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INSTITUTO POLITECNICO

IBN SINA- GURUÉ

CADEIRA: PEDIATRIA 1

PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E DE ENFERMAGEM EM PEDIATRIA

Estudantes:
Lucia Bertino
Milena da Suzana Curso: TMG 11
Oximetria de Pulso
A oximetria de pulso (SpO2) mede
indirectamente, através de um feixe de luz,
a percentagem de hemoglobina que se
encontra saturada com O2, de forma
contínua e não invasiva. Pode ser
avaliada nos dedos (local mais frequente),
lóbulos das orelhas ou mesmo asas do
nariz.
Usa-se um dispositivo médico chamado oxímetro
de pulso que geralmente está anexado a um
monitor que também mostra a frequência
cardíaca, contudo isso não dispensa uma
avaliação cuidadosa da criança na pesquisa de
pulsos e sinais de dificuldade respiratória como
cianose, taquipneia ou dispneia. Os valores
normais nas crianças são > de 95%.
Apesar de serem confiáveis há situações que
podem interferir com uma correcta leitura do
aparelho, tais como luz ambiente, uso de
telemóveis, má posição e movimentação.
Também nos casos em que há choque,
hipotensão e hiportermia.
Indicações
São usados em todas as crianças com
pneumonia grave, bronquiolite, asma e
insuficiência cardíaca. É também muito útil na
avaliação da oxigenação arterial no RN de alto
risco.

Equipamento Necessário
Usa-se o oxímetro
Técnica
 A criança deve estar deitada em decúbito dorsal.

 Coloca-se o oxímetro na parte distal dos dedos da mão


(geralmente indicador) ou do pé (geralmente dedo
grosso nas crianças pequenas).
 Deve-se fazer a leitura no monitor da saturação de
oxigénio e da FC

Potenciais Complicações
Não tem complicações
Diferentes tipos de Oxímetro
Medição da Glicémia Capilar

A glicémia pode ser avaliada à cabeceira do


doente com teste de diagnóstico rápido,
usando um aparelho portátil denominado
glucómetro.
Indicações
Por permitirem uma estimativa da glicémia
sérica em alguns minutos, está indicado em
casos de suspeita de hiperglicémia, como
acontece em casos de diabetes, ou de
hipoglicémia (situação frequente nos RN
sobretudo os de baixo peso, na infecção por
malária e nas crianças com desnutrição e
crianças em coma e/ou em jejum)
Equipamento Necessário
Glucómetro devidamente calibrado, fitas reactivas
para glucometria, lanceta e bola de algodão. Há
várias marcas de glucómetros, sendo que cada
tipo de glucómetro tem fitas reactivas específicas
provenientes do mesmo fabricador, e que não
servem para usar em outras marcas. As fitas
(testes) devem ser guardadas em locais secos ou
em caixas fechadas pois a humidade deteriora os
reagentes.
Técnica
Por existirem muitas marcas no mercado deve-se ler
com atenção o método de utilização na embalagem ou
folheto antes de se utilizar. Consiste em:
 Puncionar o dedo ou calcanhar da criança (no caso
do RN);
 Introduzir a fita reactiva no local apropriado do
glucómetro (de acordo com as instruções de cada
aparelho), que deve estar devidamente calibrado;
 Colocar uma gota de sangue na fita reactiva e
esperar 30 segundos ou 1 minuto consoante a
marca do Glucómetro e referência adequada
das fitas;
 Fazer a leitura do valor indicado no aparelho

Alternativamente pode-se usar fitas sem glucómetro,


cuja técnica de uso consiste em:
 Após puncionar o dedo e colocar a gota de sangue
no local apropriado, limpar o excesso de sangue e
esperar por um período de tempo (de acordo com
as instruções do fabricador) e verificar a alteração
da cor
 Comparar a cor resultante com a escala impressa
na caixa ou embalagem. O resultado é uma
estimativa da glicose sérica entre 2 a 5mmol/l não
permitindo contudo fazer uma avaliação exacta
Glucómetro e
respectiva fita
reagente

Fita de medição da
Glicemia com escala
de cores impressas
na caixa.
Teste DBS PCR para ADN do HIV
Indicação

O PCR é abreviatura, em Inglês, de Polymerase


Chain Reaction, que significa Reacção em
Cadeia da Polimerase. É um teste viral (identifica
ADN do vírus na circulação sanguínea) e está
indicado para o diagnostico definitivo de infecção
por HIV. Segundo o protocolo nacional, em
Moçambique, está indicado para o diagnóstico de
 Criança exposta ao HIV de 1 a 9 meses de
idade (grupo em que o teste imunológico não
se aplica);
 Criança com idade superior a 9 meses com
teste serológico positivo.
Equipamento Necessário
Kits com o teste de PCR DBS com:
 Papel de filtro, num cartão, para colheita de
sangue e papel de Glicina
 Sacos de plásticos com sistema de selagem e
saquetas dissecantes
 Ficha com identificação da Criança e da US e
código de Barras
Técnica
O PCR é um teste sensível, específico e simples que
pode ser feito com sangue colhido em papel de filtro, que
detecta o ADN do vírus.

