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FILOSOFIA

UNIDADES I e II
Prof. Ricardo Marinho
O QUE É FILOSOFIA

Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a


existência humana e o saber por meio da análise
racional. Do grego, o termo filosofia significa “amor ao
conhecimento”.
TEMAS ABORDADOS PELA FILOSOFIA

Os principais temas abordados pela filosofia são: a


existência e a mente humana, o saber, a verdade, os
valores morais, a linguagem, etc.

O filósofo é considerado um sábio, sendo aquele que


reflete sobre essas questões e busca o conhecimento
através da filosofia.
CORRENTES E PENSAMENTOS

Dependendo do conhecimento desenvolvido, a


filosofia possui uma gama de correntes e
pensamentos. Como exemplos temos: filosofia cristã,
política, ontológica, cosmológica, ética, empírica,
metafísica, epistemológica, etc.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."


(Maurice Merleau-Ponty)

"A filosofia busca tornar a existência transparente a


ela mesma." (Karl Jaspers)

"Ó filosofia, guia da vida!" (Cícero)

"A filosofia ensina a agir, não a falar." (Sêneca)

"Ciência é o que você sabe. Filosofia é o que você


não sabe." (Bertrand Russell)
DEFINIÇÕES E CONCEITOS

"A filosofia é um caminho árduo e difícil, mas pode ser


percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a
felicidade." (Baruch de Spinoza)

"Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te


servo da filosofia." (Epicuro)

"Filosofia é a batalha entre o encanto de nossa


inteligência mediante a linguagem."( Ludwig
Wittgenstein)

"Fazer troça da filosofia é, na verdade, filosofar."


(Blaise Pascal)
PARA QUE SERVE A FILOSOFIA

Por meio de argumentos que utilizam a razão e a lógica, a


filosofia busca compreender o pensamento humano e os
conhecimentos desenvolvidos pelas sociedades.

A filosofia foi essencial para o surgimento de uma atitude


crítica sobre o mundo e os homens.
Ou seja, a atitude filosófica faz parte da vida de todos os
seres humanos que questionam sobre sua existência e
também sobre o mundo e o universo.
ORIGEM DA FILOSOFIA

A filosofia tem início na Antiguidade, quando surgem as


cidades-estados na Grécia Antiga. Antes disso, o
pensamento, a existência humana e os problemas do
mundo eram explicados de maneira mítica.

Ou seja, as explicações estavam baseadas na religião, na


mitologia, na história dos deuses e, até mesmo, nos
fenômenos da natureza.
MITOLOGIA GREGA

A Mitologia Grega reúne um conjunto de lendas e


mitos que foram criados pelos gregos na antiguidade.

O objetivo principal era de explicar alguns fatos, como


a origem da vida, a vida após a morte, ou até mesmo
os fenômenos da natureza.
ELEMENTOS DA NATUREZA

Os mitos são histórias que explicam a existência de


diversos elementos da natureza, assim como ensinam
sobre o comportamento humano. Essas narrativas e lendas
compõem o imaginário coletivo de um determinado povo.

Formam uma tradição oral, suas histórias são contadas de


geração a geração. Esses relatos fabulosos se
transformam na história das coisas e em uma crença
comum compartilhada por um grupo de pessoas.
ORIGEM DA PALAVRA MITO

A palavra mito possui sua origem no termo grego mythos


que significa "narrativa". Assim, a mitologia pode ser
compreendida como um conhecimento oral que visa
explicar o mundo.

O mito é história contada oralmente composta de seres


fantásticos: heróis, deuses e criaturas mitológicas. Essas
são repletas de ensinamentos e formam um tipo de
conhecimento.
DEFERENÇA ENTRE MITO E FILOSOFIA
SERES MITOLÓGICOS

Seres mitológicos, deuses, animais, plantas,


sentimentos humanos e o que mais for relevante
para determinado povo entrelaçam-se numa teia de
histórias que explicam tudo o que existe no mundo.
FIGURAS MITOLÓGICAS

Heróis: considerados os semideuses, ou seja, filhos de


deuses com humanos. Dos heróis gregos destacam-se:
Perseu, Teseu e Belerofonte.

Ninfas: figuras mitológicas femininas sempre lindas e


alegres e que cuidavam das florestas. Por exemplo, as
Alseídes, ninfas das flores e bosques; as Dríades, ninfas
dos carvalhos; as Nereidas, ninfas da água.
FIGURAS MITOLÓGICAS

Sereias: figuras femininas que cantavam e possuíam corpo


de peixe. Podiam ser representadas com asas e cabeça e
busto de mulher, tal qual as Harpias.

