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PIRÂMIDE COLÉGIO E CURSO

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM

Professora: Enf. PABLO MOABE


EXAME FÍSICO
Vocês sabem o que
é Semiotécnica?
Semiotécnica “é um termo das
ciências da saúde para se referir aos
métodos para identificar os sinais de uma
doença durante um exame físico”.
Semiotécnica “é um campo de
estudo onde estão inseridas as mais
diversas técnicas realizadas pelo
enfermeiro, técnico de enfermagem e
auxiliar de enfermagem”.
EXAME FÍSICO
Generalidades

 Determina sinais vitais, altura, peso, exame de todos os órgãos e


sistemas corporais.

 Segue após a realização da história clínica.

 Utilização dos sentidos: visão, audição, olfato e tato.

 Orienta o plano de assistência.

 Necessita de raciocínio crítico: relação do achado com o quadro geral


do paciente.

 Enquanto realiza exame físico, devemos conversar com o paciente,


explicando todos os passos.
Finalidades

 Identificar áreas em que são necessárias intervenções de enfermagem.

 Ajudar o enfermeiro a planejar e modificar a assistência.

 Estabelecer base para avaliar os resultados das ações.

 Coleta de dados: sistemática, organizada e completa.


Finalidades

 O exame físico deve ser abrangente e serve também:


a) Criar oportunidades para promoção da saúde
b) Aumenta a credibilidade junto ao paciente

 A sequência deve ser planejada visando o conforto do


paciente.
Mas o que é um plano
assistencial?

 É um plano de ação elaborado para ajudar prestar cuidados com


qualidade para o paciente.

 “Planejamento envolve o desenvolvimento de estratégias criadas


para realçar reações saudáveis do cliente ou para prevenir,
minimizar ou corrigir reações não saudáveis ao cliente, identificadas
no diagnóstico de enfermagem.”

FIGUEIREDO, 2002; YEAR, 1993


Exemplo:

DIAGNÓSTICO INTERVENÇÃO APRAZAMENTO RESULTADOS


DE
ENFERMAGEM
Risco de Massagem de 8 Ativar circulação
integridade da conforto
pele prejudicada Hidratação da 8 15 21 Integridade da
pele pele
6 8 10 12 14 Aliviar pressão em
Mudança de 16 18 20 22 áreas de
decúbito compressão
óssea

Data, carimbo e assinatura legível do enfermeiro


Como observar o paciente

 Acuidade mental
Encontra-se alerta, confuso, agitado ou desatento?
 Aparência
Encontra-se asseado e vestido de modo adequado?
 Expressão
Aparenta estar com dor, doente ou ansioso?
 Extremidades
Apresenta anomalias articulares ou edema? Coloração.
Como observar o paciente

 Fala
A fala é tranquila, clara, forte, compreensível e
adequada?
 Idade
Apresenta a idade que tem?
 Movimento
Postura, marcha e coordenação são normais?
Movimenta-se de modo normal?
Como observar o paciente
 Simetria
A face e o corpo são simétricos?
 Tronco
Esguio, obeso ou tórax de barril?

Tonel Escavado
Preparo

 Dispor de algum tempo para ao exame.


 Conversar com o paciente para oferecer segurança.
 Lavar as mãos na frente do paciente e
imediatamente antes do exame físico.
 Pedir para que o paciente urine. Proporcionar
 ambiente tranquilo, iluminado.
 Aquecer os equipamentos e as mãos antes do
exame.
 Determinação de altura e peso.
 Verificação de sinais vitais.
Cuidados importantes

 Proteger o paciente com um lençol, oferecendo


privacidade.
 Só expor a área em que for examinar.
Cuidados importantes

Obedecer a sequência céfalo-caudal.


Cuidados importantes

Seguir os 4 Passos Básicos:

1 - inspeção,
2 - palpação,
3 – percussão,
4 - ausculta.
Inspeção

 Inicia-se no 1º encontro com o paciente e


termina com o exame físico.
 Erra menos quem inspeciona mais.
 Inspeção direta: baseada na visão, na audição e
no olfato.
 Inspeção indireta: uso de material para expor
tecidos internos ou aumentar a visão de uma área
específica.
Quais os achados dessa
Inspeção?
Semiotécnica

 Estática: observa-se somente os contornos

anatômicos.

 Dinâmica: foco centrado nos movimentos do

segmento inspecionado.

 Procurar iluminação adequada (preferir uso da luz

branca). Para cavidades, utilizar lanterna.


Formas de se fazer a inspeção:

● Inspeção frontal: é a técnica de olhar de frente a região a


ser examinada. É o modelo-padrão do procedimento.

