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Técnico em

Mecânica

Manutenção Mecânica
Manô metros Industriais

85
Manô metros Industriais
O que é Manometria?
• Manometria é o estudo dos manômetros.

O que são manômetros?


• O Manômetro é um instrumento utilizado para medir a
pressão de fluidos contidos em recipientes fechados.
Manô metros Industriais
• Os Manômetros são dispositivos utilizados para indicação
no local de pressão e em geral divididos em duas partes
principais:
 O manômetro de líquidos, que utiliza um liquido como
meio para se medir a pressão;
 Manômetro tipo elástico que utiliza a deformação de
um elemento elástico como meio para se medir
pressão.
Manô metros Industriais
Classificação dos Manômetros
Os manômetros de líquidos são classificados em:
• Tipo Tubo em U;
• Tipo Tubo Reto;
• Diferencial;
• Tipo Tubo Inclinado.
Manô metros Industriais
Classificação dos Manômetros
Os manômetros elásticos são classificados em:
• Tubo de Bourdon;

• Tipo C;

• Tipo Espiral;

• Tipo Helicoidal;

• Tipo Diafragma;

• Tipo Fole;

• Tipo Cápsula.
Manô metros de Líquidos
Manômetros Tipo Tubo em U
• O tubo em “U” é um dos
medidores de pressão
mais simples entre os
medidores para baixa
pressão.
• É constituído por um tubo
de material transparente
(geralmente vidro)
recurvado em forma de U
e fixado sobre uma escala
graduada.

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Manô metros de Líquidos
Manômetros Tipo Coluna Vertical
• O emprego deste manômetro é idêntico ao do tubo em “U”.
Nesse manômetro as áreas dos ramos da coluna são
diferentes, sendo a pressão maior aplicada normalmente no
lado maior.
• Essa pressão, aplicada no ramo
de área maior provoca um
pequeno deslocamento do
líquido na mesma, fazendo
com que o deslocamento no
outro ramo seja bem maior,
face o volume deslocado ser o
mesmo e sua área bem menor.
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Manô metros de Líquidos
Manômetros Diferencial
• Os manômetros diferenciais
são construídos de aço inox,
adequados para aplicações
em meios corrosivos,
processos gasosos ou
líquidos.
• O manômetro diferencial é
indicado para medição de
pressões diferenciais entre
duas pressões de forma direta
ou para medição indireta de
nível ou de vazão ou para
medir a diferença de pressão
entre dois pontos.
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Manô metros de Líquidos
Manômetros Tipo Tubo Inclinado
• Este Manômetro é utilizado para
medir baixas pressões na ordem
de 50 mmH2O.
• Sua construção é feita inclinando
um tubo reto de pequeno
diâmetro, de modo a medir com
boa precisão pressões em
função do deslocamento do
líquido dentro do tubo.
• A vantagem adicional é a de
expandir a escala de leitura o que
é muitas vezes conveniente para
medições de pequenas pressões
com boa precisão.

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Manô metros Elásticos
• Este tipo de instrumento de
medição de pressão baseia-se na
lei de Hooke sobre elasticidade
dos materiais.
• O módulo da força aplicada em
um corpo é proporcional à
deformação provocada”.
• Os medidores de pressão tipo
elástico são submetidos a
valores de pressão sempre
abaixo do limite de elasticidade,
pois assim cessada a força a ele
submetida o medidor retorna a
sua posição inicial sem perder
suas características.

Tipo C Espiral Helicoidal 94


Manô metros Elásticos
Manômetros tipo Bourdon
• O manômetro mecânico do tipo BOURDON, é largamente
usado.
• O elemento medidor de pressão é um tubo metálico, achatado
e curvado, fechado em uma extremidade e com a outra ligada
ao local onde se pretende medir a pressão.
• Quando a pressão interna do tubo aumenta, este tende a se
endireitar, acionando um sistema mecânico ligado a um 95
ponteiro que se desloca frente ao mostrador graduado.
Manô metros Elásticos
Manômetros tipo Bourdon
As principais vantagens desse manômetros em relação aos do
tipo U são:
• Leituras menos sujeitas a alterações quando o medidor estiver
ligado a uma peça móvel.
• Menores dimensões dos manômetros quando usados nas
medidas de altas pressões.
• Ajustados à pressão nula, podem medir valores absolutos das 96
pressões.
Manô metros Elásticos
Manômetros tipo Bourdon

