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ORIENTAÇÕES DE COLETA

DE AMOSTRAS
BIOLÓGICAS PARA
PESQUISA DE MATERIAL
VIRAL (MONKEYPOX)
Introdução
O único teste capaz de detectar a presença de
Monkeypox no momento, é a detecção do vírus em amostras
biológicas por testes moleculares. Somente esse teste é
capaz de avaliar a presença do vírus circulando na pessoa
avaliada. É um exame muito sensível, que pode variar essa
sensibilidade de acordo com o tipo de amostra biológica
avaliada. A presença do vírus em amostras biológicas pode
variar de acordo com o quadro clínico, aumentando a
sensibilidade do teste.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda


a coleta de amostras de fluídos, raspagens e swabs
precedentes das vesículas cutâneas no entanto, caso esta não
seja possível, podem ser realizada a coleta de swab genital
e/ou retal. O Monkeypox é uma doença zoonótica causada
por vírus, sendo este classificado pelo International
Committee on Taxonomy of Viruses (ICTV) como pertencente
à família Poxviridae, gênero Orthopoxvirus e espécie
Monkeypoxvírus . Esta família viral possui como material
genético uma dupla fita linear de DNA, codificando em seu
genoma as proteínas necessárias para replicação, transcrição,
montagem e liberação viral.
Qualidade das Amostras

Para aumentar a probabilidade de detecção da


infecção por Monkeypox, recomenda-se a coleta de
amostras biológicas de fluídos, raspagens e swabs
precedentes das vesículas cutâneas no entanto, caso esta
não seja possível, podem ser realizada a coleta de swab
orofaríngeo ou soro.
Diante de um caso suspeito, coletar amostras
como definido pelo ministério da saúde.
Atenção para atualizações frequentes do
protocolo do ministério da saúde.
Informações do Teste
A detecção é feita no formato qPCR
desenhado para identificação qualitativa do DNA do
Monkeypoxem amostras clínicas de indivíduos
suspeitos de infecção pelo vírus.
O DNA é extraído de amostras clínicas e
posteriormente amplificado por PCR em Tempo Real e
detectado usando sondas específicas para o vírus
Monkeypox(Genes G2ReF3L). A presença de uma
sequência específica do patógeno na reação é
detectada por um aumento na fluorescência observada
a partir da sonda correspondente duplamente
marcada. É relatado como o valor limiar de ciclo (Ct)
pelo termociclador em Tempo Real.
Informações do Teste

Este ensaio é indicado para uso com ácido


nucleico extraído de amostras de secreção da lesão,
raspagem da lesão, swab orofaríngeo e soro para
detecção do virus Monkeypox.

As amostras biológicas devem ser coletadas


em recipientes limpos, estéreis e processadas o mais
rápido possível para garantir a qualidade do teste. É
recomendado o uso de amostras frescas e temperatura
de 2 - 8 °C afim de garantir a estabilidade da amostra.
A amostra deve ser coleta em tubo estéril seco.
Informações do Teste

Os resultados confiáveis deste teste


requerem a coleta apropriada de amostras, bem como
procedimentos adequados de transporte,
armazenamento e processamento de amostras e kits. O
não cumprimento desses procedimentos produzirá
resultados incorretos, levando a valores positivos e
negativos falsos ou a resultados inválidos.

Níveis baixos de vírus podem ser detectados


abaixo do limite de detecção, mas os resultados
podem não ser reprodutíveis.
Instruções de Coleta

Material de Coleta

SWAB DE RAYON OU FLOqSWAB: Frasco estéril seco, refrigerada


de 2 - 8°C podendo ser armazenada no período de ate 7 dias.

NÃO PODE SER EM SWAB DE ALGODÃO, SWAB COM HASTE DE


MADEIRA, SWAB PRODUZIDO COM ALGINATO DE CALCIO,
AMOSTRAS ENVIADAS EM FRASCOS COM LIQUIDO PRESERVANTE.
Instruções para Coleta do Material
Paramentação
A coleta de exames deve ser feita por profissionais de
saúde habilitados. Condutas:
• higiene das mãos com água e sabonete líquido OU
preparação alcoólica a 70%;
• óculos de proteção ou protetor facial (face shield);
• máscara cirúrgica;

• avental;
• luvas de procedimento;
• gorro (para procedimentos que geram aerossóis);
• Observação: os profissionais de saúde
deverão trocar a máscara cirúrgica por uma
máscara N95/PFF2 ou equivalente, ao
realizar procedimentos geradores de
aerossóis.
Instruções para Coleta do Material
Coleta da secreção das lesões:
Coleta da secreção das lesões para pesquisa de Monkeypox:

1. Desinfectar o local da lesão com algodão embebido com álcool


a 70% e deixar secar.

