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Radioproteção: o que é e os seus 3 princípios fundamentais

O que é Radioproteção?
A radioproteção, ou proteção radiológica, é o conjunto de medidas que têm como objetivo proteger tanto
as pessoas quanto o meio ambiente dos efeitos adversos provocados pela exposição à radiação.

Para isso, é importante compreender as fontes e os tipos de radiação envolvidos, bem como seus meios
de interação com materiais vivos e inertes, aplicando as ferramentas de medição adequadas, para assim
inferir e evitar seus potenciais efeitos.

Vale ter em mente que a radioproteção é usada em uma variedade de aplicações, não
apenas na medicina, como também na operação de indústrias nucleares, agricultura e
diversas aplicações que usam fontes de radiação.

A proteção radiológica ainda está ativa na gestão de rejeitos, controle de materiais,


transporte e no gerenciamento e descontaminação de materiais radioativos, evitando a
contaminação do ambiente, de outros seres vivos e, por consequência, dos próprios
humanos.
Qual é a importância da Radioproteção?
O corpo de uma pessoa exposta à radiação pode apresentar
uma variedade de efeitos colaterais como resultado dessa
interação.

Esses efeitos dependem de fatores como a dose de radiação e o


tempo de exposição.

A radiação pode afetar as células, causando danos em seus


elementos estruturais – induzindo morte celular – ou mutações
genéticas.

Como consequência, causa aumento do risco para doenças


como catarata e câncer, ou de óbito, a depender da dose
irradiada.
3 princípios fundamentais da radioproteção

Justificação
Indica que toda ação que envolva exposição a material radioativo ou radiação precisa de justificação com base nas
outras opções. Assim como também, o uso de fontes radioativas deve resultar em algum benefício para a
sociedade.

Otimização
Também conhecido como o princípio de ALARA (As Low As Reasonably Achievable ou Tão Baixo Quanto
Razoavelmente Exequível). É a ideia de empregar todos os materiais e meios necessários para diminuir a dose de
radiação, trabalhando com as seguintes variáveis:

Barreira física ou blindagem;


Diminuição do tempo de exposição;
Maximização da distância em relação à fonte de radiação;

Limitação
Doses limite de radiação por ano para cada indivíduo – controlada através dos dosímetros. Os limites de dosagem
anuais para pessoas e profissionais são definidos pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
Radiobiologia
A radiobiologia estuda os efeitos causados pelas emissões radioativas sobre a natureza: efeitos sobre os sistemas
biológicos e efeitos ecológicos das radiações

A contribuição primordial da radiobiologia para o


tratamento radioterápico é conceito de que a
morte celular ocorre e tem relação direta com a
função do aumento da dose e, deste modo
estabelecem-se relações entre a ação biológica
da radiação, a resposta e reparação do dano
induzido assim como o fracionamento da
irradiação sobre os tecidos normais e malignos

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/radiobiologia
PRINCÍPIOS DO FRACIONAMENTO DA DOSE DE RADIAÇÃO

O fracionamento da dose total de radiação é uma forma de dividir em


menores porções diárias a alta dose final necessária; busca-se, assim,
menor toxicidade com alta efetividade do tratamento. O fracionamento
está fundamentado nos chamados “5 Rs” da radiobiologia: reparação,
redistribuição, repopulação, reoxigenação e radiossensibilidade.
Reparação
Relaciona-se ao reparo da lesão subletal que ocorre de
forma mais eficaz nos tecidos normais, uma vez que as
células tumorais, de modo geral, têm maior quantidade
de mitoses em comparação com as células normais que Reoxigenação
as originaram, descontrole do ciclo celular e da ativação Os tumores humanos possuem, estruturalmente, cerca de 30% de
dos checkpoints para reparo. Assim, o fracionamento células hipóxicas (distribuição vascular heterogênica), estas mais
oferece condições para otimização do tratamento ao resistentes à radiação e com potencial para reparo e repopulação
possibilitar o reparo dos tecidos normais. do tumor.

Redistribuição
A sensibilidade das células à radiação está relacionada
com a fase do ciclo celular em que se encontram Radiossensibilidade
Representa uma medida de sensibilidade dos tecidos e exalta a
resposta do tumor à irradiação ao nível da extensão do dano celular
Repopulação (grau e velocidade de regressão) causado por uma determinada
Relaciona-se à capacidade de crescimento das dose de radiação
células clonogênicas tumorais que “escaparam” da
morte radioinduzida. Isto implica que a radioterapia
deve respeitar o protocolo previamente estabelecido
no tocante adotado ao tempo de duração e não se
estender por longo período, objetivando que as
células clonogênicas sejam erradicadas e ou A.C.CAMARGO Cancer Center – ACCAMARGO. Radioterapia. Disponível
eliminadas e não repopulem o tumor. em: <
http://www.accamargo.org.br/servicos-especializados/radioterapia/14>.
Acesso em: 03 dez.2017.
RADIOTOXICIDADE
Está relacionada à extensão da lesão das células dos tecidos normais.

Além disso, dependerá: Desta forma, os principais


• do indivíduo; tecidos atingidos são:
• da dose de radiação
ionizante; Pele e mucosa;
• da área do corpo irradiada; Tecido hematopoiético;
• da extensão da área Tecido linfóide;
irradiada; Trato gastointestinal;
• do tipo de radiação; Ovário.
• do aparelho utilizado.
RADIOTOXIDADE
Os efeitos tóxicos do tratamento radioterápico vão depender da localização do tumor, da energia
utilizada, do volume do tecido irradiado, da dose total e do estado geral do paciente. Algumas
reações são comuns aos pacientes e independem do local de aplicação: a fadiga, as reações de
pele e a inapetência, que costumam aparecer após a 2ª semana de tratamento.

Em relação ao tempo de ocorrência podem ser classificadas em:


• Reações agudas aparecem durante ou até um mês após o término das
aplicações de radioterapia;

• Reações intermediárias aparecem de 1 a 3 meses após o término do


tratamento;

• Reações tardias surgem de 3 a 6 meses ou anos após o fim do


tratamento.

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