97
Manô metros Elásticos
Manômetros tipo
Espiral
• É mais usado para
medição de pressões
maiores.

98
Manô metros Elásticos
Manômetros tipo
Diafragma
• Este tipo de medidor,
utiliza o diafragma para
medir determinada
pressão, bem como, para
separar o fluido medido
do mecanismo interno. Diafragma
Antes foi mostrado o
manômetro tipo de
Bourdon que utiliza
selagem líquida. Aqui, Câmara de
explica-se o medidor que pressão
utiliza um diafragma
elástico.
99
Manô metros Elásticos
Manômetros tipo
Diafragma
• A proteção contra
sobrepressão elevada
resulta do apoio do
diafragma (1) na flange
superior e seu perfil
ondulado com achatamento
nas extremidades.
• Com faixas de medição na
escala de mbar, a proteção é
ampliada por meio do
assentamento do diafragma
especialmente usinado, no
qual o diafragma acopla
perfeitamente (2).
100
Manô metros Elásticos
Manômetros tipo Fole
• É um medidor de
pressão em que a
medição se faz por
equilíbrio da força
produzida numa área
conhecida com a tensão
atuante num meio
elástico.
• Neste tipo de medidor o
elemento sensível é um
fole que pode ser interno
ou externo.
101
Manô metros Elásticos
Manômetros Capsulares
• São utilizados em
indústrias de papel e
celulose, gráficas,
caldeiras, equipamentos
onde o meio não seja
agressivo e meios gasosos
de baixa pressão.
• Material de construção e
precisão são pontos muito
consideráveis.
• Verificar descrição das
séries conforme aplicação.
102
Medidores de Vazão

115
Medidores de Vazão

116
Medidores de Vazão
A medição de vazão de fluidos sempre esteve presente na era da
modernidade.
Exemplos:
• O hidrômetro de uma residência;
• Marcador de uma bomba de combustível.
A medição da vazão é a determinação da quantidade de líquidos,
gases ou sólidos que passa por um determinado local por unidade de
tempo.
Unidades:
• litros/min (volumétrica)
• m3/h (volumétrica)
• galões/min (volumétrica)
117
• kg/h (mássica)
• libras/min (mássica)
Medidores de Vazão
Em muitos processos industriais ela é uma necessidade,
sem a qual dificilmente poderiam ser controlados ou
operados de forma segura e eficiente.
Exemplos:
• Controlar recebimento de Gás (GLP);
• Precisão na finalização de processos de mistura.

118
Medidores de Vazão
Tipo Mássico
• Como um padrão fundamental de medição, a unidade de massa
não é derivada de nenhuma outra fonte.
• Nenhuma variação afeta a massa do fluido cuja vazão está
sendo medida.
Alguns modelos:
• Coriolis

• Termal 119

• Dois Rotores
Medidores de Vazão
Tipo Volumétrico
• A maioria dos medidores industriais mede a velocidade e
infere a vazão volumétrica do fluido.
• A partir da velocidade e da área da seção transversal da
tubulação tem-se a vazão volumétrica.
• Medem a quantidade de material instantânea.

