ideiais

Observa-se que para os gases a viscosidade não depende da


pressão mas aumenta com

Ora para:
Os gases a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura;
Para os líquidos diminui com o aumento da temperatura;

Os valores da viscosidade estão em Tabelas (Perry) e Monogramas.


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Influência da pressao e temperatura

a) Pressao:
• Pressoes moderadas (até 10 atm) == > nao depende da
pressao;
• Altas pressoes == > os gases e a maioria dos líquidos variam,
porém nao existem leis bem definidas.

b) Temperatura:
• Nos gases == > aumentando-se a temperatura, aumenta a
viscosidade, devido à transferência de quantidade de
movimento entre as moléculas.
• Nos líquidos == > aumentando-se a temperatura, diminui a
viscosidade, por diminuirem as forcas de coesao entre as
moléculas.
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FIM da Transferência de quantidade de
movimento
(Lei de Newton)

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2.4 - Dedução da equação geral de transporte de
massa (lei de Fick)
Da equação geral de transporte de propriedade (12) podemos
considerar o seguinte:
Fluxo mássico do gás [kmol/m2.s]
Na  Velocidade do gás [kmol/s]
 Difusividade mássica [m2/s]
 Concentração kg-mol/volume [kmol/m3]
• Usando o modelo (12) e substituir, obtem-se:

(14) Lei de Fick

• A equação (14) que traduz os fenómenos de transporte de


massa conhecida por Lei de Fick.
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• A difusividade mássica (D) é uma propriedade duma
substância que indica uma facilidade com que essa mesma
substância se difunde num determinado meio.
(Esta tabelado “Perry”)

• A difusividade (D) pode ser calculada teoricamente a partir do


conhecimento das propriedades físicas do gás, l e č, da teoria
cinética dos gases, para um modelo ideal.

(14)
• Unidades físicas:
• S.I. [m2/s]
• c.g.s. [cm2/s]
• Inglês [ft2/s]

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• Usando o modelo de gás perfeito,pode-se calcular a Difusividade
mássica pela seguinte fórmula:

(15)

• T - Temperatura [T]
• P - Pressão [atm]
• M - Massa molecular [g-mol]
• σ - Diâmetro médio da molecula [cm]

Da equação (15) observa-se para os gases a difusividade mássica


diminui com a pressão e aumenta com

• Para gases reais, líquidos e sólidos:

• A Difusividade deve ser determinada experimentalmente.


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• Ou seja:
(17)
• Pode-se observar da equação (17) que:
- se existir um gradiente de concentração do gás a, também terá
que existir um gradiente de concentração de b igual, e de sinal
contrário ao de a;
- havendo um gradiente de concentração de b deve
necessariamente haver um fluxo mássico de b.
• Combinando-se as equações (15), (16) e (17) ter-se-á:
Na= - Nb (18)
• Pode-se verificar que:
• As velocidades de difusão são iguais, mas de sentidos
opostos.

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• Difusão Equimolecular
Se tivermos 2 gases (a e b) onde b difunde-se no
componente a, podemos deduzir a seguinte equação para
o gás b.

• As velocidades Na e Nb estão interligadas. Assim:


• - A concentração total (CT) da mistura gasosa é dada por:
• CT = Ca + Cb (16)
• Se a T e Ptotal do sistema forem constante, CT é também
constante.
• - Diferenciando a equação (16) em relação ao (x):

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• Quando o transporte de massa é o único mecanismo
para a transferência de massa, o processo global de
transferência é denominado d Difusão Equimolecular
(contradifusão equimolecular ou equimolar).

• A contradifusão equimolar ocorre quando os gradientes


de concentração e a área de transporte são constantes e
em estado estacionário (E.E.)(permanente).

• No E.E. e em coordenadas cartesianas, a contradifusão


equimolar leva a perfís de concentração.

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FIM da Transferência de massa
(Lei de Fick)

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2.5 - Dedução da equação geral de transporte de calor
(lei de Fourier)
• Considere-se um elemento de volume da Figura 1 (blocos).

• Supõe-se que nele existe um gradiente de temperatura constante.


