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0s Fotos Sobre a

John
AnkeÓerg e
John Weldon
Uma elas mais consistentes con-
clusões que emergem elo con|unto
ele pesquisas sobre o quase-morte
é que os pessoas que tiveram uma
EQM [experiência ele quase-mor-
te] em geral nôo temem o morte
ele moclo algum; além elo mais, o
percla elo temor ela morte parece
ser permanente após a EQM.

— Kenneth Ring,
Heading Toward Omega: In
Search oÍ the I\Áeoning oÍ the
bear-Death Experience (Indo
em Direçõo a Omega: Em
Busca elo Significaclo ela Ex-
periência ele Quase-/V\arte) [p.
18].
0 Que Sõo
£xpaiênciasde §izase-
Morte?
Iix‘iste Reencarnação?

John Ankerberg
e John Weldon
Missionário

•Chamada da Meia-Noite•
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Traduzido do original em inglês:
’de Focts on Life After Deoth“
Copyright 0 1992 by
The Ankerberg Theological Research Institute

publicado por
Harvest House Publishers
Eugene, Oregon 97402
EUA
Traduçõo: Mary Schultze
Revisão: lngo Haake
Ingrid H. L. Beitze
Jaques Cristiano Ribeiro
Capa e Layout: Reinhold Federolf

Todos os direitos reservados para


os países de lingua portuguesa
Q« 1997 Obra Missionário
Chamado do Meio-Noite
R. Erechim, 978 — B. Nonoai
90830-000 — PORTO ALEGRE —
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“Mos, à meio-no”ite, ouviu-se um grito: Eis


o noivo! saí ao seu encontro” (Mt25.6).
A “Obra Missionória Chamada da Meio-Noite” e
uma missõo sem fins lucrativos, que cré em toda a
Bíblia como infalível e eterna Palavra de Deus (2
Pe 1.211. Sua tarefa é alcançar todo o mundo com
a mensagem de salvaçõo em Jesus Cristo e
aprofundar os cristõos no conhe- cimento da
Palavra de Deus, preparando-os para a volta do
Senhor.
A lmportôncia Úa /V\orte no SocieÚaÚe /V\oÚerna

ãtIMEI tA

A?tTE
A Experiência de G\uase-Morte:
l
Popularizando Uma Visõo
O que é uma experiência ele quase-morte? ......... 9
Ocultista da MoÜe
2. Qual a freqüência dessas experiências e quais
OS SUOS ilTlp)iCOÇÕeS? ......................................... 12

3 A EQ/v\ é uma experiência genuína ela morte


ou meramente uma experiência mística com
profunclas conseqüências? ................................. 1J
d. Os “seres ele luz“ e os supostos espíritos ele
amigos e parentes mortos sõo o que afirmam ser?
O que clizem as autoriclacles nessa órea?............ 17

A EQ/V\ confirma a visõo ocultista (mediúnica)


da morte e da vida no além? ............................. 20
6. As EQMs minam a visõo bíblica da salvaçõo? .... 23

Como pocleriam experiências tõo pacíficas e


amorosas ser algo espiritualmente enganoso? ..... 26

8. As EQMs poclem precipitar a manifestaçõo Üe pocle-


res psíquicos e o contato com os espíritos-guias?..... 33

9. As EQMs representam freqüentemente uma


iniciaçõo no munclo do ocultismo?...................... 36
10. Qual é a relaçõo enfre experiências ele
reencarnaçõo e a EQM? ..................................... 44
11. Qual é a visõo ela EQM a respeito ele Deus? ........ dJ
12. Todas as EQMs sõo experiências positivas
— ou muitas sõo terriveis? ................ .

13. Quaisela
sõoEQM?...........................................................
algumas elas implicações aclicionais d8
1d. O que clizer elas crianças que têm EQMs? ........... 51

SEGUNDA A tTE
A Visõo SectÕria da Morte
15. Qual é a visõo sectória ela morte? ....................... 57
16. Quais sõo alguns exemplos contemporôneos
da visõo sectória Úa morte? ................................ 58
17. A igrei° cristõ estó abanÚonanÚo cacla vez mais
os ensinos ele Jesus e adotando uma visõo sectória
ela morte? .......................................................... 62

TEãtCEIRA A?tTE
A Vi s õo Bíblica d a M o r t e :
C é u o u Inferno Eternos
18. Qual é a visõo bíblica Úa morte? .... .............
ó7
19.QUal é a ViSÕO b:bIiCO clO Vício nO além?.............. 70
Conclusão ............................................................... 79
Notas...................................................................... 80
Sobre os autores ..................................................... 88
Almpoñânña da
Moñe na
Sońedade Modernø
A morte é uma has poucas experiências universais Üo
existência Èumana. É o acontecimento mais certo de nos-
sas visas, o únicoa ser esperado com absolute certeza.
Contudo, a natureza Úa morte esłó imersa em profunÚo
mistério.'
— Stanislav Grof, M.D. e Joan Halifax, TÀe
Hu- man Encounter Wife DeatÌn (O Encontro
do Homem com a Morte)

Existe atualmente uma vasta quantidade de livros a


respeito do morrer — livros para doentes terminais,
e suas famílias e amigos, para pesquisadores e
educa- dores sobre a morte, para psicoterapeutas e
geronto- logistas, para médicos, enfermeiros e pessoas
que tra- balham em asilos. Poder-se-ia imaginar ser
a morte um assunto novo.

Também existem manuais de instruções sobre o que


esperar e/ou o que fazer antes e depois da morte, tais
como os Livros dos Mortos tibetano, egípcio, america-
no e outros. Existem ainda diversos esquclTlílS dcl
NOVíl Era que ajudam a induzir as “experiêflC İtlO Eij
EU.ISC- morte”, ou “experiéncias extra-corporais” (tanabć
ITI Ch.1- madas de experiências fora do corpo, viagens
.isiiais, projeções astrais — N. R.), como preparação
p.iia .i int›i’-
8 • John Ankerberg e John Weldon

te. E existem agora também manuais de auto-ajuda so-


bre como cometer suicídio.

Em numerosas universidades, as ciências sociais (psi-


cologia, por exemplo) incorporam freqüentemente o
campo da tanatologia — o estudo da morte. Alguns
es- critores chegam a dividir o assunto em dois ramos
prin- cipais — tanatologia* “aplicada” e “teórica”.

Hoje um novo interesse pela morte tem surgido, o


qual promete expandir-se bastante em direção ao século
vinte e um. Talvez mais do que qualquer outro assunto,
a experiência da quase-morte (EQM) tenha contribuído
para fazer ressurgir esse interesse pela morte. Mas o
que é uma EQM? Trata-se de uma suposta experiência
da vida no além, que acontece enquanto uma pessoa es-
tá clinicamente morta.

Parece que mais do que qualquer outra coisa, a morte


saiu da clausura. Na edição de março de 1992 da revista
Life foi publicado que “a crescente discussão aberta so-
bre essas visões [da EQM] começou a mudar o clima de
se morrer na América.”2
* Na tanatologia aplicada ensina-se como alguém deve morrer “cor-
retamente”, de acordo com as várias tradições ocultistas orientais
tipicamente utilizando os Livros dos Mortos. Esses livros estão ge-
ralmente incorporados às últimas descobertas da parapsicologia e
pesquisa similar sobre a Experiência da Quase-Morte (EQM).
O ramo teórico envolve principalmente o estudo da “evidência” pa-
ra a sobrevivência após a morte — que inclui não apenas as EQMs,
mas pesquisas sobre mediunidade, reencarnação, episódios fora
do corpo, espíritos perturbadores [poltergeists) e pesquisa sobre
aparições, e muitos outros tópicos ocultistas.
A Experiência de Ouase-
MoUe:

Visõo O
/tis
daMoHe
1. O que é uma experiência de quase-morte?
A experiência típica de quase-morte (EQM) tem sido
descrita pelo eminente pesquisador da morte Dr. Ray-
mond Moody. Seus vários livros, lncluindo o best-se Her
de oito milhões de cópias Life After Life (Vida Após a
Vida), abriram uma nova era de estudos “científicos”
sobre a quase-morte. Com o fenômeno da quase-morte
ou morte clínica, algumas pessoas que foram trazidas
de volta da “morte” têm relatado que estavam vivas o
tempo todo em que estiveram “mortas”. Esse fenômeno
ocorre entre pessoas de uma grande variedade de cren-
ças religiosas, ou sem crença alguma — dos ateus
aos zen-budistas."

Quando o co-autor John Weldon escreveu o scti pri-


meiro livro sobre o assunto, em 1976, quase não h.ivi.i
10 • John Ankerberg e John Weldon

literatura disponível. Hoje existem grandes quantidades


de livros e relatórios de pesquisas. Infelizmente, quase
todos revelam que a EQM é muitas vezes uma expe-
riência ocultista.

A EQM composta ou clássica* envolve a percepção


de se estar “fora do corpo” — olhando seu corpo lá
em

* O leitor deve entender que aproximadamente 65 por cento da- queles


que estiveram clinicamente mortos não registram experiên- cia alguma.
Já os que tiveram um episódio de quase-morte regis- tram, entre si,
experiências semelhantes.‘ Apenas experiências não freqüentes ou
raras incluem a EQM “composta” ou “total” con- tendo quase todas as
características observadas até agora nas EQMs. A EQM “normal” e
mais freqüente contém algumas ou mui- tas, porém não todas as
características da experiência “compos- ta”. A EQM “profunda”
também não é uma experiência composta. Mas em seu grande número
de características e/ou sua profundi- dade (inclusive o impacto
subseqüente sobre a pessoa) é conside- rada como a EQM mais
poderosa do que a média e em alguns pontos é tão poderosa como
uma EQM completamente desenvol- vida no ocultismo. Deveríamos
lembrar que nem toda EQM é por definição ocultista. No entanto,
quanto mais pagã se torna uma cultura, mais ela se abre às forças
ocultistas.
Em nossa opinião, o passado espiritual dos que têm EQMs profun- das
pode ter muita significação. Examinar as histórias de suas fa- mílias por
quatro gerações em termos de envolvimento psíquico- ocultista — ou
mesmo uma orientação anticristã específica — pode- ria ajudar a revelar
a origem dessas experiências. As EQMs mais profundas são
experiências ocultistas, e experiências ocultistas acontecem com
pessoas por razões específicas baseadas em condições espirituais
específicas.’
Porém, se somente 10 por cento das 10 milhões de pessoas que
passaram por uma EQM “média” tiveram uma EQM profunda, es-
tamos lidando com mais de 1 milhão de pessoas que tiveram uma
experiência totalmente transformadora. Além disso, como nossa
tecnologia avança e as tentativas de ressurreição continuam, ha- verá
ainda milhões mais, de forma que ninguém pode negar a im- portância
de tal fenômeno. O fato de que essa experiência em si (involuntária e
inesperada) pode no final produzir transformações ocultistas nas vidas
de vários mi/Ções de pessoas é substanciada pelo reavivamento ocultista
agora em curso na sociedade.
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 11

baixo enquanto tentativas de ressurreição estão sendo


feitas. Logo em seguida, a pessoa pensa estar em outro
local, onde se situa o mundo espiritual. Aí a pessoa se
envolve em comunicação verbal ou não verbal com vá-
rios espíritos, geralmente com amigos e com parentes
mortos, ou com um “ser de luz”. Essa entidade é sem-
pre muito calorosa e amorosa, e envolve a pessoa “mor-
ta” numa avaliação de sua vida, mostrando-lhe uma rá-
pida retrospectiva dos acontecimentos principais. Em
algum ponto, a pessoa se aproxima de uma barreira ou
fronteira que não lhe é permitido atravessar. Ela recebe
a ordem de regressar à terra, pois a hora de sua morte
ainda não chegou. Entretanto, a experiência do partici-
pante nesse outro estado da existência geralmente é tão
pacífica, alegre e afetuosa, que ele desesperadamente se
recusa a voltar. Apesar disso, ele se acha de volta ao seu
corpo, de qualquer modo. E, quando desperta neste
mundo, descobre que foi declarado morto, mas feliz-
mente (?) foi ressuscitado.6

Os céticos e materialistas têm dúvidas sobre tudo is-


so, e lançaram uma variedade de teorias para explicar
o fenômeno. Algumas das principais explicações di-
zem que as EQMs são: (1) alucinações induzidas pe-
la dor ou medicação; (2) memórias arquivadas da ex-
periência do nascimento; (3) reação do cérebro a ní-
veis alterados de dióxido de carbono; (4) realização de
desejos psicológicos (a esperança do céu); (5) expe-
riências relacionadas à teoria de Car1 Jung do incons-
ciente coletivo e/ou arquétipos; (6) experiências indu-
zidas por drogas — LSD, heroína, maconha, etc., ou
vú- rios anestésicos; (7) ataques do lobo temporal; e
(8) privação sensorial.
12 • John Ankerberg e John Weldon

O problema dessas teorias é que nenhuma delas


explica adequadamente os fatos da EQM. Por exem-
plo, elas não conseguem explicar como as pessoas
que sofreram morte cerebral podem descrever mais
tarde, com vívidos detalhes, as tentativas da equipe
médica de ressuscitú-las. Parece que a explicação
mais lógica é que tais pessoas estiveram de algum
modo fora de seus corpos, realmente observando o
procedimento.

Deixem-nos dar um exemplo. Em um estudo se pediu


a 25 pacientes com conhecimentos de medicina para fa-
zerem suposições fundamentadas sobre o que acontece
quando um médico tenta ressuscitar um paciente clini-
camente morto. QUase todas as pessoas do grupo con-
trolado (23 das 25) cometeram “erros importantes” ao
descreverem o procedimento de uma ressurreição. Por
outro lado, “nenhum dos pacientes da quase-morte co-
meteu erros ao descrever o que aconteceu durante sua
própria ressurreição.”7 Estudos como esse apresentam
evidências de que essas pessoas realmente estiveram fo-
ra de seus corpos, olhando para baixo, para a sua “mor-
te”, exatamente como afirmaram.

2. Qual a freqüência dessas experiências e


quais as suas implicações?
Deveríamos enfatizar que nem toda pessoa que està
morrendo tem uma experiência desse tipo. Muitas não
têm nenhuma e das que a têm, nem todas são gloriosas.
Embora a maioria pareça alheia ao fato, muitas pessoas
— talvez a metade — relatam experiências terríveis
(veja
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 13

a Pergunta 12). Também, EQMs cristãs e não cristãs pa-


recem ser de natureza qualitativamente diferente; por
exemplo, o elemento ocultista praticamente inexiste na
EQM cristà.‘

Entretanto, pesquisas indicam que uns 10 milhões de


americanos j5 tiveram uma experiência de quase-morte
e a influência dessas experiências sobre a percepção do
público a respeito da morte tem sido dramática. A EQM
tem representado um papel importante na promoção do
ponto de vista de que a morte, afinal, pode não ser tão
má. Além disso, milhões de EQMs têm contribuído pa-
ra estabelecer uma visão ocultista da morte (e também
da vida) como algo altamente positivo. Por exemplo,
contatar o suposto morto ou outros espíritos é tão fre-
qüente na EQM, que as práticas que mais parecem se
beneficiar em tais episódios são a mediunidade, a cana-
lização e outras formas de espiritismo. Então, se exami-
narmos as pesquisas sobre quase-morte como um todo,
ela confirma essencialmente a visão mediúnica da vida
no além (veja Pergunta 5).

De fato, como mais cientistas têm se interessado na


EQM, tem surgido a possibilidade de se desenvolver
uma necromancia “científica” sob a máscara de pesqui-
sa da morte. Ja que as EQMs freqüentemente envolvem
contato com os mortos, essas experiências podem ser
usadas para promover uma base “científica legítima”
para se estudar a mediunidade e outras formas de espiri-
tismo. Além disso, alguns podem argumentar que se os
que estão morrendo experimentam contatos corri os
mortos, como se pode manter a objetividade cicnl íÍiCil
se nos recusarmos a estudar o contato dos vivo›.e ctiiii tre
14 • John Ankerberg e John Weldon

mortos — por exemplo, através da mediunidade e de


ou- tras formas de ocultismo?

Além disso, pesquisas do Gallup e de outros institu-


tos revelam consistentemente que mais de 70 por cento
dos americanos acreditam na vida após a morte, e des-
de 1944, quando as pesquisas começaram, 70 a 80 por
cento continuam a acreditar no céu e 50 a 60 por cento,
no inferno.*’

Mas com o reavivamento ocultista em nossa cultura, a


necromancia tem se tornado bastante mais aceita. Quase
a metade (44 por cento) dos entrevistados em Los Ange-
les “afirmaram ter tido encontros com pessoas conheci-
damente mortas”."’ Uma pesquisa de âmbito nacional
realizada em 1986 pelo sociólogo Andrew Greeley do
Centro de Pesquisa Nacional de Opinião da Universida-
de de Chicago, baseada na resposta de quase 1.500 pes-
soas, encontrou um resultado quase idêntico — 42
por cento acreditavam ter estado em contato com os
mor- tos.” Talvez isso explique porque agora só a
canalização constitua um negócio de US$ 100 milhões
anua1mente.'2

Uma razão dessas EQMs serem tão poderosas em


nossa cultura é que elas parecem negar o ensino bíblico
do inferno eterno, que muitos temem. Na verdade, essas
experiências ensinam às pessoas que elas viverão para
sempre num ambiente celestial e que de modo algum
haverá conseqüências para a morte. Isso é o que muitas
pessoas querem acreditar.

