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CEPROAL

CENTRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE DE ALAGOAS


CURSO DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA A CLIENTES/PACIENTES EM TRATAMENTO CLÍNICO

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS


SONDAGENS INTESTINAIS
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

 Bolo alimentar BOCA


FARINGE
 Quimo
 Bolo fecal
GLÂNDULAS
 Sucos: SALIVARES
 Gástrico ESÔFAGO
 Pancreático
 Biliar
 Entérico
FÍGADO ESTÔMAGO

VESÍCULA BILIAR
PÂNCREAS
INTESTINO DELGADO

INTESTINO GROSSO
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

DUODENO
COLO TRANSVERSO

JEJUNO
INTESTINO
GROSSO
ÍLEO

COLO DESCENDENTE
INTESTINO
COLO SIGMÓIDE
DELGADO
COLO ASCENDENTE

ÂNUS RETO
IMPACTAÇÃO FECAL

 Ocorre impacção fecal quando uma massa


acumulada de fezes secas não consegue ser
expelida.

 A massa pode ser palpável ao toque retal, pode


exercer pressão sobre a mucosa colônica,
resultando na formação de úlcera e, com
frequência, provoca vazamento de fezes
líquidas.
IMPACTAÇÃO FECAL - SINTOMAS

 Constipação;
 Desconforto retal;
 Náusea, vômito;
 Dor abdominal,
 Diarreia (vazamento ao redor das fezes impactadas) e
 Aumento da frequência urinária.
IMPACTAÇÃO FECAL – TRATAMENTO

 A remoção digital das fezes é a única alternativa.

 A manipulação retal excessiva pode causar irritação à mucosa, subsequente sangramento e

estimulação do nervo vago, o que pode produzir uma redução reflexa da frequência cardíaca.

 O procedimento é realizado quando a administração de enemas ou de supositórios não for

bem-sucedida na remoção das fezes impactadas.

 O procedimento é geralmente contraindicado em pacientes cardiopatas. –


REFLEXO
VASOVAGAL

 Entretanto, se for absolutamente necessário, deve-se monitorar a frequência cardíaca do

paciente antes e durante o procedimento.


FECALOMA
INCONTINÊNCIA FECAL

 A incontinência fecal descreve a eliminação involuntária de fezes pelo reto.

 Os fatores que influenciam a incontinência fecal incluem a capacidade do reto de perceber e acomodar
as fezes, a quantidade e a consistência das fezes, a integridade dos esfíncteres e da musculatura anais
e a motilidade retal.
INCONTINENCIA FECAL – FISIOPATOLOGIA

 Causas condições que interrompem ou que rompem a estrutura ou a função da unidade anorretal.
 Traumatismo (após procedimentos cirúrgicos que envolvem o reto);
 Distúrbios neurológicos (AVC, esclerose múltipla, neuropatia diabética, demência);
 Inflamação;
 Infecção;
 Quimioterapia ou radioterapia;
 Impacção fecal;
 Relaxamento do assoalho pélvico;
 Abuso de laxativos;
 Medicamentos;
 Idade avançada (fraqueza ou perda do tônus da musculatura anal ou retal).
SONDAS
TIPOS DE SONDAS

Sonda Retal

Indicada para aliviar a tensão provocada por


gases e líquidos no intestino grosso. Utilizável
também para retirada de conteúdo fecal através
do reto.
Adultos: 22 a 30 Fr
Crianças: 12 a 18 Fr
ENEMA

 É a instilação de uma solução dentro do reto e do cólon sigmoide para


promover a evacuação por meio da estimulação dos movimentos
peristálticos.

 Indicação: tratar a constipação ou esvaziar o intestino antes


de
procedimentos diagnósticos ou cirurgias abdominais.

 O uso frequente de enemas interrompe os reflexos normais de evacuação,


resultando na dependência para a eliminação de fezes.

 Os enemas de limpeza promovem a completa evacuação de fezes do


cólon.

 Eles agem estimulando os movimentos peristálticos por meio da infusão


de um grande volume de solução ou pela irritação da mucosa do cólon.
ENEMA

 Objetivos:

 Preparo intestinal para exames complementares ou cirurgia, retirando o conteúdo fecal do intestino.

 Administração de medicação no cólon (como enemas contendo esteroides para tratamento da protite

ulcerativa ou enema de poliestireno sulfonato de sódio para diminuir os níveis séricos de potássio).

 Para amolecer as fezes (enemas de retenção de óleo).

 Para aliviar os gases (leite e melaço, enemas de fosfato de sódio monobásico).

 Promover a defecação e remover as fezes do cólon de clientes com constipação intestinal ou

impactação (não constitui um tratamento de primeira linha).


ENEMA

 “Limpeza total” na preparação cirúrgica ou realização de exames diagnósticos, a água expelida pode
conter cor, mas não deve conter material fecal sólido.

 Sempre administrar uma quantidade pequena (100 a 200 mL) de solução de enema no reto e cólon do
paciente.

 Ação:

 aumento do teor de água e do volume das fezes. O esvaziamento do intestino grosso esquerdo
(cólon descendente) se dá em geral dentro de 2 a 5 minutos.

 Contraindicação:

 presença ou suspeita de apendicite, obstrução intestinal, sangramento retal, colite ulcerativa


(inflamação do intestino grosso).
AVALIAÇÃ
O
 Examinar a prescrição médica que solicitou o enema e esclarecer o motivo para a administração do
enema.

 Examinar o abdome para verificar se há distensão e auscultar os sons intestinais. Fornece uma linha de
referência para avaliar a resposta ao enema.

 Avaliar o registro médico para verificar a presença de pressão intracraniana aumentada, doenças
cardíacas, glaucoma ou cirurgia abdominal, retal ou prostática recente. Essas condições contraindicam
o uso do enema.

 Avaliar os últimos movimentos intestinais, os padrões normais versus recentes de eliminação, presença

de hemorroidas, mobilidade e presença de dores abdominais ou cólicas.

 As hemorroidas podem mascarar a abertura retal e causar desconforto ou sangramento


com a
evacuação.
POSICIONAMENTO

 Posição de Sims – lateral esquerdo com o joelho direito flexionado.

 Pacientes que tenham pouco controle do esfíncter necessitam da colocação de uma comadre embaixo

das nádegas.

 A administração do enema com o paciente sentado no vaso sanitário não é segura, porque a sonda
retal curvada pode irritar a parede do reto.
APLICAÇÃO DO FLEET ENEMA

 Separar as nádegas e examinar a região perianal para verificar anormalidades, como


hemorroidas,
fissuras e prolapso retal.

 Remover a tampa de plástico da ponta do recipiente.

 Aplicar lubrificante solúvel em água.

 Separar as nádegas gentilmente e localizar o ânus.

 Instruir o paciente a relaxar, pedindo que ele expire lentamente pela boca. A expiração promove

relaxamento do esfíncter retal externo.

 Expelir qualquer ar do interior do recipiente;


APLICAÇÃO DO FLEET ENEMA

 Introduzir a ponta no dispositivo:


 Adultos: 7,5 a 10 cm
 Adolescentes: 7,5 a 10 cm
 Crianças: 5 a 7,5 cm
 Bebês: 2,5 a 3,5 cm.
AVALIAÇÃ
O

 1. Perguntar ao paciente se o desconforto abdominal foi aliviado.

 2. Examinar a cor, a consistência e a quantidade de fezes, o odor e as características do fluido


passado.

 3. Avaliar se há distensão abdominal.


ENTEROCLISMA
SONDAGEM RETAL

 Introdução do cateter no ânus para administração de líquido com objetivo de:

 Aliviar distensão abdominal, flatulência e constipação;

 Retirar material estagnado de fermentação

 Preparar o cliente para cirurgias, exames endoscópios, radiografias.

 Lavagem intestinal

 É o processo de introdução de líquido com medicamentos ou não, por catéter na região

retal. Os procedimentos podem ser clister (introdução de pequena quantidade de líquido


150 a 500 ml no intestino) ou fleet enema (solução preparada
industrialmente com volume máximo de 500 ml)
MATERIAL UTILIZADO

 Cateter retal (22 ou 24 para mulheres,  Comadre;

24 ou 26 para homens)  Cuba-rim;


 Saco plástico para lixo  Lubrificante (xilocaína);
 Impermeável;  Biombo;
 Lençol;  Papel Higiênico;
 Solução Prescrita;  Gazes;
 Equipo de soro  Luvas de procedimento;
 Suporte para irrigador;
PROCEDIMENTO
 Confirme o paciente e o procedimento na prescrição médica

 Identifique a solução (com etiqueta contendo nome e sobrenome, leito, nome da solução,

dose, horário e via de administração)


 Verifique a prescrição médica

 Higienize as mãos

 Prepare a solução prescrita para a lavagem e aqueça até a temperatura de 37°C

 Adapte o equipo de soro ao frasco com a solução preparada para a lavagem

 Preencha a câmara de gotejamento e retire o ar da extensão do equipo

 Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja

 Leve o material para o quarto do paciente

 Promova a privacidade do paciente colocando biombo e/ou fechando a porta do quarto


PROCEDIMENTO

 Explique o procedimento ao paciente. Se ele estiver com acompanhante, solicite a este que

saia do quarto por alguns minutos


 Pendure o frasco da solução em suporte de soro com altura não superior a 70 cm em relação

ao leito
 Forre o leito com material impermeável ou plástico

 Ofereça uma camisola descartável e ajude o paciente na troca

 Oriente/auxilie/coloque o paciente em posição de Sims (decúbito lateral esquerdo


com membro inferior esquerdo estendido e o direito fletido), cama baixa e sem travesseiro
 Calce as luvas de procedimento

 Lubrifique a sonda retal com vaselina líquida ou lidocaína em gel a 2%


PROCEDIMENTO

 Afaste a nádega direita do paciente com uma das mãos para visibilizar o ânus e observar se há
presença de hemorroidas, fístulas ou lesões perianais
 Introduza suavemente a sonda retal lubrificada, entre 7 e 12 cm no orifício anal
 Abra a pinça do equipo e infunda a solução lentamente; oriente o paciente a respirar
pausadamente
 Quando terminar a infusão, feche a pinça do equipo e retire a sonda retal
 Solicite ao paciente que respire profundamente, procurando reter a solução pelo tempo que
conseguir, contraindo o esfíncter anal
 Ajude o paciente a ir ao banheiro ou ofereça-lhe a comadre, elevando a cabeceira do leito (se
não houver contraindicação)
 Oriente o paciente a utilizar o vaso sanitário e chamá-lo para observar o aspecto da
eliminação,
PROCEDIMENTO

 Auxilie o paciente fazer a higiene íntima e vestir o pijama

 Deixe o paciente em uma posição confortável

 Recolha o material, mantendo a unidade em ordem

 Encaminhe o material permanente e o resíduo para o expurgo

 Lave a bandeja com água e sabão, seque-a com papel-toalha e passe álcool a 70%

 Despreze o conteúdo da comadre no vaso sanitário e lave-a no expurgo

 Retire as luvas de procedimento

 Higienize as mãos

 Cheque o horário do procedimento. Faça as anotações de enfermagem em impresso próprio, informando o


resultado e qualquer intercorrência. Assine e carimbe as anotações
RECOMENDAÇÕES

 Se houver resistência ao introduzir a sonda, avise ao enfermeiro ou ao médico do paciente


 Examine a presença de tumores no canal anal ou no reto, ou outras ocorrências, como
hemorroidas e fístulas perianais; nessas situações, realize o procedimento somente com
avaliação médica
 Verifique a temperatura adequada e a quantidade de líquido antes de iniciar o
procedimento
 Interrompa o procedimento se o paciente informar dor abdominal
 Mantenha a privacidade do paciente
 Se a lavagem intestinal fizer parte do preparo para colonoscopia, faça anotações bem detalhadas
sobre o resultado – pode ser necessário repetir o procedimento
 Faça um planejamento para a hidratação dos pacientes, principalmente os idosos.

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