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Curso de Tratamento

de Feridas

ENF. LEVY BRAGA 2021


Enf. Levy Braga

Reflexão!

- Não espere por oportunidades extraordinárias.


Agarre ocasiões comuns e as faça grandes.
Homens fracos esperam por oportunidades;
homens fortes as criam!
Enf. Levy Braga

Anatomia da Pele
 A pele é o maior órgão do corpo humano, tendo com principais funções: proteção contra infecções, lesões ou
traumas, raios solares e possui importante função no controle da temperatura corpórea.
Enf. Levy Braga

Introdução

RESOLUÇÃO COFEN Nº 501/2015 (Competência para


Tratamento de Feridas).

RESOLUÇÃO COFEN Nº 567/2018 (Regulamentação da Atuação da


Equipe de Enfermagem no Cuidado aos Pacientes com Feridas).
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Conceitos

 FERIDAS: qualquer interrupção na continuidade da pele representa uma ferida. A


cicatrização da ferida consiste na restauração da continuidade. O tratamento de uma
ferida e a assepsia cuidadosa tem como objetivo evitar ou diminuir os riscos de
complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização
(RODRIGUES, 2017).

 CURATIVO: é o procedimento de limpeza e cobertura de uma lesão, com o


objetivo de auxiliar no tratamento da ferida ou prevenir a colonização dos
locais de inserção de dispositivos invasivos, diagnósticos ou terapêuticos
(JORGE & DANTAS, 2003:69).
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Curativo

 A lesão deve ser mantida úmida quando o objetivo é o tratamento e o auxílio no processo de cicatrização;
entretanto, nos locais de inserção de dispositivos invasivos a umidade é um fator de risco para a colonização
ou infecção bacteriana (FERREIRA et al. 2006).

Características de um curativo ideal:


- O curativo deve proteger a ferida.
- Deve promover um ambiente com umidade adequada.
- Proporcionar isolamento térmico.
- Deve ser fácil de retirar a fim de evitar traumas.
- Deve remover a drenagem e os restos celulares.
- Deve ser isento de partículas e produtos tóxicos.

Obs.: quando o paciente apresentar mais de uma lesão, a realização dos curativos deve seguir a mesma
orientação para o potencial de contaminação: do menos contaminado, para o mais contaminado.
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Tipos de Lesões
 Corto contusas: produzidas por ação contundente de um objeto rombo, caracterizam-se por traumatismo das
partes moles, hemorragias e edemas.

 Incisas: produzidas por um instrumento cortante. Ex.: faca, bisturi, lâminas.

 Lacerantes: apresentam margens irregulares, como as produzidas por caco de vidros ou arame farpado.

 Perfurante: causadas por arma de fogo ou arma branca. Produzem pequena abertura na pele, porém podem
atingir camadas teciduais profundas ou órgãos.

 Ulcerativas: lesões escavadas, circunscritas, com profundidade variável, podendo


atingir desde camadas superficiais da pele até músculos. Ex. LPP.
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Tipos de Lesões

 Feridas cirúrgicas: provocadas por instrumentos cirúrgicos, - Incisivas: perda mínima de tecidos.
com finalidade terapêutica, podem ser: - Excisivas: remoção de áreas de pele.

 Feridas traumáticas: provocadas acidentalmente por agentes que podem ser:


- Mecânicos: pregos, espinhos, por pancadas, etc.
- Físicos: temperatura, pressão, eletricidade.
- Químicos: ácidos, soda cáustica.
- Biológicos: contato com animais, penetração de parasitas.
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Classificação quanto ao grau de contaminação


LIMPAS:
Em condições assépticas sem microrganismos.

LIMPAS-CONTAMINADAS:
Lesões com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação
significativa.

CONTAMINADAS:
Lesão ocorrida com tempo maior que 6 horas (trauma x atendimento), sem sinal de infecção.