120
Medidores de Vazão
Medidores Especiais

121
Medidor de Vazão Efeito
Coriolis - Má ssico
Características
• Indicados para controles precisos de processo e
bateladas, aplicável na indústria em geral, onde é
necessário confiabilidade e economia.
Medidor de Vazã o Disco Nutante
Características
• Indicado para medição
de fluidos industriais
tais como produtos
químicos, óleo diesel,
querosene, álcool,
óleos lubrificantes,
água industrial, etc., e
em especial no
recebimento de
caminhões de Gás
(GLP). 123
Medidor de Vazã o Vortex
Características
• Este medidor é pelo
princípio de Vortex
com eletrônica
inteligente, indicado
para medir gases,
líquidos e vapores.
• Possibilidade de
medição de vazão em
volume ou massa em
tubulações. 124
Medidor de Vazã o Má ssico Termal
para Gases
Características
• Aplicação industrial e
laboratorial, indicado
para medir gases em
geral, gases tóxicos ou
corrosivos.
• Possibilita o controle
da vazão, saída de
sinais de corrente ou
tensão e comunicação
via serial RS.
125
Medidor de Vazã o Ultrassô nico
Características
• Desenvolvido na relação
tempo de trânsito do
ultrassom no fluxo do
fluido líquido que
incorpora avanços em
processamento de sinal
digital.
• Usado na medição de
líquidos flexíveis.
• Princípio de Medição:
correlação da diferença
de tempo de trânsito 126
Medidor de Vazã o tipo Rotâ metro
Características
• Embora possa ser visto
como um medidor de
pressão diferencial, o
rotâmetro é um caso à
parte por sua construção
especial.
• Um tubo cônico vertical de
material transparente
contém um flutuador que
pode se mover na vertical.
• A posição vertical do
flutuador é lida numa
escala graduada. 127
Medidor de Vazã o tipo Rotâ metro
Características
• Desde que a vazão
possa ser lida
diretamente na
escala, não há
necessidade de
instrumentos
auxiliares como os
manômetros dos
tipos anteriores.

128
Tabela de especificaçã o de
Medidores
Indicadores e transmissores de vazão
tipo Placa Orifício
• É um dos meios mais usados
para medição de fluxos.
Vantagens:
• Apresenta simplicidade, custo
baixo, ausência de partes
móveis, pouca manutenção,
instrumentação externa, etc.
Desvantagens:
• Provoca considerável perda
de carga no fluxo, a faixa de
medição é restrita, desgaste
da placa, etc.

130
Escorva de Bomba
• Entende-se por escorva o processo de preenchimento
total de líquido da tubulação de sucção da bomba, a fim
de evitar que a mesma opere vazia ou com ar.
• No processo de escorva, o ar ou gases contidos na
tubulação de sucção são substituídos pelo líquido a ser
bombeado.

132
Ciclo de Escorva da Bomba
1. Enchimento da carcaça, bomba
parada:
• Para uma boa operação de escorva a
carcaça deve ser preenchida com um
volume suficiente de líquido de escorva
necessário para aspirar o ar contido na
linha de sucção.
2. Partida da bomba:
• Com o giro do rotor, o líquido de
escorva auxilia na aspiração do ar
contido na tubulação e é bombeado
para a câmara de escorva. O ar é
expelido enquanto o líquido de escorva
flui através da carcaça e volta para o
olho do rotor. Com a circulação do
líquido de escorva é aspirado mais ar,
criando uma depressão na linha de
sucção fazendo com que o líquido
bombeado seja empurrado para dentro
da tubulação pela ação da pressão
atmosférica. 133
Ciclo de Escorva da Bomba
3. Enchimento da voluta da bomba:
• Após o ciclo de escorva ter
aspirado o ar da tubulação, o
líquido preenche a voluta e a
câmara de escorva iniciando-se o
bombeamento efetivo do líquido.
4. Bomba parada:
• Quando não está em
funcionamento, o líquido contido
na tubulação de descarga volta
para bomba, deixando a câmara de
escorva preenchida com líquido
suficiente para o início do próximo
ciclo de escorva.