* Embora mais da metade acreditasse no inferno, somente de 3 a 4 por


cento achavam que tinham boas chances de ir para lá.
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 15

Assim, da maneira como a EQM estú sendo corrente-


mente popularizada [na vida americana], o conceito bí-
blico do inferno poderia ser apagado da cultura. Milhõ es
de pessoas que já nã o tinham certeza estã o agora con-
vencidas de que a morte é uma experiência maravilhosa
e que nà o existe inferno.’" Até muitos pastores têm sido
tão influenciados pelas experiências de quase-morte, que
chegam ao ponto de rejeitar a visão biT›lica e adotar a vi-
são ocultista. Tudo isso é um reflexo de nosso movimen-
to cultural em direção à visão da Nova Era sobre a mor-
te, a qual é por natureza fundamentalmente espírita.

3. A EQM é uma experiência genuína


da morte ou meramente uma
experiência mística com profundas
conseqüências?
O que muitos não compreendem é que com uma EQM
não estamos lidando com a verdadeira morte. E certamen-
te não estamos lidando com a àrea da confirmação cientí-
fica da vida após a morte, apesar das alegações de alguns
proponentes. Pelo contrário, estamos encontrando expe-
riências pessoais místicas/ocultistas que ocorrem em al-
guns estados de aproximação da morte. Mas essas mes-
mas experiências também acontecem em muitas práticas e
religiões ocultistas e em vários estados alterados de cons-
ciência inteiramente não relacionados com a morte em si.

Por exemplo, em larga escala, a EQM é meramente


uma forma da experiência extra-corporal (EEC) ocultis-
ta. Ambas têm fundamentalmente o mesmo impacto so-
bre a pessoa — remoção do temor da morte e
dramàtictis efeitos psicológicos posteriores.i‘
16 • John Ankerberg e John Weldon

Mus tanto a EQM como a EEC apresentam muitas


outras semelhanças, inclusive a ocorrência transcultural,
contatos espíritas, mudança da visao de mundo e desen-
volvimento de poderes psíquicos."

Um dos eminentes pesquisadores modernos da EQM


é o psicólogo Dr. Kenneth Ring, da Universidade de
Connecticut. Em Heading Toward Omegn (Indo Em Di-
reção a Omega), ele revela duas implicações cruciais da
EQM: (1) sua remoçao do temor da morte; e (2) sua ra—
dical transformaçño do modo de vida.

Para quase todos que Ring e outros pesquisadores


têm encontrado, a EQM foi uma experiência de absolu-
tamente indescritível alegria, amor, beleza, paz e har-
monia. De acordo com Ring, “a grande unanimidade
desses relatos significa haver um consenso entre os par-
ticipantes das experiêncías de quase-morte em relação
ao fato do que significa morrer... A experiência da mor-
te é excessivamente agradável. Em verdade, a palavra
‘agradúvel é suave demais. A palavra ‘extasiante’ seria
a escolhida por muitos sobreviventes dessa experiência.
Palavra alguma seria realmente adequada para descre-
ver a sensação de perfeição final que parece caracterizar
a entrada na morte.”'6

Ele cita a descrição feita pelo famoso psicoterapeuta


Carl Jung que relatou as sensações que experimentou
depois de sua própria EQM: “O que acontece após a
morte é tão inexplicavelmente glorioso que nossa ima-
ginação e sentimentos ndO bastam para formar nem
mesmo uma concepção aproximada de ta1 coisa...”” As-
sim, Ring conclui: “Ninguém que tenha experimentado,
Os Fatos Sobre a Vida A pós a Morte •
17

mesmo vicariamente, o que os participantes da EQM


passaram poderá jamais observer a morte com algo me-
nos que mm sentimento de gratidão infinita pela sua
existência. Isso, eu garanto, é o que se conclui de um
cuidadoso exame das experiências de quase-morte, mas
o que se segue a um estudo dos efeitos posteriores é di-
ferente — e igualmente profundo. É nada menos
que uma nova visño da vida.”i'

Em essência, a própria EQM se assemelha ao plantio


de uma “semente” espiritual dentro de uma pessoa; se-
mente tal que em seguida parece crescer em sua árvore
genética predeterminada — repleta de frutos. Como
Ring comenta, “a chave da significaçño das EQMs esta
no es- tudo de seus efeitos posteriores...””

Daí porque, diz Ring, quase todos os pesquisadores


anteriores inevitavelmente deixaram de perceber a ver-
dadeira significação da EQM — pois não havia
transcor- rido o tempo necessário para se examiner
seus frutos reais. Concordamos. Examinando os
“frutos” da EQM podemos encontrar sua verdadeira
significação. E o que faremos nas próximas perguntas.

4. Os “seres de luz” e os supostos espíritos de


amigos e parentes mortos são o que afirmam
ser? O que dizem as autoridades nessa área?
As pessoas que encontram na EQM o “ser dc lu7”, “a
luz” ou os supostos espíritos de amigos e pai'cntcs mor-
tos são profundamente influenciadas. Muitas pcnsaiii
ter encontrado “Deus”, “Cristo”, “anjos” bíf lict›s ‹th
18 • John Ankerberg e John Weldon

mortos humanos reais. Mas isso não poderia ser


verda- deiro. Por que? Porque, por um lado, as
entidades da EQM agem de maneira contraria aos
propósitos de Dens e de Cristo, conforme revelados
na Bíblia. E, por outro lado, o “ser de luz” e outros
espíritos agem vir- tualmente do mesmo modo como
o fazem os espíritos contatados pelos médiuns e
espíritas há milênios.

0s atos e declarações do “ser de luz”, dos “mortos” e


dos outros espíritos mostram que eles nño são Jesus
Cristo, mortos humanos ou anjos bons. O “ser de luz”
não pode ser Cristo porque o “ser de luz” nega os
ensi- nos de Jesus na Bíblia. E Cristo não pode negar-
se a si mesmo, rejeitando Seus ensinos antigos.2"

0s supostos espíritos de mortos não podem ser os


mortos humanos, pois a Escritura nos diz que os mor-
tos não salvos são confinados e incapazes de alcançar
os vivos, e os mortos salvos estão com Cristo (2 Pedro
2.9; Lucas 16.19-31; Atos 1.25; 2 Coríntios 5.8;
Fili-
penses 1.23).

Além do mais, os demais espíritos não podem ser


an- jos santos porque os anjos santos são seres puros
que ja- mais iriam contradizer o que Deus ensinou na
Bíblia.

Biblicamente, considerando a eterna importância do


assunto da morte, bem como a existência da batalha
es- piritual (Efésios 6.10-18), é improvável que tudo
isso seja coincidência.

As mensagens ocultistas transmitidas freqüentemente


pelo “ser de luz” e pelos supostos espíritos dos mortos
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 19

provam que eles s5o espíritos mentirosos. Eles ofere-


cem os seguintes ensinos antibíblicos: (1) u morte é al-
go boiii: não há julgamento na morte; a morte é igual a
Deus, que é igual a amor; (2) o inferno nato existe: Deus
aceita todos os homens incondicionalmente, a despeito
de suas crenças e ações na terra; todos irão para o céu;
(3)a Bíblia esta errada: a visão cristã da morte é
falsa; é a visão oriental/ocultista da morte que està
correta; e
(4)a prática do ocultismo é benéficct: e lmportante
de- senvolver os poderes psíquicos; entrar em contato
com o mundo espiritual é um objetlvO divino.'i

São esmagadoras as evidências de que os espíritos do


ocultismo são realmente espíritos mentlrosos — em
ou- tras palavras, demônios que personificam os
mortos e outros, a fim de enganar as pessoas
espiritualmente. Que os demônios não possuem apenas
astúcia legendá- ria, mas também são polimorfos —
podendo mudar de forma á vontade — é um aspecto
amplamente reconheci- do no ocultlSlTlO. Daí porque
muitos têm concluído que aqueles que encontram
fenômenos ocultistas na expe- riência de quase-morte
são vítimas dos mesmos espíri- tos enganadores.'2

Essa farsa dos espíritos é confirmada em parte pelo


testemunho de numerosos ex-médiuns e ocultistas, tais
como Raphael Gasson, Victor Ernest, Johanna Michael-
son, Doreen Irvine, Ben Alexander e outros. Em certo
tempo, essas pessoas estavam convictas de que seus
amorosos e amistosos espíritos-guias, “seres de luz”,
“aiTllgOs e parentes mortos”, “anjos” e o “Jesus” ct›in os
quais se comunicavam eram, de fato, bons cspíi’it‹is.
Mas depois perceberam que eles eram il Cn.1s Ús
3il‘ÍÍ(lS
20 • John Ankerberg e John Weldon

enganadores que haviam personificado bons espíritos, a


fim de levar as pessoas a falsos caminhos.^

5. A EQM confirma a visão ocultista


(mediúnica) da morte e da vida no além?
Uma outra linha de evidência sugerindo a conexão
característica entre a EQM e o ocultismo é que milhares
de médiuns, canalizadores e paranormais expressam a
mesma visão sobre a morte, conforme é representada na
EQM e pelo “ser de luz” e outros espíritos.

Na verdade, quando alguém examina o conteúdo da


EQM “profunda” (veja a Pergunta 1), descobre que ela
confirma a visão mediúnica da vida no além. Por
exemplo, muitas pessoas sentem que enquanto estavam
“na Luz”, “todos os [seus] pecados eram perdoados”
e elas se sentiam “perfeita e totalmente livres.”z‘ “A
Luz”, que elas enganosamente interpretam como Deus
ou Cristo, pode também dar-lhes informações telepá-
ticas diretas que refletem fundamentalmente e incul-
cam a filosofia mediúnica. Isso inclui as seguintes
idéias: a terra como uma “escola” para o aprendizado
espiritual que continua após a morte; teologia liberal:
a fraternidade dos homens, a paternidade de Deus, o
evangelho social; o Universalismo: que toda a huma-
nidade será salva no final; a negação da realidade bí-
blica da conseqüência do pecado; a importância da
transformação ocultista da consciência individual e
planetária, e evolução em direçao ã natureza divina;
uma confiança no “bem final dentro de todos nós”, e
assim por diante.^
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 21

Sem dúvida, se sño os espíritos mentirosos que pro-


movem uma visño de mundo mediúnica nas sessões,
quem então estará fazendo isso na EQM?

Por tudo isso é que muitos pesquisadores da EQM


têm notado a semelhança entre a mensagem da EQM e
a mensagem mediúnica. O parapsicólogo Dr. Karlis
Osis, um eminente pesquisador da EQM, observa que a
EQM “tende a confirmar muito do quadro obtido atra-
ves da mediunidade”."

O falecido Dr. Scott Rogo era mrna autoridade em


paranormalidade, tendo escrito uns 15 livros sobre o
assunto. Após analisar toda literatura e pesquisas rele-
vantes sobre as experiéncias da quase-morte, de 1882
até o presence, ele concluiu que as descobertas feitas
pelos modernos pesquisadores da quase-morte somente
reforçam o que os médiuns e espíritas vinham ensinan-
do há muito: “Finalmente, não posso deixar de ficar es-
pantado com o quanto as conclusões de todos, desde
[Karlis] Osis até [Raymond] Moody, coincidem com o
que os espiritualistas {espíritas] da Era Vitoriana ensi-
navam sobre a morte e o processo de morrer... Não
posso ver como qualquer das descobertas de Osis,
Crookall, Moody, ou outros pesquisadores difere do
que realmente foi descoberto e ensinado pelos espiri-
tualistas de eras passadas.”2’

Frederick Myers, um dos principais amigos pesquisa-


dores de experiências de quase-morte, dec lemon em
sent famoso trabalho Winston Personcilit y ‹ind It.v
Survival ‹›f’ Bodil y Dentli (A Personalidade Humana e
Set.i Stilv'cvi- vência à Morte Física) quanto devia aos
espii'iitiiil islits:
22 • John Ankerberg e John Weldon

“Quanto devo a certas observações feitas por membros


desse grupo — como minhas próprias conclusões
combi- navam freqüentemente com as conclusões às
quais eles previamente haviam chegado.”^

As visöes mediúnicas e outras visões ocultistas da


morte freqüentemente se originam de experiências fora
do corpo (EFC) e da comunicaçao com espíritos-guias,
“mestres elevados”, etc. Por exemplo, Emanuel Swe-
denborg, o famoso médium do século XVIII, escreveu
sobre muitas experiências pessoais de suas próprias via-
gens fora do corpo, que eram idênticas às descritas pe-
los participantes da quase-morte, em seu texto de 1758,
Heaven and Its Wonders and Hell (O Céu e Suas Mara-
vilhas e o Inferno) 29

Do mesmo modo, o mundialmente famoso médium


Arthur Ford teve uma experiência EFC/EQM que foi
idèntica quase ponto por ponto com a EQM composta
detalhada por Moody e outros, conforme registrado em
The Life Beyond Decıth (A Vida Além da Morte).3"

Tanto Swedenborg como Ford fundaram movimentos


ocultistas anticristãos. Swedenborg começou a sua Igre-
ja da Nova Jerusalém, e Ford foi o responsável pelo in-
teresse de dezenas de milhares de pessoas pelo ocultis-
mo ao fundar sua “Spiritual Frontiers Fellowship” (As-
sociaçño das Fronteiras Espirituais). De fato, Ford
declarou que fora “mandado de volta” pelos espíritos
para essa missão expressa — ajudar a “remover de
uma vez para sempre o temor da morte”.3' Esse objetivo
que lhe foi dado pelos espíritos é precisamente o
impacto pessoal da moderna EQM.
Os Fatos Sobre a Vida A pós a Morte • 23

Em essência, ninguém pode negar que para muitas


pessoas a EQM é ou se torna uma experiência ocultista.
De fato, se os espíritos do ocultismo rotineiramente
confessam que eles podem propositadamente induzir
experiências fora do corpo em seus contatos,” por que
alguém deveria admitir que isso jamais poderia aconte-
cer na EQM, especialmente se uma pessoa esteve antes
envolvida com o ocultismo, o que geralmente é o caso."

Para concluir, pelo fato de ensinos mediúnicos serem


confirmados pelo “ser de luz” e pelos supostos espíritos
dos mortos, novamente concluímos que eles não sao o
que alegam ser.

6. As EQMs minam a visão


bíblica da salvação?
A EQM não apenas remove o temor da morte, mas
também simultaneamente pode inibir o arrependimento
bíblico e a salvação. O conceito bíblico de pecado tem
pouca ou nenhuma importância para a “Luz”: “...na
maior parte dos casos, o modelo de recompensa/castigo
da vida no além é abandonado e rejeitado, mesmo por
muitos que estavam acostumados a pensar nesses ter-
mos. Eles descobriram, para sua satisfação, que mesmo
quando suas ações aparentemente mais horríveis e pe-
caminosas foram manifestadas ao ser de luz, o ser não
reagiu com irritação e raiva, mas, sim, com compreen-
são, e mesmo com humor.” E quando uma pessoa se
convence da completa aceitação pela Luz (“Deus”), re-
ceber a Cristo como Salvador dos seus pecados se tor na
irrelevante. Por exemplo, um espírito diSSG il fH2flê1
CS-
24 • John Ankerberg e John Weldon

soa durante a sua EQM que “pecados não existem. Nao


da maneira como vocés pensam na terra sobre eles. A
única coisa que importa aqui é como vocés pensam”.”

O calor do “ser de luz” e a sensação do amor que tu-


do aceita transmite fortemente a mensagem de que se é
aceito e perdoado totalmente, independente da fé pes-
soal em CrlSto. Assim, as pessoas que têm EQMs, quer
seja na lnfãncia ou na idade adulta, perdem universal-
mente o temor da morte, mesmo que continuem a ser
não cristãs: “Após o evento, os partlCipantes da EQM
não temem mais a morte... [e] o medo do castigo no in-
ferno pelas obras terrenas não se torna mais um proble-
ma para muitos.””

Aqueles que têm uma EQM também podem ser co-


mandados a dissemlnar a mensagem de que Deus sal-
vará a todos: “Nancy diz que a ‘Luz’ lhe dlsse, nestas
exatas ‘palavras : ‘Com o dom que você agora recebeu,
vá em frente e fale ãs massas que a vida após a morte
existe; que todos vocês vão experimentar o meu PRO-
FUNDO AMOR’.”'7

Ninguém pode negar que muitas pessoas são dramati-


camente mudadas como resultado de sua EQM. Elas
geralmente se tornam zelosas, convertem-se á religião.
Mas, como veremos mais tarde (veja a Pergunta 9), a
religião à qual elas se convertem não é o crlstianismo.

