Os nossos alunos são capazes:

Comentário

Rui Trindade
 Etapa 1:
Seleção das frases por dimensão
Professores “(...). Mais do que estas aulas, o que os nossos jovens necessitam é de
adultos que se preocupem em criar ambientes que estimulem as suas
competências cognitivas e, como agora se diz, as suas competências
socioemocionais”.

“Temos, por isso, nós os professores, de deixar de ensinar para nos

preocuparmos em criar as condições para que os alunos possam
aprender”
 Etapa 1:
Seleção das frases por dimensão
Património “Mais do que os conteúdos são estas competências que deveriam
cultural constituir a preocupação curricular dos docentes. Esquecemo-nos que
dito comum no mundo em que vivemos, o que se aprende, hoje, tem um prazo de
validade cada vez mais curto”

“Não pretendo desvalorizar a importância do legado de filósofos,

cientistas, escritores ou historiadores, mas tão somente afirmar que
não é necessário, nas escolas, vivermos obcecados com esse legado. Se
queremos garantir que os alunos beneficiem do mesmo, preocupemo-
nos em ajudá-los a desenvolverem o seu pensamento crítico, a sua
capacidade de argumentarem ou a capacidade de desenvolverem
estratégias para resolver problemas. Estimule-se a sua capacidade de
pensar e de agir para que, no futuro, se garanta a possibilidade de
aprenderem tudo o que necessitam de aprender. Para que precisamos
nós do Descartes que nos ensinaram a papaguear? Que falta nos faz o
que já esquecemos sobre a Mesopotâmia, o Antigo Egito, Lavoisier ou
os Maias?”
 Etapa 1:
Seleção das frases por dimensão

Alunos “Nada disto, hoje, faz sentido. As aprendizagens dos alunos não
poderão ser dissociadas do seu universo. São as suas vivências e não
tanto os conteúdos dos programas que deverão constituir o material a
valorizar para que estes possam desenvolver competências e as
vivências que são necessárias ao seu crescimento intelectual e
humano. Ajudemo-los a compreender o mundo que lhes é próximo,
tenhamos em conta em conta os seus interesses, necessidades e
saberes e muitos dos problemas que, hoje, se vivem numa sala de aula
vão deixar de existir”.

Se queremos que eles se apropriem do conhecimento de que hoje

dispomos, permitamos que sejam eles a fazê-lo, ao seu ritmo e de
acordo com a sua vontade. É a única possibilidade desse
conhecimento não continuar a ser uma coisa que se encontra fechada
nos livros, deixando, assim, de ser uma coisa estranha.
 Etapa 2:
Enquadramento no paradigma da aprendizagem

Professores “(...) o que os nossos jovens Os professores devem ser facilitadores

necessitam é de adultos que se
preocupem em criar ambientes que
estimulem as suas competências
cognitivas e, como agora se diz, as
suas competências
socioemocionais”.

“Temos, por isso, nós os

professores, de deixar de ensinar
para nos preocuparmos em criar as
condições para que os alunos
possam aprender”
 Etapa 2:
Enquadramento no paradigma da aprendizagem
Património “Mais do que os conteúdos são estas
cultural
dito comum competências que deveriam constituir a
preocupação curricular dos docentes.
Esquecemo-nos que no mundo em que
vivemos, o que se aprende, hoje, tem um
A desvalorização do património cultural
prazo de validade cada vez mais curto” dito comum e a subsequente valorização
das capacidades cognitivas e
socioemocioniais, vistas como objetivo
“Não pretendo desvalorizar a prioritário da escola.
importância do legado de filósofos,
cientistas, escritores ou historiadores,
mas tão somente afirmar que não é
necessário, nas escolas, vivermos
obcecados com esse legado. Se queremos
garantir que os alunos beneficiem do
mesmo, preocupemo-nos em ajudá-los a
desenvolverem o seu pensamento crítico,
a sua capacidade de argumentarem ou a
capacidade de desenvolverem estratégias
para resolver problemas”.
 Etapa 2:
Enquadramento no paradigma da aprendizagem

Património “Estimule-se a sua capacidade de pensar

cultural
dito comum e de agir para que, no futuro, se garanta
a possibilidade de aprenderem tudo o
que necessitam de aprender. Para que
precisamos nós do Descartes que nos
ensinaram a papaguear? Que falta nos
faz o que já esquecemos sobre a
Mesopotâmia, o Antigo Egito, Lavoisier
ou os Maias?”
A autossuficiência cultural dos alunos,
assente na crença de que basta estes
desenvolverem capacidades cognitivas e
socioemocionais para se encontrarem
aptos a lidar com qualquer tipo de
informações e quadros concetuais
 Etapa 2:
Enquadramento no paradigma da aprendizagem

