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Interpretação das normas jurídicas

Elementos da interpretação
Fixação do sentido
Alcance
norma jurídica
Espécies de interpretação

• quanto à sua origem;


• quanto ao método utilizado pelo intérprete;
• quanto a seus resultados.
Quanto à sua origem, a interpretação
pode ser:
– judiciária ou usual;
– legal ou autêntica;
– administrativa;
– doutrinária ou científica
1. Interpretação judiciária, judicial ou usual- É a que realizam os
juízes ao sentenciar
2. Interpretação doutrinária ou científica é a que realizam os juristas
em suas obras e processos
3. Interpretação administrativa é a realizada pelos órgãos da
administração, a partir do Presidente da República, até as
autoridades de menor nível, mediante despachos, instruções,
portarias, ordens, etc.
4. Interpretação legal ou autêntica que é feita pelo próprio legislador.
Ex: a AR pode emanar uma norma e fixar o sentido e alcance
daquela norma.
Quanto aos processos ou métodos

• gramatical ou filológica;
• lógico-sistemática;
• histórica;
• sociológica.
• Gramatical ou filológica toma por base o
significado das palavras da lei e a sua função
gramatical.
Cont.
• Lógico-sistemática leva em conta o sistema
em que se inscreve o texto e procura
estabelecer a conexão entre estes e os demais
elementos da própria lei do respectivo campo
do direito ou do ordenamento jurídico legal.
• Interpretação histórica baseia-se na
investigação dos antecedentes da norma.
• Interpretação sociológica baseia-se na
adaptação do sentido da lei às realidades e
necessidades sociais.
Quanto a seus efeitos ou
resultados
• declarativa;
• extensiva;
• restritiva.
• Interpretação é declarativa quando se limita
a declarar o pensamento expresso na lei, sem
ter necessidade de estendê-la a casos não
previstos ou restringi-la mediante a exclusão
de casos inadmissíveis.
.cont
• Interpretação extensiva o alcance da norma é mais
ampla do que indicam os seus termos. Diz-se que o
legislador escreveu menos do que queria dizer, deve
a lei aplicar-se a determinadas situações não
previstas expressamente.
• Interpretação restritiva quando o legislador
escreveu mais do que realmente pretendia. O
intérprete nesse caso vê-se forçado a restringir o
sentido da lei, a fim de dar-lhe aplicação razoável e
justa.
Interpretação jurídica e o problema das
lacunas da lei
Nem sempre o código ou a lei oferece solução jurídica
para o caso sub Júdice. Quando tal ocorre, diz-se haver
lacuna.
 Interpretação no sentido restrito – quando existe uma
norma, prevendo o caso.
 Integração – quando não existe uma norma explícita
para um determinado caso, cabendo ao implementador
encontrar ou mesmo criar uma norma especial para o
caso concreto. Recorrendo para isso a dois elementos:
a analogia e os princípios gerais do direito.
Cont.
• Analogia – consiste em aplicar a um caso não
previsto, a norma que rege outro semelhante,
não bastando a semelhança de casos ou
situações, mas também necessário que exista
a mesma razão.
• Princípios gerais do direito – na ausência de
preceitos análogos.
Cont.
• Métodos de interpretação
• A legalista dogmática ou lógico-sistemática – método
das construções jurídicas mediante processos
indutivos, mas sempre com apoio nos textos legais;
• A tendência sociológico – representado pelo método
de livre investigação científica, diante das lacunas da
lei, deve o jurista criar a norma aplicável, decorrente
da natureza das coisas, e revelada pelo processo da
livre investigação científica (livre porque não sujeita
aos textos formais).

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