Projeto para o fabrico

BRAÇO DE
SUSPENSÃO

Jorge Jesus PG47348

Luís Pereira
PG47429
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Índice
Peça selecionada e a sua função
Modelo 3D
Simulações CAE
Processo de Fabrico
Custo de fabrico

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Peça selecionada e a sua função
A peça escolhida pelo grupo foi um braço da suspensão de um Audi A4. Este componente faz parte do
sistema de suspensão do carro que, por sua vez, tem como funções principais maximizar a fricção entre os
pneus e a superfície da estrada durante a aceleração e a travagem, proporcionando assim uma condução
mais estável e mais confortável.

Figura 1 - Sistema de suspensão de um Audi A4 Figura 2 - localização do componente dentro do sistema de suspensão do carro

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Modelo 3D
De seguida estão apresentados o modelo 3D, realizado no software Fusion 360, e as dimensões essenciais
do componente em questão.

Figura 3 - Modelação 3D do componente

Figura 3 - Dimensões do componente

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Simulações CAE – Static Stress
Contextualização

O grupo considerou o cenário de travagem

abrupta a ser simulado no que toca aos
esforços exercidos na peça. Nesta situação a
estrutura do carro exerce uma força em Z, com A B
sentido para baixo, no interior do casquilho da
peça.

Considerou-se que a peça se encontra presa na

extremidade A, podendo esta rodar sobre a
extremidade B, como descrito na imagem a
azul.

Figura 4 - Representação do que acontece ao componente na travagem

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Simulações CAE
Pré processamento 6061-T6 Alumínio
Tensão de cedência 270 Mpa
Material Tensão de rotura 310 Mpa
Selecionou-se a liga de alumínio 6061 Fatigue strength 96 Mpa
Figura 6 - Liga escolhida no Fusion 360
T6 80 Hot Formed, que apresenta as Ponto de fusão 580 °C
seguintes propriedades mecânicas. Densidade 2.7 g/cm3

Figura 7 - Propriedades da liga

Malha
A malha definida foi aquela que se
considerou necessária para se realizar
uma análise fidedigna dos resultados.

Figura 5 - Valores definidos da malha

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Simulações CAE – Static Stress
Pré processamento

Força
Bearing Load no sentido negativo do eixo do Z, no B
ponto B. Definiu-se a Load em 10000N, já que um
sedan de porte semelhante ao Audi em questão pode
suportar até cerca de 800kg num só pneu.

Constrains A
Fixed na base da extremidade A e Pinned na
extremidade B, permitindo rotação apenas num plano Figura 8 - Modelação 3D do braço de suspensão
(ortogonal ao eixo de rotação).

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Simulações CAE – Modal Frequencies
Contextualização

A peça está em contacto direto com a roda e situa-se

na dianteira do carro, sofrendo também vibrações
provenientes do motor.

O motor apresenta rotações entre as 3000 e as 4400

RPM por períodos mais longos, correspondente a
frequências entre as 50 e os 73.33 Hz. Por outro lado,
a roda apresenta uma velocidades angulares de cerca
de 1887 e as 4151 RPM, para as rotações do motor
anteriormente referidas, correspondendo a
frequências de 28.1 e os 69.2 Hz, sendo então estas
as frequências a serem tidas em consideração.

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Simulações CAE
Análise de resultados
O grupo conclui que a peça está bem
dimensionada para os esforços que se
esperam durante o funcionamento normal
do veículo.
Figura 9 - Resultados da simulação de static stress
A peça poderá ter problemas de funcionamento se
mantiver velocidades que produzam frequências que
rondem os 30Hz. A seleção do modo a ter em
consideração foi feita de acordo com aquilo que o
grupo achou que é uma melhor representação das
vibrações sofridas pela peça.
Figura 10 - Resultado da simulação de modal frequencies
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Processo de fabrico
Possibilidade 1: Fundição
Após uma análise dos diferentes processos de fundição, o grupo
considera que o processo mais adequado seria fundição por
gravidade, devido à função que o componente vai desempenhar e
porque uma peça fabricado por fundição injetada não pode sofrer
tratamento térmico, o que irá ser necessário para o braço de
suspensão.
A fundição por gravidade é um processo de fundição no qual a
massa fundida é despejada por uma entrada superior em um
molde permanente de metal – chamado de coquilha, esta é
preenchida unicamente pela força da gravidade. Graças ao molde
ocorre um arrefecimento rápido da massa fundida que acaba por
se solidificar. Isto por sua vez resulta numa textura densa e de
granulação fina com propriedades mecânicas melhoradas, o que é
importante numa peça pertencente ao sistema de suspensão de Figura 11 - Processo de fundição por gravidade