134
Bomba autoescorvante
• A motobomba autoescorvante usa a força centrífuga em seu
funcionamento, porém sua partida é dada pelo processo de
escorvamento.
• O ar da tubulação é puxado através do giro do rotor e a bomba
é então totalmente escorvada.
• Este procedimento manual ocorre apenas na primeira utilização
da bomba auto escorvante, que fará o processo
automaticamente nas próximas partidas
• Essa ferramenta é utilizada em unidades de combate a
incêndio, construção civil, estações de tratamento de água,
irrigação, etc.
135
Bomba autoescorvante
• A bomba autoescorvante irá evacuar
todo o ar. O vácuo produzido à medida
que o rotor gira (2) puxa ar para dentro
(1) da bomba, onde é misturado com o
líquido já contido na carcaça da bomba.
• Quando todo o ar tiver sido evacuado
da linha de sucção, o líquido é
bombeado, mesmo que carregado de ar.
• A mistura ar / líquido é conduzida para
o lado de descarga onde o ar se separa
e é expelido pela porta de descarga (3)
enquanto o líquido, devido à maior
gravidade, recua e é reutilizado no lado
de sucção através de uma pequena
passagem.
• A alta porta de sucção mantém o líquido
suficiente dentro do invólucro para
permitir a recalque a qualquer
momento. A válvula de retenção na
porta de sucção (4) evita um refluxo do
líquido e reduz o tempo de escorva. 136
Bomba autoescorvante
• A bomba autoescorvante irá evacuar
todo o ar. O vácuo produzido à medida
que o rotor gira (2) puxa ar para dentro
(1) da bomba, onde é misturado com o
líquido já contido na carcaça da bomba.
• Quando todo o ar tiver sido evacuado
da linha de sucção, o líquido é
bombeado, mesmo que carregado de ar.
• A mistura ar / líquido é conduzida para
o lado de descarga onde o ar se separa
e é expelido pela porta de descarga (3)
enquanto o líquido, devido à maior
gravidade, recua e é reutilizado no lado
de sucção através de uma pequena
passagem.
• A alta porta de sucção mantém o líquido
suficiente dentro do invólucro para
permitir a recalque a qualquer
momento. A válvula de retenção na
porta de sucção (4) evita um refluxo do
líquido e reduz o tempo de escorva. 137
Bomba autoescorvante
• A bomba autoescorvante irá evacuar
todo o ar. O vácuo produzido à medida
que o rotor gira (2) puxa ar para dentro
(1) da bomba, onde é misturado com o
líquido já contido na carcaça da bomba.
• Quando todo o ar tiver sido evacuado
da linha de sucção, o líquido é
bombeado, mesmo que carregado de ar.
• A mistura ar / líquido é conduzida para
o lado de descarga onde o ar se separa
e é expelido pela porta de descarga (3)
enquanto o líquido, devido à maior
gravidade, recua e é reutilizado no lado
de sucção através de uma pequena
passagem.
• A alta porta de sucção mantém o líquido
suficiente dentro do invólucro para
permitir a recalque a qualquer
momento. A válvula de retenção na
porta de sucção (4) evita um refluxo do
líquido e reduz o tempo de escorva. 138
Manutenção de sistemas de
bombeamento

139
Manutenção de Bombas
Análise de problemas de bombas centrífugas
• Toda bomba que deixa de atender ao processo ou
apresenta algum sintoma que resulta em risco
operacional, como vazamento ou vibração alta, necessita
de análise para determinar as ações a serem tomadas.
• Antes de abrir uma bomba que não esteja cumprindo seu
papel adequadamente, devemos ter certeza de que o
problema é da bomba.
• Muitas vezes o problema está nas condições do processo
ou no sistema e, nesse caso, a abertura da bomba não é a
solução para o caso. 140
Manutenção de Bombas
Análise de problemas de bombas centrífugas
• Algumas situações permitem um diagnóstico imediato da
falha, como o vazamento pelo selo ou o travamento do
conjunto rotativo, problemas estes que são visíveis.
• Na abertura da bomba, as peças devem ser examinadas
para identificar o motivo da falha.
• Outros tipos de situações necessitam de uma investigação
para determinar sua causa.
• Não devemos apenas substituir as peças danificadas, mas
tentar entender que motivo levou à falha e tomar as
providências para evitar sua repetição. 141
Manutenção de Bombas
Análise de problemas de bombas centrífugas
• Bombas que não estão atendendo em vazão ou pressão
de descarga.
• Bombas que apresentam vibração ou ruído.
• Bombas que estão exigindo potência acima da esperada.
• Bombas que apresentam aquecimento excessivo nos
mancais.
142
• Bombas com vazamentos.
Manutenção de Bombas
Bombas que não estão atendendo em vazão ou pressão de
descarga
Uma bomba, estando em boas condições, deve trabalhar sobre
suas curvas de AMT e de potência versus vazão.
Boas condições:
1. NPSH disponível acima do requerido (sem cavitação).
2. Vazão acima da mínima de fluxo estável (sem recirculação
interna).
3. Rotação correta.
4. Impelidor no diâmetro correto e sem problemas de desgaste
ou obstrução interna.
5. Carcaça ou difusores sem desgaste.
6. Folgas de anéis de desgaste e das buchas dentro de valores 143
recomendados.
7. Líquido dentro das condições de projeto (densidade e
Manutenção
de Bombas
Problema de
baixa vazão
ou pressão
na descarga

