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Avaliação e Tratamento de Feridas - Sienf - 2018
Avaliação e Tratamento de Feridas - Sienf - 2018
de Feridas
Reflexão!
Anatomia da Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano, tendo com principais funções: proteção contra infecções, lesões ou
traumas, raios solares e possui importante função no controle da temperatura corpórea.
Enf. Levy Braga
Introdução
Conceitos
Curativo
A lesão deve ser mantida úmida quando o objetivo é o tratamento e o auxílio no processo de cicatrização;
entretanto, nos locais de inserção de dispositivos invasivos a umidade é um fator de risco para a colonização
ou infecção bacteriana (FERREIRA et al. 2006).
Obs.: quando o paciente apresentar mais de uma lesão, a realização dos curativos deve seguir a mesma
orientação para o potencial de contaminação: do menos contaminado, para o mais contaminado.
Enf. Levy Braga
Tipos de Lesões
Corto contusas: produzidas por ação contundente de um objeto rombo, caracterizam-se por traumatismo das
partes moles, hemorragias e edemas.
Lacerantes: apresentam margens irregulares, como as produzidas por caco de vidros ou arame farpado.
Perfurante: causadas por arma de fogo ou arma branca. Produzem pequena abertura na pele, porém podem
atingir camadas teciduais profundas ou órgãos.
Tipos de Lesões
Feridas cirúrgicas: provocadas por instrumentos cirúrgicos, - Incisivas: perda mínima de tecidos.
com finalidade terapêutica, podem ser: - Excisivas: remoção de áreas de pele.
LIMPAS-CONTAMINADAS:
Lesões com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação
significativa.
CONTAMINADAS:
Lesão ocorrida com tempo maior que 6 horas (trauma x atendimento), sem sinal de infecção.
INFECTADAS:
Presença de agente infeccioso no local e lesão com evidencia intensa de reação inflamatória
e destruição de tecidos, podendo haver inclusive presença de pus.
Enf. Levy Braga
Fases da Cicatrização
FASE INFLAMATÓRIA: reação local não específica a danos teciduais ou invasões por microrganismos.
Seu início é imediato e a duração é 3 a 5 dias.
Tem a função de ativar o sistema de coagulação, promover o debridamento da ferida e a defesa contra
microrganismos.
São sinais de inflamação: rubor, calor, edema e dor (sinais flogísticos).
Quanto maior a área da ferida, maior será a duração desta fase.
Enf. Levy Braga
Fases da Cicatrização
FASE DE EXSUDAÇÃO: ou fase de limpeza inicia-se imediatamente após o aparecimento da ferida. Nesta
fase o organismo inicia a coagulação, limpa aferida e protege-a da infecção; os tecidos danificados e os
germes são removidos (fagocitose).
FASE DA REPARAÇÃO (Epitelização): fase de cobertura da ferida pelas células epiteliais. As bordas da
ferida deslocam-se para o centro e a ferida fica gradualmente coberta de tecido epitelial. À medida que a
ferida se contrai o tecido vai se formando, o processo de cicatrização fica concluído.
FASE DE MATURAÇÃO: leva um ano nas feridas fechadas e mais nas feridas abertas. Nessa fase diminui
a vascularização, o colágeno se reorganiza, o tecido de cicatrização se remodela e fica igual ao normal.
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Tipos de Cicatrização
Tipos de Cicatrização
Cicatrização de terceira intenção: a ferida é deixada aberta para realizar lavagens, retirada de debris e
antibioticoterapia. Posteriormente, a ferida pode ser fechada através de suturas, enxertos e retalhos.
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Lesão Por Pressão Estágio 1 - Pele íntegra com área de eritema que não embranquece e que pode parecer
diferente em pele de cor escura. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha, essas
podem indicar dano tissular profundo.
Lesão Por Pressão Estágio 2 - Perda de pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da
ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta
(preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido
de granulação, esfacelo e escara não estão presentes.
