Era Vargas

Contextualizando
• Era Vargas: Junção dos três primeiros governos de Getúlio
Vargas: o Provisório (1930 – 1934), o Constitucional
(1934-1937) e o Estado Novo (1937 – 1945);

• Governo Provisório (1930 – 1934): Anular a estrutura

política da 1ª República – Coronelismo, Oligarquias,
Protagonismo Paulista, Política dos Governadores e etc;

• O Governo Provisório de Vargas possui um forte apoio do

Movimento Tenentista.
 Contextualizando
• Revolução de 30 = Golpe Político = Anulação
da Constituição (1891) + Fechamento do
Legislativo;

• Interventores = Geralmente Ex-Militares,

principalmente Tenentistas;
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Revolução de 30 = Revolução promovida pela Aliança
Liberal com a participação de ex-tenentes (Movimento
Tenentista);

• Vargas aceita sua derrota nas eleições e volta a assumir seu

cargo de Governador do RS. Os Tenentistas levantam a
possibilidade de uma revolta armada;

• Vargas não possui total poder. Necessidade de diálogo

principalmente com essa Junta Tenentistas que executa o
golpe e apoia a sua chegada ao poder.
Governo Provisório (1930 – 1934)
• Junta Pacificadora: Formada por Tasso
Fragoso, Isaias Noronha e Mena Barreto
(militares);

• Deposição de Washington Luís, impedimento

de Júlio Prestes de assumir o poder, anulação
da Constituição de 1891, dissolução do
Legislativo (âmbito Estadual e Nacional) e
passam o poder a Getúlio Vargas.
Governo Provisório (1930 – 1934)
• Interventores nos Estados (menos Minas
Gerais);

• Retirava parte do poder dos Governadores e

aumentava o poder do Presidente;

• Pessoas leais ao Governo de Vargas, o que

enfraquecia as Oligarquias Estaduais.
Governo Provisório (1930 – 1934)
• Empréstimos estrangeiros – tentativa de
aumentar a liquidez econômica do Brasil e
enfrentar os problemas oriundo da Crise de 29;

• Criação de dois Ministérios sociais muito

importantes: o Ministério da Educação e Saúde
e o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio.
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Questão Econômica:

• Problemas enfrentados: queda nos valores do café, diminuição do

comércio exterior e desvalorização da moeda;

• Ações do governo: Conselho Nacional do Café (função de regular a

produção cafeeira e a venda do café) e adiamento do pagamento de
dívidas;

• Diferente do Convênio de Taubaté na chamada Política da Valorização

do Café, Vargas vai mandar queimar o café excedente, uma vez que os
custos para a logística de estocamento seriam mais caros e a queima do
café valorizaria o produto.
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Revolução Constitucionalista (1932):

• São Paulo torna-se um grande oposicionista ao

Governo Provisório (Partido Democrático +
Partido Republicano Paulista);

• Nomeação de João Alberto (Militar Nordestino)

como Interventor no Estado de São Paulo;

• Os Paulistas sentem-se perdendo o protagonismo

político;

• Campanha por novas Eleições para a construção de

uma nova Constituição;

• M.M.D.C. - Martins, Miragaia, Dráusio e

Camargo(23/05/1932): Estudantes de Direito da
Faculdade de Direito do Largo São Francisco (SP)
vão ser assassinados em meio a um enfrentamento
contra um grupo oposicionista aos paulistas – PPP:
Partido Popular Paulista.
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Adesão da Classe Média e de camadas populares
ao movimento Constitucionalista;

• Exigências: nova constituição, nova eleição e, se

necessário, emancipação do Estado de São
Paulo;

• São Paulo financiou todo o movimento

praticamente sozinho, obtendo apoio apenas de
cerca de 100 homens de Bertoldo Klinger
(Militar – MT);

• Líderes: Cívis: Pedro de Toledo e Francisco

Morato; Militares: Isidoro Dias Lopes e Betoldo
Klinger;

• FIESP (Federação das Indústrias do Estado de

São Paulo) – Produzia as armas, mas eram
insuficientes;
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Vargas se distância dos Tenentistas e se
aproxima dos altos oficiais das Forças Armadas;

• Rendição dos paulistas frente a falta de

infraestrutura bélico-militar e a essa
aproximação de Vargas dos altos oficiais das FA;