Centauros: seres híbridos e fortes com corpo metade


humano e metade cavalo. Destaca-se Quíron, amigo de
Herácles criado por Cronos.

Sátiros: possuíam um corpo de homem com patas de bode


e chifres. São correspondentes aos faunos da mitologia
romana. Dos sátiros gregos destaca-se: Pã, o Deus dos
bosques.

Górgonas: figuras femininas que possuíam cabelos de


serpentes, por exemplo, a Medusa.
DEUSES GREGOS

Os deuses gregos eram figuras imortais e


antropomórficas. Ou seja, eram deuses com formas
humanas e que também possuíam sentimentos humanos
como o amor, o ódio, a maldade, a inveja, a bondade,
egoísmo, fraqueza.

Os deuses mais poderosos são os Deuses do Olimpo que


viviam no topo do Monte Olimpo, eles são considerados
os principais deuses do panteão grego.
SURGIMENTO DA FILOSOFIA ANTIGA

A Filosofia Antiga surge no século VII a.C. na Grécia Antiga.


A filosofia grega está dividida em três períodos:

•Período Pré-socrático (séculos VII a V a.C.);

•Período Socrático (século V a IV a.C.);

•Período Helenístico (século IV a.C. a VI d.C.).


FILOSOFIA ANTIGA
PROPÓSITO

Compreender, no modelo ateniense de


democracia, a partir da contribuição dos filósofos
clássicos – Sócrates, Platão e Aristóteles – e seus
contemporâneos, o papel dos governantes e
governados naquela sociedade.
CONSOLIDAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO GREGA

Consolidação da civilização grega, ressaltando a figura de


Homero, que viveu possivelmente na Jônia do século IX
a.C (daí a denominação de tempos homéricos para esse
período). Senhores formam a aristocracia de terras, o que
agrava o sistema escravista.

Momento em que os aedos – poetas cantadores –


conservam os acontecimentos concementes ao apogeu de
Micenas, sofrendo modificações em seus conteúdos graças
a acréscimos resultantes do folclore popular, o que leva ao
surgimento da poesia épica grega (período da consciência
mítica da história antiga).
ASSEMBLEIA

A palavra “assembleia” tem origem no termo


grego ekklesia , que também deu origem à
palavra “igreja”. As ekklesiai eram ocasiões em
que os cidadãos atenienses se reuniam para
decidir sobre os assuntos da cidade-Estado – o
que se considerava a ação política por
excelência (aqui no sentido mais restrito do
vocábulo) para os contemporâneos de
Sócrates.
SOFISTAS X FILÓSOFOS

Na democracia ateniense, as capacidades da


oratória e da retórica se valorizaram
extremamente.

Como o debate, o diálogo público e a


discussão eram as maneiras de se portar no
conselho, tornou-se comum que quem
conseguisse se comunicar mais
persuasivamente alcançasse, com facilidade
maior, os objetivos almejados.
SOFISTAS

Quem era eloquente e, ainda assim, bastante proativo


acabava, pela lábia, exercendo cargos políticos, mesmo
sem precisar ser eleito – caso, inclusive, de Péricles, citado
anteriormente.

Por conta disso, alguns jovens atenienses endinheirados


recorriam a um grupo de professores chamados de sofistas
(algo como “sábios”) para que estes lhes ensinassem as
manhas da fala em público.
DIALOGO SOFISTA

Os sofistas afirmavam que “o homem é a medida de


todas as coisas”, como famosamente
disse Protágoras de Abdera, um dos mais famosos
sofistas. Tal frase – uma espécie de resumo
da filosofia sofista – já demostra que o diálogo sofista
era mais concreto.

Há, ao menos, duas formas – uma quase antagônica à


outra – de interpretá-la, e ambas reforçam esse aspecto
mais “pé no chão”
PERÍODO ARCAICO

Período arcaico, em que o desenvolvimento da economia


mercantil e alterações sociais e políticas levam ao
aparecimento do colônias (bases das cidades-estados ou
póleis) que geravam produtos agrícolas e a compra e
venda de mercadorias com outros povos.
PERÍODO CLÁSSICO

Período clássico, marcado pelo impulso nas artes,


literatura e filosofia. A cidade de Atenas atinge seu mais
alto grau de desenvolvimento. Nessa época, viveram os
sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles.
PERÍODO HELENÍSTICO

O Helenismo foi uma época da história compreendida


entre os séculos III e II a.C. no qual os gregos estiveram
sob o domínio do Império Macedônico.

