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Algumas opções de estratégias pedagógicas que podem

facilitar o aprendizado do aluno


QUAL SEU ESTILO DE APRENDIZAGEM
1. Testing Effect – Efeito de Teste

• Em 2006, pesquisadores mostraram que alunos que estudavam um conteúdo e, após uma semana,
faziam exercícios conseguiam resultados muito melhores do que aqueles que estudavam uma
vez e depois reviam o mesmo material, sem realizar exercícios. Isso ficou conhecido como o efeito
de teste, em inglês “testing effect”. Embora muitos professores e cientistas já suspeitassem desse
resultado, apenas em 2006 esses resultados foram considerados suficientes para comprovar que os
exercícios melhoram a aprendizagem e a retenção na memória. Em 2010, a revista Science
publicou uma pesquisa de como os exercícios afetariam o cérebro, ajudando na retenção do
conteúdo na memória.
O sono na consolidação da memória

• O que é melhor? Passar uma lista grande de estudo para a prova ou pequenos blocos de exercícios
ao longo do tempo?
• Várias pesquisas mostram que quando os alunos fazem
poucos exercícios distribuídos ao longo do tempo, eles conseguem se lembrar muito mais do
conteúdo do que os alunos que fizeram todos os exercícios de uma vez só. Desse modo,
o intervalo de uma semana entre pequenos blocos de exercícios tem se
mostrado mais eficiente para estimular a memória de longa duração.
• No experimento mostrado pela imagem abaixo, percebe-se que os alunos que fizeram 5 exercícios
uma vez por semana, durante duas semanas, tiveram uma média de 64% nas provas realizadas
após um mês. Já os alunos que fizeram 10 exercícios de uma só vez, acertaram um pouco mais
enquanto os faziam (75% comparado com 70%), mas tiveram uma média de 32% nas provas,
depois de um mês.
Justificativa
• Um dos motivos que explica porque fazer pequenos blocos de exercícios é que o sono é essencial
para a consolidação da memória. Dessa forma, quando fazemos exercícios em pequenos blocos,
temos várias noites de sono para consolidar os conteúdos aprendidos.
• Veja, na prática, o que pode ser feito:
• 1) Mostre aos alunos que fazer exercícios em intervalos de tempo é mais eficiente do que reler
várias vezes o conteúdo.
• 2) Ensine-os sobre a importância do sono na consolidação da memória e na retenção do
conteúdo.
• 3) Passe pequenos blocos de exercícios intervalados. Sugerimos atividades com 5 a 7 questões
distribuídas semanalmente!
2. Exercício Físico
• A musculação traz inúmeros benefícios para o corpo, mas muita gente ainda não se deu conta que
a prática de exercícios físicos também oferece muitas vantagens para a mente, figurando dentre
eles a efetiva melhora nos estudos. É difícil imaginar como a regularidade nas atividades físicas
interferem no desempenho escolar, mas o fato é que uma série de diferenciais é notada no
aprendizado daqueles que dividem o tempo entre os livros e os halteres. Quer saber como os
exercícios físicos melhoram o desempenho dos estudantes? Veja a seguir!
• Mens sana in corpore sano
A citação em latim expressa bem o principal objetivo da prática de exercícios: conquistar uma
mente sã em um corpo são. O equilíbrio físico e mental é o resultado mais importante dos treinos
sistemáticos, muito embora os atletas costumem ater-se exclusivamente às visíveis transformações
físicas decorrentes do treino. De acordo com especialistas da Harvard, a prática diária de
exercícios aeróbicos (moderados) por 20 minutos, melhora pelo menos três funções cerebrais.
2.1 Exercício Físico
• Exercitando a memória e o raciocínio lógico
Pesquisas recentes feitas por neurocientistas da Universidade de Illinois (EUA) apontaram que
alunos que se saem bem nos exercícios físicos também apresentam um melhor desempenho nas
atividades escolares. Além disso, crianças e adolescentes que praticam esportes com frequência
apresentam uma performance escolar 20% superior à de alunos sedentários. Isso acontece porque
quando a pessoa se exercita a produção de neurônios aumenta. A prática de exercícios tem o poder
de desenvolver células cerebrais, criando novas conexões interneurais e mantendo a mente sempre
jovem e ativa.
• Concentração nota 10
Praticar exercícios físicos ajuda muito na concentração e fixação de conteúdos. Quem os pratica,
além de desenvolver melhor o raciocínio lógico e a memória, apresenta também reflexos mais
apurados e maior foco na realização de atividades escolares ou acadêmicas. De acordo com o Salk
Institute, na Califórnia, pessoas adultas que caminham pelo menos três vezes por semana
melhoram em até 15% a sua capacidade de aprendizado e concentração.
O exercício melhora a autoestima e prepara o caminho para a aprendizagem