Alunos “Nada disto, hoje, faz sentido. As

aprendizagens dos alunos não poderão
ser dissociadas do seu universo. São as
suas vivências e não tanto os conteúdos
dos programas que deverão constituir o
A centralidade dos interesses,
material a valorizar para que estes necessidades, experiências e saberes dos
possam desenvolver competências e as alunos, vistos como condição suficiente
vivências que são necessárias ao seu do processo de aprendizagem que lhes diz
crescimento intelectual e humano. respeito.
Ajudemo-los a compreender o mundo
que lhes é próximo, tenhamos em conta
em conta os seus interesses,
necessidades e saberes e muitos dos
problemas que, hoje, se vivem numa sala
de aula vão deixar de existir”.
 Etapa 3:
Objeções do paradigma da comunicação

3. A desvalorização do património
cultural dito comum e a subsequente
1. Os professores devem ser valorização das capacidades cognitivas
facilitadores e socioemocioniais, vistas como
objetivo prioritário da escola.

2. A centralidade dos interesses,

necessidades, experiências e saberes
3A.
dos alunos, vistos como condição
A autossuficiência cultural dos alunos
suficiente do processo de
aprendizagem que lhes diz respeito.
 Etapa 3:
Objeções do paradigma da comunicação

3. A desvalorização do património
cultural dito comum e a subsequente
1. Os professores devem ser valorização das capacidades cognitivas
facilitadores e socioemocioniais, vistas como
objetivo prioritário da escola.

Quais as objeções
do paradigma
da comunicação?
2. A centralidade dos interesses,
necessidades, experiências e saberes
3A.
dos alunos, vistos como condição
A autossuficiência cultural dos alunos
suficiente do processo de
aprendizagem que lhes diz respeito.
 Etapa 3:
Objeções do paradigma da comunicação

Como é que um adepto do paradigma 1.

da comunicação responderia às questões Os professores devem ser facilitadores
a uma destas questões?

“(...) o que os nossos jovens necessitam é de adultos que se preocupem em criar ambientes que
estimulem as suas competências cognitivas e, como agora se diz, as suas competências
socioemocionais”.

“Temos, por isso, nós os professores, de deixar de ensinar para nos preocuparmos em criar as
condições para que os alunos possam aprender”
 Etapa 3:
Objeções do paradigma da comunicação

Como é que um adepto do paradigma 2.

da comunicação responderia às questões A centralidade dos alunos, dos seus
a uma destas questões? interesses, necessidades, saberes e
experiências

“Nada disto, hoje, faz sentido. As aprendizagens dos alunos não poderão ser dissociadas do seu
universo. São as suas vivências e não tanto os conteúdos dos programas que deverão constituir o
material a valorizar para que estes possam desenvolver competências e as vivências que são
necessárias ao seu crescimento intelectual e humano. Ajudemo-los a compreender o mundo que lhes
é próximo, tenhamos em conta em conta os seus interesses, necessidades e saberes e muitos dos
problemas que, hoje, se vivem numa sala de aula vão deixar de existir”.
 Etapa 3:
Objeções do paradigma da comunicação

Como é que um adepto do paradigma 3.

da comunicação responderia às questões A desvalorização do património
a uma destas questões? cultural dito comum

“Mais do que os conteúdos são estas competências que deveriam constituir a preocupação curricular
dos docentes. Esquecemo-nos que no mundo em que vivemos, o que se aprende, hoje, tem um prazo
de validade cada vez mais curto”

“Não pretendo desvalorizar a importância do legado de filósofos, cientistas, escritores ou

historiadores, mas tão somente afirmar que não é necessário, nas escolas, vivermos obcecados com
esse legado. Se queremos garantir que os alunos beneficiem do mesmo, preocupemo-nos em ajudá-
los a desenvolverem o seu pensamento crítico, a sua capacidade de argumentarem ou a capacidade
de desenvolverem estratégias para resolver problemas”.
 Etapa 3:
Objeções do paradigma da comunicação

Como é que um adepto do paradigma

da comunicação responderia às questões 3A
a uma destas questões? A autossuficiência cultural dos alunos

“Estimule-se a sua capacidade de pensar e de agir para que, no futuro, se garanta a possibilidade de
aprenderem tudo o que necessitam de aprender. Para que precisamos nós do Descartes que nos
ensinaram a papaguear? Que falta nos faz o que já esquecemos sobre a Mesopotâmia, o Antigo Egito,
Lavoisier ou os Maias?”
 Frases a discutir
“Podemos concluir que é essencial considerar que a aprendizagem não se limita
apenas aos alunos desenvolverem autonomia e competências que lhes permitam
compreender, analisar e aplicar os conhecimentos.
 Frases a discutir
“Podemos concluir que é essencial considerar que a aprendizagem não se limita
apenas aos alunos desenvolverem autonomia e competências que lhes permitam
compreender, analisar e aplicar os conhecimentos.

• Para o paradigma da comunicação, um aluno aprende sempre que é capaz de

compreender, analisar e aplicar conhecimentos.
 Frases a discutir
“Podemos concluir que é essencial considerar que a aprendizagem não se limita
apenas aos alunos desenvolverem autonomia e competências que lhes permitam
compreender, analisar e aplicar os conhecimentos.