Foi tão grande a influência grega que, após a queda do


Império, a cultura helenística continuou predominando
em todos os territórios anteriormente por eles
dominados.

Entre os séculos II e I a.C., os reinos helenísticos foram


aos poucos sendo conquistados pelos romanos.
ALEXANDRE O GRANDE

A figura de Alexandre, o Grande é um dos principais


traços do referido período. Alexandre foi rei da Macedônia
e também notável conquistador, responsável por formar
um dos maiores impérios do mundo antigo. Até os 16
anos, recebeu orientações de Aristóteles. Ainda jovem,
aos 20 anos de idade, assumiu o trono no lugar de seu
pai, Felipe II.
CIVILIZAÇÃO HELENÍSTICA

A civilização helenística foi o resultado da fusão de


diversas sociedades, principalmente grega, persa e
egípcia.
O movimento expansionista promovido por Alexandre foi
responsável pela difusão da cultura grega pelo Oriente,
fundando cidades (várias vezes batizadas com o nome de
Alexandria) que se tornaram verdadeiros centros de
difusão da cultura grega no Oriente.
PENSADORES HELENÍSTICOS

Os pensadores do período helenístico preocuparam-se


especialmente com a condução da vida humana e com a
busca pela tranquilidade espiritual, que como consequência,
proporcionaria a felicidade.
Principais pensadores: Plotino, Cícero, Zenão e Epicuro
PRINCIPAIS ESCOLAS FILOSÓFICAS

O Estoicismo: que acentuava a firmeza do


espírito, a indiferença à dor, a submissão à
ordem natural das coisas e a independência em
relação aos bens materiais;
O Cinismo: que tinha total desprezo aos bens
materiais e ao prazer;
O Epicurismo: que aconselhava a busca do
prazer.
O Ceticismo que aconselhava a tudo duvidar.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

A filosofia resultou do estabelecimento de uma


organização política, econômica e administrativa que
marcou a civilização grega: a pólis (cidade-Estado).

Discussões em assembleias, no lugar do poder em


torno da realeza que dominou o período homérico,
tornaram-se, então, necessárias, gerando o ideal de
cidadania: a participação pública do cidadão nos
destinos da cidade.

Em formas acessíveis à inteligência, uma ordem


humana estabelecia seus alicerces.
DEMOCRACIA

Heródoto (485 A.E.C.-425 A.E.C.) sugere que houve, sim,


um criador da democracia, conhecido como o pai da
História, por ser seu “inventor”, isto é, aquele que tentou,
pela primeira vez, escrever fatos históricos de maneira
mais próxima de como ocorreram – apesar
de todas as liberdades que tomou.

Heródoto credita essa façanha a Clístenes (565 A.E.C.-492


A.E.C.), membro de uma proeminente família da região.
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICOS

O período Pré Socrático é aquele no qual


surgem os primeiros filósofos e
os primeiros trabalhos de filosofia, entre
os séculos IX e VI a.C.
PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES

O Período Pré-Socrático relata as primeiras


manifestações de vida inteligente, a origem do
entendimento e da separação entre alma e corpo.
Identifica as primeiras preocupações com objetividade,
racionalidade e subjetividade.
PRINCIPAIS CORRENTES

Todas as correntes apresentam como característica


principal a busca pela compreensão dos fatos,
acontecimentos e elementos a partir das questões naturais.
ESCOLA JÔNICA

Seus pensadores buscavam as explicações


para o surgimento do mundo e de todas as
matérias a partir de um único elemento
fundamental, chamado arché.

653 a 546 a.C 610 a 547 a.C. 588 a 524 a.C. 535 a 475 a.C.

TALES ANAXIMANDRO ANAXÍMENES HERÁCLITO

Água Ápeiron Ar Fogo


ESCOLA PITAGÓRICA

Seus pensadores entendiam que a


matemática e os números eram os elementos
responsáveis pela essência das coisas.

570 a 490 a.C. 470 a 385 a.C. 428 a 347 a.C.

PITÁGORAS FILOLAU ÁRQUITAS


ESCOLA ATOMISTA

Seus pensadores desenvolveram a


ideia de que a junção de vários
átomos, é que formam os objetos.

