You are on page 1of 7

MIGUEL TORGA

PORTUGUÊS – 2023/2024
ÍNDICE
02
ESTRUTURA
01 EXTERNA 03
BIOGRAFIA RECURSOS
DO AUTOR EXPRESSIVOS
04
ESTILO E
LINGUAGEM
BIOGRAFIA
Miguel Torga foi um escritor, poeta e médico português
nascido em 12 de agosto de 1907, em São Martinho de Anta,
Trás-os-Montes, Portugal. O seu nome de batismo era
Adolfo Correia da Rocha, mas adotou o pseudónimo
"Miguel Torga" em homenagem à montanha Torga, em
Trás-os-Montes.

Torga destacou-se como poeta, contista e memorialista,


mas também escreveu romances, peças de teatro e
ensaios.Durante a sua vida, Torga recebeu inúmeros
prémios e homenagens, como o Prémio Nacional de Poesia
em 1951 e o Prémio Camões, considerado o mais
importante da literatura em língua portuguesa, em 1989.
Ele faleceu em Coimbra, em 17 de janeiro de 1995.
”DE TANTO OLHAR O SOL”

“ De tanto olhar o sol,


queimei os olhos,
De tanto amar a vida enlouqueci.
Agora sou no mundo esta negrura.
À procura
Da luz e do juízo que perdi.

Cego, tacteio em vão a claridade;


Louco, cuspo no rosto da razão;
E deambulo assim
Dentro de mim
Negação a negar a negação.”
”DE TANTO OLHAR O SOL”
FORMA POÉTICA E ESTRÓFICA

O poema não possui uma estrutura de rima ou métrica regular. O poema é


construído em uma estrutura em prosa poética, que mistura elementos da
prosa e da poesia, e é dividido em blocos de texto separados por quebras de
linha e pontuação.

NÚMERO DE VERSOS

1ª estrofe - Sextilha
2ª estrofe – Quintilha

NÚMERO DE SÍLABAS MÉTRICAS

“Agora sou no mundo esta negrura” - 11


“Dentro de mim” - 4
“DE TANTO OLHAR O SOL“
1ª ESTROFE

A repetição do verbo "olhar" enfatiza o excesso de exposição do


eu lírico ao sol, que resultou em uma queimadura dos olhos.

A metáfora quando o eu lírico se descreve como "esta


negrura", ”À procura ", "Da luz e do juízo que perdi". A
imagem da negrura sugere a ideia de escuridão, de falta de
luz e de orientação, enquanto a busca por luz e juízo
simboliza a busca por clareza e entendimento

2º ESTROFE

A repetição da palavra "negação" na última estrofe reforça a ideia


da perda de juízo e da falta de clareza do eu lírico em relação a si
mesmo e ao mundo.
”DE TANTO OLHAR O SOL”
ESTILO E LINGUAGEM

• Escrita lírica, sensível e introspectiva.

• Humanista, e aborda questões como a condição humana, a natureza, a religiosidade e a


identidade portuguesa com uma sensibilidade única.

• Uso de uma linguagem clara e direta, que muitas vezes recorre ao uso de palavras e
expressões regionais, típicas da região de Trás-os-Montes.

• Figuras de linguagem, metáforas e símbolos para explorar temas universais e complexos


de maneira poética e sensível.

• Tom de crítica social que remete a um reflexo de sua preocupação com as questões
sociais e políticas de seu tempo.

• Sensibilidade poética única, que é capaz de transmitir emoções complexas e universais


de maneira simples e direta

You might also like