INFECTADAS:
Presença de agente infeccioso no local e lesão com evidencia intensa de reação inflamatória
e destruição de tecidos, podendo haver inclusive presença de pus.
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Fases da Cicatrização
 FASE INFLAMATÓRIA: reação local não específica a danos teciduais ou invasões por microrganismos.
Seu início é imediato e a duração é 3 a 5 dias.
 Tem a função de ativar o sistema de coagulação, promover o debridamento da ferida e a defesa contra
microrganismos.
 São sinais de inflamação: rubor, calor, edema e dor (sinais flogísticos).
 Quanto maior a área da ferida, maior será a duração desta fase.
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Fases da Cicatrização
 FASE DE EXSUDAÇÃO: ou fase de limpeza inicia-se imediatamente após o aparecimento da ferida. Nesta
fase o organismo inicia a coagulação, limpa aferida e protege-a da infecção; os tecidos danificados e os
germes são removidos (fagocitose).

 FASE DE REVASCULARIZAÇÃO (Granulação ou Proliferação): são geradas novas células e forma-se o


tecido de granulação (uma espécie de tecido temporário para o preenchimento da ferida). A forma como se
apresenta é agora de tecidos vermelho com um bom fluxo sanguíneo.

 FASE DA REPARAÇÃO (Epitelização): fase de cobertura da ferida pelas células epiteliais. As bordas da
ferida deslocam-se para o centro e a ferida fica gradualmente coberta de tecido epitelial. À medida que a
ferida se contrai o tecido vai se formando, o processo de cicatrização fica concluído.

 FASE DE MATURAÇÃO: leva um ano nas feridas fechadas e mais nas feridas abertas. Nessa fase diminui
a vascularização, o colágeno se reorganiza, o tecido de cicatrização se remodela e fica igual ao normal.
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Tipos de Cicatrização

 Cicatrização de primeira intenção: fechamento


imediato das feridas através de suturas simples,
enxertos de pele ou retalhos.

 Cicatrização de segunda intenção: não há


intenção ativa inicial de fechar a lesão. O
fechamento acontece por re-epitelização, com
contração da ferida. Não são feitas suturas, os
bordos da lesão ficam abertos.
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Tipos de Cicatrização

 Cicatrização de terceira intenção: a ferida é deixada aberta para realizar lavagens, retirada de debris e
antibioticoterapia. Posteriormente, a ferida pode ser fechada através de suturas, enxertos e retalhos.
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Fatores Adversos à Cicatrização


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Identificando e Classificando a Lesão por Pressão

 Lesão Por Pressão Estágio 1 - Pele íntegra com área de eritema que não embranquece e que pode parecer
diferente em pele de cor escura. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha, essas
podem indicar dano tissular profundo.

 Lesão Por Pressão Estágio 2 - Perda de pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da
ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta
(preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido
de granulação, esfacelo e escara não estão presentes.

 Lesão Por Pressão estágio 3 - Perda de pele em sua espessura total na qual o
tecido adiposo é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole
(lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e/ou escara pode estar
visível. Podem ocorrer descolamento e túneis. Não há exposição de fáscia,
músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso.
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Identificando e Classificando a Lesão por Pressão

 Lesão Por pressão Estágio 4 - Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou
palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e/ou escara pode estar
visível, Descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente.
 Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la
como Lesão Por Pressão Não Classificável.

 Lesão Por Pressão Não Classificável - Perda da


pele em sua espessura total e perda tissular na qual
a extensão do dano não pode ser confirmada
porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao
ser removido (esfacelo ou escara), podemos
classificar a lesão.
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Identificando e Classificando a Lesão por Pressão

 Lesão Por Pressão Tissular Profunda (LPTP) - Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de
descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que
mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.
 A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular e resolver sem perda tissular.

 Lesão Por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico - É resultante do uso de dispositivos criados e
aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente apresenta o padrão
ou forma do dispositivo. Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões por
pressão.

 Lesão Por Pressão em Membranas Mucosas - É encontrada quando há histórico de uso de dispositivos
médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser categorizadas.
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Identificando e Classificando a Lesão por Pressão

Escolha?

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Identificando e Classificando a Lesão por Pressão


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Outro Método de Avaliação: SISTEMA RYB


 Essa classificação é usada para lesões abertas e baseia-se nas cores que o leito da lesão apresenta.
 O Sistema RYB (Red, Yellow, Black), categoriza o ferimento por meio da observação das cores vermelha,
amarela ou preta e suas variações.