LEUCIPO DEMÓCRITO

457 a 370 a.C. 460 a 370 a.C.


ESCOLA ELIÁTICA

Seus pensadores concentram-se na comparação


entre o valor do conhecimento sensível e o
do conhecimento racional.

510 a 470 a.C. 570 a 475 a.C. 488 a 430 a.C.

PARMÊNIDES XENÓFAN ZENÃO


ES
(VERDADE ÚNICA) (TERRA E ÁGUA) (PARADOXOS)
TALES DE MILETO

Tales (c. 624-546 a.C.) nasceu na cidade de Mileto, na


Grécia antiga. Tales é considerado o primeiro filósofo. Sua
obra tem como objetivo buscar explicações racionais para o
universo, dando início à filosofia.

Se dedicou também à matemática, criando o teorema que


leva seu nome (Teorema de Tales), no qual demonstra
relações de proporcionalidade de um feixe de retas paralelas
cortadas por transversais.
ANAXIMANDRO DE MILETO

Discípulo de Tales nascido em Mileto, para Anaximandro


(610 a.C. - 547 a.C.), o princípio de tudo estava no
elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria
infinita.

De onde as coisas têm seu nascimento, ali também


devem ir ao fundo, segundo a necessidade; pois têm de
pagar penitência e de ser julgadas por suas injustiças,
conforme a ordem do tempo.
ANAXIMENES DE MILETO

Discípulo de Anaximandro nascido em Mileto, para


Anaxímenes (588 a.C. - 524 a.C.), o princípio de todas
as coisas estava no elemento ar.

Como nossa alma, que é ar, nos mantém unidos,


assim um espírito e o ar mantêm unido também o
mundo inteiro; espírito e ar significam a mesma coisa.
HERÁCLITO DE ÉFESO

Heráclito de Éfeso (540-470 a.C.), o Obscuro, foi um filósofo


grego que desenvolveu sua filosofia tomando como base o
tempo.

De acordo com Heráclito, todas as coisas estão situadas no


tempo e, desse modo, tudo está em movimento, tudo está em
constante modificação. O que é novo, envelhece; o que está
vivo, morre; a semente vira árvore; o bebê vira um idoso.
PITAGORAS DE SAMOS

Filósofo e matemático nascido na cidade de Samos.


Pitágoras (570 a.C. - 497 a.C.) afirma que os números
foram seus principais elementos de estudo e reflexão,
do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”.
XENÓFANES DE CÓLOFON

Nascido em Cólofon, Xenófanes (570 a.C. - 475 a.C.) foi


um dos fundadores da Escola Eleática, se opondo
contra o misticismo na filosofia e o antropomorfismo.

Enquanto eterno, o ente também é ilimitado, pois não


possui começo a partir do qual pudesse ser, nem fim,
onde desapareça.
PARMÊNEDIS DE ELÉIA

Discípulo de Xenófanes, Parmênides (530 a.C. - 460


a.C.) nasceu em Eléia. Focou nos conceitos de
“aletheia” e “doxa”, onde o primeiro significa a luz da
verdade, e o segundo, é relativo à opinião.

O ser é e o não ser não é.


ZENÃO DE ELÉIA

Discípulo de Parmênides, Zenão (490 a.C. - 430 a.C.)


nasceu em Eléia. Foi grande defensor das ideias de
seu mestre filosofando, sobretudo, acerca dos
conceitos de “Dialética” e “Paradoxo”.

O que se move sempre está no mesmo lugar agora.


DEMÓCRITO DE ABDERA

O átomo, durante séculos, foi uma abstração da


filosofia. Apenas em 1661, o cientista Robert Boyle
desenvolveu a teoria de que a matéria fosse composta
de átomos

Nascido na cidade de Abdera, Demócrito (460 a.C. -


370 a.C.) foi discípulo de Leucipo. Para ele, o átomo (o
indivisível) era o princípio de todas as coisas,
desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”.

Nada existe além de átomos e do vazio.


PERÍODOS DDA FILOSOFIA GREGA
SÓCRATES

Na história da filosofia, Sócrates serve como o divisor


do pensamento, com ele as questões da natureza e
principio das coisas, mudam para a questão do
indivíduo, ou seja, o ser da polis.

Ateniense, Sócrates nasceu por volta do ano 470 a.C.


