Professional Documents
Culture Documents
Discussões Contemporâneas
Discussões Contemporâneas
1. O Constitucionalismo.
Limitação ao poder do Soberano.
Pacto social.
Direitos e garantias.
Sendo que a Constituição deve ser entendida como a
própria estrutura de uma comunidade política organizada,
a ordem necessária que deriva da designação de um
poder soberano e dos órgãos que o exercem.
O Constitucionalismo seria a análise dos diferentes meios
utilizados pelo processo da evolução constitucional,
partidos de uma vontade soberana, para se atingir o valor
maior que se acha nos direitos da pessoa humana e nas
garantias apresentadas para efetivar esses direitos.
1.1. Antecedentes Históricos:
A doutrina dos direitos do homem não nasceu no século
XVIII, ela nada mais é do que uma versão da doutrina do
Direito Natural (Jusnaturalismo).
Literatura e Filosofia dos Gregos na Antiguidade.
Cilindro do Rei Ciro II da Pérsia, 539 A.C. foi o primeiro
doc. de Direitos Humanos.
No pensamento Estóico (Grécia, Roma e Cristianismo).
Escolástica – São Tomás de Aquino XIII (Suma Teológica).
a) Lei Eterna: só o próprio Deus conhece na plenitude.
b) Lei Divina: parte da L. Eterna declarada por Deus e pela
Igreja.
c) Lei Natural: gravada na natureza humana que o homem
descobre por intermédio de sua razão.
1.1.1. CONSTITUCIONALISMO ANTIGO:
Direito Hebraico (aprox. 700 a.C.) – Nem o rei está
acima das Leis divinas.
A primeira Constituição da história:
A Constituição de Sólon (Atenas 594 a.C).
SÓLON: por ter sido estratego em 594 a.C. considerado o
primeiro grande reformador social e político da Grécia,
cujas reformas marcaram o futuro desenvolvimento sócio-
político de Atenas no sentido da construção da democracia:
instauração da igualdade civil;
abolição da propriedade coletiva dos clãs;
fim da servidão e da escravidão por dívidas;
limitação do poder paterno (pater famílias);
estabelecimento de práticas testamentárias e da adoção;
Obrigou os pais a ensinarem um ofício aos filhos, caso
contrário, estes ficariam desobrigados de ampará-los na
velhice;
Concessão da cidadania a estrangeiros;
fixação do tamanho da terra possuída individualmente
(reforma agrária);
Incentivo à produção do azeite e da vinha;
proibição da exportação de milho visando o fim do
cultivo especulativo das terras aráveis;
a Criação do Tribunal de Heliaia (apelações).
E amenizou as penas draconianas (ex. A punição do
roubo, que era a morte, passou a ser uma multa igual ao
dobro do valor roubado).
Sólon propôs medidas mais radicais a fim de resolver os conflitos:
A partir de reformas de natureza social e financeira, Sólon elaborou
sua constituição baseada no controle do corpo de cidadãos,
independentemente da classe social, sobre três funções
governamentais importantes:
a eleição dos magistrados, a elaboração da legislação e o controle
supremo sobre o comportamento;
reforma timocrática ou censitária: a participação não era mais por
nascimento, mas censitária, através do Conselho de 400 (Bulé).
reforma do sistema ático de pesos e medidas.
Constituições Imperiais – Roma (séc. I d.c. ).
Eram medidas de ordem legislativa promulgadas pelo imperador e
elaboradas pelo consilium principis, colégio constituído pelos mais
importantes jurisconsultos da época. Ainda como fonte do direito
romano no Alto Império, as respostas dos jurisconsultos são as
sentenças e opiniões feitas por quem fixa o direito, mas é somente a
partir de Adriano que tais respostas passaram a ganhar força de lei
1.1.2. O CONSTITUCIONALISMO CLÁSSICO:
Documentos de Forais e Cartas de Franquia (século IX ao
XI).
Em Portugal.
A Magna Carta. (21 de junho de 1215). Peça básica da
Constituição inglesa e de todo Constitucionalismo. Trata-se de
um acordo feito entre o Rei João Sem Terra e os Barões
revoltados, apoiados pelos burgueses da época. (início do Rule
of Law, sujeição das autoridades ao “império do Direito”).