- se!
bre
m
Le
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TIME – Preparando o Leito da Ferida


Observações clínicas Fisiopatologia proposta Ações do WBP (Preparo do leito) Efeito das ações do WBP
Tecido inviável ou deficiente - Detritos de células e tecidos - Remover o tecido necrótico. - Restabelece a base da ferida.
T mortos que prejudicam a - Reduzir a carga microbiana.
cicatrização.
- Remover o foco da infecção.
- Desbridar o tecido morto.
- Controlar a inflamação. - Baixa carga bacteriana e
I Infecção ou inflamação. - Alta carga bacteriana e - Considerar o uso de ATB. inflamação controlada.
inflamação prolongada. - Proteger a pele ferida.
- Reduzir o exsudato.
Manutenção da umidade. - Leito ressecado. - Controlar o exsudato/odor. - Restabelecida a migração de
- Leito com excesso de fluido. - Proteger a pele. células epiteliais, ressecamento e
- Usar coberturas absorventes. maceração evitados.
M
E margem da ferida não - Queratinócitos não migrando. - Desbridamento do tecido morto, - Estimula a migração de
avança ou presença de - Células da ferida não descolamento e epibolia. queratinócitos e células da ferida
espaço morto. receptivas. - Proteger a pele perilesional. respondendo à cicatrização.
- Conter o exsudato.
E
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Outro Método de Avaliação: SISTEMA RYB

Vermelho Amarelo Preto

PROTEGER A LIMPAR A DESBRIDAR A


VERMELHA AMARELA PRETA
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Desbridamento
 Sempre que houver tecido desvitalizado na lesão, o desbridamento deverá ser executado (Médicos,
Enfermeiros).
- Necrose de granulação: é caracterizado pela presença de crostas escuras.
 Tipos de necrose:
- Necrose de liquefação: é caracterizada pelo tecido amarelado ou esverdeado ou
quando apresenta infecção ou presença de exsudato purulenta.
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Desbridamento

 Tipos de desbridamento:

Autolítico Químico Mecânico Cirúrgico


• Produz-se pela • Envolve a • Remoção de • Realizado com a
hidratação do utilização de tecidos utilização de
leito da úlcera, enzimas desvitalizados lâmina bisturi,
com o uso de
fibrinólise e a proteolíticas que seja em
força de fricção,
ação das enzimas estimulam a seja utilização de ambulatório,
endógenas sobre degradação de compressas ou internamento ou
os tecidos tecido remoção das bloco operatório.
desvitalizados. desvitalizado. mesmas quando
estão aderidas ao
leito da úlcera.
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Classificação Quanto Escala de Odores

Odor grau I  (sentido ao abrir o curativo).

Odor grau II  (sentido no ambiente próximo ao paciente, sem abrir o curativo).

Odor grau III  (sentido no ambiente, sem abrir o curativo, é


caracteristicamente forte e/ou nauseante).
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Desbridamento
 Para a escolha de um curativo adequado, é essencial uma avaliação criteriosa da ferida e o estabelecimento de
diretrizes terapêuticas adequadas.

 Para atingir um bom resultado em termos de cicatrização, é preciso observar em especial quatro princípios,
sendo necessário que cada um deles apresente um status adequado para que seja possível a progressão do
processo cicatricial.

Escolha do melhor
tratamento
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AVALIAÇÃO DE FERIDAS
 Na avaliação do paciente devemos lembrar 03 fatores que interferem na cicatrização:

Diagnóstico da lesão Tratamento da causa Adesão do paciente ao tratamento

 O registro em prontuário deve obedecer a seguinte ordem:

1- Localização anatômica. 5- Cor.

2- Mensuração. 6- Exsudato.

3- Extensão do tecido envolvido. 7- Infecção.

4- Descrição do leito da ferida. 8- Pele perilesional.


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Classificação Quanto ao Aspecto do Exsudato


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Produtos Utilizados nos Curativos


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Produtos Utilizados nos Curativos


 SORO FISIOLÓGICO 0,9% ou SOLUÇÃO DE RINGER: devido a sua composição iônica mais próxima
à normalidade fisiológica.

