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Estudo do
Meio

LIVR
O
RECEN

O
OS PRIMEIROS POVOS
► A Península Ibérica é a região ocupada por Portugal continental e Espanha e situa-se no extremo sudoeste
(ocidental) da Europa.

► Os primeiros povos que habitaram a Península Ibérica eram nómadas. Viviam do que retiravam da natureza:
pescavam, caçavam e recolhiam frutos. Vestiam peles de animais.

► Uma das marcas da sua passagem pela Península Ibérica são as pinturas rupestres – pinturas e gravações nas
rochas e nas paredes das cavernas.

► Com o passar dos anos, os povos aprenderam a cultivar os campos e a criar animais. Tornaram-se então povos
sedentários, que se fixaram num sítio, e formaram as primeiras aldeias.

► Os povos sedentários construíram monumentos de pedra – as antas ou os dólmenes – em honra das pessoas que
morriam.

► Mais tarde, chegaram à Península Ibérica, vindos do norte de África, os Iberos e, séculos mais tarde, da Europa
Central, os Celtas. Estes dois povos viveram em conjunto e formaram os celtiberos.

João Cunha
PRIMEIROS POVOS
► A partir do séc. VIII a.C., chegaram à Península Ibérica outros povos vindos do mar Mediterrâneo para fazerem
comércio.

► • os fenícios, com os quais aprendemos o alfabeto fenício;

► • os gregos, com os quais aprendemos a utilizar a moeda em trocas comerciais;

► • os cartagineses, com os quais aprendemos a conservar alimentos em sal.

João Cunha
OS ROMANOS E MUÇULMANOS
► Vindos de Roma, Península Itálica, os Romanos chegaram à Península Ibérica nos finais do séc. III a.C. com a intenção de
conquistar mais territórios.

► A sua entrada na Península Ibérica foi dificultada pelos Lusitanos, que era um dos povos que habitava na região entre os
rios Tejo e Douro. Os Lusitanos, chefiados por Viriato, resistiram durante muito tempo aos ataques dos romanos,
armando armadilhas e emboscadas.

► Os Romanos, após 200 anos de luta, conseguiram conquistar a Península Ibérica e, desde aí, viveu-se um período de paz
que durou 400 anos.

► A presença dos Romanos mudou o modo de vida dos povos da Península Ibérica:

► • desenvolveu-se a agricultura e a indústria;

► • utilizou-se a numeração romana;

► • utilizou-se o latim como língua oficial do império que, mais tarde, deu origem ao português;

► • foram construídas estradas e pontes.


► A todo este processo de desenvolvimento dá-se o nome de Romanização. João Cunha
OS ROMANOS E MUÇULMANOS
► Mais tarde, no início do século V d.C., a Península Ibérica foi invadida por povos Bárbaros (eram chamados assim pelos
Romanos por não terem os mesmos costumes): os Alanos, os Vândalos, os Suevos e os Visigodos. Os Visigodos
acabaram por dominar, formando o primeiro reino cristão da Península Ibérica.

► Em 711, vindos do norte de África, os Muçulmanos invadiram a Península Ibérica e passaram a dominá-la. Apenas não
conseguiram conquistar uma região do Norte – as Astúrias – onde se refugiaram os cristãos Visigodos.

► Os Muçulmanos permaneceram na Península Ibérica mais de 500 anos, deixando alguns vestígios, tais como:
vocábulos; culturas agrícolas; estilos arquitetónicos e decorativos; numeração em algarismos.

João Cunha
RECONQUISTA CRISTÃ E FORMAÇÃO DO REINO DE
PORTUGAL
► Com a chegada do povo Muçulmano, os povos cristãos tinham-se refugiado no norte da Península Ibérica, nas Astúrias.

► Em 722, os cristãos iniciaram a recuperação das suas terras, dando início à Reconquista Cristã. Para isso, formaram-se
vários reinos:

► Os quatro reis dos reinos Cristãos de Leão, Castela, Navarra e Aragão pediram ajuda aos cruzados – cavaleiros cristãos
de outros reinos da Europa que usavam a Cruz de Cristo no peito, lutando pela difusão da fé cristã. Um desses cruzados
foi D. Henrique.

► D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, recompensou D. Henrique dando-lhe o título de conde e um grande território para
governar – o condado Portucalense. Deu-lhe, também, a sua filha mais nova em casamento, D. Teresa.