Os passos para a realização da técnica do PCR DBS


são:
 Usar as técnicas de assepsia e precaução seguras;

 Etiquetar o cartão com o número de identificação;

 Massajar por uns minutos a área a ser picada;

 Fazer a picada no calcanhar, halux ou dedo da mão da


 Deixar as gotas de sangue cair por gravidade acima de
cada círculo, tendo o cuidado para não ultrapassar os
limites;
 Preencher o círculo uniformemente sem tocar nesses
espaços;
 Aplicar uma bola de algodão ou compressa na área
picada no fim do procedimento;
 Deixar secar por 3 horas ao ar livre numa sala à Tª
ambiente, sem expor ao sol;
 Embrulhar os cartões com papel de Glicina
Passos da Técnica de teste de PCRDBS
Cont...
O local de punção mais apropriado varia de acordo com
a idade ou peso da criança:
 Calcanhar-1-4 meses de idade ou peso <5 Kg
 Halux- 4-10 meses ou peso> 5 Kg
 Dedo da mão-acima de 10 meses ou peso> 10 Kg

Fase 2:
 Colocar dentro do saco plástico com selagem

 Etiquetar o saco plástico

 Introduzir as saquetas dissecantes e cartões de


humidade
 Colocar os sacos plásticos num envelope para
envio ao Laboratório de referência com cuidado
de não deixar dentro das viaturas, ao sol e calor
 Introduzir no envelope

 Selar o envelope e enviar para o Laboratório de


Referência
Potenciais Complicações
Possível infecção no local de punção (rara)

Colheita asséptica de Urina


Indicações

A colheita asséptica de urina é feita quando é


indicado o exame microbiológico (microscópico
e/ou cultural) de urina.
Equipamento Necessário

 Frasco de colheita de urina, estéril.

 Sacos colectores de urina para as crianças que


ainda não controlam os esfíncteres.
 Luvas.

 Bolas de algodão e gaze esterilizada.

 Água e sabão
Técnica
 Lavar as mãos e em seguida a região genital
da criança, igualmente com água e sabão.
 Secar com gaze esterilizada.

 Aplicar o saco colector.

 Nos bebés do sexo masculino o pénis deve


ficar introduzido na abertura do saco e deve
ser aplicado na metade superior do órgão
genital.
 Nas meninas a abertura do saco deve ser aplicada na
metade superior dos órgãos genitais. Na criança mais
velha pode-se também usar a urina do jacto médio
colhida sob condições de assepsia.
 Após a colheita de urina retirar o saco e fechar colando
metade do adesivo da outra metade.
 Se o bebé não urinar no espaço de 30 minutos ou caso
também entrem fezes, o saco deve ser substituído e
todo o procedimento repetido. Lembrar que um bom
resultado de um exame bacteriológico depende de uma
boa colheita e assépsia local
Potenciais Complicações
Não tem complicações
Aplicação de Anestesia Local por
Infiltração
Indicações
A anestesia local por infiltração está indicada quando
existe necessidade de efectuar cirurgias à superfície, de
pequeno ou médio porte, envolvendo pequenas áreas.

Equipamento Necessário
 Seringas de 3 e 5ml

 Agulhas de pequeno calibre e com ponta bisel não romba


de 25 a 27, pelo menos 2
 Luvas de procedimento

 Solução anti-séptica

 Anestésico local: Lidocaína a 1%

 Equipamento de ressuscitação pois apesar de perecer um


procedimento simples pode haver reacções tóxicas e
sistémicas aos anestésicos locais. Deve incluir:
• Cânulas para acesso E.V. de urgência

• Fonte de Oxigénio

• Material ventilatório manual

• Atropina, Adrenalina e anti-convulsivantes


Técnica
 Após manobras de assepsia cobrir a pele com
campo esterilizado para evitar a contaminação
 Aspirar cerca de 1ml de anestésico do frasco
com uma das agulhas (até um máximo de
3mg/Kg)
 Por meio da infiltração de anestésico local da
pele, primeiro a nível superficial, isto é epiderme
e derme, fazendo uma “salsicha”
 Em seguida injectar mais profundamente no
tecido subcutâneo de modo a anestesiar os
bordos da ferida (em casos de suturas) ou da
região que vai ser incisada em caso de abcesso.
A infiltração deve ser restringida somente à área
onde se vai efectuar o procedimento
Potenciais efeitos secundários e
Complicações

 Sonolência

 Reações alérgicas

 Injecções intravasculares (bradicardia ate


paragem cardíaca, hipotensão, choque)
Precauções
 Na anestesia das extremidades, injectar o
anestésico em círculos a nível da base (por ex.
do dedo) e nunca usar a associação lidocaína e
epinefrina devido ao risco de isquemia e
necrose.
 Em caso de abcesso a anestesia da área a ser
incisada pode aumentar o risco de difusão da
infecção.
Imobilização de uma Criança durante um
Procedimento
Indicações:

Quando se vai realizar um procedimento a uma


criança é necessário imobilizá-la, não só para que
seja possível efectuar-se bem o procedimento
como para evitar que a criança se magoe com
instrumentos usados nas técnicas por estar a
mexer-se.
Equipamento Necessário
Usa-se somente 1 lençol ou conta-se com apoio da
mãe/cuidador/assistente. Varia consoante as técnicas.

Técnica
 Uso do Lençol, do seguinte modo:
• Uma das pontas do lençol envolve ambos
os braços atrás das costas (A e B);
• A outra ponta envolve toda a criança (C e
D).
 Apoio da mãe/cuidador/ assistente
 Neste caso a criança fica sentada no colo da
mãe/cuidador/ assistente, que deve imobilizar o
corpo da criança rodeando-a com o braço
esquerdo e com a mão direita deve imobilizar a
cabeça. Esta técnica útil para observação da
boca, ouvidos e olhos

Potenciais Complicações
Não tem complicações
O NOSSO MAIOR VALOR É A
VIDA

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