A uma participante da EQM foi dito que sua nova


missao era comunicar o conhecimento particular que
lhe foi dado na EQM, a fim de trazer um entendimento
“próprio” à humanidade concernente á “verdadeira” na-
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 25

tureza da morte. Ela reconheceu que essa mensagem era


incompatível com o ensino bíblico e então abandonou o
cristianismo em que havia sido criada:

Stella foi criada numa tradicõo funÚamentalista, e ain-


da esfó relufanÚo em iÚenfiÍicar o ser que ela viu como
Cristo. A essa altura, entretanto, a história de Stella toma
um rumo totalmente inesperado. Enquanto se comunicava
telepaticamente com o "ser de luz", foi-lhe revelado que
ela era julia!... Isso facilitou o S ó acelerado processo do
Úespertamento de Stella para uma verificaçõo fotal de
sua própria identidade verdadeira — primeiramenfe suge-
rida pelo “ser de luz". Desde esse tempo tem havido mui-
tas muÚancas em sua vida. Ela nõo apenas se converteu
formalmente ao judaísmo (o que causou um enorme cho-
que em sua familia fundamentalista) e se divorciou de seu
mariclo, mas também aquela tímida mulher de antiga-
mente... tornou-se uma empresória de sucesso, que serviu
no Conselho da Infôncia e Juventude Úa Casa Branca, e
envolveu-se ativamente na política local.*’

Em essência, a necessidade de salvação biT›1ica é re-


pudiada por muitas EQMs através dos seguintes meios:
(l) o ensino de que a morte é uma coisa boa; (2) a
tri-
vialidade do pecado; (3) as percepções fortemente co-
municadas do perdao divino preexistente e a experiên-
cia de um “amor todo compassivo"; (4) a profundidade
e autoridade da própria experiência sobre literatura
“morta" como a BiT›1ia; e (5) a tendência da justificaçao
através das obras pessoais encontrada em muit‹IS expe-
riências, que leva uma pessoa para um tipo de “cvilnge-
lho social", onde a Luz (“Deus”) ou a própi'ia experiên-
cia conduz á idéia de que se deve praticar bt›as tito.is,
26 • John Ankerberg e john Weldon

buscar o bem da humanidade, o melhoramento das con-


dições mundiais, paz, amor, e assim por diante.

7. Como poderiam experiências tão


pacíficas e amorosas ser algo espiritualmente
enganoso?
Os pesquisadores gostam de frisar que a EQM e suas
conseqüências são caracteristicamente benignas. Não
apenas a própria experiência é indescritivelmente admi-
rável — cheia de amor, paz e alegria — mas também
seus resultados na vida de uma pessoa são
caracteristicamen- te bons. As pessoas se preocupam
mais com as outras. Tornam-se mais bondosas,
gentis, compreensivas e compassivas. Como frisa o
Dr. Raymond Moody, em The Light Beyond (A Luz do
Além): “Em geral a EQM muda a pessoa para melhor...
Em meus 20 anos de con- tato intensivo com
participantes da EQM, ainda preciso encontrar algum
que não tenha passado por uma mu- dança muito
profunda e positiva como resultado dessa experiência...
Todos os estudiosos e clínicos com quem conversei, os
quais entrevistaram participantes da EQM, chegaram à
mesma conclusão: são pessoas melhores por causa de
sua experiência”.”

A maioria dos participantes diz que o resultado de


sua experiência foi encorajã-los a amar mais. “Você
aprendeu a amar?”, é uma pergunta feita no decurso
do episódio a quase todos os participantes da EQM.
Quando do seu regresso, quase todos eles dizem que
o amor é a coisa mais importante da vida. Muitos
afirmam que é por isso que estamos aqui”.' Como
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 27

disse “a Luz” a um participante: “O amor é a chave


do Universo”.‘i

Então, como poderia uma experiência tão maravilho-


sa e com resultados tao positivos ser espiritualmente
mã? Talvez ajudasse lembrar que existem muitas coisas
na vida que podem inicialmente parecer maravilhosas, e
mesmo assim ser enganosas ou destrutivas — tais
como drogas ilegais e sexo promíscuo. Também não
devería- mos esquecer que a Bíblia ensina que Satanás e
seus de- mônios se transformam em “anjos de luz” e
“ministros da justiça” (2 Coríntios 11.14-15).
Finalmente, na EQM o conteúdo e o significado da
palavra “amor” devem ser avaliados. Quando “a Luz”
diz às pessoas que elas de- vem amar mais, o que
significa isso?

O ensino geral de que as pessoas devem se “amar


mais” — sem definição específica para a palavra amor
— pode ser um ensino freqüente dos espíritos, mas
ainda não se torna bíblico. A não ser que o amor seja
biblica- mente definido (por exemplo, em 1 Coríntios
13; 1 João 3.16; 4.7-15), ele não provém de Deus. Sem
conteúdo e açño próprios, o “amor” é uma vaga
emoção ou uma crença relativa que tern pouco valor
duradouro. Mesmo o amor genuíno por outras pessoas
pode ser deficiente quando o genuíno amor pelo único
e verdadeiro Deus está faltando.

Ninguém está afirmando que a EQM nem sempre


é maravilhosa ou que os resultados nao sao em al-
gum sentido positivos. Estamos apenas dizendo 'ltlc
tanto a experiência como os resultados são t‘rinclaiiicn-
talmente enganosos da perspectiva do ensinti 1 íbl
icti.
28 • John Ankerberg e John Weldon

Ser mais generoso, mais compassivo e mais amoro-


so com os outros é born. Mas isso não garante a en-
trada no céu. Nem sentir amor por um “ser de luz”
não identificado. Só receber a Cristo como único Sal-
vador do pecado dã acesso à verdadeira vida eterna
(João 1.12; 3.16).

Infelizmente, as mudanças pOSltlVúS de valores na


maioria dos participantes da EQM — mais amor,
mais preocupaçño com os outros, uma busca de
significado, uma auto-imagem mais positiva — tornam-
se em maior ou men or grau integrados com uma visão
de mundo an- tibíblica. Em outras palavras, essas
mudanças positivas sustentam uma filosofia espiritual
fundamentalmente falsa. Assim, sem a correção
bíblica, mesmo esses as- pectos positivos podem se
tornar algo negativo porque eles legitimam uma
poderosa experiência que é espiri- tualmente
enganadora.

Existe uma tendència humana, tanto no pesquisador


como no leigo, de evitar o aborrecimento da morte. O
Dr. John J. Heaney é Professor de Teologia da Ford-
ham University e autor do The Sacred and the Psychic
(O Sagrado e o Psíquico), um livro que aceita a inte-
gração da teologia cristã com o ocultismo. Ele escre-
ve: “Nño encontro nada de demoníaco nas EQMs. 0s
efeitos da experiência satisfazem os critérios que se
procura, tendo em vista a validade e frutificação da ex-
periência mística, pelo menos em sentido mais amplo:
uma sensação de paz e alegria, mudança de horizonte
na direção do espiritual, uma duradoura reforms na vi-
da da pessoa, e um senso maior de caridade e neces-
sidade de crescimento.””
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte •
29

Mas, novamente, se o contexto espiritual em que es-


ses eventos ocorrem é anticristao, mesmo os bons resul-
tados podem se tornar impuros. O que também deve ser
lembrado é que somente o bem-estar nem sempre é um
critério legítimo para o que é bom ou verdadeiro. Na
verdade, mesmo experiências de completa possessão
demoníaca podem ser indescritivelmente agradáveis,
jubilosas e npaixonantes. Relatos de pessoas que foram
possuídas por espíritos revelam que os demónios têm a
capacidade de manipular a mente do mesmo modo que
as drogas — muito poderosa e positivamente. Isso é
sus- tentado por testemunhos ocultistas americanos
moder- nos, pela pesquisa de Malachi Martin em
Hostage to the DCSfl: The Possession and Exorcism
of Five Living Americans (Refém do Diabo: A
Possessão e o Exorcis- mo de Cinco Americanos
Vivos), e por grande número de estudos antropológicos
de possessão espiritual. Mé- diuns, espíritas,
canalizadores e outros ocultistas que descrevem suas
possessões por seres espirituais ou espí- ritos-guias
freqüentemente relatam encontros maravi- lhosos,
cheios de amor e gozo." Isto é, afinal, o que se poderia
esperar: se o diabo leva a sério o ato de enganar as
pessoas sobre as verdades espirituais, ele fará tudo o
que for necessário.

O que a EQM faz é reforçar poderosamente um tema


comum, mesmo errado, da cultura moderna — que
Deus ama todas as pessoas incondicionalmente e dara a
todos entrada no céu na base do ser “boa” pessoa. A
EQM co- munica que Deus se interessa mais pelas boas
obras das pessoas do que por suas crenças religiosas
particul.ii’cs. Mas isso é biblicamente errado. A Bíblia
ensina qUti il morte leva ao julgamento, não à alegria
(Hebreus '3.27),
30 • .fohn Ankerberg e .fohn Weldon

e que Deus está muito interessado naquilo em que a


pessoa crê religiosamente. De fato, fora da crença pes-
soal no verdadeiro Cristo, ninguém entrará no céu (João
3.16, 36; Atos 4.12; 1 João 5.11-12).

Entretanto, porque a EQM é tão profundamente “es-


piritual”, boa e cheia de experiências de amor, a grande
maioria das pessoas acredita que a experiência em si
mesma deva ser divina — alguma coisa de Deus. Mas
es- sas maravilhosas experiências conduzem ao erro
teoló- gico: quase sempre elas conduzem à falsa
segurança do universalismo (que todos serão salvos ao
morrer), e elas quase nunca trazem o arrependimento
bíblico. Em ou- tras palavras, elas nunca levam as
pessoas a se verem como pecadores que necessitam da
salvação em Cristo. Mas se a principal mensagem que
Deus procura comu- nicar aos homens é que eles
necessitam de salvação em Cristo (Mateus 28.19-20; 1
Timóteo 2.3-7), como essas experiências poderiam vir
de Deus? Uma experiência que leva as pessoas a
rejeitar a salvação de Deus não pode ser divina, não
importa quão agradável seja.

Tudo isso combina com o que a Bíblia ensina so-


bre a natureza das forças espirituais do mal: que os
espíritos maus comumente imitam o que é bom e jus-
to, a fim de enganar as pessoas a respeito das ver-
dades que Deus tem revelado na Bíblia. O apóstolo
Paulo também escreveu, em 2 Coríntios 11.14-15, que
“o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”
e seus ministros em “ministros da justiça”. Portan-
to, não seria de se surpreender que o diabo possa
imitar um “ser de luz” ou que seus demônios fre-
qüentemente façam o mesmo.
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 31

0s exemplos seguintes pro am que a EQM, apesar de


sua aparéncia, pode ser algo fundamentalmente enga-
noso no que se refere ă questão mais importante da vida
(salvação pessoal), e, portanto, também é algo essen-
cialmente mau (1 Joño 2.18-26).

Moody comenta que enquanto os participantes da


EQM tendem a se tornar “espirituais”, isso não significa
que eles entram na Igreja — “pelo contrário, eles
tendem a abandonar a doutrina religiosa puramente
por causa de doutrina”.” Como um participante da
EQM comen- tou: *Uma porç do de gente que eu
conheço vai ficar surpresa quando descobrir que o
Senhor não está inte- ressado em teologia”.4’ Do
mesmo modo, após sua EQM, uma luterana muito
devota e “ligada em doutri- na” concluiu que Deus
“não se preocupa em nada com doutrina de igreja”.” E
a um pastor que pregava sobre o inferno, o “ser de luz”
ordenou que “não falasse mais desse assunto ă sua
congregação”.”

Biblicamente, é claro que Deus está interessado em


doutrina (ou teologia), pois Ele é o Deus da verdade. A
Bíblia está cheia de mandamentos de Deus para que
Seu povo seja muito preocupado com “doutrina correta”
(por exemplo, Tito 1.9; 1 Timóteo 6.3).

Mas se o participante da EQM é religioso ou não an-


tes de sua experiência, o resultado final é o mesmo:
“Ambos os grupos emergem com uma apreciaçüo da
religião bem diferente daquela que é estreitamcntc de-
finida e estabelecida pela maioria das igrejas. Eles che-
gam a verificar através dessas experiênC İ‹1S €]tlĞ” I'm.Iİğ
İÛltJ não é assunto de um grupo “certo” versus v.ít i‹is
gt ri-
32 • John Ankerberg e John Weldon

pos “errados”. As pessoas que sofreram uma EQM


emergem dela dizendo que a religião diz respeito à sua
capacidade de amar — não a doutrinas e
denominações. Resumindo, elas acham que Deus é um
ser muito mais magnânimo do que achavam antes, e
que denomina- ções não importam.”“

Então, “qual é a mensagem básica trazida pela EQM?


Que o conhecimento e o amor são as coisas mais impor-
tantes. Foram as religiões formais que acrescentaram
todos os dogmas e doutrinas”.^

Mas a obtençño de mais conhecimento pode salvar as


pessoas de seus pecados? E, novamente, quem pode de-
finir o que é o amor? Quem coloca os limites morais so-
bre o conhecimento ou o amor? Os espíritos?

Quer seja através da instrução verbal dos espíritos


ou pela iluminação mística, a EQM ensina as pessoas
a buscar o conhecimento e evitar a doutrina. Infeliz-
mente, isso leva simultaneamente as pessoas à apren-
dizagem do ocultismo, enquanto inibe sua aceitação do
ensino cristão.

Enquanto o conhecimento em si pode ou não ser de


valor, o verdadeiro conhecimento ou a verdadeira dou-
trina são muito importantes para Deus porque condu-
zem as pessoas à piedade. Isso é confirmado através do
Novo Testamento, por exemplo, em Tito 1.1, onde Pau-
lo fala do “pleno conhecimento da verdade segundo a
piedade...” Quando o “ser de luz” que os participantes
da EQM encontram afirma não estar interessado em
doutrina, ele revela novamente que nào é o Deus ou o
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 33

Senhor Jesus Cristo bíblico. Então, o que não é comuni-


cado por essas experiências é a verddde blTlica de que o
amor a Deus e à sa doutrina são inseparáveis (1 Joao
2.3-6; 5.3,9-12).

Podemos saber que a EQM representa um engano es-


piritual porque ela conduz as pessoas para bem longe da
salvaçño de De us e em direção ã confiança em suas
pró- prias boas obras, o que, junto com a remoção do
temor da morte e a experiência do todo amoroso “ser
de luz”, convence-as de que nada mais é preciso para
entrar no céu após a morte.

8. As EQMs podem precipitar a


manifestação de poderes psíquicos e o
contato com os espíritos-guias?
Ao examinar a correlação entre a EQM e o desenvol-
vimento das habilidades psíquicas, estamos demons-
trando outra conexño com a influência espírita, pois as
habilidades psíquicas estão integralmente ligadas ao es-
piritismo.

Muitos pesquisadores têm notado que a EQM nor-


malmente leva ao desenvolvimento dos poderes psíqui-
cos.” A pesquisa de Kenneth Ring, que inclui um ca-
pítulo inteiro sobre “EQMs e Desenvolvimento Psíqui-
co”, leva-nos à conclusão de que a EQM pode
precipitar os poderes e experiéncias psíquicos, comt›
se o evento em si mesmo tivesse de algum niodO ílÔCl’-
to a porta ao mundo psíquico — semelhantciricnte
a‹› que ocorre nas iniciações ocultistas de todt› tipti.
f'lc
34 • John Ankerberg e John Weldon

observa: “Eu não poderia deixar de notar a freqüêncla


com que os eventos psíqulcos foram espontaneamente
registrados pelos participantes das EQMs, e como fre-
qüentemente essas experiências foram enunciadas co-
mo ocorrendo em seguida à EQM... MuitOS partiClpan-
tes de EQMS Slmplesmente alegaram que sua sens1b1-
lldade psíqulco desenvolveu-se espantosamente a partir
de suas EQMs.”’z

De fato, Rlng vê o desenvolvlmento psíquico co-


mo uma conseqüência natural da EQM, como uma
parte do “fruto” maduro resultante da semente psí-
quica lmplantada. “Finalmente, como um subproduto
desse desenvolvimento esplritual, os participantes da
EQM tendem a manlfestar uma variedade de habili-
dades psíquicas mais tarde, as quais são parte ineren-
te de sua transformação.”” Ring tambélTl Clta a pes-
quisa do psiquiatra Bruce Greyson, que “descobriu
que houve uma crescente incidência de virtualmente
todos os fenômenos psíquicos e psico-relacionados
que ele avaliou”.”

RlChard Kohr é pesquisador educacional do Depar-


tamento de Educação da Pensilvânia e membro do
comltê de pesquisa da Associação de Pesquisa e Ilu-
minação (fundada pelo famoso médlum Edgar Cay-
ce), que tem 40.000 membros, um grupo especiali-
zado em prátlCas psíqulcas e dissemlnação de mate-
rlal ocultista. O Dr. Kohr também conclui que o
incldente da EQM em si tende a conduzir ao desen-
volvimento psíqulco acelerado.” Ele observa: “E 1n-
teressante notar que a varledade de estudos tem re-
velado ligações entre psi [habilidades psíquicas], es-
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 35

tados transcendentes, experiências psico-relacionadas,


e EQMs.”*

A todo amorosa e todo abrangente “Luz” é a feição


característica da EQM." Como afirma o Dr. Morse:
“Existem várias maneiras de fazer fluir essa energia es-
piritual. Minha suposição é que os poderes psíquicos
necessários para isso existem em todos nós, e que, dan-
do-se tempo e desejando isso, poderíamos ver a Luz
sem precisar morrer para isso.”” Na verdade, através do
desenvolvimento psíquico isso acontece o tempo todo
no mundo do ocultismo.