Neste caso, a concentração volumétrica refere-se à energia térmica
que existe por unidade de volume e é dado por:

Logo:

P – Concentração da energia térmica [j/m3] ou [cal/m3]


T – Temperatura [K]
Cp – Calor específico [j/K.kg] ou [cal/K.kg]
ρ – Densidade [kg/m3]

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• Da equação geral de transporte de propriedade (12)
podemos considerar o seguinte:

(12)

Fluxo da energia térmica do gás [j/m2.s]

Velocidade de transporte de energia térmica [j/s]


A Area de transporte [m2]
 Difusividade térmica [m2/s]
Usando o modelo (12) e substituir, obtem-se:

Para os gases ideais e,


para os gases reais, líquidos e sólidos calcula-se
experimentalmente.
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Se a densidade (ρ) e o calor específico (cp) forem constantes obtém-se:

Sendo:
Substituindo obtem-se:
(19) Lei de Fourier

Onde K é a constante de proporcionalidade designado: Condutividade


Térmica
Os valores de k para as várias substâncias estão tabelados em tabelas
de dados físicos.
• Se se observar a lei de Fourier, a k é uma constante de
proporcionalidade entre o fluxo de calor e o gradiente de térmico.
• Para um determinado gradiente térmico verifica-se que o fluxo de
calor é tanto maior quanto menor for a condutividade térmica do
meio.
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Condutividade Térmica (k) – é uma medida de facilidade com que um
certo meio físico conduz o calor.
• Unidades de K:
• S.I. Watt/m.K
• c.g.s. cal/cm.s.K
• Inglês BTU/h.ft.oF

Calculo da Condutividade Térmica (k)


• Usando o modelo de gases perfeito:

• A condutividade térmica também pode ser calculada pelo seguinte


modelo:

• Observa-se que a condutividade térmica dos gases não depende da


pressão mas aumenta com

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• Casos particulares da aplicação da Lei de Fourier
• Condução em paredes planas.
• Parede plana simples:
Lei de Fourier

• Numa parede simples plana a área da secção (A) e condutividade


térmica (k), são constantes e a velocidade de transporte (q) é
directamente proporcional à temperatura (T). No estado
estacionário o gradiente é constante, então temos:

∆z T1

q/A T2

T1>T2
T1 K
K
∆y A
q T2

A = ∆y .∆z 
∆x

∆x
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• Quando o calor é conduzido através de uma parede constituída
por várias paredes de diferentes materiais, a situação compara-
se a um sistema eléctrico onde o número de resistências é ligado
em série. O sistema está representado na figura seguinte.
Y

T1
K1
K2
T1 T2
K3
q/A
K1 T2 K2 K3 T3
q T3 T4
T4

X ∆x1 ∆x2 ∆x3


∆X11
∆X1 ∆X2 ∆X3

• A equação de Fourier pode ser escrita para cada uma das


paredes dos blocos.
• No EE o fluxo de calor (q/A) é igual para cada uma das paredes e
T1>T2>T3>T4:

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A equação geral para o cálculo da velocidade de transferência do
calor para as três paredes planas será:

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• Substituindo a equação na anterior e integrada para a velocidade
de transferência de calor em termos de condicoes de limite:

• A integração entre as condições de limites leva a:

• Se multiplicar o denominador e o numerador por (r2-r1) obtem-se:

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• Fazendo rearranjos da equação obtem-se:

• Ou ainda:

• Temos a area logaritmica:

• Integrando qualquer ponto de r em T é uma função linear de ln r


o que é diferente com o caso de uma parede plana.

09/10/2023 48
2.b) Parede cilíndrica multipla e oca
A condução de calor através das paredes de um cilindro com paredes multiplas (A e
B) e oco, pode ser descrita pela lei de Fourier escrita tambem em coordenadas
rectangulares.

r2
r1
A r3

Na camada A obtem-se:

Na camada B obtem-se: E a demais camadas…


09/10/2023 49
A equação geral para o cálculo da velocidade de transferência de
calor para i paredes cilíndricas ocas será:

3- Condução em paredes esféricas simples e ocas


• A lei de Fourier é aplicável.

A área normal da secção transversal para a velocidade de


transferência de calor será:

Substituindo na equação de Fourier e fazer rearranjos e integrar-


se, obtém-se:

09/10/2023 50
A integração da equação entre as condições de limites extremas
calcula-se a velocidade de transferência de calor para corpos
esféricos ocos simples.

09/10/2023 51

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