144
Manutenção de Bombas
A bomba está cavitando devido ao aumento da perda de
carga na linha de sucção (redução do NPSH disponível)

Alguma obstrução parcial na linha de sucção, como válvula


parcialmente fechada, filtro sujo etc.

Bomba operando com vazão mais alta do que a de projeto.


Vazão maior significa maior NPSH requerido e menor NPSH
disponível, portanto, mais propício à cavitação.

Aumento da viscosidade do líquido (caso de líquidos viscosos),


que pode ocorrer pela redução da temperatura de
145
bombeamento. O aumento da viscosidade aumenta as perdas
de carga, reduzindo a pressão de sucção e o NPSH disponível.
Manutenção de Bombas
A bomba está cavitando decorrente do desgaste da bomba
(aumento do NPSH requerido)

Bomba com folgas internas altas; por exemplo, se os anéis de


desgaste ou a luva espaçadora entre o primeiro e o segundo
estágios estiverem com folga excessiva, uma boa parte da vazão
irá retornar internamente da descarga para a sucção. Para
efeito de cavitação, é como se estivesse bombeando
adicionalmente esse acréscimo de vazão.

Desgaste no impelidor, alterando suas características na região


de sucção. Desgastes na região da voluta não afetam o NPSH
146
requerido.
Manutenção de Bombas
Evitando a cavitação
 Verificar a possibilidade de aumentar o nível do líquido no vaso de sucção. Alguns sistemas
possuem controle de nível nesse vaso, bastando, nesse caso, alterar o valor de controle
(set point).
 Reduzir a perda de carga na linha de sucção, por exemplo, verificando se o filtro da sucção
está sujo ou se alguma válvula está parcialmente fechada.
 Limitar a vazão máxima da bomba em um valor em que não tenhamos ruído ou vibração.
 Resfriar o líquido (reduz a pressão de vapor), desde que as condições demandadas pelo
processo (antes e depois da bomba) o permitam.
 Verificar com o fabricante da bomba se existe outro modelo de impelidor que atende a
necessidade do processo e com NPSH requerido mais baixo para essa carcaça.
 Verificar se o modelo da bomba permite a instalação de um indutor de NPSH.
 Avaliar se o aumento do diâmetro da linha de sucção, ou a simplificação do
encaminhamento da linha, ou a eliminação de acessórios instalados nela, com a
consequente redução da perda de carga, trará o ganho necessário para evitar a cavitação.
 Elevar o vaso de sucção ou rebaixar a bomba.
147
 Alterar o material do impelidor para aço inoxidável, o qual resiste mais à cavitação. Dentre
os materiais usuais, o que apresenta menor desgaste é o ASTM A-743 CA6NM, que possui
12% de Cr. Essa solução tenta atenuar o efeito da cavitação. É usada para conviver com o
problema, aumentando apenas o tempo de falha do impelidor.
Manutenção de Bombas
A bomba está escorvada?
A bomba pode não ter sido completamente cheia de
líquido (escorvada) antes da partida.
Entrada de ar pelas juntas da linha de sucção ou pelas
gaxetas (somente no caso de bomba com pressão
negativa na sucção).
A submersão da linha de sucção pode ser pequena,
permitindo a formação de vórtice e, consequentemente,
entrada de ar ou de gases.
O líquido contém quantidade excessiva de gases
dissolvidos. 148
Manutenção de Bombas
A rotação está correta?
Se a rotação estiver mais baixa, a bomba pode não
atender ao processo. A solução, nesse caso, é ajustar a
rotação. Caso não consigamos devido ao fato de a
potência do acionador já ser a máxima, temos de
diagnosticar se o problema é da bomba, que está exigindo
maior potência ou do acionador, que apresenta alguma
deficiência.
Baixa rotação só ocorre em turbinas a vapor, motores de
combustão interna, ou com motores elétricos que possam
ter sua rotação modificada.
149
Motores elétricos comuns trabalham sempre na rotação
especificada, ou próximo a ela, devido a um pequeno
Manutenção de Bombas
O produto está com suas especificações corretas?
O aumento de viscosidade aumenta a perda de carga nas linhas
de sucção e de descarga, exigindo da bomba para a mesma
vazão AMT maior; e afeta negativamente o desempenho da
bomba, reduzindo a AMT, a vazão e o rendimento.
A alteração da temperatura de bombeamento é uma das
principais responsáveis pela alteração da viscosidade.
A modificação da temperatura influencia também o peso
específico (ou a densidade) do produto.