Filho de pais humildes dedicou-se ao estudo da
filosofia e à meditação, mesmo sem qualquer
recompensa financeira.
OBRAS DE SÓCRATES

Mas é difícil falar sobre Sócrates, não há registro de


suas obras. Não escreveu nada sobre suas ideias, tudo
que se sabe sobre seu pensamento foi transmitido
pelos seus discípulos Platão e Xenofonte.

Platão foi o responsável por disseminar a imagem de


Sócrates como sendo um homem que andava pelas
ruas e praças de Atenas, perguntando a cada um
sobre ideias e valores que os gregos acreditavam e
julgavam conhecer.
SÓCRATES E OS SOFISTAS

Sócrates é conhecido por ter se rebelado contra os


sofistas, dizendo que esses não eram filósofos.
Acusou-os de corromper o espírito dos jovens, ao fazer
o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade.

Os sofistas vendiam suas habilidades de oratória para


os cidadãos. Defendiam a opinião de quem pagasse
melhor, introduzindo a ideia de que a verdade nasce do
consenso entre os homens.
OPOSITORES E DISCÍPULOS

O filósofo também teceu severas críticas à forma como a


democracia ateniense implantada, bem como a aspectos
da cultura grega, crenças religiosas e costumes.
Passaram a ver o filósofo como uma ameaça ao
funcionamento da sociedade grega vigente na época.

Os jovens, por outro lado, passaram a seguir Sócrates,


constituindo um grupo de discípulos. Não demorou muito
para que Sócrates fosse acusado de subversão da ordem,
corrupção da juventude e um profanador das crenças
gregas. Foi condenado a beber veneno e ficou preso por
cerca de um mês, até sua morte, em 399 a.C.
PÓS-SOCRÁTICOS

Dentro de um contexto histórico do final da hegemonia


política e militar da Grécia, o período Pós-Socrático vai
do final do período clássico até o começo da Era Cristã.
Dentro deste período, desenvolveram-se algumas
correntes de pensamentos.

Os pensadores seguidores doceticismo acreditavam


que a dúvida deveria ser constante, uma vez que não se
pode conhecer nada de forma exata e completamente
segura.
PERÍODO PLATÔNICO

Corresponde aos anos que Aristóteles permaneceu


na Academia (367-348/7 a.C), nome da escola
fundada por Platão em Atenas (ali ensinava-se
dialética, encontrando-se o saber por constantes
questionamentos, o que trouxe para o termo
Academia, desde então, a acepção de local onde o
saber não apenas é ensinado, mas produzido).
PRIMEIRA OBRA

Uma primeira obra desse período é o Eudemo (352 a.C,


aproximadamente), em que mantém as teses
características do platonismo: a existência do mundo das
idéias separadas, a substancialidade da alma, a
imortalidade e a transmigração.

A esse período pertenceriam também diálogos que se


relacionam com o livro I da Metafísica, bem como partes
mais antigas dos textos de lógica.
MITO DA CARVERNA

• Como a filosofia pode curar a cegueira através da reflexão


• Capítulo 7 do livro a república e Sócrates era o
protagonista
• Havia o fascínio das imagens
• Vida e ilusão: ao contemplar as coisas
LIÇÕES DO MITO DAS CAVERNAS

• As coisas matérias são sombras


• Ficar no centro da caverna é mais fácil
• A luz cria o incômodo
• Habituar-se para contemplar o mundo
• Devolver o bem que recebeu
ENTENDENDO A ÉTICA ARISTOTÉLICA
PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Aristóteles critica as doutrinas platônicas, nomeadamente


a teoria das idéias transcendentes, dos números ideais e
da eternidade do mundo tal como Platão desenvolveu no
Timeu, e revisa suas próprias concepções, esboçando já
um pensamento original.

A composição dos livros da Metafísica aparece em três


séries: (primeira) – dominada pelo conceito da Filosofia
como ciência de substâncias transcendentes e supra-
sensíveis, mas iniciando já uma crítica do platonismo;
(segunda) – a Filosofia entendida como ciência de um
ser suprasensível, contraposta à Física que versa sobre
os seres sensíveis; (terceira) – a Filosofia primeira
possuindo como objeto o ser enquanto ser, em toda a
sua amplitude.
PERÍODO ARISTOTÉLICO

