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CAPACITAÇÃO PSE

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

TEMA: Violência de crianças e adolescentes

BETIM – AGOSTO/2016
política pública prevenção acidentes

polícia
violências
abuso violência crime
homem

crianças
doméstica

assistência
agressor saúde
mídia
feridas

idosos mulher cultura de jovem


educação paz estupro
Brasil julgamento
respeito

tratamento direitos

maus tratos
SUS psicológico prazer fé
justiça cuidado
vergonha

drogas
amor profissional cultura
morte Betim de saúde vítima armas
DIREITOS X DEVERES

• Declaração Universal dos Direitos da Criança


(1959)
• Convenção Internacional sobre os Direitos da
Criança (1989)
• Constituição Federal Brasileira (1988)
• Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
cultura, à profissionalização, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

(Constituição Federal, Art. 227 )


A violência e suas consequências negativas sobre a saúde são,
antes de tudo, uma violação dos direitos humanos, não
escolhe classe social, raça, credo, etnia, sexo e idade

Na cabeça de muitos brasileiros, talvez até da maioria, a


melhor educação só se consegue com punição e humilhação;
e persiste a ideia de que é necessária a violência física para
conter a desobediência e a rebeldia dos jovens e das crianças.
A violência é um evento representado por ações ou
ausência delas, realizadas por indivíduos, grupos, classes,
nações, que ocasionam danos físicos, emocionais, morais
e/ou espirituais a si próprio ou a outros.
(OMS e MS)
VIOLENCIA CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

Atos e/ou omissões praticados por pais, parentes ou


responsável em relação à criança e/ou adolescente que
sendo capaz de causar à vítima dor ou dano de natureza
física, sexual e/ou psicológica implica, de um lado, uma
transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, de
outro, numa coisificação da infância.
Isto é, numa negação do direito que crianças e
adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas
em condição peculiar de desenvolvimento.

(UNICEF)
ESTILO DE
VIOLÊNCIA VIDA
MODERNO
VÁRIAS CAUSAS

INDIVIDUAL:
CARACTERISTICAS
INDIVIDUAIS

COMUNITÁRIOS:
RELACIONAIS: VIOLÊNCIA ESCOLAS, LOCAIS DE
FAMÍLIA, AMIGOS TRABALHO, VIZINHANÇA

SOCIAIS: FATORES MAIS


AMPLOS (POLITICAS DE
SAÚDE, EDUCAÇÃO
ECONÔMICAS
NATUREZA
 Violência auto infligida: suicídio, ideação suicida e
tentativas de suicídio;
 Violência interpessoal:
 Doméstica: relação de afeto entre agressor e vítima;
 Comunitária: ocorre no ambiente social (escolas,
locais de trabalho, prisões, asilos...)
 Violência coletiva: âmbitos macro-sociais, políticos e
econômicos, através da dominação de grupos ou do
Estado;
 Violência estrutural: processos sociais, políticos e
econômicos que cronificam a fome, a miséria e as
desigualdades sociais.

(Relatório OMS 2002, Minayo, 2005)


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VIOLÊNCIA
EXTRAFAMILIAR VIOLÊNCIA
COMUNITÁRIA INTRAFAMILIAR
DOMÉSTICA

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VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA

Transgressor de Vítima de
normas sociais e violência na
ser autor de comunidade e na
agressões escola

(Deslandes, 2005)
VIOLÊNCIA DOMESTICA
TIPOS

VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA

NEGLIGÊNCIA
VIOLÊNCIA FÍSICA VIOLÊNCIA VIOLÊNCIA
PSICOLÓGICA SEXUAL
ABANDONO

EXPLORAÇÃO
ABUSO SEXUAL SEXUAL
COMERCIAL
SINAIS E SINTOMAS

 Tem medo excessivo dos pais ou responsáveis;


 Alega causas pouco prováveis para as lesões;
 Fugas do lar; resistência em voltar para casa;
 Baixa auto-estima, considerando-se merecedor das
punições;
 Estado de tensão permanente, esperando que algo ruim
aconteça;
 Comportamento agressivo;
 Isolamento social;
 Carência afetiva;
 Baixo conceito de si próprio;
 Regressão a comportamentos infantis;
 Submissão e apatia;
 Dificuldades e problemas escolares, mas sem limitações
cognitivas e intelectuais;
SINAIS E SINTOMAS

INDICADORES NA FAMÍLIA

 Não há afetividade na relação entre pais e filhos;


 Deprecia a criança, referindo a ela de forma negativa e
com críticas;
 Tem expectativas irreais sobre a capacidade da criança,
exigindo-a em demasia;
 Muitas vezes tem registros de abuso de álcool ou de
drogas;
 Ameaça, aterroriza ou ignora a criança.
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A DENÚNCIA é o nome técnico dado à peça


processual que dá início à ação penal
pública promovida pelo Ministério Público.
Portanto, a acusação, nos referidos casos, é
feita exclusivamente pelo Ministério Público
por meio de denúncia.