Lesão Por Pressão estágio 3 - Perda de pele em sua espessura total na qual o
tecido adiposo é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole
(lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e/ou escara pode estar
visível. Podem ocorrer descolamento e túneis. Não há exposição de fáscia,
músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso.
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Lesão Por pressão Estágio 4 - Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou
palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e/ou escara pode estar
visível, Descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente.
Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la
como Lesão Por Pressão Não Classificável.
Lesão Por Pressão Tissular Profunda (LPTP) - Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de
descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que
mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.
A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular e resolver sem perda tissular.
Lesão Por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico - É resultante do uso de dispositivos criados e
aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente apresenta o padrão
ou forma do dispositivo. Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões por
pressão.
Lesão Por Pressão em Membranas Mucosas - É encontrada quando há histórico de uso de dispositivos
médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser categorizadas.
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Escolha?
4
Enf. Levy Braga
- se!
bre
m
Le
Enf. Levy Braga
Desbridamento
Sempre que houver tecido desvitalizado na lesão, o desbridamento deverá ser executado (Médicos,
Enfermeiros).
- Necrose de granulação: é caracterizado pela presença de crostas escuras.
Tipos de necrose:
- Necrose de liquefação: é caracterizada pelo tecido amarelado ou esverdeado ou
quando apresenta infecção ou presença de exsudato purulenta.
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Desbridamento
Tipos de desbridamento:
Desbridamento
Para a escolha de um curativo adequado, é essencial uma avaliação criteriosa da ferida e o estabelecimento de
diretrizes terapêuticas adequadas.
Para atingir um bom resultado em termos de cicatrização, é preciso observar em especial quatro princípios,
sendo necessário que cada um deles apresente um status adequado para que seja possível a progressão do
processo cicatricial.
Escolha do melhor
tratamento
Enf. Levy Braga
AVALIAÇÃO DE FERIDAS
Na avaliação do paciente devemos lembrar 03 fatores que interferem na cicatrização:
2- Mensuração. 6- Exsudato.
Mecanismo de ação: mantém a ferida úmida, favorece a formação do tecido de granulação, amolece os
tecidos desvitalizados, estimula o desbridamento autolítico e absorve exsudato.
Contraindicação: feridas com cicatrização por primeira intenção e locais de inserção de drenos e cateteres.
Modo de usar: Limpar a ferida com soro fisiológico a 0,9% por irrigação; Manter a gaze
úmida em contato com todo leito da ferida; Ocluir com curativo secundário seco estéril e
Fixar.
Composição: Óleo vegetal composto por ácido linoleico, caprílico, vitamina A, E e lectina de soja.
Indicação: Prevenção de Lesão Por Pressão e tratamento de feridas abertas não infectadas.
Periodicidade de troca: Sempre que o curativo secundário estiver saturado ou no máximo 24 horas.
Mecanismo de ação: Tem propriedade desbridante. O contato da fibra com o exsudato da lesão formara um
gel suave, não aderente, que mantém o meio úmido ideal para a cicatrização.
Indicação: Feridas abertas, altamente exsudativas, com ou sem infecção, deiscências até a redução do
exsudato. Pode ainda ser usado para preencher espaços mortos, como cavidade e fístulas.
Periodicidade: A troca deverá ser determinada de acordo com a quantidade de exsudato. Em caso de feridas
infectadas a troca deve ser realizada a cada 24 horas, e em feridas limpas, com sangramento, a troca deve ser
a cada 48h. Dependendo da exsudação. A cobertura secundária sempre que estiver saturada.
Enf. Levy Braga
Composição: Camada externa: espuma de poliuretano e a camada interna: com gelatina pectina e
carboximetilcelulose sódica.
Indicação: Prevenção e tratamento de feridas abertas não infectadas, com leve exsudação, prevenção de
Lesão Por Pressão e ainda em áreas necróticas ressecadas (escaras).
