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COLONIALISMO

e DESCOLONIZAÇÃO
TREVAS SOBRE ÁFRICA
O Colonialismo

A 1O Guerra é vista como uma guerra


européia, mas é necessário relacioná-la em
alguma medida às tensões nas disputas que
envolviam a ocupação colonial.
“A partilha é uma combinação de
esperanças exageradas com preocupações
excessivas”. (Mackenzie)
Ocupação Colonial

 Colônias de Povoamento: Argélia, África do Sul,


Rodésia (hoje Zimbábue), Namíbia, Quênia,
Angola, Moçambique. Aí, as potências ocidentais
esforçaram-se por tentar implantar grandes
contingentes de suas próprias populações.
 Colônias de Exploração, em que a quantidade de
europeus devia suprir os serviços de
administração e de relações com empresários e
agentes de outros interesses, de comando militar,
etc.
Ideologias Orgânicas do
Colonialismo
 Justificativas européias:
Civilização, Religião, Comércio, Pacificação
. Interpretação clássica sobre a ocupação: era inevitável -
o avanço do capitalismo europeu, fruto da revolução
industrial - matéria prima - abertura de novos
mercados consumidores de produtos manufaturados.
Visão basicamente econômica. processo como de mão
única, menospreza as diferentes perspectivas e
interesses de dirigentes africanos, suas interações mais
e menos conflituosas ou complementares e suas
formas de interação com agentes europeus.
A Conferência de Berlim
(1884-1885)

Distanciamento entre as
potências ocidentais e povos
africanos:
 Recursos econômico-financeiros,
tecnológicos, bélicos, de informações e
conhecimentos estratégicos;
 Perspectivas, interesses e condições para
dominar inteiramente aquela relação.
A Partilha da África
(O colonialismo)
 O crescente conhecimento do território e das
línguas e histórias dos povos africanos,
 Avanços da medicina (o quinino no combate à
malária, e produtos contra a infecções),
 A produção de armamentos (o canhão-
metralhadora, os fuzis de repetição, etc),
 O telégrafo, a ferrovia e o navio a vapor, foram
avanços tecnológicos fundamentais que
possibilitaram a consumação da ocupação
colonial.
“O africano é uma invenção do
colonialismo” (Appiah.1997).

“Africanos”?
A imposição das fronteiras coloniais,
Administração centralizada,
Novas condições para que surgisse o
Angolano, o Queniano, o Ganense,
Contatos mais estreitos com o colonizador
– consciência mais ampla das relações e
das diferenças
A DESCOLONIZAÇÃO

 A Rebelião Malgaxe -1947 a 49, em Madagascar, cerca de


100.000 mortos;
 Revolta dos Mau-Maus, no Quênia, entre 1952 e
56 – 10.000 mortos Kikuyu;
 Sangrenta repressão contra as tropas senegalesas no
acampamento Faidherbe, próximo a Dakar, logo depois da
guerra.O Tyaroie
 Massacres nas colônias portuguesas – na Guiné-Bissau,
Pidjiguiti/1959; Angola, Baixa do Kassange/1960;
Moçambique, Mueda/1963.
ARTICULAÇÕES INTERNACIONAIS

 A CONFERÊNCIA AFRO-ASIÁTICA-
Bandung. Indonésia.1955
 A CONFERÊNCIA DE ACRA-Gana-1957
 A CONFERÊNCIA DE DACAR-Senegal-1959
 A CONFERÊNCIA DE ADIS-ABEBA-
Etiópia-1963
 A criação da OUA
 A CONFERÊNCIA TRI-CONTINENTAL DE
HAVANA – Cuba-1966
A RESISTÊNCIA

É importante a referência ao contexto das


idéias que – ao mesmo tempo que a
intensificação da exploração colonial –
influenciavam a tomada de consciência e
aceleraram o impulso das lutas anti-
coloniais da segunda década do nosso
século em diante.
O Pan-africanismo

 Movimento de instituições, publicações, e numa


sucessão de congressos internacionais que
articulavam inicialmente negros norte
americanos, da América central e do Caribe em
torno do postulado genérico do “direito dos
povos negros serem tratados como homens”.
Wiliam Edward Burghardt Du Bois (Intelectual
negro norte americano), foi seu mais dedicado e
brilhante articulador e formulador.
 George Padmore e a intervenção na Europa
Negritude

Expressão criada pelo antilhano Aimé


Cezaire, logo incorporada por Leopold
Senghor (Senegal): “identidade de destino
do conjunto dos povos sobre os quais se
abatera, por toda a parte, a dominação
colonial e racista” - sentido mais
marcadamente cultural e espiritual.
O mito ariano

 A participação na Segunda Grande Guerra : a


desmistificação do europeu – da superioridade moral,
espiritual da “raça branca”. Das colônias francesas
mais de 100.000 (por sinal, muito menos do que na
primeira guerra); das colônias inglesas, só quenianos
foram mais de 160.000 homens. Mais de 50.000
africanos morreram.
 As diferenças entre os povos europeus... Interesses
nacionais de diferentes grupos étnicos dentro de um
mesmo país...
 Ideais anti-fascistas X Regime colonial
As independências – a
formação das novas Nações
Africanas
Talvez fosse a primeira vez que o futuro
determinava a vida dos povos da África
subsaariana.
Os franceses arrogavam maior
legitimidade concessão da cidadania
francesa aos evolués
A política colonial inglesa: não tinha
preocupações especiais sobre legitimidade
Portugal

Sub-potência de colonialismo tardio ou


“ultra-colonialismo”.
“Mais do que as lutas entre as grandes
potências, mais do que as lutas de classe nos
países desenvolvidos, as lutas dos povos do 3º
mundo contra o colonialismo e o racismo é que
são o motor da marcha da história da nossa
época”. Amilcar Cabral
Samora Machel e
Agostinho Neto
“Independência para nós, não significa
apenas cantar um novo hino, hastear uma
nova bandeira e botar caras pretas no
palácio”
“Não basta que seja pura e justa a
nossa causa, é preciso que a
pureza e a justiça existam dentro
de nós”.
Desafios contemporâneos

 O fim do tráfico no século passado, a ocupação


colonial e as independências foram momentos
marcantes em que as redefinições da economia
mundial estabeleceram desafios para a inserção
dos povos africanos. As possibilidades e os
caminhos de sua superação são objeto de estudos
e debates em toda parte do mundo. Mas
constituem, sobretudo, o interesse e a
oportunidade daqueles povos reafirmarem seus
compromissos com o futuro.

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