um carro.
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Processo de fabrico
Possibilidade 2: Forjamento
O forjamento é um processo de fabrico que molda uma peça
aplicando forças compressivas sobre ela. Essas forças são
fornecidas através de uma matriz, podendo este ser
considerado frio ou quente.
O processo de forjamento a frio aumenta a resistência de um
metal através do endurecimento por tensão a uma
temperatura ambiente. Pelo contrário, o processo de
forjamento a quente enduresse os materiais por tensão a alta
temperatura, o que resulta numa dureza mais baixa e
ductilidade mais elevada.
Figura 12 - Processo de forjamento a frio

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Processo de fabrico
Considerações finais
Das duas possibilidades mencionadas, o grupo acredita que o processo mais
adequado ao fabrico da peça é o forjamento quente. Alguns aspetos que
levaram à escolha deste processo em vez de fundição por gravidade foram:
 Necessidade de maior resistência mecânica;
 Necessidade de maior ductilidade (para facilitar a maquinagem da peça)
 Ausência de geometrias mais complexas no design da peça.
Se a geometria de peça fosse mais complexa, o fabrico por fundição
facilitaria a sua produção. No entanto a geometria é bastante simples e o
processo de forjamento quente oferece mais resistência e ductilidade à
peça, o que é benéfico para o desempenho da sua função.

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Processo de fabrico
Fabrico real do componente

Como foi dito anteriormente, o grupo considera o

forjamento quente ser um processo traz mais benefícios
para o componente, tendo em conta a função que este
desempenha.
Figura 13 - Saliência presente no componente
No entanto, o grupo apenas conseguiu especular como a
peça é realmente fabricada. Após uma examinação da peça
o grupo notou uma leve saliência (cerca de 0.2mm) em
torno da extremidade mais exterior do componente. Esta
pode ser consequência do processo de forjamento quente,
resultado de material em excesso entre a matriz e o punção
que depois é cortado.

Figura 14 - Processo de forjamento quente

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Processo de fabrico
Tratamento Térmico
No final do componente ser fabricado, seja tanto por fundição ou
por forjamento, será necessário sofrer um tratamento térmico, T6.
Neste tratamento o alumínio é solubilizado e depois envelhecido
artificialmente, potêncializando as propriedades mecânicas e
físicas do metal sem alterar o produto final.

Figura 16 - Tratamento térmico T6

Maquinagem

Por fim o ultimo processo a decorrer é o de maquinagem, porque

independentemente do processo de fabrico anterior, forjamento
ou fundição, é necessário maquinar os seus furos.

Figura 17 - Processo de maquinagem

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Custo do fabrico
Para o fabrico do componente estudado, estão associados Material 0,35€
vários custos, apresentados na tabela. Aquecimento do material ~0.01€
A parte metálica do componente pesa 0.879 kg, sendo de Custos de ferramentas 0,27€
alumínio 6061. O preço considerado para este material foi de Mão de obra ~0,01€
2,28 €/kg.
Total 0,64€

O aquecimento foi considerando o aumento inicial de

temperatura de 20ºC a 730ºC.
Os custos de ferramentas consideraram o custo de um molde a
dividir por volume estimado de peças produzidas.
A mão de obra revela-se praticamente desprezável devido ao
número reduzido de operadores necessários para acompanhar
a produção, por peça.

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