● Inspeção tangencial: observa-se de forma tangencial.


Pesquisam-se movimentos mínimos na superfície corporal
(pulsações, abaulamentos, ondulações).
Palpação

● Obtenção de dados a partir do tato (superficial) e pressão


(profundo).
● Tocar o paciente com diferentes partes da mão,
usando graus variados de pressão.
● Lavar as mãos; mantendo-as quentes e unhas curtas.
● Tocar o corpo para sentir pulsações e vibrações, rigidez muscular,
linfonodos aumentados, ressecamento da pele, cabelos,
sensibilidade de órgãos ou caroços na mama.
● Informar sempre ao paciente o que está fazendo e tocando.
Observar durante a palpação

 Textura da pele: irregular ou lisa.


 Temperatura: morno, quente ou frio.
 Umidade: seco, molhado ou úmido.
 Movimento: imóvel ou com vibração.
 Consistência das estruturas: sólido
ou cheio de líquido.
 Parar a palpação no momento que o paciente sentir dor.
Semiotécnica

 Mão espalmada, usando-se toda a palma de uma ou de ambas


as mãos.
 Uma das mãos sobrepondo-se à outra.
 Mão espalmada, usando apenas as polpas digitais e a parte
ventral dos dedos.
 Usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça.
 Dorso dos dedos e das mãos, para avaliar a
temperatura.
Semiotécnica
 Dígito-pressão: com a polpa do polegar
ou do indicador (compressão de uma
área). Objetivo de pesquisar a dor,
detecta edema e/ou avalia circulação
cutânea.

 Puntipressão: objeto pontiagudo,


cortante, para não avaliar
dolorosa. sensibilidade

 Fricção com algodão, com uma mecha,


roçar leve a pele, procurando a
sensibilidade tátil.
Percussão

 Aplicam-se pequenos golpes em determinadas superfícies do


corpo, que responde através de vibrações e sons.
As vibrações possuem características próprias
 dependendo da região anatômica percutida.
Percussão DIRETA

 Direta: golpeia-se diretamente com as pontas dos

dedos a região-alvo. Os dedos devem estar fletidos,

imitando um martelo, e o movimento de golpear deve

ser feito pela articulação do punho.


Percussão Dígito-digital:

1. golpeia-se com um dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal da


segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se
encontra espalmada e apoiada na região de interesse.

2. Também usar a articulação do punho.

3. O cotovelo deve permanecer fletido em um ângulo de 90º e com o braço


em semiabdução.

4. O golpe deve ser dado com a borda ungueal, não com a polpa.
Encontra-se os seguintes sons:
Maciço: regiões desprovidas de ar (músculo, fígado,
coração). Sensação de dureza e resistência.
Submaciço: é uma variação do maciço.
Presença de ar em pequena quantidade.
Timpânico: regiões que contenham ar, recobertas
por membrana
flexível, como estômago e intestino
(sensação de elasticidade).
Claro Pulmonar: especificamente a área pulmonar e depende
da presença de ar nos alvéolos e nas demais estruturas dos
pulmões.
Semiotécnica

 Punho-percussão: A mão deve ser mantida fechada;


golpeia-se a área com a borda cubital.
 Com a borda da mão: dedos estendidos e unidos;
golpeia-se a região desejada com a borda ulnar.
 Por piparote: com uma das mãos golpeia-se o abdome com
piparotes, enquanto a outra mão, espalmada na região
contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a
parede abdominal (pesquisar ascite).
Percussão
Ausculta

 Geralmente é a última etapa.


Campânula
 Audição de diversos sons, vindos da respiração,
do coração e do intestino, com um estetoscópio.

 Diafragma: detectar sons de timbre alto


(ruídos respiratórios e intestinais).

 Campânula: ruídos de timbre baixo


Diafragma
(bulhas cardíacas anormais e ruídos.
 Anotar em prontuário os achados de maneira clara e
objetiva: intensidade, timbre, duração de cada som e a
frequência de sons recorrentes.

Obs: limpar as olivas e as peças terminais com álcool para


evitar a disseminação de infecção.
ESTETOSCÓPIO

Olivas
Campânula

Barra Hastes
reguladora de
tensão

Diafragma

Tubo de
plástico/borracha
Ausculta
Referências

 BARROS , A. L. B. L e cols. Anamnese & exame físico, 2ª edição. Ed.


artmed. 2010.
 CRUZ, A. P. Curso Didático de Enfermagem. Vol I. Ed. Yendis, 2005.
 BICKLEY, L. S. Propedêutica Médica Essencial. Ed. Gen-Guanabara
Koogan, 2010.
 ATKINSON & MURRAY.
Ótimo final de semana.

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