A AMT (head) fornecida pela bomba centrífuga para uma
determinada vazão é sempre a mesma. Se o peso específico for
reduzido, a pressão também será reduzida na mesma 150
proporção.
A potência também irá variar diretamente com o peso
Manutenção de Bombas
A bomba está operando em um ponto da sua curva de
AMT x vazão?
De posse da AMT e da vazão da bomba, podemos
verificar se está trabalhando sobre sua curva original.
Se a bomba estiver com folgas internas excessivas nos
anéis de desgaste, nas buchas entre estágios ou, ainda,
com o impelidor e/ou a carcaça desgastada, ela terá seu
desempenho alterado.
A viscosidade também altera a curva da bomba.
Necessitamos, portanto, saber a vazão e a AMT da bomba
e dispor de sua curva para essa verificação. 151
Manutenção de Bombas
A bomba está operando em um ponto da sua curva de
AMT x vazão?
A AMT pode ser calculada simplificadamente com um
manômetro na sucção e outro na descarga.
É desejável ter uma válvula de bloqueio antes do manômetro,
que pode servir para amortecer pulsações da pressão.
Em último caso, normalmente no flange de sucção da bomba,
costuma ter um orifício de 1/4”, que pode servir para adaptar o
manômetro. Nessa região, costumam ocorrer pulsações, o que
dificulta a medição.
Manômetros próximos de curvas ou de qualquer acidente,
como válvulas, oscilam muito e falseiam as pressões lidas. 152
Manutenção de Bombas
A bomba está operando em um ponto da sua curva de
AMT x vazão?
A AMT pode ser calculada simplificadamente com um
manômetro na sucção e outro na descarga.
É desejável ter uma válvula de bloqueio antes do manômetro,
que pode servir para amortecer pulsações da pressão.
Em último caso, normalmente no flange de sucção da bomba,
costuma ter um orifício de 1/4”, que pode servir para adaptar o
manômetro. Nessa região, costumam ocorrer pulsações, o que
dificulta a medição.
Manômetros próximos de curvas ou de qualquer acidente,
como válvulas, oscilam muito e falseiam as pressões lidas. 153
Manutenção de Bombas
Bombas que apresentam vibração e/ou ruído
1. Desalinhamento entre a bomba e o acionador.
2. Desbalanceamento dinâmico do conjunto rotativo ou do acoplamento.
3. Problemas de tensão provocada pelas linhas de sucção e descarga.
4. Tubulação próxima à bomba não apoiada corretamente nos suportes.
5. “Pé manco” (apoio desigual) do motor ou da bomba.
6. Pés do motor ou da bomba não apertados adequadamente.
7. Chumbadores da base soltos.
8. Base não grauteada adequadamente.
9. Roçamento interno.
10. Cavitação.
11. Vazão abaixo da de fluxo mínimo estável (recirculação interna).
12. Distância da periferia do impelidor para a lingueta da voluta ou para
difusor não adequada.
13. Mancal de deslizamento com folga alta. 154
14. Mancal de rolamento com desgaste.
15. Folgas internas altas.
16. Impelidor com um canal obstruído (desbalanceamento hidráulico).
Manutenção de Bombas
Bombas que estão exigindo potência acima da esperada
1. Vazão mais elevada do que a de projeto
2. Anéis de desgaste ou buchas folgadas
3. Roçamento severo
4. Aumento da viscosidade
5. Aumento do peso específico (densidade)
6. Desgaste interno
7. Aumento da rotação
155
Manutenção de Bombas
Bombas que apresentam aquecimento no mancal
1. Rolamentos danificados.
2. Contaminantes no óleo, principalmente água.
3. Desalinhamento entre os mancais da bomba, ou entre o eixo da bomba e do
acionador.
4. Forças hidráulicas radiais, ou axiais elevadas.
5. Nível alto de óleo nos rolamentos.
6. Quantidade de óleo insuficiente chegando aos mancais.
7. Óleo com viscosidade inadequada.
8. Graxa em excesso na caixa de mancais.
9. Carga demasiadamente baixa no rolamento.
10. Bomba operando com alta vibração. 156
11. Tolerâncias do eixo ou da caixa fora do recomendado.
12. Linha de sucção não adequada no caso de bombas de dupla sucção, que irão gerar
Manutenção de Bombas
Bombas com vazamentos
1. O vazamento, se visível, é facilmente identificado.
2. O local mais comum de ocorrer vazamento do produto é pela
selagem.
3. Podemos também ter vazamento pela junta da carcaça, embora
menos comum.
4. Na selagem por gaxetas, é normal um pequeno vazamento.
5. Nos selos mecânicos, o local mais comum de vazamento é pelas
sedes.
6. Quando o vazamento é entre a luva e o eixo, se a luva prolongar-se 157