Com o estabelecimento das habilidades psíquicas


que seguem a EQM, talvez não seja de surpreender
que muitas pessoas encontrem espíritos-guias pessoais.
Por exemplo, “Barbara declarou que tem tido mais ex-
periências de clarividência e telepatia desde sua
EQM... Ela diz que está muito mais intuitiva [isto é,
psíquical do que era antes e mais em contato com uma
fonte interior de sabedoria, e aumentou seus contatos
com espíritos-guias.”^

Levando-se em conta tudo isso, encontros espíritas


durante e/ou após a EQM parecem ocorrer em um nú-
mero significativo de casos — em pelo menos 20
por cento e possivelmente em até 40 por cento.^

Mas, como veremos, a EQM pode precipitar mais do


que experiências psíquicas e encontros com espíritos.
Ela pode também induzir a pessoa a dram5ticus mtICÍíln-
ças de personalidade e visão de mundo, que a anaari ina
a uma permanente conversão ao ocultismo.
36 • John Ankerberg e John Weldon

9. As EQMs representam freqüentemente


uma iniciação no mundo do ocultismo?
O Dr. Raymond Moody é autor do estrondoso best-
seller Life After Life (Vida Após a Vida). Por mais
de 20 anos, ele tern trabalhado sobre a lamina afia-
da da pesquisa EQM, falando com quase cada pes-
quisador da EQM no mundo." Ele está espantado
diante do tremendo poder da EQM: “O mais impres-
sionante sobre as EQMs para mim são as mudanças
enormes de personalidade que elas provocam nas pes-
soas. O fato de que as EQMs transformam totalmen-
te as pessoas que as experimentam mostra sua reali-
dade e poder.””

Infelizmente para muitas pessoas essa transforma-


ção pela EQM é realmente parte de uma poderosa
iniciação no mundo do ocultismo. A presença do “ser
de luz” e a suposta morte, o desenvolvimento dos po-
deres psíquicos, a rejeição da crença cristã, a promo-
ção de uma filosofia ocultista e de uma visdo de mun-
do religiosa liberal provam isso. Apesar da EQM, par-
ticularmente a EQM profunda, tender a tornar as
pessoas religiosas, até mesmo profundamente religio-
sas, ela não as torna cristñs. De fato, ela torna mui-
tas pessoas profundamente religiosas de uma manei-
ra que é freqüentemente anticristñ. Como já vimos, é
verdade que podem acontecer mudanças distintas e
geralmente positivas da personalidade. Essas mudan-
ças, entretanto, são muitas vezes remanescentes de
(embora nem sempre equivalences a) transformações
do “eu superior” encontradas na literatura sectária,
metafísica e ocultista da Nova Era."
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 37

Por exemplo, o conceito dos participantes da EQM


sobre Deus é mais liberal, oriental e ocultista (veja a
Pergunta 11). Desde sua iniciação, eles scibem que
Deus os ama e os aceita (e a todo mundo) independen-
temente da fé pessoal em Cristo, e sua mudança básica
e positiva de personalidade tende a reforçar essa con-
vicção.6‘ Assim, de acordo com Ring, “a EQM não
apenas muda a vida de um indivíduo, mas freqüente-
mente a transforma de modo completo e radical... Pare-
ceria justificãvel afirmar — novamente em alguns,
cer- tamente não em todos os casos — que as EQMs
tendem a conferir uma nova identidade pessoal ao
participante da EQM, bem como a produzir mudanças
importantes no comportamento.”"

Assim, a essência da EQM profunda é que ela é


uma experiéncia intensamente religioso-ocultista, que
incorpora uma transformaçdo muitas vezes dramatica
do indivíduo. Nas palavras do proeminente cientista e
proponente da Nova Era, Stanislav Grof, M.D., “a
EQM íntima é um poderoso catalisador de desperta-
mento e evolução da consciência. Seus efeitos poste-
riores a longo prazo incluem... [uma] atitude mais
aberta em direção à reencarnação, e [o] desenvolvi-
mento de [uma] espiritualidade universal que transcen-
de os interesses divisionistas do sectarismo religioso
e se assemelha ao melhor das tradições místicas ou
grandes filosofias orientais.”‘6

O próprio Ring observa: “A EQM é esscncialn cntc


uma experiência espiritual que serve de catalis.1ÔtJI’ J3í1-
ra o despertamento e desenvolvimento espii’itii.il | ist‹i
é, ocultista].”"
38 • John Ankerberg e John Weldon

Considere novamente o que a EQM geralmente reali-


za. Como resultado de um rapido encontro com a “mor-
te”, o participante experimenta uma dramútica mudança
de personalidade “tipo conversão” religiosa, acompa-
nhada de mudança na visão de mundo em harmonia
com a dinâmica ocultista da experiência, um interesse
pelas supostas consciências mais elevadas, desenvolvi-
mento de poderes psíquicos, e a necessidade ardente de
compartilhar as profundas glórias da experiência com
os demais. Além disso, a experiência e seus efeitos pos-
teriores parecem “crescer” na pessoa, como seguindo o
plano de um propósito inteligente.6‘

Não podemos listar e avaliar todo o material relevan-


te publicado a fim de categorizar a EQM como uma ini-
ciação e transformação ocultista potencialmente pode-
rosa. Apesar disso, devemos, de maneira sucinta, notar
os cinco pontos seguintes:

(a) A EQM pode ser uma experiência mística con-


sumidora: alguns pesquisadores descrevem o que os
participantes da EQM encontram como “consciência
cósmica.”6’ Por exemplo, o psicólogo Dr. John Penna-
chio, escrevendo em “Near-Death Experience As
Mystical Experience” (Experiência de Quase-Morte
Como Experiência Mística), observa a correlação da
EQM com os nove pontos da clássica tipologia de Wal-
ter Pahnke a respeito da experiência mística, notando
que “tais transformações são também características da
experiência de quase-morte... Um número considerável
de experiências de quase-morte move o assunto para
atributos característicos de estados místicos. É como se
fosse um rápido mas intenso programa de misticismo...
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 39

Valores espirituais, o eu superior, a consciência mais


elevada passam a influenciar a vida.”'

(b)A EQM pode se assemelhar a experiéncias


indu- zidas por drogas psicodélicas tais conio o LSD e
o ha- xixe: a extensa pesquisa do psiquiatra Stanislav
Grof sobre o LSD revela notáveis semelhanças entre a
EQM e a experiência com LSD: “As experiências com
pacien- tes sob a influência do ácido dietilamido
lisérgico (LSD) são notavelmente semelhantes àquelas
descritas no modelo [Raymond] Moody [da EQM
composta]...”7’

Em “Hashish Near-Death Experience” (“Experiência


de Quase-Morte com Haxixe”), R.K. Siegel e A.E.
Hirschman, do Departamento de Psiquiatria e Ciências
Bio-Comportamentais da Escola de Medicina da UCLA
(EUA), notam que “a intoxicaçño com alucinógenos tern
sido associada com numerosos registros subjetivos de
morte e do morrer. Do uso mágico-religioso de plantas
alucinógenas pelos índios do Novo Mundo, passando
pela terapia psicodélica assistida de doentes terminais de
căncer, até ao êxtase recreativo dos usuários da Nova
Era, a literatura está repleta de registros de alucinações
contendo elementos de experiências de quase-morte
(EQMs). Talvez mais do que qualquer outro alucinóge-
no, o haxixe tern sido associado com tais EQMs.”7'

Eles então prosseguem observando os paralelos com


a influência espírita tanto na EQM como nas EQMs in-
duzidas por haxixe.

(c)A EQM pode estar relacionada com o


desperta- mento kundalini da toga: a clássica
sintomattiltigia tlti
40 • John Ankerberg e John Weldon

kundalini hinduísta (dramáticas experiéncias de posses-


sao de energia) apresenta fortes paralelos com a posses-
são demoníaca.” Assim, é significativo que Ring relate:
“Nos despertamentos kundalini completos, o que é ex-
perimentado é significativamente idêntico ao que mui-
tos participantes da EQM relatam sobre suas experién-
cias. E, mais que isso, os efeitos posteriores desses pro-
fundos despertamentos kundalini parecem levar a
transformações individuais e visões de mundo pessoais
essencialmente semelhantes às que são encontradas nos
participantes da EQM.””

Na verdade, de acordo com Ring, “parece que o des-


pertamento kundalini dá acesso a mesma (ou semelhan-
te) dimensão de consciência como acontece na EQM ín-
tima”.7' Daí porque alguns participantes da EQM têm
registrado sua crença de que as EQMs realmente “eli-
vem a energia kundalini”.”

A natureza da EQM profunda torna evidente que ela


nao é uma experiência ùnica, mas, pelo contràrio, sim-
plesmente uma das muitas formas de iniciaçäo ocultista
— como outros pesquisadores tém reconhecido.7’ Isso
ex-
plicaria o desenvolvimento de poderes psiquicos, bern
como de outros efeitos posteriores que sao componentes
naturais da iniciaçño ocultista e energizaçäo demoniaca.
Mesmo Ring confessa que o que acontece durante a
EQM “nada tem inerentemente a ver com a morte ou
com a transiçäo para a morte... [e que] esse ponto näo
pode ser enfatizado de modo suficientemente forte...”7'

Ele cita a tipologia de dez pontos do psiquiatra Stan-


ley Dean sobre a “ultra-consciéncia” e sua semelhança
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 41

com a EQM, mostrando que a EQM é meramente parte


de uma tendência mundialmente maior e mais conheci-
da, envolvendo o desenvolvirnento da consciência ocul-
tista.7’ Em outras palavras, a EQM pode envolver uma
transformação ocultista plenamente desenvolvida. O fa-
to dela acontecer associada com um raspño pela morte
não muda isso. O que aparentemente é único, entretan-
to, é que algumas pessoas estão tendo essa experiência
sem procurćí-la.

(d) A EQM profunda envolve uma poderosa ener-


gia transformadora — uma regeneração ocultista:
co- mo mais uma evidència da transformaç ao ocultista
na EQM, deveríamos observar que a pessoa que tern
uma EQM profunda evidentemente recebe uma
infusão de energia ocultista — a qual, por alguma
condição pare- ce ser permanente: de acordo com
Ring, “a implica- ção é que qualidades da luz de
alguma maneira infun- dem-se no ínfÍmo do ser do
participante de modo a conduzir a uma completa
unićio com a luz... O teste- munho de mais de um
participante indica que há uma transmissćío direta da
energia da łuz dentro deles e que o que é absorvido
no encontro com a luz, naque- le momento fora do
tempo, permanece com ełes quan- do regressam ao
mundo temporal. Resumindo, as se- mentes da
transformaç ão parecem ser implantadas du- rante a
EQM.””

Obviamente, se as energias místicas são transferidas


e diretamente absorvidas por uma pessoa, e perniane-
cem, também não seria de todo improvável que ulgum
tipo de, por falta de uma melhor palavra, “oper ação” cs-
piritual ou regeneraçao ocultista possa ter siclti cxccrita-
42 • John Ankerberg e John Weldon

da. Além de tudo, atente-se para a variedade de mudan-


ças dramátlcas que se seguem.

É signlficativo que essas pessoas relatem que elas


mergulham ou se fundem com essa “luz” que elas ima-
glnam ser Deus. Bibllcamente, é claro, isso é impos-
sível, pois o Deus bíbllCo é “o único que possui imor-
talidade, que habita em luz inacessível a quem ho-
mem algum jamais viu, nem é capaz de ver” (1
Timóteo 6.16, ënfase acrescentada). Em outras pala-
vras, o que quer que seja a “luz”, elas estão se apro-
ximando e mergulhando nela, e ela não é a esséncia
de Deus. Talvez isso se pareça com as velhas inicia-
ções pagñs do Oriente e do ocultismo, cujas infusões
de energia são caracteristicamente associadas à posses-
sćío demonîaca." E se é assim, não é de admirar que
para muitas pessoas a EQM se constitua em uma trans-
formação ocultista permanence.‘2

(e) A EQM tern relação com religião ocultista e pa-


gã, antiga e moderna: Têm sido feitos muitos estudos
que revelam a importância da EQM para as crenças de
diversas rellgiões ocultistas, incluindo o mormonismo,
o swedenborguismo, e o budismo tibetano.’3

A EQM também parece ser acentuadamente pareclda


com as transformações geradas pelas antlgas religiões
pagãs de mlstério. Ring comenta sobre a concordãncia
essencial da EQM com os amigos rituals egípcios de
Osíris, segundo informações coletadas: “Certamente
ninguém familiarlzado com a literatura da experiência
de quase-morte poderla deixar de notar os muitos para-
lelos, tanto na fenomenologia como nos efeltos poste-
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 43

riores, entre a iniciação egípcia e a EQM... A EQM é,


em sua essência, idêntica ao que o candidato [ao ritual]
de Osíris aprendia durante sua iniciação.”“

Em outras palavras, através de uma profunda expe-


riência ocultista, o iniciado chega a verificar que a mor-
te é uma ilusão e que seu verdadeiro eu é imortal." As-
sim, um dos propósitos dos amigos rituais era empregar
a hipnose, a magia e forças ocultas para induzir o espí-
rito a deixar o corpo em "confirmação” experimental da
verdade ocultista sobre a ilusão da morte. Ao iniciado
ensinava-se essa liçño da maneira mais profunda possí-
vel — fazendo-o experimenter dentro de si mesmo o
pro- cesso de morrer e entrar numa outra dimensão.

Por causa disso tudo é que muitas pessoas que têm


EQMs ficam fascinadas com o mundo ocultista. Na ver-
dade, temos falado com muitas pessoas que se tornaram
ocultistas profissionais (astrólogos, tarólogos, etc.) co-
mo resultado de sua EQM — e não raro como
resultado de sua obediência aos comandos dos espíritos
que eles encontraram durante sua EQM.

Mas esse novo interesse pelo ocultismo também do-


mina muitos que estavam apenas interessados em pes-
quisar o campo do fenômeno EQM. A Dra. Elisabeth
Kubler-Ross, uma eminente tanatologista, agora ja tern
espíritos-guias, faz viagens astrais e acredita na reencar-
nação a partir da experiência de suas "vidas passadas”."
O Dr. Raymond Moody também resolveu “olhar mais
de perto” os escritos ocultistas depois de sua pesquisa
inicial." E, como vimos, o parapsicólogo Dr. Karlis
Osis encontrou grande confirmação da visão de mundo
44 • John Ankerberg e John Weldon

ocultista e mediúnica após sua pesquisa sobre EQM. O


pastor liberal Archie Matson agora defende as praticas
mcdiúnicas e ocultistas," e o psíquico Harold Sherman
agora apóia a necromancia via meditãÇdO."

Para concluir, os dados acima provam que a experiên-


cia de quase-morte é, para muitas pessoas, uma dramäti-
ca conversão ao subseqüente mundo do ocultismo
Quando Ring confessa que “o que ocorre durante a
EQM nada tern a ver inerentemente com a morte ou a
transição para a morte”,"i ele estã inteiramente certo.

10. Qual é a relação entre experiências


de reencarnação e a EQM?
Em sua própria maneira única, a EQM pode conduzir
a uma abertura em direção à doutrina pagã da reencar-
nação e à simpatia pelas religiões orientais em gera1.^
Ring comenta que “os participantes da EQM realmente
parecem estar mais inclinados a uma perspectiva reen-
carnacionista após suas experiências e, não surpreen-
dentemente, parecem ser também mais simpaticos às re-
ligiões orientais. Além disso, minhas conclusões pare-
cem ser consistentes com os dados de outros
pesquisadores.”” Por exemplo, a característica “revi-
são” da vida de alguém é algumas vezes transformada
numa revisão de suas supostas vidas passadas.^ Essa
associação da EQM com a reencarnaçño é também mais
um paralelo com as antigas religiões de mistério. Sem
dúvida, a mediunidade e os espíritos-guias em geral
tendem a encorajar a crença na reencarnação, que é uma
filosofia comum do ocultismo. Mas, junto a muitos ou-
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte •
45

tros pesqulsadores, estamos convencidos de que a


expl1- CilÇÔO ITlälS lógica para as experiências da
reencarnação pode ser encontrado no engano
demoníaco, não na exis- tência de múltiplas vidas."

11. Qual é a visão da EQM a respeito


de Deus?
A EQM gera uma firme convicção concernente à
existência de Deus. Porém, o que quer que venha a ser
o “Deus” experimentado pelos participantes da EQM
não é o Deus bíblico. Muitos participantes da EQM
pensam ter encontrado o Deus bíblico ou Jesus.
lnfelizmente, essa parece ser uma percepção errônea
baseada nas es- peranças espirituais das pessoas a partir
de uma exposi- ção nominal ă crença cristã.

Primelro, esse Deus não é necessariamente pessoal.


O Deus da EQM é descrito em termos tais como:
“Uma inegável força onipresente.” “Não é uma
pessoa, mas um ser de alguma espécie. É uma energia
compacta.”^

Segundo, esse Deus parece ser indiferente ao


ma1. Por exemplo, um participante da EQM relata:
“Eu me lembro que sabia que todas as coisas no
Universo esta- vam bem, que o plano estava certo. Que
o que quer que estlvesse acontecendo — as guerras,
a fome, qualquer coisa — estava em ordem. Tudo
estava perfeito. De al- gum modo tudo era parte da
perfeiçño, que nós não tí- nhamos que nos preocupar
com coisa alguma.”"7 Isso também está em harmonia
com a filosofia do Oriente e do ocultismo.
46 • John Ankerberg e John Weldon

Terceiro, Deus também pode ser percebido em ter-


mos panteístas, de maneira que “Deus é tudo, e tudo é
Deus”. Outro comentário de um participante da EQM
tipifica isso: “Parece-me ter uma consciência maior de
todas as coisas vivas e que somos todos parte um do ou-
tro e finalmente parte de uma consciência maior, que é
Deus”.” Um ex-ateu conclui que ag•ora “eu sei que exis-
te um Deus. E que Deus é tudo que existe, [isto é] a es-
sência de Deus... Tudo que existe tern em si a essência
de Deus. Agora eu sei que Deus existe. Não tenho dúvi-
da”.^ E, “penso em Deus como uma tremenda fonte de
energia. Nós [todos] somos Deus”.’*’

No final, depois da EQM, Deus é freqüentemente


visto como o originador de todas as religiões, e os parti-
cipantes da EQM podem achar que desejam uma reli-
gião universal que abrace toda a humanidade. A con-
clusão é: “Não importa em que religião você esteja, das
cinco maiores religiões... você ainda está adorando o
único Deus, não importa como vocé o chame: Alá,
Deus, Jesus, ou como quer que seja.”