O exercício físico traz vários benefícios psicológicos para seus praticantes, e um deles é a elevação da autoestima.
Segundo recente estudo publicado pelo Journal of Pediatric Psycology, se a pessoa se sentir bem com ela mesma, ela
ficará mais confiante, terá mais vontade de aprender e consequentemente o seu rendimento escolar será melhor. A
prática de exercícios ajuda ainda a minimizar os níveis de estresse, tão típicos em épocas de prova e nos períodos de
tensão que envolvem o vestibular, a apresentação de trabalhos, monografias, entrevistas de emprego e afins. Exercícios
leves e moderados fazem com que o corpo libere beta-endorfina, uma substância que proporciona bem-estar e prazer.
Isso garante que a pessoa tenha ânimo para realizar todas as suas atividades sem sucumbir ao estresse.
3. Sublinhado: clássico dos estudos

• Uma técnica de estudo extremamente simples e ao mesmo tempo bastante efetiva está diretamente
ligada ao momento inicial de contato do aluno com o texto didático. Com o auxílio de marcadores
e canetas coloridas, é possível grifar as partes mais importantes do texto, marcação que
posteriormente será útil para uma revisão rápida ou até para a elaboração de uma resenha, por
exemplo. Cabe ao professor auxiliar os alunos com essa técnica, que envolve a avaliação de
conteúdos mais relevantes, bem como uma categorização que pode, por exemplo, segmentar os
temas por cores. Que tal determinar que marcações verdes serão usadas para definições e
conceitos, enquanto as amarelas serão usadas para explicações e outros dados relevantes?
2. Anotações: facilidade no processo

• As anotações dos alunos ocorrem basicamente em dois momentos: em sala de aula e no período de
estudo individual. Em ambos os casos, algumas técnicas de estudo podem facilitar essa atividade.
Abreviações, por exemplo, podem tornar anotações em sala mais rápidas e eficientes,
enquanto post-its e apêndices podem ser posteriormente usados para complementar essas notas.
Além disso, você pode sugerir que os alunos passem a limpo suas anotações, processo que ajuda
na memorização e sistematização do conteúdo.
3. Simulados e testes: avaliação de desempenho

• Simulados e testes, sejam eles realizados em sala ou feitos de forma individual pelo próprio aluno,
são ótimas maneiras de avaliar seu desempenho. Com essa prática, eles conseguem identificar
áreas em que o conteúdo não foi bem assentado ou que necessitam de maior aprofundamento.
Como já discutimos em postagem anterior, são diversos os impactos positivos relacionados ao
diagnóstico constante do desempenho dos alunos.
4. Exercícios: fixação de conteúdo

• É imprescindível que o aluno realize exercícios de fixação em sua rotina de estudos, já que esse
hábito ajuda significativamente o aprendizado, na medida em que reforça os conteúdos passados
em sala, suscita novas dúvidas e garante a experiência prática de aplicação de cada uma das teorias
expostas. Mas atenção: procure não apenas incentivar esse hábito em seus estudantes, como
também promover discussões frequentes sobre exercícios mais problemáticos em sala de aula, pois
com o auxílio e a orientação do professor tudo fica mais claro.
5. Mapas mentais: ferramentas poderosas

• Os mapas mentais são uma forma de sistematização, por meio de diagramas, dos conhecimentos
apreendidos em sala de aula e também em sessões individuais de estudo. Compartilhe essa técnica
com seus alunos e verifique seu benefícios! É uma ótima forma de garantir mais autonomia aos
estudantes no que diz respeito às técnicas de memorização e de livre associação sobre
determinados temas.
6. Resumos: desenvolvimento de capacidades