Item 39.“Nenhum homem será detido ou preso, ou despojado
dos seus bens, exilado ou prejudicado de qualquer maneira
que seja, sem julgamento leal dos seus pares, de conformidade
com a lei da terra,”.
Outros itens trataram: 41. “da liberdade de ir e vir”; 31.
“graduação da pena à importância do delito”; 12 e 14. “No
A concepção de um Direito Independente da vontade humana
deixa de ser dominante no fim da Idade Média (até fim do
século XVIII). Hobbes já no século XVII, dissentia,
sustentando que a lei deriva mais da vontade que da razão.
Rousseau e Maquiavel também deram suas contribuições.
Cria-se a idéia de pacto social.
Mas, de fato é na Idade Moderna, Paz de Vestfália (1648), e
com o surgimento dos estados modernos, que realmente se
desenvolve a idéia moderna de direito internacional, com as
obras dos doutrinadores supracitados, relacionadas,
principalmente, com as questões das guerras, da cidadania e
dos direitos humanitários e do comércio entre os povos.
Petition of Rights -1628. Julgamento pelos pares,
consentimento na tributação.
Bill of Rights – 1689. Independência do Parlamento
A Escola de Direito Natural das Gentes
(Hugo Grócio e Puffendorff). Laicização do Direito
Natural que formulou a doutrina adotada pelo
pensamento Iluminista e expressa nas Declarações.
O Liberalismo e a versão clássica dos Direitos
Fundamentais.
Adam Smith, John Locke entre outros formularam
idéias sobre economia e a importância um “Estado
Mínimo”, onde seria elevada a liberdade do
homem. Para Locke os direitos naturais não são
postos a mercê da vontade geral, mas apenas
confiados em depósito a ela.
Declaração da Independência dos Estados Americanos de 4 de
julho de 1776. Constituições dos Estados.
Constituição Americana – 1787.
O Iluminismo e a Declaração Dos Direitos do Homem de
1789.
Constituição Francesa – 1791.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 1789 foi
criação do Franceses em sua Revolução. A Revolução Francesa
teve como base os idéias de Liberté, Egalité e Fraternité (Jean
Jacques Rousseau) , ou seja, esses geraram os Direitos e
Garantias Fundamentais que em tese são direitos que todos os
homens possuem , como o direito à vida, segurança,
propriedade. Levando isso em consideração, pode-se dizer que
ambas declarações se assemelham , pois ambas são a
positivação dos direitos inatos do homem, ambos estão
observando a DIGNIDADE DA PESSOA
1.1.3. NEOCONSTITUCIONALISMO – Processo de
internacionalização dos D. Humanos.
Estado Social de Direito e o Constitucionalismo
Clássico:
Constituição Mexicana de 1917.
Constituição de Weimar (República Alemã) de 1919.
Pós-Segunda Grande Guerra – Tal processo deu-se
principalmente pelo advento de tais documentos:
Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de
1966.
Pacto de Direitos Civis e Políticos de 1966 e o
Protocolo Facultativo, completa-se a Carta
Internacional dos Direitos Humanos.
O Neoconstitucionalismo, identifica um conjunto
amplo de transformações ocorridas no Estado e no
Direito constitucional, em meio às quais podem ser
assinalados,
(I) como marco histórico, a formação do Estado
constitucional de direito garantista, cuja consolidação
se deu ao longo das décadas finais do século XX;
(II) como marco filosófico, o pós-positivismo, com a
centralidade dos direitos fundamentais e a
reaproximação entre Direito e ética (eixo axiológico); e
(III) como marco teórico, o conjunto de mudanças que
incluem a força normativa da Constituição, a expansão
da jurisdição constitucional (ativismo judicial) e o
desenvolvimento de uma nova dogmática da
O Controle de Constitucionalidade das normas passa
a ser uma das atividades mais importantes da
Jurisdição. Deve-se olhar o ordenamento jurídico a
partir da Constituição.
Deve-se fazer uma filtragem constitucional de toda
norma infraconstitucional. Hoje se diz que o Direito
está constitucionalizado (Hermenêutica Constitucional).
Os juízes podem realizar sempre uma apreciação da
constitucionalidade das normas, podendo, assim, não
aplicá-las quando, na sua confrontação com a Lei
Fundamental, se verificar alguma dissonância (controle
difuso). Desse modo, na realidade pós-positivista, o juiz
ocupa posição relevantíssima na defesa da Constituição
e dos Direitos Fundamentais (ativismo judicial).