Tudo isso revela que o “Deus” que muitos participan-


tes da EQM encontram não é o Deus bíblico.'”

12. Todas as EQMs são experiências


positivas — ou muitas são terríveis?
Nem todas as EQMs são positivas. Mas pesquisado-
res tais como Raymond Moody, Elisabeth Kubler-Ross,
Kenneth Ring e outros — que geralmente aceitam
uma visão ocultista da vida e da morte — parecem
raramente
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 47

encontrar pessoas com experiências negativas. De acor-


do com o Dr. Moody, muito menos de 1 por cento de
pessoas experimentam EQMs extremamente desagradá-
veis (0,3 por cento). Essa estimativa está baseada em
muitos milhares de EQMs pesquisadas pelos Drs.
Moody e Ring, e no Estudo Evergreen."" Por conse-
guinte, esses pesquisadores querem nos levar a pensar
que, para quase todos, a vida após a morte é um aconte-
cimento inteiramente celestial.

No entanto, outros pesquisadores registram algumas


EQMs muito diferentes dessas que provocam alegria uni-
versal. Um pesquisador eminente, o Dr. Charles Garfield,
recorda: “Nem todos morrem cheios de alegria, aceitando
a morte... Quase o mesmo número de pacientes
moribun- dos que entrevistei relatou tanto visõ es
negativas (encon- tros com figuras demoníacas e por aí
afora) como expe- riências jubilosas, enquanto alguns
relataram ambas.”'”

Experiências terríveis são também relatadas por


Maurice Rawlings, M.D., em Be yond Death’s Door
[1978] (Além da Porta da Morte) e em Is It Safe to Die?
(E Seguro Morrer?). Rawlings também sugere que ex-
periências positivas e negativas ocorrem na razão de
aproximadamente 50-50. Ele descobriu que as expe-
riências positivas são facilmente relembradas porque
são muito jubilosas. Mas as experiências negativas SdO
tão tormentosas que ficam represadas profundamente a
ponto de não serem mais relembradas.

Deveríamos lembrar o leitor que, como no caso da pro-


jeçã o astral ocultista ou viagem da alma, fl EQM ill‘C(iti
ser nada mais que uma experiência em que alguém é
teiii-
48 • John Ankerberg e John Weldon

porariamente suspenso fora do corpo para outra dimensão.


Nño se trata de uma experiência com morte verdadeira e
irreversível. Portanto, não se trata de uma experiência de
morte conforme definida biblicamente — não é céu nem
é inferno. Assim, não acreditamos que a grande maioria
de casos possa propriamente ser descrita como
experiência da vida bíblica no além. Em outras palavras,
está errado interpretar tais experiências como “visitas” ao
céu ou ao inferno. Elas são experiências místicas que
os espíritos gostariarn que pensássemos ser
representações exatas do céu ou do inferno. Entao o
“céu” da EQM é acessível a qualquer um, sem levar em
conta a crença religiosa; e o “inferno” da EQM — como
nas tradições transculturais — é, na melhor das hipóteses,
apenas um lugar temporário para a purgação dos pecados,
e não é eterno. Entretanto, em ne- nhum caso é a
representação verdadeira do ensino bíblico. (Embora não
se possa dizer que não há casos onde o céu ou o inferno
bíblicos possam ter sido experimentados.)

Em conclusão, não levando em conta a parcialidade de


alguns pesquisadores da EQM,"6 frisamos a importăncia de
uma abordagem crítica das EQMs. Não deveríamos ser tão
crédulos a ponto de aceitar a alegação de que todas as
EQMs são jubilosas. Do mesmo modo, não deveríamos
presumir que tais experiências — quer celestiais ou
infernais
— sejam descrições verdadeiras da vida bíblica no além.

13. Quais são algumas das implicações


adicionais da EQM?
Por enquanto, dezenas de milhões de pessoas de um
modo ou de outro têm sido expostas ao tema “a morte é
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 49

gloriosa”. Mas, nos ultimos dez anos, também tem ha-


vido na mídia registros de suicídios aparentemente in-
duzidos pelo desejo de experimentar a “gloriosa” natu-
reza da morte como é geralmente registrada na literatu-
ra da EQM.

Esse fenômeno tem seu paralelo também no ocul-


tismo. No mundo da mediunidade, do espiritismo,
das religiões orientais, e em outras formas de ocul-
tismo não raramente se descobre que aqueles que
saem em busca dos espíritos podem se tornar suas
vítimas através de doença mental induzida pelo ocul-
tismo e até através do suicídio. De fato, os espíritos
podem espertamente aconselhar seus contatados a co-
meterem suicídio, a fim de que possam experimen-
tar a “iluminação” mais cedo, ou ser reunidos aos
seus “amados”. i"7

Em alguns casos, uma indução ao suicídio também


pode resultar da EQM. Enquanto os que tiveram EQMs
parciais geralmente expressam gratidão por terem sido
trazidos de volta à vida, outros com experiências mais
poderosas podem se ressentir profundamente delas e
se tornar deprimidos ou mesmo desejosos de morrer.
Diz um participante da EQM: “Eu ia me retraindo mais
e mais dentro do meu próprio mundo. Realmente nao
desejava mais continuar vivendo. Realmente desejava
estar de volta ao túnel... Realmente queria morrer.”i'
E outro admite: “A mais deprimente, a mais severa an-
siedade que eu jamais senti foi no momento em que
percebi que devia voltar à terra. Esse é o maior gi'ari
de depressão que eu pessoalmente já tive destlc aque-
le tempo ou antes.”i'
50 • John Ankerberg e John Weldon

É mesmo de se espantar. Com milhões de pessoas já


sofrendo de depressño, será que o conhecimento de que
a “morte é jubilosa” vai proporcionar um bem-vindo
alívio e ajudar a justificar seu ato final? Será apenas
coincidência que uma progressiva aceitação social do
suicídio coincida com a difusão mundial de relatos so-
bre EQMs jubilosas?

Alguns afirmam que as EQMs n"ao levarão a um


aumento de suicídios porque as EQMs relacionadas
com sucídio são supostamente muito desagradáveis.
Mas estudos de EQMs induzidas por suicídios reve-
lam que essas experiéncias são muito semelhantes ăs
EQMs não relacionadas com suicídios. “Esses dados
não oferecern suporte ăs alegações de alguns pesqui-
sadores de que as EQMs induzidas por suicídios são
desagradáveis.”"”

É impossível estimar quantos suicídios possam even-


tualmente resultar da ampla exposição aos relatos posi-
tivos sobre EQMs. Mas pode haver também outras con-
seqüéncias. Centenas de participantes da EQM aparen-
temente sentem que têm sido “conduzidos” ao
ministério de aconselhamento de doentes terminais com
o propósito expresso de comunicar a “verdade” sobre a
morte.“' De fato, muitos que pesquisam as EQMs acre-
ditam que as enfermeiras e outros profissionais da saú-
de deveriam ser especificamente treinados para transmi-
tir a visño EQM da morte àqueles que estão morrendo.
Sem dúvida, a natureza da morte determina se isso é
uma boa coisa. Será ela realmente uma alegria onipre-
sente para todos, incluindo os não arrependidos? On se-
rá que o retrato bíblico de um inferno eterno, confirma-
0s halos Sobre a Vida Após a Morte • 5 I

do por Jesus, descreve a real natureza da morte para OS


não salvos?

Finalmente, as EQMs podem também precipitar a


depressäo, o divórcio e outros problemas, inclusive
alienaçdo da realidade normal."' Por exemplo, tern-se
notado que “relacionamentos importantes ficam geral-
mente sujeitos a grande tensão depois de uma EQM, e
um número considerável de participantes da EQM aca-
ba se divorciando de seus cônjuges, ou pelo menos de-
sejando fazê-lo.”"'

Em conclusao, se a EQM é ou não maravilhosa, seus


resultados finais podem não o ser.

14. O que dizer das crianças que têm


EQMs?

Ao discutir esse item, convém lembrar duas


coisas:
(1) que Deus protege as crianças porque elas são espe-
ciais para Ele (Salmo 127.3); e (2) que ta1 proteçño po-
de, em algumas circunstãncias, ser impedida ou rejeita-
da pela própria criança, dependendo de sua idade e cir-
cunstãncias. Biblicamente sabemos que Jesus ensinou
que o reino de Deus pertence aos pequeninos e que as
crianças (pelo menos) têm anjos da guarda (Mateus
19.14; 18.10). Entretanto, a Bíblia também registra pelo
menos um caso de uma criança endemoninhada e a lite-
ratura ocultista muitos outros.“‘

Crianças expostas ao ocultismo podem ser inh ricn-


ciadas ou prejudicadas por ele. Por exemplo, pa is
true treinam seus filhos para que aceitem as pi’/ilicas
t›ctil-
52 • John Ankerberg e John Weldon

tistas prejudicam-nos espiritualmente.“' Lamentavel-


mente, como nossa cultura cada vez mais aceita o
ocultismo, as crianças ficam cada vez mais expostas
ao mesmo. Ainda bem que muitas e talvez a maio-
ria das EQMs infantis não parecem ser ocultistas. Mas
algumas são.

Não é de se surpreender que as crianças não apresen-


tem a característica revisão de vida, mas algumas expe-
rimentam o túnel, o “ser de luz”, parentes falecidos e
outros componentes das EQMs dos adultos. Infelizmen-
te, mesmo a pequena quantidade de pesquisas feitas até
o momento indica que essas experiências se tornam fre-
qüentemente a base para que essas crianças aceitem fal-
sas visões de Deus e da morte quando ficarem adultas.
Por exemplo, Melvin Morse, M.D., escreveu o ardiloso
best-seller Closer to The Light: Lecirning From the
Near-Death Experiences of Children (Mais Perto da
Luz: Aprendendo das Experiências de Quase-Morte das
Crianças). Ele é baseado em conversações com centenas
de pacientes seus, incluindo crianças que tiveram
EQMs e adultos que se lembravam de EQMs da infân-
cia. Ao discutir sua pesquisa feita sobre as EQMs da in-
fância, o Dr. Morse comenta que “as experiências de
quase-morte das crianças nos fazem lembrar de antigas
verdades esquecidas.” E ele dá exemplos de EQMs se-
melhantes nas antigas religiões pagas, ta1 como a reli-
gião de mistério egípcia de Osíris, O Livro Egípcio dos
Mortos e O Livro Tibetano dos Mortos.'i'

Em outras palavras, mesmo a EQM infantil pode nos


apresentar uma falsa mensagem do universalismo —
que todos serão salvos, e que Deus estú antes de tudo
inte-
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 53

ressado em boas obras, e não em crenças religiosas es-


pecíficas. Essas experiéncias das crianças podem abrir
as portas a uma variedade de atividades ocultistas mais
tarde, na idade adulta, tais como espiritismo, desenvol-
vimento de poderes psíquicos, e a uniao da medicina
COITI O OC u I Í i SITIO . “ 7

Por exemplo, crianças que experimentam entidades


espíritas supostamente benévolas e amorosas, que
atuam como seus “guias” durante uma EQM, podem fi-
car mais abertas, mais tarde em sua vida, às alegações
gerais do espiritismo, tais como a canalização. Sem um
corretivo bíblico para resguardar do engano espiritual,
tais EQMs poderiam predispor uma pessoa a aceitar o
ocultismo. A indagação, portanto, é se as crianças estão
ou não protegidas por uma interpretação apropriada de
sua experiência. Considere alguns exemplos cataloga-
dos por Melvin Morse, M.D., em seu livro sobre expe-
riências de quase-morte de crianças.

Uma garota de sete anos, criada como mórmon, teve


uma EQM em que viu dois meninos que eram “almas
esperando para nascer” — bem como seu falecido avô
e outras pessoas mortas. Essa EQM apoiava a
doutrina mói'mon relacionada a morte (necromancia),
bem como a preexistência (das almas esperando para
nascer em suas vidas na terra). Uma adolescente que
teve uma EQM percebeu “que a morte não devia ser
temida” e que “o ú nico medo real é nao realizar
nosso trabalho nesta vida.” Durante sua EQM, uma
criança encontrou um “anjo da guarda”, o qual
permaneceu com ela du- rante sua vida adulta como
seu “guia” espi1'itual. A EQM de uma garota de nove
anos resultou em c}tie sua
54 • John Ankerberg e John Weldon

vida religiosa foi dirigida por essa experiência. Hoje,


aos 43 anos, ela “crê apenas numa vaga concepção de
Deus” e está convencida de que “ser um com Deus é al-
go que pode ser feito sem regras.” Um senhor de 50
anos, que teve sua EQM aos nove, comenta: “Eu sei que
para onde vamos é um lugar bonito” e “por causa dela
[EQM] eu jamais carreguei comigo aquele fardo de me-
do que muitas pessoas têm da morte.” Uma dona-de-ca-
sa de 33 anos que teve uma EQM aos sete continua ten-
do experiências fora do corpo em sua vida adulta. A
EQM de um garoto de cinco anos deixou-o com duas
fortes convicções. A primeira, que a vida é preciosa e
que a morte não deveria ser temida. A segunda, que to-
dos nascem com o conhecimento de que necessitam pa-
ra resolver os problemas da vida e que as respostas es-
tão todas “dentro” da pessoa. Uma senhora de 54 anos
acredita que sua EQM aos 15 anos de idade a tornou
mais tolerante com as crenças de outras pessoas e lhe
deu uma crença na reencarnação — mas “não” uma
cren- ça em Deus.“'

O Dr. Moody observa: “Quando indivíduos têm uma


EQM em idade muito tenra, ela parece ficar incorpora-
da à sua personalidade. E algo com que eles convivem
por toda a sua vida, e que os muda.”i'

Quer ocorra na infância ou na idade adulta, a EQM


pode encorajar os indivíduos a se tornarem pessoas me-
lhores, dar significado às suas vidas e devoção à huma-
nidade. Mas, novamente, ela nao parece conduzi-los à
salvação em Cristo; em vez disso, ela freqüentemente
inibe esse caminho. Por exemplo, crianças que têm
EQMs parecem se tornar modelos de adolescentes,""
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 55

mas também não têm temor algum da morte e acham


que Deus esta com elas, independente de sua fé pessoal
em Cristo. O “Deus” que elas experimentam nunca é
identificado. Parece que tudo que lhes restou é um co-
nhecimento incerto de quem ou o que Deus é. Assim,
crianças que têm EQMs não são levadas a um conheci-
mento salvador de Deus e de Cristo (João 17.3), mas
possuem apenas uma poderosa compreensão de que um
Deus nebuloso existe.

Além disso, as mensagens específicas transmitidas às


crianças envolvem o ensino básico de um “evangelho
social”: que ser born e ter uma consciência social é o
meio principal de se fazer a vontade de Deus.'zi Assim,
“a mensagem da Luz quase sempre é de encorajamento
[ă obtençõo de] conhecimento” [isto é, gnosticismo), e
as mensagens dadas a essas crianças pela Luz nño são
novas nem controvertidas. Elas são tão velhas como a
própria humanidade e têm servido de combustível im-
portante para todas as grandes religiões: “Faça o melhor
que puder.” “Contribua para a sociedade.” “Seja born,
generoso e amoroso.”"2
Szc¡UN4Ž P
axc

15. Qual é a visão sectária da morte?


Usamos o termo “sectário” descritivamente, nño pe-
jorativamente, para nos referirmos ăqueles grupos que
alegam um alto grau de fidelidade ă Bíblia e, contudo,
negam simultaneamente seus ensinos básicos. Também
pode haver considerável coincidéncia entre os ensinos
sectários sobre a morte e a filosofia ocultista da morte.

Em geral, quando descrevemos a visão sectária da


morte, estamos nos referindo especificamente a três en-
sinos não-bíblicos, mas geralmente relacionados, sobre
a morte e a vida no além: (1) o universalismo declara
que todos os homens têm alma imortal e todos serño
salvos; (2) o aniquilacionismo declara a imortalidade da
alma, mas ensina que Deus destruirá para sempre todos
os que não forem salvos — sua imortalidade lhes serf
ti- rada no julgamento; (3) a imortalidade condicional
su- põe que a alma do homem não é imortal e, portanto,
os nño salvos simplesmente não ressuscitarão para a
vida eterna. Nada lhes é tirado ou acrescentado; clcs
sin- plesmente deixam de existir."3
58 • john Ankerberg e John Weldon

Nenhum desses pontos de vista é bíblico e, no entan-


to, não se trata de ensinos característicos apenas no
mundo das seitas e, até certo ponto, no ocultismo, mas
estão sendo cada vez mais encontrados também na Igre-
ja. O que esses pontos de vista têm em comum é a nega-
ção do ensino bíblico de um inferno eterno. Como os
participantes das EQMs, as pessoas que aceitam essas
doutrinas não têm medo do castigo eterno após a morte.