• Resumir textos e conteúdos passados em sala de aula é outra técnica que pode beneficiar bastante
seus alunos. Assim, além de exercitar a capacidade de síntese e identificação de conteúdos mais
relevantes, a elaboração de resumos ajuda nos momentos de revisão antes de um teste, por
exemplo. Nesse caso, em vez de recorrer ao texto original e reler todas as informações novamente,
o aluno tem à disposição uma síntese que ele mesmo desenvolveu.
7. MÉTODO SOAR

• O professor de psicologia educacional, Ken Kiewra, explica que “o aprendizado acontece de


maneira mais eficiente quando informações importantes são separadas de ideias menos
importantes, organizadas graficamente, quando são criadas associações entre ideias e quando o
entendimento é regulado por meio do auto-teste”. Simplificando esses conceitos, o método SOAR
de aprendizado significa: selecionar, organizar, associar e regular. Você pode colocar isso em
prática criando quadros comparativos, construindo associações, gravando anotações e praticando
os conteúdos por meio de testes feitos consigo mesmo.

8. FAÇA EXERCÍCIOS
• Pode parecer inusitado, mas o que você faz fora da sala de aula desempenha um papel muito
importante em seu aprendizado. O biólogo molecular John Medina, autor do livro “Aumente o
poder do seu cérebro”, explica que os exercícios físicos“aprimoram inúmeras habilidades que são
valorizadas tanto na sala de aula quanto no ambiente de trabalho”. Medina acrescenta que “o risco
geral de demênciatambém é diminuído pela metade quando as pessoas participam de atividades
físicas, sejam exercícios ou apenas lazer”.
9. SE REÚNA COM AMIGOS
• Conversar por apenas 10 minutos antes das provas pode aprimorar sua memória e seu
desempenho. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Michiganmostrou que
quanto maior o nível de sociabilidade das pessoas, melhor sua performance cognitiva. Esse
resultado foi observado em todas as faixas etárias presentes no estudo, que ia de 24 a 96 anos.
10. ESTUDAR PARA FAZER TESTES OU FAZER
TESTES PARA ESTUDAR?
• Um estudo publicado no jornal Science descobriu que os estudantes que leram um trecho de texto
e depois fizeram um teste que pedia a eles que se lembrassem do que haviam lido absorveram as
informações 50% a mais do que os outros participantes do experimento. Quando for estudar para
uma prova, por exemplo, procure testar seus conhecimentos com boas questões. Você pode pedir a
ajuda de um amigo ou de seus pais para que corrijam suas respostas e as avaliem.
11. NÃO EVITE OS ERROS
• Quando fizer os auto-testes, não tenha medo de errar. Na realidade, isso pode ajudá-lo a aprender.
Diversas pesquisas já mostraram que o erro é uma das melhores formas de absorvermos
conteúdos, pois praticamos aquilo que precisamos estudar. Faça provas para si mesmo que sejam
desafiadores e que vão além do que o professor pede, para que na hora dos testes reais você esteja
preparado, tanto mental como psicologicamente.
12. BEBA ALGO DOCE
• Da mesma forma como os exercícios podem ajudar você a aumentar sua capacidade cognitiva, a
glicose também é muito útil. Uma bebida doce, consumida de 30 minutos a uma hora antes que
você tenha que se lembrar dos conteúdos irá aumentar sua capacidade de memória. Essa dica é
válida especialmente antes de provas, vestibulares e outros tipos de teste. Você pode beber um chá,
suco ou café. No caso da terceira opção, os resultados podem ser ainda melhores.
13. DESLIGUE AS DISTRAÇÕES
• Música, aparelhos digitais e qualquer outra fonte de desatenção deve ser eliminados de seu espaço
de estudos. Se você precisa de seu computador, instale programas de bloqueio temporário de sites
que podem distraí-lo, como redes sociais e jogos online. Você deve se empenhar para criar esse
hábito e disciplina, caso contrário, seu aprendizado será prejudicado.