A NOTIFICAÇÃO é uma comunicação


obrigatória de um fato. Assim, nos
casos do artigo 269 do Código Penal,
artigo 66 da Lei das Contravenções
Penais, artigo 13 do Estatuto da
Criança e do Adolescente e artigo 19
do Estatuto do Idoso, a comunicação
do fato é feita mediante notificação.
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NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA
ECA

Os artigos 13 e 245 do ECA estabelecem a


obrigatoriedade dos profissionais de saúde ou qualquer
outro profissional de notificar aos Conselhos Tutelares
as situações suspeitas ou confirmadas de maus-tratos
contra crianças e adolescentes.

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NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA

Portaria n°204, de 17 de fevereiro de 2016: Art. 3º A


notificação compulsória é obrigatória para os médicos,
outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos
serviços públicos e privados de saúde, que prestam
assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º
da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.

Violência doméstica e/ou outras violências: notificar à Vigilância em 7 dias


Violência sexual e tentativa de suicídio: notificar à Vigilância em 24 horas

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FICHA DE NOTIFICAÇÃO
DO SINAN

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A ficha de notificação individual deve ser utilizada para
notificação de qualquer caso suspeito ou confirmado de
violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada,
tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil, tortura,
intervenção legal e violências homofóbicas contra as mulheres
e homens em todas as idades.

No caso de violência extrafamiliar/comunitária, serão objetos


de notificação as violências contra crianças, adolescentes,
mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, indígenas e
população LGBT.

Tem como OBJETIVO a articulação e a integração com a rede


de atenção e de proteção integral às pessoas em situação de
violências, visando assim, a atenção integral e humanizada, no
âmbito das políticas de assistência social e do sistema de
proteção e garantia de direitos humanos.
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 No Brasil morreram mais pessoas (192.804) vítimas de
homicídio que nos 12 maiores conflitos armados no mundo
(2004-2007).

 O Brasil tem a 5ª maior taxa de homicídios entre jovens de


15 a 24 anos no mundo;

 A morte por homicídios em homens é quase 12 vezes maior


do que para mulheres;

 O risco de um jovem negro morrer por homicídio é 4 vezes


maior do que um jovem branco;

Mapa da Violência 2013, Ministério da Justiça; Souza, 2013.


 70% dos casos de violência sexual notificados
no SINAN-MS são de crianças e adolescentes;
 50% das notificações há histórico de estupros
anteriores

(Radis 166 – jul/16, FIOCRUZ)


Mortalidade – faixa etária 15 a 24 anos
Betim – 2014-2015

Causa 2014 % 2015 %


Homicídios 104 68,9 93 61,2
Acidentes de transporte 14 9,3 14 9,2
Causa Indeterminada 7 4,6 13 8,6

- Em 2014, 92,3% eram homens e 7,7% mulheres


- 19,2% tinham até 03 anos de estudo e 50,0% até
07 anos de estudo
ABUSO
EXPLORAÇÃO
SEXUAL
SEXUAL

VIOLENCIA SEXUAL
ABUSO SEXUAL

É todo ato ou jogo sexual com intenção de estimular


sexualmente a criança ou o adolescente, visando utilizá-lo
para obter satisfação sexual, em que os autores da
violência estão em estágio de desenvolvimento mais
adiantado que a criança ou adolescente. Esse tipo de
violência ocorre predominantemente no âmbito
doméstico.
EXPLORAÇÃO SEXUAL

Caracteriza-se utilização sexual de crianças e


adolescentes com fins comerciais e de lucro.
Não necessariamente as vítimas são
recompensadas em dinheiro. Pode haver troca
de favores ou fornecimento de mercadorias
(alimentos, roupas, cosméticos, etc.).
EXPLORAÇÃO SEXUAL

O termo “prostituição” é questionado quando se


trata de crianças e adolescentes, uma vez que se
pressupõe que sendo sujeitos em condição
peculiar de desenvolvimento não podem ser
considerados profissionais do sexo, mas sim
como seres prostituídos, abusados e explorados.
ONU – Organização das Nações Unidas
“Manifesto 2000 por uma Cultura
de Paz e Não-Violência” elaborado
durante a celebração dos 50 anos
da Declaração Universal dos Direitos
Humanos em 1998
• Cultura de Paz se constitui dos valores, atitudes e
comportamentos que refletem o respeito à vida, à
pessoa humana e à sua dignidade, aos direitos
humanos (interdependentes e indissociáveis).

• Praticar a não violência ativa;

• Viver em uma Cultura de Paz significa repudiar


todas as formas de violência, especialmente a
cotidiana, e promover os princípios da liberdade,
justiça, solidariedade e tolerância, bem como
estimular a compreensão entre os povos e as
pessoas (UNESCO, 2003).
É POSSÍVEL PREVENIR AS
VIOLÊNCIAS?

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