16. Quais são alguns exemplos


contemporâneos da visão sectária da morte?
As citações abaixo vêm tanto da literatura sectária
como da ocultista. Pelo menos a metade se origina dire-
tamente de revelações do mundo espiritual.

A Ciência Cristã, fundada pela espírita Mary Baker


Eddy,'z‘ ensina que “a morte não existe”'2’ porque de-
pois da morte nós “despertamos apenas para uma outra
esfera de experiência, e devemos passar por um outro
estado de provação...”'z6 Assim, para os adeptos da
Ciência Cristã, “o céu e o inferno são estados de pensa-
mento, não lugares. As pessoas experimentam seu pró-
prio céu ou inferno aqui mesmo...”’2’

Edgar Cayce, um espírita e profeta da Nova Era, dis-


se que “o destino da alma, bem como de toda a criação,
é se tornar um com o Criador”, e que alma nenhuma ja-
mais se perderá."'

Sun Myung Moon, o espírita e líder da seita nova-


erense Igreja da Unifícaçao, acredita que “Deus não
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 59

abandonará pessoa alguma eternamente. Por algum


meio... elas serão restauradas.”iz9

O mormonismo, fundado pelo ocultista Joseph Smith,


argumenta: “A falsa doutrina de que o castigo para al-
mas errantes é eterno... é apenas um dogma de sectaris-
tas errados e desautorizados, logo, não é escriturística,
nao é razoável, e é revo1tante...”i3"

A Igre ja Mundial de Deus (armstronguismo), funda-


da por Herbert W. e Garner Ted Armstrong, também
sustenta que o inferno é uma falsa crença: “Esse castigo
final que os pecadores sofrem é a MORTE eterna pelo
fogo... Uma vez que são queimados e então mortos, eles
ficarão mortos para sempre... Aqueles que ensinam a
doutrina pagã da imortalidade da alma... ensinam o con-
trário do que Jesus ensinou.”in

A seita Testemunhas de Jeová, fundada por Charles Taze


Russell, defende que os ímpios serão aniquilados para
sem- pre, porque “o ensino sobre um inferno de fogo...
pode cer- tamente ser designado como um ‘ensino de
demõnios’.”'"

A Igreja da Nova Jerusalém (swedenborguismo),


fundada pelo espírita Emanuel Swedenborg, enfatiza
que Deus “não condena pessoa alguma ao inferno...”'"

A Eckankar, uma religião da Nova Era, fundada pe-


los espíritas Paul Twitchell e Darwin Gross, insiste que
“a morte não existe...”’" e não há inferno eterno.'"

A Escola Unitúiria do Cristianismo, fundada pelos tli-


letantes ocultistas Charles e Myrtle Fillmoi c, sustenta:
60 • John Ankerberg e John Weldon

“Não há prova para a crença de que Deus manda al-


guém para um castigo eterno.’8136

A Igre jn Universal e Triunfante, fundada pelos ocul-


tistas da Nova Era Mark e Elizabeth Prophet, declara
que os ministros cristãos são todos falsos profetas e “lo-
bos em pele de cordeiro [que] pregam nos púlpitos do
mundo. Eles têm... produzido uma teologia luciferiana e
através de sua bruxaria têm exercido um controle hipnó-
tico sobre as pessoas... através de suas mentiras satâni-
cas do fogo de inferno e condenação.”"7

O cristadelfian fsmo, fundado pelo Dr. John Thomas,


alega: “Aqueles que não são dignos da ressurreição pa-
ra a vida eterna encontrarão seu destino no eterno es-
quecimento do túmulo”,'“ e: “Conseqüentemente, a
teoria popular do inferno e de ‘tormentos eternos’ é
uma ficção.”Í3D

A Lucis Trust e a Escola Arcana/Grupos de Medi-


tação da Lua Cheia, iniciadas pela espírita nova-eren-
se Alice Bailey, argumentam: “O medo da morte é ba-
seado em... velhos ensinos errôneos quanto ao céu e
ao inferno...”"

A Familia do Amor (Os Meninos de Deus), fundada


pelo espírita David Berg, vê o inferno como um purga-
tório temporário: “O lago de fogo é para onde os ímpios
vão a fim de serem purgados de seus pecados... para
deixá-los eventualmente... sair.”’4'

A Ciência Divinn, fundada pelas irmãs Brooks, sus-


tenta que “o ‘lago de fogo’ nao é o inferno como um lu-
0s Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 61

gar, mas o amor consumidor de Deus no qual nossas


falsas crenças sobre o diabo, a morte e o inferno são
completamente destruídas.” E assim, “até mesmo a
morte é uma forma de cura.”'4'

O rosa-crucianismo, uma filosofia ocultista, declara


que “a ‘eterna condenação daqueles que não são ‘sal-
vos’ nño significa destruição nem tortura sem finn...”‘4' e
que “a religião cristã originalmente não continha quais-
quer dogmas sobre o inferno...”"4

O universalismo unitariano confessa o seguinte: “Pa-


rece seguro afirmar que nenhum universalista unitariano
crê numa ressurreição do corpo, num céu ou inferno li-
terais, ou qualquer tipo de castigo eterno...”’”

0 Poderoso Eu Son, fundado pelo ocultista Guy Bal-


lard (Godfre Ray King), proclama que “a morte não
existe.”i‘6 Provavelmente “os seres humanos são os úni-
cos criadores do ‘inferno’... Cada indivíduo carrega seu
próprio céu ou inferno consigo... Pois esses são apenas
os resultados de estados mentais e emocionais.”i47

A Sociedade Teosófíca, fundada pela médium Hele-


na Blavatsky, declara: “Nós positivamente nos recusa-
mos a aceitam a... crença numa recompensa ou castigo
eternos...”'” Portanto, “a morte... não é... uma causa
para o temor.”’”

0s espíritos proclamam em toda parte sua fidelidade


a esse ensino ocultista. “Ramtha”, o espírito que fala
através do médium J.Z. Knight, proclama: “Deus ntinca
julgou você ou quem quer que seja”, e: “N3o, não existe
62 • John Ankerberg e John Weldon

inferno e não existe diabo.”" “Lilly” e outros espíritos


canalizados através da médium Ruth Montgomery
argu- mentam que “não existe essa coisa de morte”
e que “Deus não castiga pessoa alguma.”"'

Para concluir, a visão sectária da morte tem muito a


ver com a EQM, incluindo: (1) origens ocultistas, (2)
sua ênfase de que o inferno é um ensino falso, e (3)
que a morte, longe de ser algo para se temer,
meramente abre a porta para outros níveis de
progressão espiritual.

17. A igreja cristã está abandonando cada


vez mais os ensinos de Jesus e adotando uma
visão sectária da morte?
O que antes era relegado às crenças ocultistas está
sendo hoje abertamente ensinado como parte do
ensino “cristão”."' A despeito da Bfb1ia mencionar o
inferno umas 50 vezes, as pesquisas de opinião
revelam que 70 por cento de todos os religiosos
[americanos] negam a doutrina do inferno.'” Alguns
eruditos evangélicos alta- mente respeitados e leigos
bem informados também têm rejeitado a doutrina do
inferno. Eles ensinam que a imortalidade condicional,
o aniquilacionismo ou o uni- versalismo são opções
legítimas de crença cristã. Infe- lizmente, eles estão
influenciando outros a concluir que a vida é muito mais
segura do que o que Jesus e a Igreja têm
tradicionalmente ensinado.

Se um texto condicionalista tal como The Fire That


Consumes (O Fogo que Consome) é escolhido como
se- leção alternativa pelo “Evangelical Book Club”
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte •
63

Evangélico do Livro) e se, como alguns têm afirmado,


“mais de 50 por cento dos jovens evangélicos acredi-
tam” no universalismo e rejeitam a doutrina do interno,
temos de nos espantar.'"

O Dr. J.I. Packer escreveu que “neste século, o uni-


versalismo tem se tornado discretamente uma parte da
ortodoxia de muitos pensadores e grupos cristãos.”'
Do mesmo modo, D.B. Eller afirma, no Evangelical
Dictionnry of Theolog y (Dicionário Evangélico de Teo-
logia), ser claro que o “universalismo, numa variedade
de formas, continua a apelar para a fé contemporânea,
tanto nos círculos liberais como nos conservadores.”'6
O teólogo Steven Travis observa: “Em anos recentes,
pouquíssimos teólogos têm exposto e defendido [a]
abordagem tradicional” do inferno eterno."7

Conforme o Dr. Vernon Grounds comentou certa


vez, “raramente, suponho, nós ficamos meditando so-
bre a espantosa doutrina do castigo eterno. Somente
em raríssimas ocasiões, e então rapidamente, parece-
mos com aquela famosa estátua de Rodin, ‘O Pensa-
dor’, assentado em muda estupefação observando al-
mas perdidas entrar no inferno. O que William Glads-
tone escreveu no fim do século dezenove sobre o
castigo eterno é igualmente verdade hoje: ‘parece estar
relegado no presente aos recônditos da mente cristã, e
aí dormir em profunda sombra’.”’”

Richard J. Bauckham, professor de História do Pen-


samento Cristão na Universidade de Manchestei’, tam-
bém aponta a negligência dessa doutrina quando escre-
ve: “Até o século dezenove, quase todos os tcólogos
64 • John Ankerberg e John Weldon

CflStãos ensinavam a realidade do tormento eterno no


inferno... [para eles, ela era] uma parte tão indispensá-
vel da crença cristd universal como as doutrinas da
Trindade e da Encarnação. Desde 1800, essa situação
tem mudado inteiramente, e nenhuma doutrina
tradicio- nal tem sido tão amplamente abandonada
como a do castigo eterno. Seus defensores entre os
teólogos de ho- je devem ser em menor número do
que nunca antes... Entre os menos conservadores, a
salvaçao universal, tanto como esperança ou como
dogma, é agora tão lar- gamente aceita, que muitos
teólogos virtualmente ado- tam-na sem argumentos.”'”

De algum modo, esse abandono da doutrina tradi-


cional não é inesperado. Nas seguintes graves
palavras, o Espírito Santo admoesta explicitamente:
“Ora, o Es- pírito afirma expressamente que, nos
últimos tem- pos, alguns apostatarão da fé, por
obedecerem a es- píritos enganadores e a ensinos de
demônios” (1 Ti- móteo 4.1). Quando os cristãos
rejeitam a doutrina do inferno, talvez tenham
esquecido com quem estão se alinhando.

Temos provado que a rejeição ao castigo eterno é o


ensino comum não somente das seitas, do ocultismo e
do Movimento da Nova Era, mas especialmente tam-
bém do mundo espiritual. Por exemplo, o famoso Ar-
thur Conan Doyle, autor da série Sherlock Holmes,
converteu-se à mediunidade e ao espiritismo. Em seu
livro The New Revelntion (A Nova Revelação), ele ob-
serva: “Todo o povo espiritual (espíritos) de sabedoria
sabe que n3o existe um inferno de fogo, nem diabo te-
mível.”'” Assim, a conclusão pareceria inevitável.
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 65

Quando os cristãos adotam o mesmo ensino sobre o in-


ferno que os demônios dão através de seus hospedeiros
huirianos — como na canalizaçao e outras formas
de mediunidade — eles estão, com efeito,
“obedecendo a ensinos de demônios.”

Estará a Igreja desejando aceitar tão deplorável esta-


do de coisas — oferecendo ao seu próprio povo os
ensi- nos das seitas e dos demônios? Ao rejeitar o
inferno nao estará a Igreja ouvindo mais ao diabo
do que a nosso Senhor?

A verdade é que o inferno é uma doutrina cristã vital.


Como Vernon Grounds observa: “É impossível exagerar
a seriedade e urgência que a doutrina do inferno confere
á vida aqui e agora.”"i Essa doutrina não deveria ser
abandonada. Deveria ser pregada nos púlpitos, nas es-
colas bíblicos, e seminários, dentro e fora da Igreja.
‘Í ERCE2 RA É ' A RT E

AVisão BiJilica da
Morte:

18. Qual é a visão bíblica da morte?

A morte em si é uma condição de separação. De


acordo com a Bíblia, há somente dois tipos de morte.
Primeiro, existe a morte física, que envolve a separação
temporária do espírito em relação ao corpo. Mais tarde,
na ressurreição, o corpo será reajuntado ao espírito hu-
mano. Segundo, existe a morte espiritual ou a separação
do corpo e espírito humanos em relação a Deus. Essa
condição é irremediável.

A morte não é boa — ela jamais foi boa. A morte


físi- ca — separação em relação ao corpo — não é
bon, uma vez que o homem fica “despido” (2 Coríntios
5.4; Fili- penses 3.21; 1 Coríntios 15), num estado lona
dO IâilÍfI*
68 • John Ankerberg e John Weldon

ral. A morte espiritual — separação de Deus —


obvia- mente também nao é boa. já que é eterna.

A “morte” e a “vida” sao irreconciliáveis e condições


opostas de existéncia, tanto nesta vida como na próxi-
ma. Sem Cristo, a morte conduz somente a uma coisa
— julgamento eterno: “E assim como aos homens
estó ordenado morrerem uma só vez e, depois
disto, o juízo” (Hebreus 9.27). Mas com Cristo, a
morte con- duz à vida: “Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e
todo o que vive e crê em mim, não morrerá,
eternamente” (João 11.25-26). E: “Em verdade, em
verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e
crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não
entra em juízo, mas passou da morte para a vida”
(João 5.24).

A Bíblia ensina que antes da salvaç ão, mesmo es-


tando vivos, todos os homens e mulheres existem num
estado de morte espiritual ou separação de Deus. Seus
espíritos humanos estão mortos para as coisas em que
Deus está realmente interessado (veja Lucas 15.24-
32; Efésios 2.1; 1 Timóteo 5.6; Apocalipse 3.1). Mui-
to embora estando vivos fisicamente, eles não consi-
deram o único Deus verdadeiro, nem Lhe agradecem,
nem se importam com Seus interesses. Qualquer que
seja o conceito de Deus que tenham, eles não acei-
tam o único Deus verdadeiro. Daí porque o próprio
Jesus disse: “Deixa aos mortos o sepultar os seus
próprios mortos”, ensinando explicitamente que os
seres humanos vivos ao redor dele estavam, no que
dizia respeito a Deus, espiritualmente mortos (Lucas
9.60; Romanos 3.10-18).
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 69

A Bíblia nos ensina que a morte física e espiritual


existe por uma razão — o pecado. Deus avisou Adao
e Eva que se eles Lhe desobedecessem, morreriam
naque- le dia (Gênesis 2.17). Daí porque a Bíblia ensina
que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23).

Como o pecado causa a morte, o problema do pecado


deve ser resolvido antes que a morte possa ser erradica-
da. Essa é a razao do ensino cristão da Expiação —
que Cristo morreu pelos pecados do mundo. Como
Jesus ensinou: “Porque Deus amou ao mundo de tal
ma- neira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna” (João 3.16). Qualquer um que recebe a Cristo
como seu Salvador pessoal é “nascido de novo” ou
vivificado es- piritualmente. Essa pessoa recebe a
verdadeira vida após a morte, ou, em termos
bíblicos, a vida eterna (João 6.47). Mas o que
realmente acontece, sem dúvida, é que o estado de morte
espiritual do crente é cancelado no momento em que ele
recebe a Cristo. Não mais ha- verá a possibilidade dele
sofrer o julgamento de Deus por causa dos seus
pecados, que é a segunda morte. Em vez disso, na hora
da morte física, ele se juntará a Deus para sempre. Essa
é a essência do termo “salvo”. Mas deve-se frisar que
o sistema é condicional. Os homens devem crer na
morte expiatória de Jesus Cristo, ou não poderão ser
salvos. Esta é a condição: que aceitem o que Deus fez
através da Pessoa de Cristo.

A esperança cristã, portanto, está na ressurreiçao físi-


ca e na imortalidade eterna baseadas na ressurreição c
vida de Cristo, não em uma visão mediúnica ele rim.i
gradual auto-progressão espiritual depois da nioi'te (ít‹i-
70 • John Ankerberg e John Weldon

manos 4.25; 1 Coríntios 6.14; 2 Coríntios 4.14; 5.1;


Efésios 1.15-21; 2.4-10; Filipenses 1.21, 3.21; Colos-
senses 3.4, etc.). Os que aceitam a Cristo herdam o
céu para sempre, enquanto os que rejeitam a
misericórdia de Deus herdam o inferno para sempre.

Assim, a visão bíblica é que os salvos estão com


Deus — eles estarão com Ele no momento da morte
(Lu- cas 23.43; João 12.26; Atos 7.59; 2 Coríntios 5.8;
Fili- penses 1.23), enquanto os mortos não salvos estão
con- finados e sob castigo. Além do mais, não existe
possibi- lidade de alterar a condição de alguém após a
morte. A morte, portanto, não é extinção, como muitas
seitas en- sinam. Ela não envolve uma condição de
reencarnação, onde a alma experimenta muitas vidas,
como crê o ocultismo. Ela não envolve uma condição
de união ou absorção final por alguma essência
impessoal, divina, conforme muitas religiões orientais
ensinam (Eclesias- tes 12.5; Lucas 12.46-47; 16.19-31;
Atos 1.25; Hebreus
9.27, 10.31, 12.27-29; Salmos 78.39; 2 Coríntios
5.11;
2 Pedro 2.4,9; Apocalipse 20.10,15).

Sem dúvida, se os salvos estão com Cristo e os não


salvos confinados e sob julgamento, então os mortos
não estão livres para perambular e, portanto, os supos-
tos mortos das EQMs não são o que afirmam ser. Isso
nos leva à próxima pergunta.

