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História

Prof. Jucinando Xavier (Nando)


UFPA - Cursinho Popular Paulo Freire

Crise do Sistema Colonial e


Movimentos Emancipatórios na
Independência do Brasil.
Configuração do Sistema Colonial
Sistema colonial é o conjunto de relações de dominação e
subordinação envolvendo metrópoles e colônias durante a
 COLONIZADORES
época moderna. Relações mantidas entre áreas
metropolitanas e áreas periféricas eram diretas e exclusivas.
 COLONIZADOS
Originando-se da expansão marítima europeia, em meados
do século XVI, o sistema comercial mercantilista, também
 COLONOS
conhecido como Sistema Colonial Tradicional, estendeu-se
ate o século XVIII, quando entrou em crise.

O sistema colonial brasileiro começou a entrar em crise no


final do século XVIII, início do XIX. Ou seja, ele durou
por dois séculos e só depois começou a se enfraquecer.
Causas do enfraquecimento do Sistema
Colonial no Brasil.
 Avanço das ideias Iluministas em todo o mundo;

 Queda do Antigo Regime (Absolutismo);

 Independência de outras colônias pioneiras, como os Estados Unidos;

 Formação de um sentimento nacionalista e identitário nos povos das colônias;

 Crescimento demográfico nestas regiões, superando os imigrantes da


metrópole;

 Crise política e econômica do próprio sistema colonial, pelas controvérsias e


abusos.
Movimentos
Emancipatórios na
Independência do Brasil.
 Conjuração (Inconfidência) Mineira (1789);

 Conjuração Baiana (Conjuração dos Alfaiates) (1798);

 Revolução Pernambucana (1817).


 Conjuração Mineira
(1789)
A Inconfidência Mineira foi a revolta, de caráter
republicano e separatista, organizada pela elite
socioeconômica da capitania de Minas Gerais contra o
domínio colonial português. Também conhecida
como Conjuração Mineira, demonstrou a insatisfação
local com a política fiscal praticada por Portugal.
Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes);
Tomás Antônio Gonzaga (Poeta e Jurista);
Cláudio Manuel da Costa ( Minerador e Poeta);
Carlos Correia de Toledo (Padre e Minerador);
Pintura de Oscar Pereira da Silva traz um rosto idealizado
Francisco Antônio de Oliveira Lopes (Coronel); de quem seria Tiradentes
Imagem: Acervo do Museu Paulista da USP.
José Silvério dos Reis (Coronel).
 Conjuração Baiana
(1798)

Conjuração Baiana, também conhecida


como Conjuração dos Alfaiates, foi uma
conspiração de caráter separatista e republicano
que aconteceu na cidade de Salvador e que foi
descoberta pelas autoridades locais em 1798.
Esse movimento foi resultado da insatisfação
das elites locais com o domínio metropolitano e
também manifestou o descontentamento Os quatro líderes da Conjuração Baiana condenados à morte
popular, sobretudo com a falta de alimentos. em 1799.
Imagem: Revista Caros Amigos.
Período Joanino (1808 - 1821)
O Período Joanino foi a época da história do Brasil
colonial iniciada com a vinda de D. João VI e a corte
portuguesa em 1808. Nesse período, o Brasil sofreu uma
série de alterações para dar suporte ao abrigo da corte, que
permaneceu na colônia até 1821, quando D. João VI, por
pressão das cortes portuguesas, retornou para Portugal.

A presença de milhares de pessoas da aristocracia portuguesa


causou descontentamento entre parte desses colonos,
principalmente porque D. João VI passou a distribuir cargos e
privilégios para aristocratas portugueses em detrimento das elites
locais. Além disso, para financiar os altos gastos da corte
Família real portuguesa chega ao Rio de Janeiro.
portuguesa, o rei impôs uma política de aumento de impostos, o Fonte:<https://www.institutoclaro.org.br/educacao/wp-content/uploads/sites/2/2013/11/Período-
que desagradou a todos na colônia. Joanino-2-Família-real-chega-ao-Brasil.jpg>.
Revolução Pernambucana (1817)
A Revolução Pernambucana de 1817 foi um
movimento que aconteceu na Capitania
de Pernambuco durante o período colonial.
Esse movimento de
caráter separatista e republicano manifestou a
insatisfação local com o controle de Portugal
sobre a região e com as desigualdades sociais
existentes.