Corresponde à segunda estância em Atenas, quando o


Liceu é fundado (335-323 a.C). Aristóteles chega à
formulação do seu próprio sistema, ainda que conserve
alguns traços do platonismo inicial. Relega a Filosofia a
um segundo plano, ocupando-se preferencialmente de
estudos sobre as ciências naturais, em que se
ressaltam a valorização do que é empírico, ou seja, o
mundo concreto dos seres viventes.
A HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL
Os Conceitos de “cidade” e “justiça” em Santo
Agostinho;
as Características Das Virtudes Morais Cardeais
Segundo Santo Tomás de Aquino;

Novidade na Concepção de Lei no Nominalismo


e na Escola Ibérica em Relação ao Pensamento
Agostiniano e Tomista
A FILOSOFIA PARA OS CRISTÃOS

Era o evangelho de Cristo, que na fé, é a própria


sabedoria em pessoa. Assim como para os
teólogos católicos, a filosofia é um instrumento
capaz de auxiliar a razão iluminada pela fé, e
conceituar os mistérios revelados
FILOSOFIA MEDIEVAL E A RELIGIÃO

A filosofia medieval foi desenvolvida na Europa durante o


período da Idade Média (séculos V-XV). Trata-se de um
período de expansão consolidação do Cristianismo na
Europa Ocidental.

A filosofia medieval tentou conciliar a religião com a


filosofia, ou seja, a consciência cristã com a razão
filosófica e científica.
FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA MEDIEVAL

• O fato do mundo ter um inicio de sua marca na


própria ciência
• Valorização do mundo visível e da matéria
• Supervalorização do ser humano
• Valorização da mulher, criança e escravos
• Valorização do tempo e da história
• Incremento da não de memória
• Incremento da investigação entre bem e o mal
• Lei da consciência
CULTURA MEDIEVAL

A Cultura Medieval é um conjunto de


manifestações filosóficas, literárias, religiosas,
científicas, que mistura fatores das culturas
greco-romanas e germânicas, numa síntese
permeada por aspectos cristãos.
EDUCAÇÃO MEDIEVAL E ESCOLÁSTICA

De partida, vale destacar que somente uma minoria da


população medieval sabia ler e escrever, posto que, via de
regra, somente os filhos da nobreza estudavam.
De toda forma, na maior parte do período medieval,
o latim foi à língua oficial, especialmente no que tange à
escrita. Sua versão oral suportava uma forma menos culta.
PARTICIPAÇÃO DOS FILÓSOFOS

Muitos filósofos dessa época também faziam parte do


clero ou eram religiosos. Nesse momento, os grandes
pontos de reflexão para os estudiosos eram: a
existência de Deus, a fé e a razão, a imortalidade da
alma humana, a salvação, o pecado, a encarnação
divina, o livre-arbítrio, dentre outras questões.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

As principais características da filosofia medieval são:

- Inspiração na filosofia clássica (Greco-romana);


- União da fé cristã e da razão;
- Utilização dos conceitos da filosofia grega ao
cristianismo;
- Busca da verdade divina.
FEUDALISMO

Sistema sócio-político-econômico, baseado nas relações


servos contratuais de produção, típico da Idade Média,
principalmente na Europa Ocidental e que surge em
resposta á crise do escravismo.

Feudo – latim: feudum é a terra ou uma fonte de renda


concedida por um suserano ao vassalo, em troca de
fidelidade e ajuda militar.
CARACTERÍSTICAS DO FEUDALISMO
FEUDALISMO

Sistema sócio-político-econômico, baseado nas relações


servos contratuais de produção, típico da Idade Média,
principalmente na Europa Ocidental e que surge em
resposta á crise do escravismo.

Feudo – latim: feudum é a terra ou uma fonte de renda


concedida por um suserano ao vassalo, em troca de
fidelidade e ajuda militar.
IDADE MÉDIA

ALTA IDADE MÉDIA BAIXA IDADE MÉDIA


(Século V a IX) (Século X a XV)
Invasões Bárbaras Cruzadas
Descentralização Política Renascimento comercial
Ruralização da sociedade Ressurgimento urbano
Formação do feudalismo Crise do Feudalismo
Consolidação da Igreja Surgimento da Burguesia

ANTIGA I D A D E M É D I A MODERNA
476 dC 1453
Queda do Império Romano do Ocidente Queda de Constantinopla
O PAPEL DA IGREJA

E é em torno desse aspecto que compreendemos o


papel da Igreja. Ela tornou-se a maior proprietária de
terras no período feudal. Através de doações de fiéis,
incluindo nobres e reis, ela passou a possuir quase a
metade de todas as terras da Europa Ocidental.
Bispos e abades detinham os mesmos privilégios que
condes e duques na estrutura feudal.
SANTO AGOSTINHO