Modo de usar: Escolher o hidrocolóide com diâmetro que ultrapasse a borda por pelo menos 3 cm,
pressionar firmemente e massagear a placa para uma perfeita aderência.
Periodicidade de troca: Trocar a placa sempre o gel extravasar, o curativo de deslocar e/ou no máximo a
cada 07 dias.
Composição: Cobertura estéril, macio, constituído por espuma de poliuretano hidrofílica revestida por um
filme de poliuretano semipermeável.
Mecanismo de ação: A espuma é responsável por impedir a passagem de água, enquanto que o filme de
poliuretano impede a passagem de bactérias.
Indicação: Lesões com exsudato moderado a intenso, como: úlceras, deiscência e traqueostomia.
Composição: Possui uma cobertura composta de uma almofada contendo um tecido de carvão ativado cuja
superfície é impregnada com prata, que exerce uma atividade bactericida.
Mecanismo de ação: possui um alto grau de absorção e eliminação de odor das lesões. A prata exerce função
bactericida, complementando a ação do carvão, o que estimula a granulação e aumenta a velocidade da
cicatrização.
Enf. Levy Braga
Modo de usar: irrigar o leito da LPP com soro fisiológico a 0,9%; remover o exsudato e tecido desvitalizado,
se necessário; colocar o curativo de carvão ativado e usar a cobertura secundária.
Periodicidade de troca: É uma cobertura primária, com uma baixa aderência, podendo permanecer de três a
sete dias quando a LPP não estiver mais infectada. No início, a troca deverá ser a cada 24 ou 48 horas,
dependendo da capacidade de absorção.
Enf. Levy Braga
Mecanismos de ação: o íon prata causa precipitação de proteínas, age diretamente na membrana
citoplasmática da célula bacteriana e tem ação bacteriostática residual, pela liberação desse íon.
Contraindicação: hipersensibilidade.
Modo de usar: lavar a LPP com soro fisiológico a 0,9%, remover o excesso
do produto e tecido desvitalizado. Espalhar uma fina camada (5 mm) do
creme sobre as gazes 38 Série Cuidados Paliativos e aplicá-las por toda a
extensão da lesão. Cobrir com cobertura secundária, de preferência estéril.
Enf. Levy Braga
Mecanismo de ação: necrólise, ou seja, degradação seletiva do colágeno nativo no assoalho da ferida.
Modo de usar: lavar a ferida com soro fisiológico a 0,9%, secar a pele ao redor, aplicar uma fina camada de
pomada diretamente na área a ser tratada, colocar gaze de contato úmida e gaze de cobertura seca, ocluir com
adesivo.
Referências
RODRIGUES, D.F.; MENDES, F.F.; DIAS, T.A. et al. O programa Image j como ferramenta de análise morfométrica
de feridas cutâneas. Encicl. Biosfera, v.9, p.1955-1963, 2017.
JORGE, Silvia Angélica, DANTAS, Sonia Regina Pérez Evangelista. Abordagem
Multiprofissional do Tratamento de Feridas. São Paulo: Atheneu, 2003.
FERREIRA, MC, TUMA JR. P, CARVALHO VF, KAMAMOTO F. Feridas complexas. Clinics. 2006;61(6):571-8.
MORAES JT, BORGES EL, LISBOA CR, CORDEIRO DC, ROSA EG, ROCHA NA. Conceito e classificação de
lesão por pressão: atualização do National Pressure Ulcer Advisory Panel. Rev Enferm Cento Oeste Min.
2016;6(2):2292-306.
CONVATEC. Aquacel Ag. [citado 2006 Fev 08]Disponível em URL: www.convatec.com.br.
COLOPLAST. Biatan. Disponível em: www.coloplast.com.br.
CURATEC. Urgo. Disponível em: www.curatec.com.br.
CREMMER. Hidrocoloide. Disponível em: www.portal.cremmer.com.br .
Enf. Levy Braga
VAMOS PRATICAR!
Enf. Levy Braga
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