além da sobreposta, como ocorre nos selos tipo cartucho, fica fácil
Manutenção de Bombas
Folgas e excentricidades permitidas
• Na montagem de uma bomba horizontal em balanço (OH1 e
OH2), sempre que possível, monte a caixa de selagem na caixa
de mancais com o eixo na posição vertical.
• Vale o mesmo para a montagem da carcaça.
• Montando na posição horizontal, as folgas das guias ficarão
sempre do mesmo lado, facilitando um possível roçamento.

158
Manutenção de Bombas
Tolerâncias recomendadas

159
Manutenção de Bombas
Ajustes ISO
utilizados
em bombas
em mm

160
Manutenção de Bombas
Tolerâncias recomendadas
Exercício
1. Que diâmetro devemos usar em um eixo com um
rolamento de 49,999mm de diâmetro interno?
2. Que valor devemos adotar para diâmetro interno da
luva se o eixo possui 75mm diâmetro?

161
Manutenção de Bombas
Excentricidades (runout) para bombas centrífugas
Excentricidades LTI de bombas BB

• Os fabricantes de selos mecânicos recomendam que a leitura total indicada 162


(LTI) do relógio sobre a luva do selo seja inferior a 0,05mm.
Manutenção de Bombas
Excentricidades (runout) para bombas centrífugas
Excentricidades LTI de bombas BB
• O API permite para bombas BB com eixos rígidos (F < 1,9 x 109) as
excentricidades de 0,05mm para peças montadas no eixo com
interferência e 0,075mm para peças montadas com folga.
• A norma API divide as bombas em três tipos de acordo
com a posição do impelidor em relação aos mancais:
 OH (overhung) – em balanço
 BB (between bearing) – entre mancais
 VS (vertically suspende) – verticalmente suspensas
163
Manutenção de Bombas
Excentricidade
Exercício
1. Qual deve ser a excentricidade máxima recomendada
pelo API para um conjunto rotativo de uma bomba tipo
BB cujas peças são montadas com interferência? O eixo
é de 60mm de diâmetro e tem a distância entre mancais
de 1.500mm.
164
Manutenção de Bombas
Lubrificação
Os principais produtos utilizados na lubrificação das
bombas são:
• Graxa.
• Óleo lubrificante.
 Por nível.
 Forçada (ou pressurizada).
 Por névoa de óleo.
• Próprio produto bombeado, fazendo as vezes do
lubrificante. 165
Manutenção de Bombas
Lubrificação por graxa
• Não é muito usada em mancais de bombas, ficando restrita
a bombas pequenas e bombas de deslocamento positivo.
• Nos motores elétricos, predomina a utilização da graxa na
lubrificação dos rolamentos.
• Nas indústrias, em que o ambiente tem pós em suspensão, é
usual o emprego da graxa.
• Com graxa, as rotações máximas admissíveis nos rolamentos
são menores do que com óleo.
• As caixas de mancais lubrificadas por graxa devem ser 166
preenchidas, no máximo, até 2/3 do seu volume.
Manutenção de Bombas
Lubrificação por Óleo lubrificante
• É o principal produto utilizado na lubrificação de bombas
centrífugas horizontais.
• Existem três tipos principais de lubrificação com óleo:
 Por nível.
 Forçada (ou pressurizada).
 Por névoa de óleo.