Aurelius Augustinus (Aurélio Agostinho), mais


conhecido como Santo Agostinho de Hipona, foi
o patrono da ordem religiosa agostiniana e um dos
responsáveis pela concepção do pensamento
cristão medieval e da filosofia patrística.
TEÓLOGO E FILÓSOFO

Foi também bispo, escritor, teólogo, filósofo, além, de ter


testemunhado acontecimentos históricos de primeira
ordem, tal como o fim da antiguidade clássica e a invasão
de Roma pelos visigodos.
Agostinho é considerado ‘Santo’ tanto pela Igreja
Católica quanto pela Anglicana e, mesmo para os
protestantes e evangélicos, é referência na história
eclesiástica com seus escritos e ditos.
CIDADE DE DEUS

A obra Cidade de Deus defende uma sociedade


que se forma a partir do amor e vários
indivíduos unidos pelo mesmo objetivo
SÃO TOMÁS DE AQUINO

Considerado o "Príncipe da Escolástica", foi um


importante filósofo e padre italiano da Idade Média,
intitulado Doutor da Igreja Católica, em 1567.

Tomás de Aquino nasceu em 1225, em Aquino, uma


comuna italiana, no Castelo de Roccasecca.
Filho do Conde Landulf de Aquino, teve uma influente e
apropriada educação.

Estudou na abadia de Roccasecca, no Mosteiro da


Ordem de São Bento de Cassino. Mais tarde, ingressou
na Universidade de Nápoles, na Cátedra “Artes
Liberais”.
FILOSOFIA DE SÃO TOMÁS DE AQUINO

Inspirado nas ideias do filósofo grego Aristóteles (384


a.C.-322 a.C.), o trabalho de São Tomás de Aquino
esteve pautado no realismo aristotélico, em detrimento
dos seguidores de Santo Agostinho, inspirados no
idealismo de Platão.

Por isso, Aquino foi um dos pensadores mais destacados


desse período, defensor da filosofia escolástica, método
cristão e filosófico, pautado na união entre a razão e a fé.
ÉTICA PARA TOMÁS DE AQUINO

A ética construída por Tomás de Aquino está


fundamentada no pensamento metafísico. Para
ele, como para toda tradição clássica,
a Ética tem como fundamento necessário uma
metafísica, e a estrutura inteligível do agir
humano repousa na continuidade entre o
especulativo e o prático
PODER E RIQUEZA

No início do feudalismo, a Igreja assumiu um papel


tanto dinâmico, ao preservar muito da cultura romana,
quanto progressista, pois incentivou a educação, ajudou
pobres, desamparados e doentes.

Enquanto os nobres dividiam suas propriedades,


atraindo mais simpatizantes, a Igreja tornava-se mais
rica, de tal modo que suas posses tenderam a superar a
sua função espiritual.

Segundo alguns historiadores, ela não realizou tudo o


que sua riqueza permitia. Ao mesmo tempo que
suplicava ajuda dos que possuíam mais dinheiro,
economizava dos seus próprios recursos.
O CLERO E A NOBREZA

O clero e a nobreza ocupavam o lugar de classes


governantes, controlando as terras e o poder que daí
provinha, prestando proteção militar. A Igreja fornecia
auxílio espiritual. Ela se aproveitava do fato da religião
garantir ao longo do período feudal uma certa unidade
social, pois a política dela dependia como instituição que
defendia a religião, exercendo forte poder espiritual e
centralizando integralmente a vida intelectual.

Justo sob essas circunstâncias, podemos entender de


que modo a moral concreta, efetiva ou ética, permanece
impregnada “de um conteúdo religioso que encontramos
em todas as manifestações da vida medieval
CÓDIGO MORAL NA SOCIEDADE

Período medieval

A forma no período medieval as ações morais religiosas


são disseminadas socialmente, divulgando a atmosfera
de uma unidade espiritual entre os homens e Deus,
apesar do enriquecimento crescente da Igreja pela
aquisição de feudos.
GUILHERME DE OCKHAM

Guilherme de Ockham e o conceito de Liberdade

O homem teria o direito de decidir o seu fim e a


sociedade não deveria impor nada a ele. Para a
ética, a liberdade é o assunto por excelência. A
liberdade é muito importante para a ética, porque
se ocupa do livre arbítrio, da finalidade de nossa
vida e existência.

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