14. ESTUDE EM GRUPO
• É claro que estudar em grupos pode ser uma estratégia de aprendizado útil, mas é necessário saber
a hora certa para usá-la. Estude com seus amigos para relembrar os conteúdos que você já revisou
sozinho. Você podem compartilhar exemplos e métodos, mas todos devem ter se preparado com
antecedência para não desequilibrar os outros colegas. Se algum de seus amigos estiver com maior
dificuldade, ensine a matéria para ele. Além de ajudá-lo, você também estará aprendendo junto.
15. GESTICULE
• A gesticulação pode desempenhar um papel muito importante no aprendizado, pois ela ajuda os
estudantes a incorporar de maneira alternativa as novas ideias que foram ensinadas. Mova suas
mãos enquanto recita as matérias e tenha um gesto específico para cada uma delas. Na hora da
prova, esses movimentos poderão diminuir a dificuldade de se lembrar das matérias.

16. SEJA SUPERSTICIOSO
• Se você acredita em desejos e amuletos, fique atento para essa dica. Esse tipo de recurso pode
ajudar você a ir bem na prova. Mais do que um poder de outra dimensão, eles aumentam a
autoconfiança e, consequentemente, seus resultados nos tarefas.


17. CONVERSE CONSIGO MESMO
• Use essa estratégia quando for aprender novos conteúdos. Fale-os em voz alta, em frente a um
espelho ou sozinho em um quarto. Você pode usar essa técnica com diferentes matérias: história,
geografia, biologia e até mesmo educação física, como motivação.

DURMA BEM
• Dormir é essencial para sua saúde física e mental. Pessoas com hábitos ruins e desequilibrados de
descanso possuem problemas de memória, concentração e raciocínio. É importante que você
durma de seis a oito horas por dia. Se puder, cochile rapidamente, por até meia hora, em um
intervalo entre atividades. Isso ajuda você a se sentir revigorado e apto para a nova tarefa. Se
ultrapassar esse tempo, o cochilo pode causar o efeito contrário, deixando você mais sonolento e
lento.

RABISQUE

• Durante as aulas, enquanto o professor passa os conteúdos, rabisque em um papel de rascunho. O


psicólogo e escritor Simon M. Laham explica que isso pode ser usado durante reuniões ou na
leitura de um livro. Pesquisas científicas mostram que pessoas que rabiscam conseguem
memorizar até 30% a mais do que as que ficam passivas.

USE O MÉTODO SOCRÁTICO
• Tanto para praticar quanto para aprender, o método socrático é muito útil e pode ajudar você a
estudar. Debata os conteúdos com seus amigos e testes as matérias e opiniões entre vocês para
comprovar o aprendizado.

ENSINE OUTRAS PESSOAS

• Como dissemos anteriormente, estudar com seus amigos pode ser muito bom para seu
aprendizado. Desenvolvendo essa ideia, você também pode pedir a atenção de seus pais e outros
colegas para ensiná-los aquilo que aprender ou que será cobrado na prova. Isso ajuda você a rever
os conteúdos, testar seus conhecimentos e a memorizar aquilo que é necessário.

NÃO SE ATRASE

• É importante que você não deixe tudo para a última hora. Faça as leituras com antecedência e
esteja preparado para as provas antes do dia anterior. Você terá tempo de sobra para tirar dúvidas e
aprofundar seu conhecimento, sem a pressão do tempo causando ansiedade desnecessária.
FAÇA RESUMOS
• Uma ótima forma de aprendizado para quem gosta de escrever é fazer resumos das principais
matérias. Você deve separar de seu caderno e livros o que é mais importante e que irá ser cobrado
nas provas. Faça um texto com suas próprias palavras explicando cada tópico de maneira clara e
objetiva.

RELACIONE CONTEÚDOS
• É importante que você evite decorar as matérias, pois na hora da prova pode acontecer o famoso
“branco” que prejudica tantas pessoas. Procure relacionar os conteúdos entre si e estabelecer
associações para que, mesmo que uma matéria seja esquecida, outra relacionada ajuda você a
relembrar.

FAÇA UMA BOA REFEIÇÃO
• Você deve fazer um bom café da manhã sempre, mas principalmente no dia de uma prova
importante. Uma refeição com muitos carboidratos, fibras e alimentos de digestão lenta, como a
aveia. Sua alimentação deve ser sempre equilibrada e saudável, não apenas em época de provas.

FIQUE CALMO
• Evite o estresse, pois ele prejudica seu sono e concentração. Aprenda a controlar suas emoções e a
manter suas expectativas sobre controle para que você não seja traído por si mesmo.

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