 Mecanismo de ação: mantém a ferida úmida, favorece a formação do tecido de granulação, amolece os
tecidos desvitalizados, estimula o desbridamento autolítico e absorve exsudato.

 Indicação: Manutenção da ferida úmida.

 Contraindicação: feridas com cicatrização por primeira intenção e locais de inserção de drenos e cateteres.

 Modo de usar: Limpar a ferida com soro fisiológico a 0,9% por irrigação; Manter a gaze
úmida em contato com todo leito da ferida; Ocluir com curativo secundário seco estéril e
Fixar.

 Periodicidade de troca: A troca deverá acontecer de acordo com saturação do curativo


secundário ou a cada 24 horas.
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Produtos Utilizados nos Curativos

 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS – AGE

 Composição: Óleo vegetal composto por ácido linoleico, caprílico, vitamina A, E e lectina de soja.

 Indicação: Prevenção de Lesão Por Pressão e tratamento de feridas abertas não infectadas.

 Mecanismo de ação: Mantém o meio úmido e acelera a granulação.

 Periodicidade de troca: Sempre que o curativo secundário estiver saturado ou no máximo 24 horas.

 OBS.: Pode ser associado ao alginato de cálcio,


carvão ativado e a diversos tipos de cobertura.
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Produtos Utilizados nos Curativos


 ALGINATO DE CALCIO

 Composição: Fibras derivadas de algas marinhas.

 Mecanismo de ação: Tem propriedade desbridante. O contato da fibra com o exsudato da lesão formara um
gel suave, não aderente, que mantém o meio úmido ideal para a cicatrização.

 Indicação: Feridas abertas, altamente exsudativas, com ou sem infecção, deiscências até a redução do
exsudato. Pode ainda ser usado para preencher espaços mortos, como cavidade e fístulas.

 Modo de usar: Lavar a ferida com SF 0,9%,


modelar o alginato no interior da ferida não
deixando ultrapassar a borda/margem da
ferida e ocluir com curativo secundário.
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Produtos Utilizados nos Curativos


 ALGINATO DE CALCIO

 Contraindicação: Lesões superficiais ou feridas com pouca exsudação.

 Periodicidade: A troca deverá ser determinada de acordo com a quantidade de exsudato. Em caso de feridas
infectadas a troca deve ser realizada a cada 24 horas, e em feridas limpas, com sangramento, a troca deve ser
a cada 48h. Dependendo da exsudação. A cobertura secundária sempre que estiver saturada.
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 HIDROCOLOIDE PLACA

 Composição: Camada externa: espuma de poliuretano e a camada interna: com gelatina pectina e
carboximetilcelulose sódica.

 Indicação: Prevenção e tratamento de feridas abertas não infectadas, com leve exsudação, prevenção de
Lesão Por Pressão e ainda em áreas necróticas ressecadas (escaras).

 Mecanismo de ação: Estimula o desbridamento autolítico e acelera o


processo de degradação tecidual, esta condição estimula o crescimento de
novos vasos, tecidos de granulação e protege as terminações nervosas.
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 HIDROCOLOIDE PLACA

 Modo de usar: Escolher o hidrocolóide com diâmetro que ultrapasse a borda por pelo menos 3 cm,
pressionar firmemente e massagear a placa para uma perfeita aderência.

 Periodicidade de troca: Trocar a placa sempre o gel extravasar, o curativo de deslocar e/ou no máximo a
cada 07 dias.

 OBS.: Esses curativos produzem odor desagradável e


podem permitir que resíduos adesivos da placa se
fixem na pele e podem causar trauma na retirada.

 Os grânulos e a pasta promovem os benefícios da


cicatrização úmida em úlceras exsudativas e
profundas, facilitando a epitelização.
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 ESPUMA DE POLIURETANO

 Composição: Cobertura estéril, macio, constituído por espuma de poliuretano hidrofílica revestida por um
filme de poliuretano semipermeável.

 Mecanismo de ação: A espuma é responsável por impedir a passagem de água, enquanto que o filme de
poliuretano impede a passagem de bactérias.

