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Fundações - Geotecnia

ESCAVAÇÕES - Tirantes
Descrição

• Os tirantes são elementos que suportam, à tração,


todas as cargas de empuxo do solo e das
sobrecargas atuantes no terrapleno a ser contido,
descarregadas neles pela estrutura da cortina.
• Os tirantes são colocados obliquamente à
estrutura, em perfurações próprias, e seus
comprimentos e diâmetros dependem das
características gerais do maciço de terra a ser
contido.
Tipos de Tirantes

Tirantes

 Monobarras
 Em cordoalha
Monobarras
Em cordoalha
CONTRATO DE EXECUÇÃO
Antes da aprovação da Proposta de Cravação serão
solicitadas, caso ainda não tenham sido fornecidas, as
seguintes informações:

– Descrição do equipamento a ser usado na execução dos tirantes,


perfuratriz, misturadores e agitadores de calda, bombas, e macaco
hidráulico.
– Certificado de aferição do conjunto macaco-bomba-manômetro.
– Diâmetro do tubo de revestimento e diâmetro final do bulbo do
tirante.
– Descrição sumária do processo de execução.
– Volume por tirante e traço da calda.
– Características da barra de aço, do revestimento do trecho livre, dos
espaçadores e do tubo de injeção.
– Forma de medição e pagamento.
CONTRATO DE EXECUÇÃO (cont.)

Outras questões que devem ser previamente


discutidas:

• Instalações e pagamento da energia elétrica.


• Vigilância do canteiro e guarda dos equipamentos.
• Responsabilidade quanto a danos causados a terceiros.
• Divisão e ocupação da área no Canteiro de Obra caso a
Construtora vá trabalhar ao mesmo tempo.
• Obrigações trabalhistas e responsabilidade criminal e civil
em caso de acidente.
• Necessidade de autorização prévia das edificações vizinhas.
EXECUÇÃO

NBR 5629 - Execução de Tirantes Ancorados no


Terreno

LOCAÇÃO E NIVELAMENTO

• A locação é feita de acordo com o projeto, obedecendo-se cotas e


distâncias do eixo do tirante.
• A inclinação é definida com auxílio de um transferidor para orientar a
posição da perfuratriz em relação à boca da perfuração.
• Em se tratando de uma segunda linha de tirantes, verificar a distância
vertical em relação à primeira linha e se os tirantes têm eixos
coincidentes com os da linha superior ou não.
EXECUÇÃO (cont.)

PERFURAÇÃO
• Antes da perfuração dita, deverão ser verificadas a locação do
tirante e a exata direção e ângulo de perfuração e alinhamento das
perfuratrizes.
• Pode-se optar por perfuratrizes rotativas com acionamento
hidráulico e circulação d’água ou perfuratrizes roto-percussivas com
acionamento pneumático, sendo possível ainda à utilização
conjunta dos dois tipos de perfuratrizes para se atingir um melhor
resultado.
• Todas as atividades de perfuração serão registradas em boletins
específicos que fornecerão o histórico do furo, contendo dados
cronométricos, geológicos, geométricos e outros de interesse.
• Concluída a perfuração, será procedida a limpeza do interior do
furo, mediante a utilização do ferramental apropriado, até que se
complete a eliminação de todos os detritos do seu interior.
PERFURAÇÃO MANUAL
PERFURAÇÃO MANUAL (CONT.)
PERFURAÇÃO COM ROTATIVA
PERFURAÇÃO COM ROTOPERCUSSORA
EXECUÇÃO (cont.)
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DOS TIRANTES
• Os tirantes, serão montados no comprimento, diâmetro e
qualidade do aço conforme especificação do projeto, em
bancada (prateleira sobre cavaletes) especialmente
construída para este fim.
• Compreendem, alem das barras, tubo de injeção em PVC
provido de “válvulas manchetes”, espaçadores, bainha ou
revestimento de proteção do trecho livre, etc.,
• O transporte para o local de instalação é feito
simultaneamente à conclusão da perfuração.
EXECUÇÃO (cont.)

MONTAGEM E INSTALAÇÃO DOS


TIRANTES
• A sua introdução no furo deve ser lenta e cuidadosa para
se evitar qualquer dano ao mesmo ou atrito excessivo
contra as paredes do furo.
• O tratamento anticorrosivo a ser aplicado ao aço
previamente à montagem, é indispensável como
escovamento e limpeza, pintura em duas demãos de
tinta apropriada.
EXECUÇÃO (cont.)

INJEÇÃO DOS TIRANTES


• A injeção é feita em duas fases distintas:
– a primeira denominada “primária” ou de “formação da bainha”
– a segunda, ou as subseqüentes, de consolidação do terreno,
consagradas na prática com o nome de “injeções de bulbo” ou
“secundárias”.
• A injeção da bainha consiste no preenchimento do furo com calda
de cimento com fator água / cimento de 0,5 (em peso) por
gravidade ou utilizando-se uma bomba com baixa pressão.
• A injeção é realizada através do tubo de injeção provido de
“válvulas manchetes”, em cujo interior passa a composição de
injeção formada por um tubo de aço com um obturador na
extremidade.
EXECUÇÃO (cont.)

