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CAP.

9 – AMÉRICA PORTUGUESA:
COLONIZAÇÃO – parte 5
Prof. PEDRÉ VERAS
História

7º ano
A SOCIEDADE
COLONIAL
 Novos estudos lançam um novo olhar sobre a
sociedade colonial. Primeiramente, é preciso dizer
que na América portuguesa havia várias regiões
econômicas e diversas “sociedades”.

 Além dos senhores de engenho, havia nela


comerciantes, lavradores de cana, roceiros,
vaqueiros, trabalhadores assalariados e
escravizados.

 Os senhores de engenho eram livres e brancos; os


que trabalhavam nos canaviais geralmente eram
negros, em boa parte africanos.

 Mas havia também técnicos e artesãos livres,


escravos, brancos, mestiços ou negros.
A NOBREZA DA
TERRA
 O grupo social de maior prestígio na sociedade açucareira era
o dos senhores de engenho.

 Eram eles os donos das terras, do maquinário e dos


escravizados.

 Muitos senhores de engenho descendiam dos primeiros


colonizadores portugueses e se consideravam a nobreza da
terra.

 Os laços de sangue, reforçados por casamentos entre pessoas


dessa nobreza, ajudavam a preservar o prestígio e o poder
desse grupo social.

 A nobreza da terra expandia seu poder para além do mundo


rural, ocupando cargos importantes nas Câmaras Municipais
das vilas e cidades coloniais.C
A NOBREZA DA
TERRA
Nas proximidades dos grandes engenhos viviam também homens livres, conhecidos como “lavradores de cana”, assim
chamados porque possuíam terras onde cultivavam cana-de-açúcar, mas dependiam do senhor para moê-la. Em troca,
pagavam com uma parte do açúcar obtido.

A moradia do senhor de engenho era a casa-


grande, assim descrita pelo escritor Gilberto
Freyre:

[...] possuía paredes grossas de pedra e cal cobertas de telha,


alpendre na frente e dos lados, telhados caídos num
máximo de proteção contra o sol forte e as chuvas
tropicais, [...] várias salas, quartos, corredores, duas
cozinhas, despensa, capela. FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala. São Paulo: Global,
2006. p. 10.
OS
COMERCIANTES
 As maiores fortunas no Brasil colonial estavam
nas mãos dos comerciantes de escravos, de
produtos europeus e indianos (tecidos,
ferramentas, entre outros) e de produtos locais
(animais e alimentos).

 Muitos comerciantes usavam o dinheiro


conseguido pelo comércio para se tornarem
senhores de engenho.

 Houve também comerciantes que se casavam


com as filhas dos senhores de engenho e, com
isso, conseguiam chegar ao topo da hierarquia
social.
OS TRABALHADORES
ASSALARIADOS
Muitos engenhos empregavam assalariados. No quadro a seguir, você vai conhecer algumas das
ocupações desses trabalhadores em um engenho nordestino da segunda metade do século XVII.

 Entre os trabalhadores assalariados dos


grandes engenhos, havia também
artesãos (carpinteiros, pedreiros,
ferreiros etc.) que recebiam por dia
ou por tarefa.

 Entre eles, o feitor-mor e os especialistas na


produção do açúcar (mestres de açúcar,
purgadores e caldeireiros) recebiam os
salários mais altos. O salário desses
profissionais era anual.

 O mestre de açúcar – responsável pela


qualidade do produto – era geralmente o mais
bem pago do engenho.
OS
ESCRAVIZADOS
 Grande parte da população colonial era formada
por africanos escravizados e seus descendentes.

 Do trabalho deles dependia o funcionamento da


economia colonial: a lavoura, a pecuária, a coleta,
a pesca, o transporte de mercadorias etc.

 Os que trabalhavam plantando,


carpindo, colhendo e chamados
pescando
escravos de campo
eram e constituíam 80% dos Engenho de
escravizados dos maiores engenhos. Açúcar. Henry
Koster. 1816.
 Os que trabalhavam na fabricação de açúcar
formavam 10% do total. Os domésticos
(cozinheira, faxineira, arrumadeira etc.) e os
artesãos (oleiro, carpinteiro, ferreiro etc.), juntos,
compunham os outros 10%.
OS
 O local de moradia dos escravizadosESCRAVIZADOS
chamava- se
senzala, uma palavra de origem banta quer dizer
“povoado” ou “comunidade”.

 Portanto, provavelmente, foram os próprios


africanos que deram esse nome às suas moradias.

 As senzalas eram habitações feitas geralmente de


pau a pique e cobertas de sapé.

 Estudos recentes sobre registros de batismo,


casamento e morte de escravos vêm mostrando que
as famílias escravas tinham práticas, visões e
valores próprios.

 E mais: reagiam à imposição de seus senhores,


tomavam iniciativas e buscavam viver do seu jeito.

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