Características do NEOCONSTITUCIONALISMO:
que o núcleo dos Direitos Humanos é a Dignidade Humana;
que há uma igualdade essencial entre os seres humanos que
dá sustentação à liberdade e razão, independentemente de
eventuais diferenças de sexo, raça, religião ou costumes
sociais;
todos os seres humanos têm direito de ser igualmente
respeitados por causa da sua humanidade;
a lição kantiana de que “a dignidade da pessoa não consiste
apenas no fato de ser ela, diferentemente das coisas, um ser
considerado e tratado como um fim em si e nunca como um
meio para a consecução de determinado resultado. Ela
resulta também do fato de que, pela sua vontade racional, só
a pessoa vive em condições de autonomia, isto é, como ser
capaz de guiar-se pelas leis que ele próprio edita”;
todo homem têm dignidade e não um preço como as
coisas.
a humanidade como espécie e cada ser humano em sua
individualidade, é propriamente insubstituível, não tem
equivalente, não pode ser trocado por coisa alguma.
o conjunto dos direitos humanos forma um sistema
correspondente à hierarquia de valores prevalecente no
meio social; sendo que essa hierarquia axiológica pode
não coincidir com a consagrada no ordenamento positivo.
há sempre uma tensão dialética entre a consciência
jurídica da coletividade e as normas editadas pelo Estado
soberano”;
1.3. Princípios e Métodos de interpretação da CF/88.
Primeiramente, seria importante relembrarmos dos
métodos de interpretação das normas constitucionais.
Dentre os métodos clássicos destacam-se:
1- Método Histórico: onde se é levado em consideração
a História do Brasil, o momento que sua sociedade criou
indiretamente a Carta e isto posto, buscar a vontade do
Constituinte;
2 – Método Teleológico: é o que busca identificar a
finalidade da norma;
3 – Método Literal.
4 – Método Construtivista ou Evolucionista: busca-se
conciliar a vontade da norma com a maior utilidade de
acordo com a realidade social.
Já entre os métodos específicos temos como exemplo
aqueles métodos que podemos deduzir dos princípios
constitucionais:
1 – Princípio da Supremacia da Constituição;
2–Princípio da Unidade Constitucional: A CF deve ser
interpretada como um conjunto de normas válidas e de
mesmo grau hierárquico, e deve ser tomada como um
sistema de normas.
3 – Princípio da coloquialidade: os termos devem ser
interpretados no sentido coloquial, e não no sentido
técnico, pois a CF é um documento essencialmente
político, feita indiretamente pelo povo e deve ser por ele
compreendida.
4 – Princípio da máxima efetividade dos direitos
fundamentais: Diante de eventual conflito entre uma
norma constitucional que preveja um direito
fundamental, e outra que não trate desse tipo de direito,
deve ser dada primazia à primeira.
Mandado de Injunção;
Quorum:
Quorum de Instalação – é o nº mínimo de ministros
para ter validade a votação = 2/3 = 8 ministros.
Quorum de Aprovação – nº mínimo para se efetivar a
decisão = maioria absoluta = 6 ministros.
C) Efeitos da ADIN por omissão – art. 103, §2º, CF.
Objetivo da ADECON.
Lei Federal objeto de várias ações judiciais,
(particulares estão questionando) nas quais os juízes ou
Tribunais afirmam que a Lei é inconstitucional.
A) Legitimidade ativa – ADECON (art. 103 CF)
Quorum:
Quorum de Instalação – é o nº mínimo de ministros
para ter validade a votação = 2/3 = 8 ministros.
Quorum de Aprovação – nº mínimo para se efetivar a
decisão = maioria absoluta = 6 ministros.
B) Efeitos da ADECON.
Quorum:
Quorum de Instalação – é o nº mínimo de ministros
para ter validade a votação = 2/3 = 8 ministros.
Quorum de Aprovação – nº mínimo para se efetivar a
decisão = maioria absoluta = 6 ministros.
B) Efeitos da ADPF.
fato lesivo;
dano;
nexo de causalidade entre o fato lesivo e o dano;
Direito brasileiro.
Duas modalidades da teoria são utilizadas.
Modalidades: