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Aula 1 - BoasPraticas
Aula 1 - BoasPraticas
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1. Gestão de Projetos
Alguns cuidados devem ser tomados antes de ser
iniciada uma obra de fundação:
• Compatibilização do projeto de fundações com todas as
demais disciplinas;
• Observação quanto as normas vigentes: NBR 6122?
• Avaliação de impacto na vizinhança;
• Mapeamento de zonas de risco;
• Investigações Geotécnicas.
“O solo é bom, não precisa de sondagem”.
“Todas as sondagens são caras, mas as mais caras
são aquelas que não foram feitas.”
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1. Gestão de Projetos
• Investigação geotécnica: relação custo
benefício
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2. Qualidade em Fundações
As fundações, assim como qualquer outra parte da
estrutura, devem atender:
• Estado limite último (ELU): análise de ruptura
(capacidade de carga estrutural e geotécnica) associado
ao colapso parcial ou total da obra;
• Estado limite de serviço (ELS): análise de deformação e
deslocamentos (recalques admissíveis), fissurações,
vibrações etc. que podem comprometer o uso a que se
destina a obra;
• ABNT NBR 15.575:2013 (Norma de desempenho):
Durabilidade.
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2. Qualidade em Fundações
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2. Qualidade em Fundações
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2. Qualidade em Fundações
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3. Fundações
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3. Fundações
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3. Fundações
Caso de obra: construção de residência unifamiliar
• Estrutura com cargas pequenas;
• Ausência de projeto de fundações;
• Construtor com “Experiência”.
Problema:
• Classificação do solo: solo “muito bom”
• Nível d’água: “bem fundo”
• Solução: “broca” com 1,5 m ou 2 m
A resistência do solo não é uma medida QUALITATIVA e
sim uma medida QUANTITATIVA.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Aspecto técnico e econômico
Vantagens da utilização de fundações rasas:
• Facilidade de inspeção do solo de apoio e formato final
da fundação;
• Controle de qualidade do material (concreto) utilizado
na execução da sapata;
• Não faz uso de equipamentos e mão-de-obra especial:
menor custo.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Definição das tensões admissíveis nas sapatas
• Para estimar a tensão admissível do solo é comum o uso
de correlações semiempíricas que utilizam o resultado
de ensaios de campo (SPT, CPT, DMT).
• Também podem ser utilizados métodos analíticos como
o desenvolvido por Terzaghi ou ensaio de prova de
carga sobre placa.
• A cota de apoio da sapata deve ser definida de modo
que o embutimento proporcione capacidade de carga
compatível com a necessidade do projeto de fundações
e que os recalques sejam admissíveis.
• A capacidade de carga deve ser verificada in loco por
meio de inspeção local.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
O projeto de fundações apoiadas diretamente no
solo deve passar necessariamente pela verificação
dos seguintes itens:
1- Análise da viabilidade técnica e executiva da solução
adotada observando os seguintes aspectos:
• Verificar pelas sondagens a homogeneidade do solo
abaixo do apoio.
• Necessidade de escavações muito profundas para
atingir solos resistentes.
• Adoção de tensões admissíveis corretas;
• Dimensões das sapatas corretas.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
2- No controle de qualidade da execução de sapatas
apoiadas diretamente no solo, deverão ser verificados os
seguintes:
• Projeto de fundações contemplando: formas, cotas de
apoio das sapatas, taxa admissível e detalhes de
armaduras.
• Deverá ser realizada inspeção do terreno feita por
engº. geotécnico para avaliar a capacidade de carga
(verificar tensão admissível), as dimensões da sapata e
as armaduras no local.
• Acompanhamento da concretagem;
• Controle tecnológico do concreto.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Escavação das cavas
Para escavação em solo, caso se utilizem equipamentos
mecânicos, a profundidade de escavação com esses
equipamentos deve ser paralisada a no mínimo 30 cm acima
da cota de assentamento prevista, sendo a parcela final
removida manualmente.
Para escavação em rocha quando forem empregados
marteletes, rompedores ou até mesmo explosivos, deverão
ser removidos eventuais blocos soltos.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Escavação das cavas
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Recomendações para fundações próximas, más em cotas
diferentes:
Executar primeiro a
fundação mais profunda:
- Segurança;
- Evitar alívio de tensões.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Preparação para a concretagem
Antes da concretagem, o solo ou rocha de apoio das
sapatas, isento de material solto, deve ser vistoriado por
profissional habilitado, que confirmará in loco a capacidade
de carga do material (tensão admissível). Esta inspeção
pode ser feita com penetrômetro de barra manual ou
outros ensaios expedidos de campo.
O fundo da cava deve ser regularizado com lastro de
concreto não estrutural, em espessura mínima de 5 cm. A
superfície final deve resultar plana e horizontal.