 Domingos José Martins;


 José Barros Lima;
 Padre João Ribeiro;
 Cruz Cabugá.

Bênção das bandeiras da Revolução de 1817, óleo sobre tela de Antônio Parreiras.
Fonte: <https://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8864-revolução-
pernambucana-o-movimento>.
Governo Provisório
Assim que o Governo Provisório foi formulado, como:
• Proclamação da República na Capitania de Pernambuco;
• Estabelecida a liberdade de imprensa e a liberdade de credo;
• Os impostos criados por D. João VI foram abolidos;
• Instituição do princípio dos três poderes (executivo, legislativo e
judiciário);
• Aumento no soldo dos soldados;
• Manutenção do trabalho escravo. A bandeira atual do Estado de Pernambuco é baseada na bandeira
criada durante a Revolução Pernambucana.

Apesar de ser um movimento de caráter liberal, as medidas tomadas


pelo Governo Provisório visavam beneficiar muito mais as elites
locais do que necessariamente promover a criação de uma sociedade
justa e igualitária. A manutenção do trabalho escravo foi uma evidência
disso, já que havia nesse movimento a participação de grandes
proprietários que eram contrários à abolição.
Repressão
A duração da Revolução Pernambucana foi razoavelmente curta. A reação portuguesa
foi intensa, e uma frota foi enviada do Rio de Janeiro com o objetivo de bloquear a
cidade de Recife. Também foram enviados soldados por terra da Bahia com a missão de
invadir essa cidade. A derrota dos revolucionários aconteceu oficialmente no dia 20
de maio de 1817.

A repressão ordenada por D. João VI foi violenta, com os principais nomes da Revolução
Pernambucana sendo severamente punidos. Domingos José Martins, por exemplo, foi
arcabuzado (fuzilado). Outros envolvidos, além de arcabuzados, foram martirizados e
muitos ainda ficaram presos por anos.
Questão 2: (FUVEST) A Inconfidência Mineira, no plano das ideias, foi
inspirada:

A) nas reivindicações das camadas menos favorecidas da colônia.


B) no pensamento liberal dos filósofos da ilustração europeia.
C) nos princípios do socialismo utópico de Saint-Simon.
D) nas ideias absolutistas defendidas pelos pensadores iluministas.
E) nas fórmulas políticas desenvolvidas pelos comerciantes do rio de
Janeiro.
Questão 3: (ENEM – 2021) O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no ano 1817, foi
analisado de formas diferentes por dois meios de comunicação daquela época. O Correio Braziliense apontou
para o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um descontentamento geral, e não por maquinações de
alguns indivíduos". Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento como um "pontual desvio de
norma, apenas uma 'mancha' nas 'páginas da História Portuguesa’, tão distinta pelos testemunhos de amor e
respeito que os vassalos desta nação consagram ao seu soberano".
JANCSÔ. I. PIMENTA, J. P. Peças da um mosaico. In MOTA. C. G. (Org) Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) São Paulo; Senac.
2000 (adaptado).

Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento, embora com percepções diversas,
relacionam-se a um aspecto do processo de independência da colônia luso-americana expresso em dissensões
entre

A) quadros dirigentes em tomo da abolição da ordem escravocrata.


B) grupos regionais acerca da configuração político-territorial.
C) intelectuais laicos acerca da revogação do domínio eclesiástico.
D) homens livres em tomo da extensão do direito de voto.
E) elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário.
Questão 7: As narrativas em relação à independência
do Brasil foram construídas a partir de diversas fontes e
uma delas foi a produção artística.
Independência ou Morte, por Pedro Américo, óleo
sobre tela, 1888. Exposta no Museu Paulista.

Sobre a obra “Independência ou Morte” de Pedro


Américo e sobre as narrativas predominantes acerca da
independência, podemos inferir que:

A) reproduziu uma independência próxima ao real,


apresentando D. Pedro I como único líder do processo.

B) reproduziu uma estética ligada ao nacionalismo e ao


romantismo do século XIX.
D) reproduziu uma estética original e brasileira, valorizando
C) reproduziu uma independência plural, marcada pela os agentes internos ligados à independência.
participação de homens e mulheres. E) não reproduziu uma independência próxima ao real, mas
entendeu que a independência foi feita por diversos grupos
sociais.

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