2. Utilizar o bisturi ou a agulha para furar a vesícula. Coletar o


material da base da lesão com o swab estéril (Rayon).

3. Inserir o Swab em frasco estéril seco (Manter o swab dentro


do frasco estéril seco).

4. A estabilidade das amostras é de 7 dias, refrigeradas em


temperatura entre 2º e 8ºC.

5. Enviar as amostras ao Histocon o mais rápido possível.

A coleta do material deve ser feita por profissional


devidamente treinado.

A demora no envio das amostras afeta a viabilidade da


amostra e pode provocar interferências na realização do exame.

Se faz obrigatório realizar a coleta de dois sitios


distintos de lesões. Ex: 1 tubo estéril seco contendo 1 swab
orofaringe e secreção de uma vesícula.
Instruções para Coleta do Material
Coleta de raspagem das lesões: :

Coleta de raspagem das lesões para pesquisa de Monkeypox:

1. Desinfectar o local da lesão com swab embebido com álcool a 70%


e deixar secar.

2. Utilizar o bisturi para realizar a raspagem das lesões.

3. Inserir o raspado em frasco estéril seco. (Manter o raspado


dentro do frasco estéril seco).

4. A estabilidade das amostras é de 7 dias, refrigeradas em


temperatura entre 2º e 8ºC.

5. Enviar as amostras ao Histocon o mais rápido possível.

A coleta do material deve ser feita por profissional


devidamente
treinado.

A demora no envio das amostras afeta a viabilidade da


amostra e pode provocar interferências na realização do exame.

Se faz obrigatório realizar a coleta de dois sítios distintos


de lesões. Ex: 1 tubo estéril seco contendo 1 swab orofaringe e
secreção de uma vesícula.
Instruções para Coleta do Material
Coleta de swab orofaringe:

Coleta de swab orofaringe para pesquisa de Monkeypox:

1. Posicione a cabeça do paciente para trás e com o auxílio da espátula pressionar


gentilmente a língua de forma que fique tranquila a coleta do material orofaringe.

2. Pressionar e rolar um swab estéril sobre as tonsilas e atrás da úvula (faringe


posterior), evitando tocar na língua, mucosa bucal e úvula.

3. Tocar preferencialmente nas áreas com hiperemia e pontos de supuração (pus ou


placas).

4. Inserir o swab em frasco estéril (Manter o swab dentro do frasco estéril seco).

5. A estabilidade das amostras é de 7 dias, refrigeradas em temperatura entre 2º e


8ºC.

6. Enviar as amostras ao Histocon o mais rápido possível

A coleta do material deve ser feita por profissional devidamente


treinado.

A demora no envio das amostras afeta a viabilidade da amostra e


pode provocar interferências na realização do exame.

Se faz obrigatório realizar a coleta de dois sítios distintos de lesões. Ex: 1


tubo estéril seco contendo 1 swab orofaringe e secreção de uma vesícula.
Instruções para Coleta do Material
Coleta de soro:

Coleta de soro para pesquisa de Monkeypox:

1. Coletar o sangue em tubo seco ou gel separador.

2. A estabilidade das amostras é de 7 dias, refrigeradas em


temperatura entre 2º e 8ºC.

3. Enviar as amostras ao Histocon o mais rápido possível

A coleta do material deve ser feita por profissional


devidamente treinado.

A demora no envio das amostras afeta a


viabilidade da amostra e pode provocar interferências na
realização do exame.

Se faz obrigatório realizar a coleta de


dois sítios distintos de lesões. Ex: 1 tubo estéril
seco contendo 1 swab orofaringe e secreção de
uma vesícula.
Eventuais dúvidas podem
ser sanadas no laboratório
diretamente.
Referência Utilizada
1. Ministério da saúde do Brasil. Nota informativa sobre Monkeypox.
NOTA INFORMATIVA Nº 6/2022-CGGAP/DESF/SAPS/MS.
06/07/2022. Brasilia:MS;2022. Disponível em: Nota Técnica Nº
46/2022-CGPAM/DSMI/SAPS/MS (slideshare.net)

2. Sala de Situação de Monkeypox. Disponível


em: https://
www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/resposta-a-
emergencias/sala-de-situacao-desaude/sala-de-situacao-de-
monkeypox

3. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 504, DE


27 DE MAIO DE 2021. Disponível em: rdc_ndeg_504-2021_-
4. _boas_praticas_para_o_transporte_de_material_biologico_hu
man o.pdf (saude.pr.gov.br)

5. Instrução de
Uso_RUO_XGEN_MONKEYPOX_Rv.01_agosto/2022

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