 Indicação: Lesões com exsudato moderado a intenso, como: úlceras, deiscência e traqueostomia.

 Modo de usar: Lava-se a lesão com soro


fisiológico 0,9% e aplica-se a espuma como
curativo primário e pode permanecer por até
07 dias.
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 CARVÃO ATIVADO

 Composição: Possui uma cobertura composta de uma almofada contendo um tecido de carvão ativado cuja
superfície é impregnada com prata, que exerce uma atividade bactericida.

 Mecanismo de ação: possui um alto grau de absorção e eliminação de odor das lesões. A prata exerce função
bactericida, complementando a ação do carvão, o que estimula a granulação e aumenta a velocidade da
cicatrização.
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 CARVÃO ATIVADO

 Indicação: em úlceras exsudativas infectadas, com odores acentuados, em fístulas e gangrenas.

 Modo de usar: irrigar o leito da LPP com soro fisiológico a 0,9%; remover o exsudato e tecido desvitalizado,
se necessário; colocar o curativo de carvão ativado e usar a cobertura secundária.

 Periodicidade de troca: É uma cobertura primária, com uma baixa aderência, podendo permanecer de três a
sete dias quando a LPP não estiver mais infectada. No início, a troca deverá ser a cada 24 ou 48 horas,
dependendo da capacidade de absorção.
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Produtos Utilizados nos Curativos


 SULFADIAZINA DE PRATA

 Composição: Sulfadiazina de prata a 1%, hidrofílico.

 Mecanismos de ação: o íon prata causa precipitação de proteínas, age diretamente na membrana
citoplasmática da célula bacteriana e tem ação bacteriostática residual, pela liberação desse íon.

 Indicação: prevenção de colonização e tratamento de queimadura.

 Contraindicação: hipersensibilidade.

 Modo de usar: lavar a LPP com soro fisiológico a 0,9%, remover o excesso
do produto e tecido desvitalizado. Espalhar uma fina camada (5 mm) do
creme sobre as gazes 38 Série Cuidados Paliativos e aplicá-las por toda a
extensão da lesão. Cobrir com cobertura secundária, de preferência estéril.
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Produtos Utilizados nos Curativos


 COLAGENASE

 Composição: colagenase clostridiopeptidase-A e enzimas proteolíticas.

 Mecanismo de ação: necrólise, ou seja, degradação seletiva do colágeno nativo no assoalho da ferida.

 Indicação: desbridamentos intensos.

 Modo de usar: lavar a ferida com soro fisiológico a 0,9%, secar a pele ao redor, aplicar uma fina camada de
pomada diretamente na área a ser tratada, colocar gaze de contato úmida e gaze de cobertura seca, ocluir com
adesivo.

 Frequência de troca: a cada 24 horas.


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Referências
 RODRIGUES, D.F.; MENDES, F.F.; DIAS, T.A. et al. O programa Image j como ferramenta de análise morfométrica
de feridas cutâneas. Encicl. Biosfera, v.9, p.1955-1963, 2017.
 JORGE, Silvia Angélica, DANTAS, Sonia Regina Pérez Evangelista. Abordagem
Multiprofissional do Tratamento de Feridas. São Paulo: Atheneu, 2003.
 FERREIRA, MC, TUMA JR. P, CARVALHO VF, KAMAMOTO F. Feridas complexas. Clinics. 2006;61(6):571-8.
 MORAES JT, BORGES EL, LISBOA CR, CORDEIRO DC, ROSA EG, ROCHA NA. Conceito e classificação de
lesão por pressão: atualização do National Pressure Ulcer Advisory Panel. Rev Enferm Cento Oeste Min.
2016;6(2):2292-306.
 CONVATEC. Aquacel Ag. [citado 2006 Fev 08]Disponível em URL: www.convatec.com.br.
 COLOPLAST. Biatan. Disponível em: www.coloplast.com.br.
 CURATEC. Urgo. Disponível em: www.curatec.com.br.
 CREMMER. Hidrocoloide. Disponível em: www.portal.cremmer.com.br .
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VAMOS PRATICAR!
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