19. Qual é a visão bíblica da vida no


além?

Que relação há entre a EQM e a Bíblia? A visão bí-


0s Fatos Sobre a Vida A pós a Morte •
71

EQM, mas isso não significa que a EQM seja necessa-


riamente irreal ou imaginária. O espírito realmente dei-
xa o corpo na verdadeira morte (Lucas 8.55; 1 Reis
17.22; Eclesiastes 12.6-7). É possível, ao menos teori-
camente, que algum “mecanismo causador” natural ou
uma influência espírita possa ocasionalmente produzir
um resultado semelhante ao anterior ă morte. Pode ser
possível, então, entrar temporariamente numa dimensão
espiritual onde, por exemplo, anjos (tanto bons como
maus) existam.

Na literatura ocultista, os espíritos têm afirmado sua


habilidade para induzir experiências extra-corporais nos
humanos.'" E biblicamente nós estamos informados de
que o diabo tern, em algum sentido, uma influência so-
bre a morte (Hebreus 2.14). Em nossa opinião, a evi-
dência do testemunho dos psíquicos, gurus, ocultistas,
etc. em relação ă projeção astral ou experiências extra-
corporais indica que a separaçño do corpo e do espírito
dos vivos é uma condição temporária possível. Exata-
mente onde eles vão durante algo como viagens astrais
é desconhecido. Mas também não se pode descartar o
engano demoníaco, ou a manipulação da mente que
apenas dá às pessoas a sensação de estar fora dos seus
corpos, quando, de fato, não estão.i6"

De qualquer maneira, a EQM não fornece uma descri-


ção completamente acurada do céu bíblico. A Bíblia des-
creve o céu como um tipo de existência inteiramente no-
va que é maravilhosa além de toda comparação. Mas ela
é apenas para os redimidos. 0s mitos culturais comuns
— do céu como uma recompensa pelas boas obras, dc
pes- soas flutuando nas nuvens, dedilhando harpas,
ptilintlti
72 • John Ankerberg e John Weldon

auréolas, Pedro nos portões de pérola conferindo os


con- vites, etc. — não fazem parte dela. O que podemos
imagi- nar a partir das descrições bíblicas é que os
redimidos se tornam espirituais por natureza,
completamente muda- dos. Eles se tornam
verdadeiramente um com Deus, em- bora retendo sua
individualidade única — seres espirituais que são
personalidades distintas, e não são, como nas tra- dições
orientais, absorvidos em Deus. Ainda somos o que
somos, porém admíravelmente recriados. A analogia
comum sugerida pela natureza é a da simples larva
emer- gindo como uma magnífica borboleta.

Como a Escritura ensina claramente que Deus é


amor, um fato tão completamente demonstrado na cruz,
o céu deve ser um lugar permeado de amor. Será
um ambiente totalmente repleto de amor — um lugar
onde gozaremos eternamente a presença da própria
essência de amor, paz, alegria, beleza, criatividade, e
tudo que é sublime. Esse futuro glorioso é sugerido em
1 Coríntios
2.9: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram,
nem
jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam.”

Faz parte da natureza de Deus dar, e podemos


apenas supor o que Deus dará àqueles que Ele ama
por toda a eternidade. Jesus diz simplesmente:
“grande é o vosso galardão no céu”, e o apóstolo
Paulo, que foi rodeado de sofrimentos, assegurou-nos
que “os sofrimentos do tempo presente não são para
comparar com a glória por vir a ser revelada em
nós” (Romanos 8.18).
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 73

mos “como ele” (1 João 3.2). Lembramo-nos da


decla- ração de C.S. Lewis de que se qualquer pessoa
na terra pudesse ver um dos redimidos, ela seria tentada
a adoro- lo como um deus. Cada um de nós ficará
completamente sem pecado, alegre e poderoso. Não
apenas conhecere- mos os personagens da Bíblia, mas
também nossos pró- prios amigos e parentes salvos que
a nós se juntaram pe- la eternidade, e mesmo nossos
“anjos da guarda” como os imaginamos. Estaremos
contentes, sem desejo algum. Nós estaremos com,
falaremos com, e constantemente teremos comunhão
com Deus, que nos ama e nos redi- rniu para sempre.
O tempo e o espaço não mais existirão como os
conhecemos, mas continuaremos na companhia do
Criador do tempo e do espaço.

Teremos cada pergunta respondida, entretanto, como


Deus é infinito haverá por toda a eternidade novas coi-
sas a serem aprendidas sobre Ele. Mas o que quer que
aprendamos, estaremos para sempre cónscios do
infini- to amor de Deus por nós, expresso na vida,
morte e res- surreição do Seu Filho Jesus Cristo.

Em essência, herdar o céu é herdar tudo o que Deus


é (1 Coríntios 3.21-23) e tudo o que existe em Seu
Uni- verso como Ele originalmente pretendia.

Mas a Bíblia também ensina que existe um inferno


eterno para aqueles que voluntariamente recusaram o
amor e a misericórdia de Deus. Em grande medida, o
que realmente é infernal sobre o inferno é que as pes-
soas o escolhem por si mesmas. O teólogo Harold O.J.
Brown comentou certa vez que “o inferno tem sido
cha- mado ‘o mais permanente monumento a
libcrcladc da
74 • John Ankerberg e John Weldon

vontade humana’.”’“ C.S. Lewis enfatizou: “No final,


existem apenas dois tipos de pessoas — aquelas que
di- zem a Deus: ‘Seja feita a Tua vontade’, e
aquelas a quem Deus diz no final: ‘Seja feita a tua
vontade’.”’”

Em seu livro The Problem of Pain (O Problema da


Dor), Lewis expandiu essa idéia: “Se um jogo é joga-
do, deve ser possível perdê-lo. Se a felicidade de uma
criatura repousa na auto-entrega, ninguém pode fazer
tal entrega senão ela mesma (embora muitos possam
ajudá-la nisso), e ela pode recusar. Eu pagaria qualquer
preço para poder dizer verdadeiramente ‘todos serão
salvos’. Mas minha razão replica: ‘Sem a vontade
deles ou com ela?’ Se eu digo, ‘sem a vontade deles’,
ime- diatamente percebo uma contradição: como pode
o ato supremo da auto-entrega ser involuntário? Se eu
digo, ‘com a vontade deles’, minha razão responde:
‘como, se eles nõo cedem?’ ”'66

Não existe outra autoridade além da Bíblia quando


se trata do assunto da vida após a morte. As
experiências ocultistas, que são enganos demoníacos,
nada podem nos dizer sobre a vida no além, nem o
pode a teologia sectária, nem as infindáveis
especulações humanas des- de o início dos tempos. Só
Deus sabe com o que a mor- te se assemelha. E Ele o
disse a nós. Infelizmente, mui- tas pessoas que
defendem as passagens bíblicas sobre o céu, rejeitam
completamente as passagens sobre o infer- no, por
mais que isso seja irracional. Nós frisamos que Deus
não quer “que nenhum pereça, senão que todos
cheguem ao arrependimento... O qual deseja que to-
dos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno co-
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 75

2.4). De qualquer maneira, para aqueles que se recusam


a fazer assim, existe um lugar de castigo por seus peca-
dos, o qual é eterno.

O inferno é descrito na Bíblia numa variedade de ter-


mos: “trevas exteriores”, “a ressurreição do julgamen-
to”, “a negra escuridão”, “o castigo de eterno fogo”, “o
lugar onde há choro e ranger de dentes”, “castigo eter-
no”, etc. (Mateus 3.7-12; 8.12; 22.13; 25;46; Marcos
9.43,48; João 5.29; Apocalipse 19.20; 20.10-15, etc.).

Mas por que o inferno deve ser eterno? Primeiro,


porque Deus é um ser infinito. Pecados cometidos con-
tra Ele exigem a total magnitude de um castigo divino
baseado em santidade infinita. Quem pode negar que
santidade infinita deveria requerer exatamente castigo
eterno? Além disso, sem o castigo do mal, não há justi-
ça na eternidade. Mas pode a justiça eterna coexistir
com o castigo temporário, se quantidade alguma de cas-
tigo limitado tem significação absoluta, quando compa-
rada à infinitude da eternidade? Em outras palavras, se,
na eternidade, deve haver justiça divina — castigo
do mal correspondente à sensibilidade ofendida da
infinita santidade — deve-se pensar que o castigo deve
durar pa- ra sempre ou, comparativamente, ser afinal
sem signifi- cação. Castigar alguém por um milhão de
anos e em se- guida trazê-lo para o céu por toda a
eternidade é, com- parativamente falando, dificilmente
um castigo.

Segundo, aqueles que jamais foram redimidos nesta


vida continuarão na mesma condição espiritual que ti-
nham na terra. Suas personalidades não redimidas exis-
tirão eternamente. Em seus sentimentos, pensamentos e
76 • John Ankerberg e John Weldon

desejos, eles estarão expressando constantemente os


frutos de sua natureza pecaminosa. Em outras palavras,
eles continuarão pecando para sempre. Mas o castigo
pelo pecado eterno só pode ser castigo eterno.

Se podemos ou não entender adequadamente o infer-


no, a Bíblia o ensina claramente. O próprio Jesus ensi-
nou que os que não se arrependem “irão para o castigo
eterno” (Mateus 25.46).

0s pontos de vista alternativos das seitas não podem


ser biblicamente defendidos.

A imortalidade condicional ensina que o espírito hu-


mano não é naturalmente imortal. Mas nenhuma passa-
gem bíblica o prova em parte alguma, e isso é contrário
ă implicaçño do homem ser criado ă imagem de Deus,
e, portanto, de ter um espírito eterno. Por outro lado, di-
zer que o espírito humano é imortal, mas será aniquila-
do no julgamento em lugar de enfrentar o castigo eterno
também não tern apoio bíblico.

O universalismo, o ensino de que todos serão salvos,


também é contradito em passagens bíblicas, algumas
das quais já citamos.

Os que defendem as crenças acima apelam para (1)


argumentos filosóficos (por exemplo, o amor infinito
e o castigo eterno são mutuamente contraditórios); (2)
argumentos humanísticos, nenhum dos quais é con-
vincente (por exemplo, os homens são bons demais
para serem condenados); e (3) argumentos escriturís-
ticos on exegéticos (por exemplo, que as palavras es-
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 77

pecíficas para “eterno” em grego e hebraico realmen-


te não significam eterno).

Mas as palavras bíblicas para eterno significam eter-


no mesmo, e as palavras para castigo significam cas-
tigo mesmosÍfi7

De fato, as Escrituras são tão claras sobre a doutrina


do castigo eterno como o são sobre a justificação pela
fé ou sobre a divindade de Jesus Cristo. E somente por
apelo emocional, pensamento humanístico, filosofia
contaminada ou tendências preexistentes contra o infer-
no que se pode defender essas opções antibíblicas.

O ensino escriturístico sobre o castigo eterno não é


obscuro nem incerto; a própria dificuldade da doutrina
atesta sua clareza bíblica. Devido à tendência natural de
se rejeitar uma coisa tão desagradável como o inferno,
só a certeza escriturística poderia explicar a posição da
Igreja em aceitá-la por 2000 anos.

O problema é que muitas pessoas hoje, inclusive al-


guns cristãos, recusam-se a aceitar o que as Escrituras e
o seu Senhor claramente ensinam. Por 2000 anos, todos
os argumentos exegéticos que têm sido propostos para
rejeitar a doutrina do castigo eterno fracassaram. Por
conseguinte, a imortalidade condicional, o aniquilacio-
nismo e o universalismo são meras especulações huma-
nísticas, não verdades bíblicas ou teológicas — e
certa- mente não são opções legítimas para os cristãos.

Numa área onde nem a razão nem a emoção é sufi-


ciente, rejeitar o claro ensino escriturístico da vida
78 • John Ankerberg e .fohn Weldon

após a morte é assumir o agnosticismo. Como observa


o Dr. Packer: “Tornar-se vítima da filosofia e da ideolo-
gia seculares tem sid9 um característico vício protes-
tante por três séculos, do qual os evangélicos de modo
algum estão livres.”“'
Se cada um de nós Val morrer um dia, então o mals
importante é ter a segurança de entrar a salvo na morte.
Se temos ou não temos medo de morrer, não precisa-
mos temer a morte se nossos pecados estão perdoados
através da fé em Jesus Cristo. Você deseja conhecer o
Deus vlVO? VoCé deseja reconhecer o seu pecado diante
d'Ele e receber Seu Filho? Se asslm for, recomenda-
mos-lhe a seguinte oração:

S não esus eu econ eco e e e que


tendo pecaclo em meus pensamentos, palavras e
ações, que sou culpado ele fazer o mal ÓeliÓeracla-
mente, que meus pecados têm me separado da
Tua Santa presença e que nõo tendo esperança
de recomendar-mea Ti.
5o creio firmemente que morreste na cruz por meus
pecados, carregando-os em Teu próprio corpo
e sofrendo em meu lugar a condenaçõo por eles
merecida.
Jó avoliei |oon‹:lerociomente o custo ele de seguir.
Eu me arrepenclo sinceramente, afasfanclo-me dos meus
pecaclos passados. Desei° entregar-me a Ti Como meu
Senhor e Mestre. A(ucla-me a nõo me
envergonhar ele Ti.

Assim, agora eu vento a Ti. Creio que por longo


tempo Tu tens estado pacientemenfe esperando do
lodo cÍe fora da porta, batendo. /\gora abro a porta.
Entra, Senhor Jesus, e sê meu Salvador e meu
Senhor para sempre. Amém.i^’
1. Stanislav Grof e Joan Halifax, The Human Encounter with Dealt
(New York: Dutton, 1977), 1.
Verlyn Klinkenborg, “At the Edge of Eternity”, L//e (março de
1992): 66.
3. E.g., Raymond Moody, Life After Life: The Investigation of a
Phenomenon — Survival of Bodily Death (Atlanta: Mocking-
bird, 1976), 98.
4. Moody, Life After Life, 24.
5 E.g., Kurt Koch, Christian Counseling and Occultism (Grand Rapids:
Kregel, 1972), 37-192.
6. Raymond A. Moody, The Light Beyond: New Explorations by the
Author of Life Aher Life (New York: Bantam, 1989), 7-20.
7. Melvin Morse, M.D., Closer to the Light: Learning from the
Near-Death Experiences of Children (New York: Villard
Books, 1990), 105; cf. Mark Woodhouse, “Five Arguments
Regarding the Objectivity of NDEs”, Anabiosis, Vol. 3, N°- 1.
8. Baseado em conversas pessoais e pesquisas iniciais dos que
estudam EQMs de cristãos, tais como a Dra. Nina Hele- ne; cf.
John Weldon e Zola Levitt, Is There Life Afler Death? (Dallas:
Zola Levitt Ministries, 1990), cap. 8.
9. “Religion in America: 50 Years: 1935-1985”, The Gallup Re- port,
N-° 236 (maio de 1985), 53; U.S. News and World Re-
port ( 25 de margo de 1991): 57.
10. The Gallup Report, 53; veja também Dealh Studies, Vol. 9, N-°
2: 95 e Psychology Today (janeiro de 1981): 65.
11.Andrew Greeley, “Mysticism Goes Mainstream”, American Health
(janeiro/fevereiro de 1987): passim.
12.John Ankerberg e John Weldon, Cult Watch: What You Need to
Know About Spiritual Deception (Eugene, OR: Harvest
House, 1991), 167.
13.U.S. News and World Report (25 de março de 1991): 57.
14.Robert Monroe, Journeys Out of the Body, passim, os estu- dos
publicados do Dr. Robert Crookall; Herbert Greenhouse, The
Astral Journey, (New York: Avon, 1976).
15.Compare Kenneth Ring, Heading Toward Omega: In Search of the
Meaning of the Near-Death Experience (New York: William
Morrow, 1985) e os livros de Robert Monroe, et al., citados
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 81

16. Ring, Heading, 19.


17. Moody, The Lipht Beyond, 198.
18. Ring, Heading, 31.
19. Ring, Heading, 27.
20. Hebreus 13.8; Mateus 24.35.
21. Moody, Life After Life, 45-53, 70; as outras obras publicadas
dos Drs. Moody e Ring citadas acima, Anabiosis,
vârios exemplares; cl. The Journal of Near-Death Studies e
Theta, artigos relevantes.
22. Veja John Ankerberg e John Weldon, The Facts on the Oc-
cU// (Eugene, OR: Harvest House, 1992) e Can You
Trust Your Doctor? (\ rving, TX: Word, 1991), 87-94.
23. Raphael Gasson, The Challenging Counterfeit (Plainfield,
NJ: Logos, 1971); Victor Ernest, / Talked with Spirits
(Wheaton, IL: Tyndale, 1971); Johanna Michaelsen, The
Beautiful Side of E\zi/ (Eugene, OR: Harvest House, 1982);
Doreen Irvine, Freed from Witchcrah (Nashville: Nelson, 1973);
Ben Alexan- der, Out from Darkness (Joplin, MO: College Press,
1986).
24. Ring, Heading, 224.
25. Cf. Ring, Heading, caps. 3-8; Moody, The Light Beyond, pas-
sim. Veja nota 21.
26. John White, “What the Dying See”, Revista Psych/c (setem-
bro/outubro de 1976): 40.
27. D. Scott Rogo, “Research on Deathbed Experiences”, Pa-
rapsychology Today (janeiro/fevereiro de 1978): 21.
28. Frederick Myers, Human Personality and Its Survival of Bo-
dily Death (New York: Longmans, Green & Co., 1935), 7.
29. Emanuel Swedenborg, Heaven and lts Wonders and Heil
(New York: Swedenborg Foundation, 1940), 447-448.
30. Arthur Ford, The Life Beyond Death (New York: G.P. Putnam
& Sons, 1971), 144-146.
31. Ibid., 158.
32. Jane Roberts, Seth: Dreams and Projections of Conscious-
ness (Walpole, NH: Stillpoint, 1986), 193, 350.
33. Kenneth Ring e C.J. Rosing, “The Omega Project”, Journal
of UFO Studies, nova série, Vol. 2 (1990): 71.
34. Moody, Life Afler Life, 70.
35. Ring, Heading, 62.
36. Moody, The Light Beyond, 38-39.
37. Ring, Heading, 265.
38. Ibid., 112-113.
39. Moody, The Light Beyond, 27, 33-34.
40. Ibid., 41.
82 • John Ankerberg e John Weldon