► D. Henrique lutou pela defesa e pelo alargamento do território, confrontando os Muçulmanos.

► D. Henrique casou com a filha de D. Afonso VI, D. Teresa, e ficou a governar o Condado Portucalense.

► Quando morreu, a sua mulher ficou a governar, uma vez que o único filho do casal – D. Afonso Henriques – era ainda
muito novo.
► Contudo, D. Teresa aliou-se a nobres galegos, indo contra a governação dos portucalenses.
João Cunha
RECONQUISTA CRISTÃ E FORMAÇÃO DO REINO DE
PORTUGAL

João Cunha
RECONQUISTA CRISTÃ E FORMAÇÃO DO REINO DE
PORTUGAL
► Em 1128, D. Afonso Henriques armou-se cavaleiro e, com a ajuda dos nobres portucalenses, lutou contra D. Teresa pelo
governo do condado. Reuniu as tropas e venceu a sua mãe na batalha de São Mamede. D. Afonso Henriques passou
então a governar o Condado Portucalense.

► Em 1143, o rei de Leão e Castela, Afonso III, reconheceu a independência do Condado Portucalense através do Tratado
de Zamora. Nasceu, assim, o reino de Portugal.

► Em 1179, o Papa reconheceu que D. Afonso Henriques era rei de Portugal.


► Com a criação do Reino, passou a vigorar em Portugal uma monarquia, uma forma de governo em que o poder é
exercido pelo rei, passando do rei para o filho mais velho.

João Cunha
PRIMEIRA E SEGUNDA DINASTIAS – A EXPANSÃO
MARÍTIMA
► 1.ª dinastia

► A partir de 1143, Portugal passou a ser uma monarquia e começaram a aparecer os grupos sociais.

João Cunha
PRIMEIRA E SEGUNDA DINASTIAS – A EXPANSÃO
MARÍTIMA
► O filho de D. Afonso Henriques, D. Sancho I, e os reis que se seguiram continuar a alargar o território, lutando contra os
Muçulmanos.

► D. Afonso III - só em 1249 se deu a conquista definitiva do Algarve, no reinado de D. Afonso III. Passou a ser conhecido
como “Rei de Portugal e dos Algarves”.

► À medida que iam conquistando terras, os reis doavam-nas para serem povoadas, cultivadas e defendidas. As cartas de
foral estabeleciam os direitos e privilégios das povoações (concelhos).

► D. Dinis – em 1297 ficaram conhecidos os limites territoriais de Portugal, através do Tratado de Alcanises.

João Cunha
PRIMEIRA E SEGUNDA DINASTIAS – A EXPANSÃO
MARÍTIMA
► D. Dinis desenvolveu economicamente e culturalmente o país:

► Em 1290 criou a primeira universidade;

► Criou as feiras francas, onde os mercadores nada tinham de pagar;

► Mandou semear pinhais, tendo ficado conhecido por “O Lavrador”;

► Criou a Bolsa dos Mercadores, para apoiar os navegadores;


► O português foi reconhecido como língua oficial.

► Durante os reinados de D. Afonso IV e D. Pedro I, Portugal viveu um período de fome, guerras e epidemias (Peste
Negra), que matou muitas pessoas. O reino começou a ficar cada vez mais pobre.
► D. Fernando foi o último rei da 1.ª dinastia, também conhecida por dinastia Afonsina.

João Cunha
PRIMEIRA E SEGUNDA DINASTIAS – A EXPANSÃO
MARÍTIMA
► 2.ª dinastia – crise de 1383-1385

► A morte de D. Fernando trouxe um problema de sucessão, pois ele só tinha uma filha, D. Beatriz.

► A sua filha era casada com o rei de Castela por isso, se fosse aclamada rainha, Portugal poderia perder a sua
independência.

► A maioria da nobreza e o clero apoiavam D. Beatriz como rainha mas o povo e alguns nobres não a aceitavam e queriam
nomear D. João, Mestre de Avis como rei.

► D. João I foi então aclamado rei de Portugal, dando início à dinastia de Avis (2.ª dinastia).

► Deu-se assim uma crise, de 1383 a 1385, que deu origem a uma guerra entre Portugal e Castela.

► O rei de Castela mandou invadiu Portugal, para que D. Beatriz fosse proclamada rainha.

► Mas em 1385, na Batalha de Aljubarrota, o exército português, comandado por D. Nuno Álvares Pereira, conseguiu
derrotar as tropas de Castela. Para comemorar esta batalha foi construído o Mosteiro da Batalha.

João Cunha
PRIMEIRA E SEGUNDA DINASTIAS – A EXPANSÃO
MARÍTIMA
► A expansão marítima

► Os alimentos e os bens essenciais estavam a escassear, depois da luta contra Castela.

► Os portugueses decidiram aventurar-se pelo mar, procurando alargar os seus territórios e a trazer riqueza para o reino.
Deu-se, então, o início da Expansão Marítima.

► Em 1415, D. João I e a sua armada conquistaram Ceuta.

► Infante D. Henrique ficou encarregue das descobertas marítimas. Sob o seu comando, os portugueses chegaram aos
arquipélagos da Madeira (1418) e dos Açores (1427).

► Em 1434, Gil Eanes ultrapassou o Cabo Bojador. Passaram a ser utilizadas a caravela e a nau.

► Em 1488, Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas/cabo da Boa Esperança.

► Em 1498, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia.

► Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.


João Cunha
PRIMEIRA E SEGUNDA DINASTIAS – A EXPANSÃO
MARÍTIMA
► Foram chegando vários bens a Portugal, durante as descobertas marítimas: da Índia chegaram especiarias; de África
chegaram ouro e escravos; do Brasil chegaram açúcar, pau-brasil (madeira) e animais exóticos.

► Verificou-se um grande desenvolvimento da literatura, da ciência e das artes.

► Durante o reinado de D. João III foi publicada a obra Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, que retratava os
Descobrimentos.

► A Torre de Belém e o Mosteiro de Jerónimos são monumentos construídos nos reinados de D. Manuel I e de D. João
III, em homenagem aos descobrimentos marítimos.

João Cunha
TERCEIRA E QUARTA DINASTIAS
► 3.ª dinastia

► D. Sebastião morreu muito jovem, na luta pela conquista da cidade de Alcácer-Quibir. Como não tinha filhos, sucedeu-
lhe o seu tio, o Cardeal D. Henrique. Este governou apenas dois anos, acabando por morrer sem deixar filhos.

► Subiu ao trono Filipe I, que era rei de Espanha. Verificou-se uma união política entre Portugal e Espanha. Subiram, mais
tarde, ao trono Filipe II e Filipe III.

► Durante 60 anos, Portugal foi governado por três reis espanhóis, durante a dinastia Filipina.
► Nos reinados de Filipe II e Filipe III os impostos aumentaram, os portugueses integraram o exército espanhol e os
territórios do império português, na Ásia, África e América, começaram a ser ocupados por holandeses e ingleses.
► Descontentes com estes acontecimentos, alguns nobres revoltaram-se a 1 de dezembro de 1640, restaurando a
independência de Portugal e aclamando D. João IV como rei de Portugal.
► Começou, assim, a quarta dinastia ou dinastia de Bragança.

João Cunha
TERCEIRA E QUARTA DINASTIAS
► As lutas entre Portugal e Espanha duraram cerca de 28 anos.

► Em 1668, D. Afonso VI conseguiu assinar um tratado de paz entre Portugal e Espanha, tendo por isso ficado conhecido
como o Vitorioso.

► Sucedeu-lhe D. Pedro II, que conseguiu com que Portugal alargasse o seu território no Brasil, de onde chegava ouro,
diamantes, açúcar e tabaco, o que melhorou a economia portuguesa.

► No reinado seguinte, D. João V aproveitou estas riquezas e mandou construir diversos monumentos como, por
exemplo, o Convento de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa. Obteve o nome de o Magnânimo, por ter
estimulado a cultura literária, artística e científica.

► No dia 1 de novembro de 1755, durante o reinado de D. José I, houve um grande terramoto em Lisboa, ao qual se
seguiu um tsunami e um incêndio, causando milhares de mortos.

► Perante tal catástrofe, Marquês de Pombal, ministro do reio D. José I, mandou enterrar os mortos e cuidar dos vivos e
reconstruir a baixa de Lisboa, conhecida por baixa pombalina.

► Para além disso: recuperou a economia; modernizou o ensino; criou escolas primárias e aboliu a escravatura.
João Cunha

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