• Para o paradigma da comunicação, um aluno aprende sempre que é capaz de

compreender, analisar e aplicar conhecimentos, não de uma forma abstrata, mas
tendo por referência os conceitos e os modos de pensar e de proceder de um
domínio de saber específico.
 Frases a discutir
“Podemos concluir que é essencial considerar que a aprendizagem não se limita
apenas aos alunos desenvolverem autonomia e competências que lhes permitam
compreender, analisar e aplicar os conhecimentos.

• Neste sentido, os conhecimentos e os modos de pensar e de proceder

num domínio do saber são a principal condição para que os alunos
aprendam não a compreender, a analisar e a aplicar o
conhecimento, mas a aprender a compreender, a analisar e a
aplicar os conhecimentos desse domínio específico.
 Frases a discutir
“Podemos concluir que é essencial considerar que a aprendizagem não se limita
apenas aos alunos desenvolverem autonomia e competências que lhes permitam
compreender, analisar e aplicar os conhecimentos.

• Para o paradigma da aprendizagem o que é necessário é que um aluno aprenda a

desenvover capacidades que, posteriormente, lhes permitam compreender, a analisar e a
aplicar conhecimentos.

• É como se capacidades e conhecimentos não tivessem nada a ver um com o outro.

• É como se fosse possível identificar capacidades em abstrato, como se estas não se

configurassem em função do tipo de conhecimento e dos modos de pensar e de agir que
caraterizam cada um dos domínios do saber.
 Frases a discutir
Para o paradigma da comunicação, “a transmissão da informação é crucial para se
establecer uma base sólida de conhecimento”, não se devendo confundir, no
entanto, transmissão de informação com transmissão do conhecimento que é uma
possibilidade que se recusa no paradigma da comunicação”
 Frases a discutir
Para o paradigma da comunicação, “a transmissão da informação é crucial para se
establecer uma base sólida de conhecimento”, não se devendo confundir, no
entanto, transmissão de informação com transmissão do conhecimento que é uma
possibilidade que se recusa no paradigma da comunicação”

É correto distinguir «transmissão de informação» e «transmissão do

conhecimento». Para o paradigma da comunicação a transmissão de informação é
aceitável, enquanto a transmissão de conhecimento é uma ilusão que carateriza o
paradigma da instrução.
 Frases a discutir
Para o paradigma da comunicação, “a transmissão da informação é crucial para se
estabelecer uma base sólida de conhecimento”, não se devendo confundir, no
entanto, transmissão de informação com transmissão do conhecimento que é uma
possibilidade que se recusa no paradigma da comunicação”

• Para o paradigma da comunicação a informação é necessária para se estabelecer

uma base sólida de conhecimento, o que não significa que, para este paradigma
seja crucial.

• O que é crucial é disponibilizar informação, seja por via do fornecimento de textos

e de guiões para apoiar a leitura destes textos ou para estimular a sua discussão
entre pares, seja através de problemas para resolver ou de roteiros de apoio para o
fazer.
 Frases a discutir
Para o paradigma da comunicação, “a transmissão da informação é crucial para se
estabelecer uma base sólida de conhecimento”, não se devendo confundir, no
entanto, transmissão de informação com transmissão do conhecimento que é uma
possibilidade que se recusa no paradigma da comunicação”

• Não sendo proibido transmitir informação, para o paradigma da comunicação,

deve-se ser muito prudente a utilizar esta estratégia, ao ponto de se poder afirmar
que, para o paradigma da comunicação, é proibido circunscrever a ação educativa
dos professores à transmissão de informação.

• A transmissão de informação, para o paradigma da comunicação, é uma estratégia

que só deve ser utilizada se não houver outra estratégia disponível.
 Frases a discutir
Pode afirmar-se que o paradigma da aprendizagem valoriza a autonomia dos
alunos, o desenvolvimento das suas competências socioemocionais e o seu
raciocínio crítico, enquanto o paradigma da comunicação atribui importância,
sobretudo, à transmissão direta de informações?
 Frases a discutir
Porque é que está errado afirmar-se que, para o paradigma da comunicação, é crucial
estabelecer uma relação equilibrada entre a transmissão de informações e o
desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais dos alunos?
Trabalho autónomo
Analisar o texto «Uma outra escola para um outro tempo» com o
objetivo de confrontar a perspetiva do autor com as objeções com que o
confrontaria um adepto do paradigma pedagógico da comunicação.

• Prazo de entrega:
• Turma de 4ª feira - depositar no cacifo do professor até à próxima 2ª feira,
dia 11 de março de 2023.
• Turmas de 5ª feira - depositar no cacifo do professor até à próxima 3ª feira,
dia 12 de março de 2023.

• No caso dos estudantes com estatutos especiais a entrega pode

continuar a ser feita através do envio para o e-mail do professor.