Para sapatas assentes em rocha há necessidade de camada
de regularização com espessura necessária para garantir
um superfície final plana e horizontal.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Preparação para a concretagem
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Preparação para a concretagem
Caso haja necessidade de aprofundar a cava da sapata, a
diferença entre cota de assentamento prevista e cota “de
obra” pode ser eliminada com preenchimento de concreto
não estrutural (consumo mínimo de cimento de 150 kg/m3)
até a cota prevista.
Alternativamente pode-se aumentar o comprimento do
pilar, desde que seja feita consulta prévia ao projetista
estrutural, que indicará as eventuais medidas adicionais
que devem ser adotadas no que se refere à estrutura
(verificar aumento do lance do pilar).
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Preparação para a concretagem
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Preparação para a concretagem
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Concretagem
Os procedimentos de concretagem devem obedecer as
especificações do projeto estrutural:
• mesmo fck do projeto estrutural.
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Concretagem
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Concretagem
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4. Fundações rasas (direta ou superficial)
Reaterro
Após a cura da sapata, deve ser procedida a desforma do
pilarete e o reaterro compactado da cava.
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4. Fundações rasas (superficial)
Radier:
elemento de fundação rasa dotado de rigidez para receber
mais do que 70% das cargas da estrutura.
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4. Fundações rasas (superficial)
Radier:
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4. Fundações rasas (superficial)
Radier: escavação em rocha
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4. Fundações rasas (superficial)
Radier: Preparação
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4. Fundações rasas (superficial)
Radier: Concretagem
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4. Fundações rasas (superficial)
Check list
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4. Fundações rasas (superficial)
Check list
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4. Fundações rasas (superficial)
Check list
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4. Fundações rasas (superficial)
Check list
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4. Fundações rasas (superficial)
Check list
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4. Fundações rasas (superficial)
Check list
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4. Fundações rasas (superficial)
Problemas executivos, prováveis causas e
providências
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4. Fundações rasas (superficial)
Problemas executivos, prováveis causas e
providências
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra
Dados:
Edifício com 37 pavimentos e 110,7 metros;
2 subsolos (escavação ~ 6,0 m) + Térreo + 34 pavimentos
Nível d’água na sondagem: ~ 6,7 m em 06/05/2010
Fundação adotada: sapatas e radiers com profundidade
variável entre 1,5 m e 4,0 m (fundações da região do poço
do elevador) com rebaixamento do lençol freático através
de poços profundos.
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4. Fundações rasas (superficial)
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
Monitoramento
dos recalques
por cerca de 2
meses
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Diagnóstico
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Reforço das fundações
A B
Pi
4Ø250mm
Prof.=11.0m
C D
Pi
10Ø250mm
A B C
Prof.=11.0m
Reforço
em estacas
raiz
D E F G
Pi
H I J
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Reforço das fundações
A B
Pi
4Ø250mm
Prof.=11.0m
Reforço
em estacas
raiz
C D
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A B
Pi
4Ø250mm
Prof.=11.0m
Pi
10Ø250mm
A B C
Prof.=11.0m
Reforço
em estacas
raiz
D E F G
Pi
H I J
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Escavação para concretagem das
vigas de solarização do reforço
Alguns
pilaretes
concretados
sem
desforma
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Escavação para concretagem das
vigas de solarização do reforço
Alguns
pilaretes
concretados
sem
desforma
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Escavação para concretagem das
vigas de solarização do reforço
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra – Reforço do pilarete
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
Execução de radier com 510 m³ de volume de
concreto demandou planejamento rigoroso em
obra de Curitiba (Fonte: Revista Téchne)
05/04/2013
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
A concretagem da fundação do Empreendimento
Workspace Brigadeiro, localizado no centro de
Curitiba, exigiu um planejamento executivo
detalhado e o controle rigoroso da execução, dada
a quantidade de concreto e cimento consumidos na
obra
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
• possui um único radier com dimensões de
12 m x 17 m x 2,5 m, na qual foi aplicado um
volume total de 510 m³ de concreto.
A quantidade de concreto aplicado no radier
ocasionou uma grande liberação de calor,
decorrente das reações químicas de pega do
concreto
• Foi necessário estudar um concreto especial para
a obra.
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
• O concreto especificado tinha fck de 35 MPa e
slump de 18 ± 3 cm
– Devido às grandes dimensões não era possível
vibrar
– Foram adicionados aditivos para ajudar na
plasticidade do concreto, evitando a utilização de água e
um maior consumo de cimento, provocando ainda mais
reações exotérmicas de hidratação
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
• Gelo para o controle da temperatura
– Mesmo a temperatura de lançamento sendo
controlada, três dias após a concretagem o centro da
sapata chegou perto de 60°C
– Sem este controle, a temperatura seria elevada de
tal forma a provocar fissuras significativas na face
superior do radier
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4. Fundações rasas (superficial)
Caso de obra: RADIER EM CURITIBA
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