• Vargas promove novas eleições, visando

conquistar o apoio dos paulistas e obter maiores
poderes;

• Criação do Código Eleitora de 1932: voto

secreto, voto feminino e criação da Justiça
Eleitoral;

• Eleição de Deputados para uma Assembléia

Nacional Constituinte, que vai elaborar a
Constituição de 1934.
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Constituição de 1934:

• Federalismo;
• Presidencialismo (Três Poderes:
Legislativo, Executivo e Judiciário);
• Independência dos 3 poderes;
• Poder Executivo com uma maior ênfase;
• Código Eleitoral de 1932;
• Fim do Cargo de Vice-Presidente;
• Deputados Classistas (representantes dos
Sindicatos) – eleito de forma indireta;
• Divisão da Câmara (04 anos) e Senado (08
anos): número proporcional ao número de
habitantes dos Estados, Senador 3 por
Estado;
• Justiça do Trabalho;
• 2% da população imigrante.
 Governo Provisório (1930 – 1934)
• Constituição de 1934:

• Propriedade Nacional do Subsolo;

• Medidas Nacionalistas e Estatizantes;
• Ensino primário obrigatório e gratuito
(04 anos);
• Incorporação das Leis Trabalhistas;
• O primeiro presidente dessa nova
Constituição seria eleito pela
Assembléia Constituinte e o sucessor
por voto aberto;

• 17/07/1934 – Vargas ganha a Eleição

indireta contra Borges de Medeiros;
• Início do Governo Constitucional.
 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Lutas políticas
internacionais:

• Fascismos e Nazismo x
Comunismo;

• Clima político de
polarização ideológica.
 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Ação Integralista Brasileira
(AIB):

• Movimento de extrema direita

(liderado por Plínio Salgado);
• Apoiado pelas altas camadas
sociais, alto clero, cúpula militar
e parte das camadas médias
descontentes com as oligarquias;
• Estado Ditatorial;
• Nacionalismo Exagerado;
• “Deus, Pátria e Família”;
• Anticomunista.
 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Aliança Nacional Libertadora (ANL):

• Movimento de Esquerda;
• Liderança de Luís Carlos Prestes (Coluna
Prestes);
• Comunismo Soviético;
• ANL nasce dos Tenentistas insatisfeitos com o
Governo Varguista, mas torna-se de Esquerda
com a chegada de Luís Carlos Prestes;
• Terceira Internacional: política de expansão do
Comunismo;
• Partido Comunista Brasileiro integra a ANL;
• Democracia (popular);
• Anti-imperialismo;
• Antivarguista;
• Proteção do pequeno e médio proprietário;
• Antifascistas;
• Forte adesão popular.
Governo Constitucional (1934 – 1937)
 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Resposta do Governo:

• Lei de Segurança
Nacional;

• 11/07/1935 –
Fechamento da ANL e
prisão de seus líderes
(Luís Carlos Prestes e
Olga Benário Prestes).
 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Intentona Comunista (1935):

• Reação do PCB a prisão de Prestes e

a Repressão Policial;

• Natal: Comitê Popular

Revolucionário (Soldados);
• Recife e Olinda: 25/11/1935 (Cabos);
• Rio de Janeiro: 27/11/1935
(Sargentos);

• Repressão rápida e eficaz do

Governo;
• Prisões;
• Decreto de Estado de Sítio.
 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Sucessão Presidencial:

• Armando Sales de Oliveira:

oligarquias paulistas e mineiras e
de parte dos outros estados;

• José Américo de Almeida: setores

do RS, alguns paulistas, governo
de Minas e maioria das
oligarquias nordestinas (pseudo
apoio de Vargas);

• Plínio Salgado: apoiado pela AIB.

 Governo Constitucional (1934 – 1937)
• Plano Cohen:

• Nome do código de um suposto plano comunista para

tomar o poder no país;

• Plano formulado por Mourão Filho, filiado a AIB e

ligado a Vargas;

• Divulgação nos jornais e nos rádios, com a intenção

de criar pânico nas classes dominantes, médias e
camadas populares;

• Congresso decreta Estado de Guerra e o Presidente

adquire poderes Ditatoriais;

• Nova intervenção nos Estados;

• Continuidade de Vargas como “Salvação Nacional”;

• 10/11/1937 – Fechamento do Congresso e Golpe de

Estado.