167
Manutenção de Bombas
Lubrificação por Nível
Lubrificação por nível normal

168
Manutenção de Bombas
Lubrificação por Nível
Lubrificação com anel salpicador

169
Manutenção de Bombas
Lubrificação forçada ou pressurizada
• Esse tipo de lubrificação é utilizado somente para mancais
de deslizamento.
• Esse sistema é empregado quando a geração de calor no
mancal é alta, seja devido à carga, seja à rotação.
• O sistema de lubrificação forçado necessita, no mínimo,
de:
uma bomba para circular o óleo;
um filtro de óleo (geralmente duplo);
um resfriador;
170
uma válvula de segurança.
Manutenção de Bombas
Lubrificação por névoa

171
Manutenção de Bombas
Lubrificação por névoa
As principais vantagens desse sistema são:
• Aumento da vida dos rolamentos.
• Redução da temperatura da caixa de mancais (em média 15%).
• Os rolamentos trabalham com um óleo sempre limpo.
• Por ficar levemente pressurizada, não entra umidade nem pós na
caixa de mancais.
• Como o coeficiente de atrito é menor, a potência consumida pela
bomba cai.
• Na maioria dos casos, a água de resfriamento pode ser eliminada
da caixa de mancais. 172
• Eliminação do uso de copo nivelador, do cachimbo, anéis
salpicadores e pescadores (este último só no caso de rolamentos).
Manutenção de Bombas
Lubrificação pelo próprio fluido
• Muito usada em bombas verticais, nas quais o próprio
fluido bombeado lubrifica os mancais guias.
• Nas bombas com acoplamento magnético e nas bombas
canned, ambas sem selagem, também é usual o líquido
bombeado ser utilizado na lubrificação dos mancais.

173
Manutenção de Bombas
Lubrificação pelo próprio fluido
• Muito usada em bombas
verticais, nas quais o próprio
fluido bombeado lubrifica os
mancais guias.
• Nas bombas com acoplamento
magnético e nas bombas canned,
ambas sem selagem, também é
usual o líquido bombeado ser
utilizado na lubrificação dos
mancais.

174
Manutenção de Bombas
Lubrificação pelo próprio fluido

175
Manutenção de Bombas
As principais falhas dos mancais das bombas são
devido:
• à montagem inadequada: pancadas, sujeiras etc.
• à entrada de fluidos estranhos na caixa de mancal: água,
produto bombeado, vapores e gases.
• à entrada de sólidos na caixa de mancal: catalisadores, pós etc.
• ao nível de óleo ou à quantidade de graxa inadequados nas
caixas de mancais aos esforços elevados: vibração,
desalinhamento entre bomba e acionador, desbalanceamento,
esforços da tubulação etc.
• às tolerâncias incorretas: diâmetro do eixo, diâmetro da caixa,
176
raios de concordância etc.
Manutenção de Bombas
As principais falhas dos mancais das bombas são
devido:
• ao desalinhamento entre os dois alojamentos dos rolamentos
à qualidade dos rolamentos: falsificação, produtos de 2a linha,
estocagem inadequada etc.
• à qualidade e limpeza do lubrificante: viscosidade não
adequada, abastecimento com funil ou regador sujo etc.
• ao aquecimento excessivo do lubrificante: oxidação e redução
da vida do óleo.
• à operação da bomba fora do ponto de projeto: cavitação,
recirculação, aumento de esforços radiais e axiais.
177
Manutenção de Bombas
Vida relativa dos rolamentos
baseada em 100% para 100ppm de água

178
Manutenção de Bombas
Vida do óleo em função da temperatura de trabalho

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