41. Ring, Heading, 265.


42. John J. Heaney, “Recent Studies of Near-Death Experien- ces”,
Journal of Religion and Health, Vol. 22, 2 (veräo de 1983):
127.
43. E.g., Malachi Martin, Hostage to the Devil (New York: Ban-
tam, 1977), 132-135. Veja nota 62.
44. Moody, The Light Beyond, 49.
45. Ibid.
46. Ibid., 88.
47. Ibid., 39.
48. Ibid., 87-88.
49. Ibid., 162-163.
50. Ankerberg e Weldon, Co// Wa tch, 257-260, 268-270.
51. Cf. Bruce Greyson, “Increase in Psychic and Psi-Related
Phenomena Following Near-Death Experiences”, Tneta
(em impressâo); Richard Kohr, “Near-Death Experience and
Its Relationship to Psi and Various Altered States”, Theta,
Vol.
10 (1982): 50-53; Kenneth Ring, “Paranormal and Other
Non-Ordinary Aspects of Near-Death Experiences”, Essen-
ce, Vol. 5 (1981): 33-51; Kenneth Ring, “Precognitive and
Prophetic Visions in Near-Death Experiences”, Anabiosis, Vol.
2 (1982): 47-74 e estudos mais recentes.
52. Ring, Heading, 166-174
53. Ibid., 166.
54. Ibid., 180.
55. Richard Kohr, “Near-Death Experiences, Altered States, Psi-
Sensitivity”, Anabiosis, Vol. 3, 2 (dezembro de 1983):
152.
56. Ibid.
57. Morse, Closer, 115-116.
58. Ibid., 126.
59. Ring, Heading, 172-173.
60. Moody, The Lighi Beyond, 6, 12-13; Ring, Heading, 317,
318, 323, 329.
61. Moody, The Light Beyond, 193.
62. Ibid., 197.
63. Cf. Tal Brooke, Riders of the Cosmic Circuit, disponfvel com
o SCP, P.O. Box 4308, Berkeley, CA 94704.
64. Ring, Heading, 87, 99, 102-103, etc.
65. Ibid., 120.
66. Stanislav Grof, resenha literària, The Journal of Transperso-
nal Psychology, Vol. 16, 2 (1984): 246.
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 83

67. Ring, Heading, 51.


68. lbid., caps. 4-8.
69. lbid., 87-88.
70. John- Pennachio, “Near-Death Experiences as Mystical Expe-
rience”, Journal of Religion and Health, Vol. 25, N-° 1
(1986): 64, 70-71.
71. Tillman Rodabough, “Near-Death Experiences: An Examina- tion
of the Supporting Data and Alternative Explanations”, Death
Studies, Vol. 9, 2 (1985): 102-103.
72. R.K. Siegel e A.E. Hirschman, “Hashish Near-Death
Experien- ce”, Anabiosis, Vol. 4, N-° 1 (primavera de 1984): 69,
84-85.
73. John Weldon, Yoga, manuscrito não publicado, cf. Anker- berg
e Weldon, Can You Trust Your Doctor?, cap. 19.
74. Ring, Heading, 231 (ênfase acrescentada).
75. lbid., 234.
76.
77. lbid., 237.
Veja AnabiosÍs, Vol. 4, N°-s 1 e 2; Vol. 3, 1; Vol. 5, N°- 2.
78. Ring, Heading, 226.
79. lbid., 227-228.
80. lbid., 87-88.
81. Tal Brooke, Riders, passim; cf. Ankerberg e Weldon, dan
You Trust Your Doctor?, cap. 19.
82. Ring, i-heading, 89; cf. 90-219.
83. C.R. Lundahl e H.A. Widdison, “The Mormon Explanation of
Near-Death Experiences”, AnabÍosis, Vol. 3, N-° 1 (junho de
1983): 103; cf. John Ankerberg e John Weldon Everything
You Ever Wanted to Know About Mormonism (Eugene, OR:
Harvest House, 1992), caps. 18-20 e C.R. Lundahl, “The
Perceived Otherworld in Mormon Near-Death Experiences As
Social and Physical Description”, Omega, Vol. 12, 319- 327
(1981-82); Leon Rhodes, “The NDE Enlarged by Swe-
denborg's Vision”, Anabiosis, Vol. 2, N°- 1 (junho de 1992):
15ss.; Carl Becker (Osaka University, Osaka, Japão), “Views from
Tibet: NDEs and the Book of the Dead”, que traça mui- tos
paralelos entre as visões do leito de morte na religião ti- betana
Bon e o budismo vajrayana (tântrico) conforme en- contrado no
Livro Tibetano dos Mortos.
84. Kenneth Ring, “From Alpha to Omega: Ancient Mysteries
and the Near-Death Experience”, Anabiosis, Vol. 5, N-° 2
(1986): 8-9.
85. lbid., 4.
86. Lennie Kronish, “Elisabeth Kubler-Ross: Messenger of Love”,
Yoga Journal (setembro/outubro de 1976): 18-20; Elisabeth
84 • John Ankerberg e John Weldon

Kubler-Ross, Death: The Final Stage of Growth (New Jersey:


Prentice Hall, 1975), 119; K. Coleman, “Elisabeth Kubler-Ross in
the Afterword of Entities”, New w'es/ (30 de julho de 1979).
87. Moody, Life After Life, 9.
88. Archie Matson, Aflerlife (New York: Harper & Row, 1977), 35,
57, 73, 92.
89. Harold Sherman, You Live After Death (New York:
Fawcett, 1972), 156; sete outros exemplos são citados em
Weldon e Levitt, Is There Life After Death?, cap. 5, notas.
90. John Ankerberg e John Weldon, The Dangers of the Occult:
S›ome Consequences of the Modern S›earch for
Enlighten- ment [tftulo sugerido] (Eugene, OR: Harvest
House, 1993), manuscrito näo publicado.
91. Ring, Heading, 226.
92. lbid., 145-146.
93. Ibid., 158.
94. Ibid., 160.
95. Ian Stevensen, Twenty Cases filuggestive of
Reincarnation, 374-377; John Weldon, Reincarnation,
manuscrito nâo publi- cado, passim; Robert Morey,
Reincarnation and Christianity, 30; Geisler e Amano, The
Reincarnatîon Sensation, 78-82; John Snyder, Reincarnation
is. Resurrection, 88-90; Mark Albrecht, Reincarnation: A
Christian Appraisal, 71.
96. Ring, Heading, 57-58, 153.
97. lbid., 62.
98. lbid., 220.
99. lbid., 151.
100. ibid.
101. Ibid., 145-146
102. lbid., 87.
103. O Deus bíblico é pessoal (João 12); Ele é Santo e odeia o
mal (Habacuque 1.13; Provérbios 6.16); Ele é o Criador
do Universo (Gênesis 1.1); todas as religiões não adoram o
mesmo Deus (João 14.6; Atos 4.12).
104. Moody, The Light Beyond, 27.
105. Robert Kastenbaum, is There Life After Death? (New York:
Prentice Hall, 1984), 25; citando G.A. Garfield em
Kasten- baum, ed., Between Life and Death (New
York: Spring Pu- blishers, 1979), 54-55.
106. E.g., veja Robert Gram, An Enemy Disguised (New York:
Nelson, 1985).
107. Veja exemplos em Ankerberg, Cult Watch, 101, 286.
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 85

108. Ring, Heading, 93.


109. Ibid., 91.
110. Kenneth Ring e Stephen Franklin, “Do Suicide Survivors Re- port
Near-Death Experiences?” em Craig R. Lundahl, A Col- lection
of Near-Death Research Readings, de K.J. Drab, re- senha
literâria, Anabiosis, Vol. 3, 1: 110.
111. Morse, Closer, 177-179; Ring, Heading, 126, 179.
112. Ring, Heading, 94-98.
113. Ibid., 96.
114. Mateus 17.18; Nandor Fodor, Encyclopedia of Psychic
Science (Secaucus, NJ: Citadel, 1974), 234.
115. Cf. Ankerberg e Weldon, Dangers, Johanna Michaelsen, Like
Lambs to the fillaughter (Eugene, OR: Harvest House,
1989).
116. Morse, Closer, 77-82.
117. Ibid., 92-93, 131, 126, 149, 163.
118. Citado respectivamente em Morse, Closer, 7, 122-123, 124,
131-132, 145-146, 148-149, 152-154, 155-156, 157-158.
119. Moody, The Light Beyond, 59.
120. Morse, Closer, 164-165.
121. Ibid., 151, 163.
122. Ibid.
123. Os condicionalistas sustentam, de várias maneiras, uma res-
surreição anterior à aniquilação; no entanto, não há ressur-
reição para a vida eterna.
124. Georgine Milmine, The Life of Mary Baker G. Eddy and the
History of Christian filcience (Grand Rapids: Baker,
1971, re- latório), 28-31, 66-67, 111-116.
125. Mary Baker Eddy, filcience and Health with Key to the Scrip-
tures (Boston: First Church of Christ Scientist, 1971), 429.
126. Mary Baker Eddy, Unity of Good (Boston: Trustees Under
the Will of Mary Baker Eddy, 1908), 3.
127. Ouestions and Answers on Christian filcience (Boston: Chris-
tian Science Publishing Company, 1974), 6.
128. Edgar Cayce, A Search for God, Livro 2 (Virginia Beach: ARE
Study Group, 1975), 64 (Reading, 262-73); Livro 1: 13.
129. Sun Myung Moon, “The Master Speaks”, N° 4: 1 (cópia xerox
de palestra transcrita).
130. Joseph Talmage, A filtudy of the Articles of Faith (Salt Lake
City: Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 1976),
61.
131. David John Hill, Is There a Real Hellfire? (Pasadena, CA:
Ambassador College Press, 1974), 20, 42.
86 • John Ankerberg e John Weldon

132. Watchtower Bible and Tract Society, ls This Life AII There ls?
(Brooklyn: WBTS, 1974), 96.
133. Emanuel Swedenborg, The True Christian Religion, Vol. 2,
652 (Swedenborg Foundation, 1771), 183.
134. Darwin Gross, Your Right to Know (Menlo Park, CA: lllumi-
nated Way Press, 1979), 26.
135. Paul Twitchell, Eckankar: The Key to Secret Worlds (New
York: Lancer, 1969), 240; Eck World News (março de
1976): 4.
136. Charles Fillmore, Dynamics for Living (Lee's Summit, MO:
Unity Books, 1967), 278-279.
137. Mark e Elizabeth Prophet, Climb the Highest Mountain (Los
Angeles: Summit University Press, 1977), 349.
138. S.a., “What Is Death?” (London: The Dawn Book
Supply, 1971), 9, cf. Robert Roberts, Christendom Astray
(Birming- ham, Inglaterra: The Christadelphian, 1969), 99.
139. The Christadelphians, A Declaration of the Truth Revealed in
the Bible (South Australia: Logos, s.d.), 44.
140. Alice A. Bailey, Esoteric Healing (New York: Lucis Press,
1977), 442.
141. David Berg, “Out of This World” (25 de novembro de 1977),
GP686, 131,133, 138. (folheto)
142. Fannie James, Selected Bible Readings (Denver: First Divine
Science Church, 1962), 143; Irwin Gregg, The Divine
Scien- ce Way (Denver: Divine Science Federation
Int’l., 1975), 168.
143. Max Heindel, The Rosicrucian Cosmo-Conception (Oceansi-
de, CA: The Rosicrucian Fellowship, 1977), 229-230.
144. H. Spencer Lewis, Mansions of the Soul: The Cosmic Con-
ception (San Jose, CA: AMORC, 1977), 301-302.
145. W. Argow, “Unitarian Universalism: Some Questions Answe-
red” (Boston: outubro de 1978), 8 (panfleto da UUA).
146. Fundamental Group Outline: Eighth Class (Santa
Fe: St. Germaine Press, 1973), 16.
147. Godfre Ray King, The Magic Presence (Santa Fe: St. Ger-
maine Press, 1974), 176-177.
148. H.P. Blavatsky, The Key to Theosophy (London: Theosophi-
cal, 1968), 110.
149. Theosophical Society of America, “When Death Occurs”
(panfleto) (Wheaton, IL: TSA, s.d.), 13.
150. J.Z. Knight, Ramtha Voyage lo the New World (New York:
Ballentine, 1987), 62, 252.
151. Ruth Montgomery, A World Beyond (Greenwich, CT: Fawcett
Cress, 1972), 66; Ruth Montgomery, Here and Hereafter
(Greenwich, CT: Fawcett Cress, 1968), 174.
Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte • 87

152. E.g., Cristãos do Advento, Adventistas do Sétimo Dia e al-


guns evangélicos de destaque, cf. Kenneth Kantzer e Carl
F. Henry, eds., Evangelical Affirmations (Grand Rapids:
Zon- dervan, 1990), 124.
153. Carl G. Johnson, Hell You Say? (Newtown, PA: Timothy
Books, 1974).
154. Conversação entre o Dr. Walter Kaiser e John Ankerberg,
1991, citando o Dr. Hunter; cf. Alan W. Gnomes,
“Evan- gelicals and the Annihilation of Hell”,
Christian Research Journal, parte 1
(primavera de 1991) e parte 2 (verão de 1991).
155. J.I. Packer in Christianity Today (17 de janeiro de 1986).
156. D.B. Eller, “Universalism”, in Walter Elwell, ed., Evangelical
Dictionary of Theology (Grand Rapids: Baker, 1984),
1130.
157. Stephen H. Travis, Christian Hope and the Future (Downers
Grove, IL: InterVarsity, 1980), 118.
158. Vernon C. Grounds, “The Final State oi Wicked”, Journal of
the Evangelical Theological Society, Vol. 24, 3
(setembro de 1981): 211.
159. Richard J. Bauckham, “Universalism: A Historical Survey”,
Themelios, Vol. 4, 2 (janeiro de 1979): 48.
160. Arthur Conan Doyle, The New Revelation, 1919, de Johnson,
Hell, 106.
161. Robert A. Morey, Death and the Afterlife (Minneapolis: Be-
thany, 1984), 230-231.
162. Martin, Hostage, 482.
163. John Weldon, “New Age Intuition”, e “Self Help Therapy: In-
ner Guides and lmagination as Personal Healers”,
manuscri- to não publicado.
164. Harold O.J. Brown, The Protest of a Troubled Protestant
(New Rochelle, NY: Arlington House, 1969), 213.
165. C.S. Lewis, The Great Divorce (New York: MacMillan,
1946), 69.
166. C.S. Lewis, The Problem of Pain (New York: MacMillan,
1971), 118-119.
167. Refutações detalhadas de pontos de vista não-ortodoxos so-
bre argumentos escriturísticos, interpretação e palavras
bíbli- cas são encontradas em Death and the Afterlife, de
Morey.
168. J.I. Packer, “Evangelicals and the Way of Salvation”, em
Kantzer & Henry, eds., Evangelical Affirmations, 110.
169. Extraido de John Stott, Becoming a Christian (Downers Gro-
ve, IL: InterVarsity, 1950), 25-26.
A série “Os Fatos Sobre“ é uma fonte de recursos extrema-
mente valiosa para a compreensão e o testemunho ehcaz
do cristão num mundo cada vez mais roffado ao
paganis- mo. Recomendo muito a sua leitura. p
g papá

Os Fatos Sobre o Vida Após o Morte mostra claramente como


as seitas e a porapsicologia tém modificado a expe- riéncia da
morte, privando-a de significaçõo. Ele responde a indagações
como:
• Qual é o visüo sectória da morte: sono do alma,
oniquilomento ou imortalidade condicional?
• A pesquisa moderno do morte é imparcial?
Seró que todos os episódios de quase-morte süo
experiências positivos como os pesquisadores gos-
tariam que ocred"itóssemos?
• Por que os experiências de quase-morte repre-
sentam freqüentemente iniciação no mundo
do ocultismo?
• Existe alguma evidência de reencarnação?
Este livro revela os erros da visõo sectõria/ocultista da morte
e aiuda os leitores a separar “os fatos“ da ficçõo.

J o h n Aokeróor$g é apresentador do premia- do


programa lhe John Ankerberg Show’ em rede
nacional nos EUA. Ele é orador internacional e di-
plomou-se em teologia, histõria da igreia e pensa-
mento cristõo.
JoLsn Welclon é autor e co-autor de 30 livros
sobre seitas, ocultismo e questões sociais. Formou- se
em sociologia, apologética cristõ e religiões
comparadas.

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