INJEÇÃO DOS TIRANTES


• Decorrido um prazo de 12 horas após a injeção de bainha, terão
início as injeções de consolidação do terreno, com pressões e
volumes controlados.
• A injeção, a exemplo da fase de bainha, é realizada com a
introdução da composição de injeção no interior do tubo de
injeção, iniciando-se, em movimento ascendente, a partir da última
válvula localizada na extremidade do tirante, o processo de injeção
no trecho de ancoragem.
EXECUÇÃO (cont.)

INJEÇÃO DOS TIRANTES


• Os volumes de calda e pressões de injeção serão aqueles que
garantam a perfeita ancoragem do tirante ao terreno.
• Os critérios de injeção deverão ter por base as características do
subsolo local, os resultados do teste realizado para verificação do
comprimento de ancoragem e poderão ser revisados durante a
execução, em função de condições localizadas.
• Ao final de cada tirante, será emitido boletim individual de cada
tirante correspondente às atividades de injeção.
EXECUÇÃO (cont.)

INJEÇÃO DOS TIRANTES


• A injeção de calda deve ser prosseguida durante algum tempo após
esta atingir o topo do revestimento e começar a extravasar, para
garantir a expulsão da primeira porção da calda que entrou em
contato com a água de circulação e restos de solo não retirado do
furo durante a perfuração.
• Decorrido um intervalo de tempo não superior a duas horas, o tubo
de injeção é lavado internamente para mantê-lo limpo e apto a
receber, novamente, a composição para as injeções secundárias.
EXECUÇÃO (cont.)

PROTENSÃO DOS TIRANTES


• Após um tempo mínimo de 3 a 4 dias de cura da calda de cimento
da última etapa de injeção realizada (cimento ARI-RS) ou de 7 dias
de cura da calda de cimento da última etapa de injeção realizada
(cimento CP-II), será realizada a protensão.
• A protensão e os testes dos tirantes deverão ser executados de
acordo com a NBR 5629 - Execução de Tirantes Ancorados com a
utilização de macacos apropriados.
• Nesta etapa serão colocadas as peças que compõem a “cabeça” do
tirante, ou seja, a cunha de grau, em aço, a placa de apoio, também
em aço e as porcas para fixação do mesmo.
• Os dados das cargas aplicadas e as deformações correspondentes
em cada estágio de carregamento serão anotados em boletim
apropriado.
EXECUÇÃO (cont.)

PROTENSÃO DOS TIRANTES

• No mínimo 10% dos tirantes da obra testados até 1,5


vezes a carga de trabalho e os restantes testados até 1,2
vezes a carga de trabalho.
• Após atingir a carga de teste, os tirantes serão
incorporados com 0,8 da carga de trabalho.
• Caso necessário, devem ser executadas novas injeções
de calda para obtenção da carga de trabalho prevista em
projeto.
PROTENSÃO DE TIRANTE DE
BARRA
PROTENSÃO DE TIRANTE DE
BARRA
PROTENSÃO DE TIRANTE DE
CORDOALHA
EXECUÇÃO (cont.)

INCORPORAÇÃO DOS TIRANTES


• A incorporação do tirante à estrutura de contenção
somente poderá ser feita se comprovado o
comportamento do tirante sob a carga de protensão
prevista.
• Após a aplicação da carga máxima de protensão, o
esforço sobre o tirante será reduzido para 80% da carga
de trabalho.
• Sendo a carga suportada pelo macaco transferida para a
estrutura através do aperto da porca da cabeça do
tirante de barra ou pela colocação de clavetes em
tirantes de cordoalha.
PLACA DE APOIO, CUNHA E
PORCAS
Clavetes do
Tirante em
Cordoalha
Proteção da
Cabeça
ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO
CONTROLE GERAL DO ATIRANTAMENTO

• Para cada tirante, o executor deve preencher o Boletim


de Execução anotando:
– Identificação do tirante
– Comprimento da armação
– Característica da armação
– Capacidade de carga
– Desaprumo e desvio de locação.
– Características do equipamento de cravação.
– Volume e traço da calda para preenchimento do furo.
– Pressões de injeção, volume e traço da calda por fase de
injeção
– Anormalidades de execução.
ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO (cont.)

CONTROLE GERAL DO ATIRANTAMENTO

• O modelo do Boletim de Execução deve ser apresentado, antes do


início da obra, ao Engenheiro da Obra que o examinará para
verificar se nele existe espaço para as anotações acima.
• No decorrer da execução dos tirantes, o Engenheiro da Obra, ou
pessoa por ele designada, acompanhará o preenchimento do
Boletim de Execução.
• Os comprimentos dos tirantes são estimados a partir das
sondagens. Caso na perfuração seja constatada divergência no
comportamento do solo em relação ao esperado deve-se executar
novas sondagens de verificação no local.
ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO (cont.)

CONTROLE GERAL DO ATIRANTAMENTO

• Após a execução dos tirantes será feita a verificação do


posicionamento final dos mesmos e adotadas as
providências, caso seja necessária alguma medida
corretiva.
• O teste de carga é a única forma de efetivamente
verificar a capacidade de carga dos tirantes, assim, ainda
com maior razão, as recomendações da NBR 5629 -
Execução de Tirantes Ancorados em relação aos testes
devem ser obedecidas.

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